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a contextualização na educação ambiental: análise de ... - Webnode

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Saú<strong>de</strong>;<br />

PCEC (1991) – Proposta Curricular para o Ensino <strong>de</strong> Ciências e Programas <strong>de</strong><br />

MRCC (1992) – Movimento <strong>de</strong> Reorientação Curricular – Ciências.<br />

O curso <strong>de</strong> formação continuada a<strong>na</strong>lisado no presente trabalho teve como<br />

objetivo trazer temas relacio<strong>na</strong>dos à questão <strong>ambiental</strong> visando o trabalho em grupo e a<br />

abordagem contextualizada e interdiscipli<strong>na</strong>r para os conteúdos escolares. Os professores<br />

participantes produziam propostas <strong>de</strong> ensino (Sequências Didáticas 1 ) a partir das temáticas<br />

da EA discutidas em cada etapa do curso.<br />

A importância e relevância da <strong>contextualização</strong> do ensino além <strong>de</strong> constar em<br />

documentos curriculares oficiais, é também objeto <strong>de</strong> inúmeras pesquisas (Ramos,<br />

2003;Rodrigues e Amaral, 1996;Lopes Gomes e Lima, 1991). Muitas vezes, aparece como<br />

uma ferramenta metodológica capaz <strong>de</strong> superar a visão tradicio<strong>na</strong>l do ensino que, segundo<br />

Fracalanza (1986) ten<strong>de</strong> a levar o aluno ape<strong>na</strong>s o produto fi<strong>na</strong>l <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> científica,<br />

como uma “verda<strong>de</strong> acabada” e a metodologia <strong>de</strong> ensino visa “assegurar<br />

fundamentalmente a memorização da informação por parte do aluno”, ou seja, o mol<strong>de</strong><br />

tradicio<strong>na</strong>l <strong>de</strong> ensino leva à simples transmissão <strong>de</strong> conceitos prontos e verda<strong>de</strong>s<br />

absolutas, sem a preocupação em dar significado à aprendizagem e aproximá-la do<br />

educando.<br />

Kato e Kawasaki (2007) mencio<strong>na</strong>m as diversas interpretações que surgem tanto<br />

<strong>na</strong> literatura quanto entre os professores sobre o termo e como isso implica no significado<br />

pedagógico a ele atribuído. Afirma também que apesar da multiplicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> concepções<br />

encontradas entre professores, <strong>na</strong> literatura e em documentos curriculares oficiais, todas<br />

indicam a <strong>contextualização</strong> como forma <strong>de</strong> “articular ou situar o conhecimento específico<br />

da discipli<strong>na</strong> (parte) a contextos mais amplos <strong>de</strong> significação (todo), estes sim, bastante<br />

variados”.<br />

No campo da Educação Ambiental, existem várias correntes, com metodologia e<br />

perspectivas diferentes. Sauvè (2005) i<strong>de</strong>ntifica diversas correntes <strong>de</strong> pensamento sobre a<br />

EA, a autora exemplifica a atuação <strong>de</strong>sta corrente com o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> intervenção<br />

<strong>de</strong>senvolvido por Alberto Alzate Patino (1994) e afirma que esse mo<strong>de</strong>lo insiste <strong>na</strong><br />

<strong>contextualização</strong> dos temas e <strong>na</strong> importância do diálogo dos saberes. Ressalta a<br />

importância <strong>de</strong> se confrontar os diversos saberes (científicos, formais, cotidianos,<br />

tradicio<strong>na</strong>is, etc.) com enfoque crítico, a fim <strong>de</strong> esclarecer a ação a ser realizada.<br />

Para promover essa Educação Ambiental crítica, não há como fazê-lo através dos<br />

mol<strong>de</strong>s tradicio<strong>na</strong>is <strong>de</strong> ensino (DIAS, 2004), on<strong>de</strong> as práticas <strong>de</strong>vem consi<strong>de</strong>rar a<br />

realida<strong>de</strong> sócio-econômica-cultural, além <strong>de</strong> promover o ensino através das vivências e<br />

experimentações sem distanciar a teoria da prática. Afi<strong>na</strong>l, a experiência é uma condição<br />

para a produção <strong>de</strong> sentido e este é produzido <strong>na</strong>s experiências do sujeito, sendo então<br />

contextual (CARVALHO In GUIMARAES, 2006, pag. 35). Essa preocupação com a<br />

<strong>contextualização</strong> surge a fim <strong>de</strong> garantir ao aprendiz, subsídios para compreen<strong>de</strong>r as<br />

relações que mantém com o meio, enten<strong>de</strong>ndo-se como parte <strong>de</strong>le e então participar<br />

ativamente do meio social em que está inserido.<br />

Aos professores cabe então saber diagnosticar e interpretar problemas locais e<br />

suas múltiplas implicações no cotidiano (LEME In GUIMARAES, 2006, p. 110). Além<br />

disso, <strong>de</strong>vem trazer para os alunos essas discussões sobre assuntos <strong>de</strong> sua realida<strong>de</strong>,<br />

criando assim oportunida<strong>de</strong>s para que se posicionem sobre as questões que estão à sua<br />

1 O termo Sequência Didática será <strong>de</strong>finido nos procedimentos metodológicos <strong>de</strong>sta pesquisa.<br />

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