1 - Nosso Tempo Digital

APELO ÀS
AUTORIDADES
"Ouvi o clamor do meu
povo" (Exodo3,7)
Reunidos em Pranavaí
nós, Bispos, Padres, Riliqiosos
e Leigos da Províni 1 lesiástica
de Maringá, que representamos
metade do Norte do
Paraná, compreendendo as
Dioceses de Umuarama, Campo
Mourão, Paranavaí e a Arquidiocese
de Maringá, ouvindo
o grito do nosso povo sofrido,
vimos de público manifestar
nosso apoio e juntar nossa
voz à dele, implorando a Deus
que sensibilize nossos homens
públicos, especialmente os
membros da Assembléia Nacional
Constituinte, os governadores
de Estado, os senhores
ministros e o senhor presidente
da República, a fim de que sintam
o drama dos nossos trabalhadores
rurais e pequenos
proprietários. Faz-se necessário
mudar urgente e profundamente
a política agrícola do
Brasil.
Cada ano nossos pequenos
agricultores vendem seus
produtos a preços aviltados,
sob a pressão de inadiáveis
compromissos bancários que
devem saldar. Logo em seguida
os preços disparam, beneficiando
Outros que não produziram.
Agora é a vez dos cafeicultores.
Enquanto os preços dos
insumos agrícolas sofreram
reajustes violentos, o café, que
no ano passado valia Cz$ 50,00
por quilo, neste ano está cotado
a Cz$ 30,00. Face à corrosão
inflacionária, para não contabilizar
prejuízo, seu valor atual
deveria situar-se no patamar
mínimo de Cz$ 120,00 para o
produtor.
Induzidos pelos bancos,
que então cobravam juros baixos,
e confiantes no V.B.C.
(Valor Básico de Custeio), que
normalmente sai em outubro, a
maioria dos pequenos proprietários
contraiu emprésti-
mos bancários, O V.B.C. só foi
liberado em janeiro ou fevereiro
de 1987 e, ainda assim,
não para todos. Os juros, como
armadilha cruel, subiram assustadoramente,
atingindo, em
alguns casos, até 990% ao ano.
Agora o flagelo de uma política
agrícola mal conduzida atinge
em cheio nossos pequenos cafeicultores
de maneira brutal.
Muitos estão com seus títulos
em protesto. Suas propriedades
serão levadas a leilão. Milhares
de famílias perderão assim
suas pequenas propriedades
e serão atiradas à miséria,
caso o. governo não as socorra.
Pedimos urgentemente o preço
justo para o café, bem como o
direito de moratória para os
nossos pequenos agricultores.
Enquanto lutamos por
uma Reforma Agrária justa, e o
governo, só com lentidão, faz o
assentamento de algumas famílias,
outras, em maior número,
perdem suas propriedades
em leilões bancários. Se
estas famílias já estruturadas
não conseguem, em regiões
propícias ao seu trabalho,
manter suas propriedades, que
acontecerá com aquelas?
Além do drama dos pequenos
proprietários, com o
aumento dos pastos e latifúndios,
também empreiteiros e
meeiros perderão seu emprego,
causando sérios problemas
sociais, como o crescimento
numérico dos bóias-frias e sem
terra e o agravamento da migração
forçada para outras regiôes.
O Paraná corre o risco
de esvaziar-se ainda mais, perdendo
trabalhadores honestos
e produtivos, transformados
sem culpa em amdarilhos sem
esperança.
Por tudo isso, em nome de
Deus, pedimos às autoridades
competentes que socorram
nossos irmãos e mudem, agora,
o rumo de nossa política
agrícola.
Paranavaí, 5 de a q osto de 1987.
(Seguem as assinaturas)
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PEREGRINAÇÃO DE LENIR SPADA À
PROCURA
DE RECURSOS EM CURITIBA
De 3 a 6 deste mês, a
prefeita de santa Terzinha
de Itaipu, Lenir Spada, esteve
em Curitiba percorrendo
órgãos do governo do
Estado em busca de recursos
e apoio para seus projetos.
A perigrinação começou
pela Secretaria dos
Transportes, onde conseguiu
do secretário Heinz
Georg Herwig a liberação
de 300 mil cruzados para o
início da construção de nova
rodoviária no município.
Ela conseguiu também incluir
Santa Terezinha no
Programa de Pavimentação
de Rodovias Rurais, pelo
qual deverá se asfaltado,
numa primeira etapa, o trecho
de 23 quilômetros que
liga a BR-277 à Vila Vitorassi.
Na mesma Secretaria,
com o engenheiro Rogério
Wallbach Tizzot, presidente
da Comissão de Transporte
Hidroviário, a prefeita tratou
do projeto de construção
de um porto à margem
do lago de Itaipu.
Junto ao secretário
das Finanças, Luiz Carlos
.Jorfe Hauly, Lenir voltou a
cobrar a construção de sede
própria para a Agência
de Rendas e ouviu a promessa
de que a obra será
executada já no início de
1988.
Ao secretário Rubens
Bueno, dos Assuntos Conunitários,
a prefeita rei-
,,indicou a construção de
entro Social Urbano no
L
,
bairro Jardim Santa Mônica,
e ao secretário da Educação,
Belmiro Velverde,
ela pediu a criação do curso
de 2 2 Grau Propedêutico,
construção de 6 salas de
aula na Escola Arcângelo
Nandi e contratação pelo
Estado dos professores
co nve n ia dos.
Com o diretor da Superintendência
do Controle
da Erosão e Saneamento
Ambiental, Lenir tratou da
liberação de recursos para
a construção de galerias de
águas pluviais no município.
Ao superintendente da
Fundepar, Ewaldo Podolan,
a prefeita pediu um veículo
para a área da saúde, equipamento
para as 3 salas de
aula em construção na Escola
do Jardim Santa Mônica
e construção de 6 salas
de aula na Escola Arcângelo
Nandi, no bairro Parque
dos Estados.
Com o secretário da
Segurança Pública, Antônio
Lopes de Noronha, a prefeita
tratou da instalação de
módulo policial na praia e
móveis para equipar a Delegacia
de Polícia, obra que
está em fase de conclusão.
Na Secretaria da Saúde
Lenir recebeu a notícia
de aprovação do projeto de
construção de uma unidade
hospitalar mista no município,
onde não há nenhum
hospital, e da liberação da
verbu nacessária à execu-
1
' (IL
BORVEL - Bordim Veículos, a concessionária Volkswagen na
cidade de Medianeira, conquistou 13 troféus, nas 14 modalidades
que participou durante os jogos realizados na semana
de aniversário do município.
Na foto, Diego, Isabela e Douglas. filhos de Juares e Fátima
Dalmolin, juntamente com os troféus conquistados pelos
atletas que representaram BORVEL.
ção da obra. A prefeita reivindicou
também ampliação
das Ações Integradas
de Saúde (AIS).
Em audiência com o
diretor da Sanepar, Roque
Pirágine, Lenir pediu a ampliação
da rede de água em
Santa Terezinha e um veículo
para a equipe da empresa
que trabalha no município.
A prefeita foi ainda à
Paranatur solicitar ajuda
para efetuar melhorias no
terminal turístico Alvorada
e Itaipu, em vista da temporada
que se aproxima
com a chegada da primavera
e do verão. Wádis Benvenutti,
presidente da Paranatur,
comprometeu-se a
dar o apoio necessário e
possível.
Lenir esteve também
com o chefe da Casa Civil,
Gilney Carneiro Leal, para
verificar em que pé está a
questão de umterreno
doado pelo DER ao município
de Santa -Terezinha, e
de Edson Gradia, secretário
do Esporte, ela solicitou
recursos para a construção
de praça esportiva. Na Secretaria
da Cultura, Lenir
pediu auxílio na divulgação
do Festival de Música Jovem,
programado para novembro
próximo.
Por último, a prefeita
manteve contato com empresários
interessados em
investir em Santa Terezinha
de Itaipu, particularmente
no ramo hoteleiro.