Observadores de Aves de Pernambuco

8
dos exemplares não existem em sua maioria, mas alguns
exemplares de viveiros do Jardim Botânico, que o Príncipe
Maurício de Nassau mantinha em Recife, podem ter servido
de modelo (Pinto, 1946). Podemos mencionar, para o período
“Mauriciano”, os nomes de Albert Echout e Zacarias
Wagener, que contribuíram ilustrando a nossa ornitofauna
(Pinto, 1979). Em 1816, o naturalista inglês William Swainson
chegou a Pernambuco e foi até a Bahia coletando material
científico, deixando-nos uma iconografia denominada Birds
of Brazil. Na mesma época, outro naturalista inglês, Charles
Waterton, realizou trabalhos na Paraíba e Maranhão com
beija-flores (Sick, 1985).
Trabalhos exclusivos de levantamento de aves para
Pernambuco iniciaram-se a partir de 1881, através do anatomista
britânico W. H. Forbes, que catalogou 116 espécies.
Nos anos de 1892 a 1893, o entomologista francês Pierre
Emille Gounelle trabalhou em Pernambuco, registrando
beija-flores (Sick, 1985). Em 1903, Reiser e Robert, montaram
coleções com exemplares oriundos de Recife, São Lourenço
e Petrolina e durante os anos de 1926 a 1931, Emil Kaempfer,
coletor alemão, montou uma grande coleção para o Museu
Americano de História Natural. Em 1933, o Professor Theodoro
Kadletz, catedrático alemão do Ginásio Pernambucano,
publicou um catálogo sobre aves do nosso Estado. Elsie M.
B. Naumburg, em 1939, publicou trabalhos à respeito das
viagens e coleções de Emil Kaempfer.
Grande contribuição nos deu Olívério Pinto (Museu
de Zoologia da universidade de São Paulo), que, em
1940, publicou Aves de Pernambuco, registrando 212
espécies. Herbert Berla, em 1946, veio a Pernambuco
representando o Museu Nacional do Rio de Janeiro e
assinalou 161 espécies de aves. John Zimmer, em 1947, e
Donald Lamm, em 1948, publicaram algumas notas sobre
as aves pernambucanas.