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Infarma - Conselho Federal de Farmácia

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Ao analisar as respostas acima, observa‑se que a for‑<br />

mação, qualificação e a boa vonta<strong>de</strong> do profissional são<br />

pré‑requisitos fundamentais para a melhora <strong>de</strong>sse relaciona‑<br />

mento frente ao usuário e, conseqüentemente, da Atenção<br />

Farmacêutica. Infelizmente, ainda verifica‑se a existência <strong>de</strong><br />

profissionais (6,7%) que não têm o mínimo interesse em me‑<br />

lhorar o quadro <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> serviço farmacêutico, abrin‑<br />

do margem para uma avaliação negativa do profissional.<br />

Também se solicitou aos farmacêuticos que relatas‑<br />

sem quais a dificulda<strong>de</strong>s encontravam no trabalho para<br />

melhorar a relação com os usuários e a falta <strong>de</strong> tempo<br />

(26,7%) foi um dos principais motivos alegados. Farina<br />

(2005) observou que alegação do tempo foi <strong>de</strong>scrita por<br />

37,6% dos farmacêuticos em Jundiaí – SP. A falta <strong>de</strong> tem‑<br />

po foi alegada também pelos farmacêuticos avaliados por<br />

Cabrera et al (2005) em Granada – Espanha. Há <strong>de</strong> se<br />

questionar como o tempo <strong>de</strong>ntro das farmácias está sendo<br />

utilizado, uma vez que 66,7% dos profissionais <strong>de</strong>claram<br />

se <strong>de</strong>dicar mais ao atendimento aos usuários. Esta afirma‑<br />

ção talvez venha corroborar a hipótese dos farmacêuticos<br />

estavam atuando como balconistas e <strong>de</strong>ixando em segun‑<br />

do plano as ativida<strong>de</strong>s inerentes à Atenção Farmacêutica.<br />

Ao avaliar o grau <strong>de</strong> satisfação com o trabalho <strong>de</strong>‑<br />

senvolvido, observou‑se que a maior parte dos profissio‑<br />

nais está satisfeita (66,7%) e apenas 6,7% insatisfeita.<br />

Para avaliar o nível <strong>de</strong> compreensão do farmacêutico<br />

sobre PRMs, compararam‑se as respostas dos mesmos com<br />

o conceito elaborado na Proposta <strong>de</strong> Consenso Brasilei‑<br />

ro Sobre Atenção Farmacêutica <strong>de</strong> 2002 (IVAMA et al.).<br />

As respostas obtidas dos profissionais <strong>de</strong>monstram que<br />

66,7% compreen<strong>de</strong>m parcialmente e 26,7% totalmente o<br />

significado <strong>de</strong> PRM, <strong>de</strong>monstrando que ainda existe um<br />

caminho a ser percorrido em busca <strong>de</strong> melhoria da qualifi‑<br />

cação e estudo pelo farmacêutico.<br />

A <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> que os efeitos colaterais são os<br />

principais PRM’s encontrados, confirma a necessida<strong>de</strong> da<br />

presença do farmacêutico durante todo o horário <strong>de</strong> fun‑<br />

cionamento da farmácia, pois ele é o único profissional no<br />

estabelecimento capaz <strong>de</strong> tomar as medidas necessárias<br />

para sanar os problemas <strong>de</strong>tectados e orientar os usuários<br />

quanto ao uso a<strong>de</strong>quado dos medicamentos prescritos e<br />

na automedicação.<br />

22<br />

<strong>Infarma</strong>, v.21, nº 5/6, 2009<br />

Também foram perguntados quais PRM’s foram <strong>de</strong>‑<br />

tectadas durante a prática farmacêutica. As principais res‑<br />

postas obtidas foram:<br />

Figura 3. Distribuição percentual dos PRM observados pelos farmacêuti‑<br />

cos nos estabelecimentos em que trabalham. São Luís‑Ma, 2008.<br />

Os farmacêuticos também emitiram seus conceitos<br />

pessoais sobre o conceito <strong>de</strong> atenção farmacêutica. Suas<br />

respostas foram comparadas com o conceito da Proposta<br />

<strong>de</strong> Consenso Brasileiro Sobre Atenção Farmacêutica (IVA‑<br />

MA et al., 2002) a fim <strong>de</strong> verificar o nível <strong>de</strong> entendimento<br />

dos mesmos sobre o tema.<br />

Os resultados acima diferem daqueles encontrados<br />

por Farina (2005), em que apenas 10,8% dos profissio‑<br />

nais <strong>de</strong>monstraram conhecimento mais abrangente sobre<br />

AF, não se limitando à orientação e/ou acompanhamento<br />

dos pacientes. Porém, <strong>de</strong> um modo geral, o que se po<strong>de</strong><br />

observar é a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> maior capacitação do profis‑<br />

sional a fim <strong>de</strong> conhecer mais profundamente os conceitos<br />

e práticas da Atenção Farmacêutica, a fim <strong>de</strong> que possa<br />

realmente praticá‑la no trabalho.<br />

ConClUsões<br />

A existência do profissional farmacêutico e sua efe‑<br />

tiva presença no estabelecimento durante todo o horário<br />

<strong>de</strong> funcionamento são condições essenciais para a prática<br />

da Atenção Farmacêutica.<br />

O profissional, apesar <strong>de</strong> <strong>de</strong>clarar que a receptivida‑<br />

<strong>de</strong> dos usuários e a relação farmacêutico e paciente ser<br />

boa, com tendência <strong>de</strong> melhoria progressiva, não se <strong>de</strong>‑<br />

Tabela 6. Distribuição numérica e percentual sobre o nível <strong>de</strong> compreensão sobre atenção farmacêutica pelos farmacêu‑<br />

ticos <strong>de</strong> São Luís‑Ma. 2008.<br />

Compreensão sobre AF Freqüência Porcentagem<br />

Enten<strong>de</strong> 4 26,7%<br />

Enten<strong>de</strong> parcialmente 9 60,0%<br />

Não enten<strong>de</strong> 1 6,7%<br />

Não respon<strong>de</strong>u 1 6,7%<br />

Total 15 100,00%

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