folheto em PDF - Junta de Freguesia da Beirã

RAMAL DE CÁCERES
UM MOSAICO DE PAISAGENS E MONUMENTOS
O ramal tem início na estação de Torre das Vargens, onde entronca na
linha do Leste. Após esta estação bifurca à esquerda em direcção ao nordeste
alentejano. A paisagem é marcada pela peneplanície e pelo montado
de sobro. Junto às pequenas linhas de água podem ver-se cegonhas brancas
alcandoradas em árvores e postes de telefone. A via sobe em direcção
ao apeadeiro de Cunheira. A povoação dista três quilómetros. Nalguns
locais o montado de sobro dá lugar a povoamentos de eucalipto e a pastagens,
onde apascenta gado ovino e bovino. Vale do Peso começa a vislumbrar-se
no horizonte. Surge o apeadeiro de Vale do Peso-A, mesmo
junto à povoação. Atravessa-se mais uma plantação de eucaliptos e chegase
à estação de Vale do Peso. Estação pequena mas bonita, povoada de
belos painéis de azulejos que fazem referência às paisagens e monumentos
da região. Mesmo ao lado um pórtico para carregar os pesados blocos
de granito extraídos em Alpalhão. Nesta terra além do granito também os
enchidos são uma referência, sendo algo que o visitante deve levar de
volta na sua bagagem. Próximo fica Nisa, vila que possui um belo centro
histórico e afamadas termas de águas sulfúreas. É também terra de afamado
queijo a que dá o nome e que deve constar na lista de compras de
quem a visita. Depois da estação de Vale do Peso a linha cruza a via rodoviária
IP2. Ao longe avista-se a silhueta da Serra de S. Mamede. O montado
de sobreiro dá lugar a bosques de carvalho-negral e de castanheiros,
entrecortados por pastagens. O relevo torna-se mais acidentado e a via
mais sinuosa mas a paisagem mais bela. Os blocos de granito marcam
também presença. Foi com esta rocha que os povos da pré-história, do
terceiro milénio a.C., construíram as suas câmaras funerárias, hoje chamadas
de antas. Ao quilómetro 216, no quadrante norte, avistam-se duas,
implantadas mesmo junto à linha. Muitas outras existem na região, assim
como menires, outro tipo de património megalítico. O maior da península
Ibérica localiza-se próximo de Póvoa e Meadas, a 16 quilómetros da estação
de Castelo de Vide. Esta é singela e bonita e igualmente povoada de
painéis de azulejos com cenas da região. A vila, muita linda, encontra-se a
3 quilómetros. Considerada a Sintra do Alentejo possui dezenas de templos
religiosos, entre eles uma sinagoga, um forte oitocentista e um castelo
medieval. Entre a estação de Castelo de Vide e a de Marvão-Beirã a linha
percorre as faldas da Serra de S. Mamede e ziguezagueia contornando os
montes. Os bosques de carvalho-negral são uma constante. A paisagem é
de uma beleza soberba. Ao longe avista-se o morro de Marvão e o seu
castelo altaneiro. Por fim, Marvão-Beirã, estação de fronteira, imponente, a
mostrar a importância de outrora, povoada também ela de painéis de azulejos
alusivos a paisagens e monumentos da região e do país. Um monumento
também! A dez quilómetros, implantada num imponente morro a
novecentos metros de altitude, a vila de Marvão, terra de castanheiros e de
castanhas. Magnífico centro histórico, dotado de sublime e importante
património histórico: castelo e muralhas medievais, vários templos religiosos.
Na periferia o esbelto convento de N. Srª. da Estrela. Do alto a a paisagem
bela e imensa.
Turismo ferroviário
Uma forma diferente de conhecer Portugal
Estação de Vale do Peso
Km 216, proximidade de Castelo de Vide
Estação de Vale do Peso, jardim
Ponte sobre a ribeira de Nisa
O comboio com Marvão no horizonte
Estação de Marvão-Beirã
O comboio na Serra de S. Mamede
Castelo de Vide, vista do ramal
Estação de Castelo de Vide