qtc informativo nº 03/2010 - Labre - CE

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DATAS COMEMORATIVAS Neste período de 16 a 24 de janeiro de 2010, lembramos vários eventos de importância impar, para o estado do Ceará, para o Brasil e para o mundo, principalmente aqueles que marcaram momentos da nossa história, e por isso rendemos nossa homenagem: 16 - Início da Guerra de 43 dias no Golfo Pérsico (1991) - Inauguração da usina elétrica de Ilha Solteira (1974). - Instituição do Cruzado Novo - NCz$ (1989) - Dia dos cortadores de cana-de-açúcar 17 – Dia dos Tribunais de Contas do Brasil - Nasce Benjamin Franklin - escritor, estadista e inventor. Boston-USA (1706) - Morte de Joaquim Nabuco (1910) - Morte do educador Abílio César Borges - Barão de Macaúbas (1891) 18 - Castro torna-se sede da capital do Paraná (1894) 19 - Morre o Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon -.Rio de Janeiro/RJ(1958) - Morte do poeta Alberto de Oliveira (1937) 20 – Dia de São Sebastião – Dia da Cidade do Rio de Janeiro-RJ - Dia do município de Ipú-Ce – Dia de Oxalá – Dia do Farmacêutico - Nascimento Euclides da Cunha - engenheiro, jornalista e escritor. Cantagalo-RJ (1866) - Morre Mané Garrincha - jogador tri-campeão do mundo. Rio de Janeiro/RJ (1983) - Criação do Ministério da Aeronáutica (1941) - Início do combate para a expulsão dos franceses do Brasil (1567) - Oficialização do Hino Nacional Brasileiro pelo decreto nº 171 (1890) - Dia de São Sebastião, Padroeiro da Cidade do Rio de Janeiro 21 – Dia Mundial da Religião - Morte de Aluísio Azevedo (1913) - Nascimento do pintor Antônio Parreiras (1864) - Dia Mundial da Religião 22 - Chegada de Dom João VI ao Brasil (1808) - Fundação de São Vicente, primeira vila do Brasil (1532) - Vitória das armas brasileiras em Taquarembo, na guerra contra Artigas (1820) - Dia do senado 23 – Chegada do conde Maurício de Nassau em Pernambuco (1637) - Criação da Escola Militar (1855) 24 – Dia da Previdência Social – Dia da Constituição (1967) – Dia dos Aposentados ______________________________________________________ 2 ESTA É A ESTAÇÃO OFICIAL DA LABRE-CE, PT7AAC, NA APRESENTAÇÃO DO SEU INFORMATIVO SEMANAL
“Aquele que põe fé nos outros, perde a única fé que salva: a fé em si mesmo”. Vargas Vila EDITORIAL Todos nós, radioamadores, desde meninos, lemos Rachel de Queiroz. Em alguns casos, desde menino porque também líamos o “Diário Secreto” de Humberto de Campos, que a revista “O Cruzeiro”, do velho Chatô, publicava semanalmente. E lá estava Rachel na última página, que foi dela, e só dela, durante 30 anos. Ficamos presos a seu estilo incomparável, cheiro de terra molhada, sertanejo de céu azul e seco, quando a chuva castigava e não vinha, perseguia, matava. Este ano é todo dela, pois no dia 17 de novembro, se viva fosse, a querida madrinha de todos os radioamadores e de todos os nordestinos, completaria 100 anos de vida. Mas Deus, por capricho, reclamou-a aos 93, que ela achava “um exagero.” Por isso estamos nos antecipando à data, homenagem humilde que prestamos à sua memória, à memória da escritora e da radioamadora PT7ARQ. Rachel, com a estréia precoce e brilhante de “O Quinze”, tornou-se participante do movimento renovador do romance brasileiro pela geração nordestina de 1930, situando-se imediatamente após o pioneiro, que foi José Américo de Almeida (“A Bagaceira”, de 1928). É uma nova fase que se abre na novelística brasileira, caracterizada pela temática social e o estilo neo-realista. “O Quinze” abordou a seca, tema já tratado por ficcionistas como Rodolfo Teófilo (“Fome”) e Domingos Olímpio (“Luzia Homem”), mas abordo-a com mais realismo. Rachel escreveu sobre todos os assuntos, quando passou a se dedicar quase que exclusivamente à crônica jornalística, gênero em que revela grande simpatia e empatia humana, e raro virtuosismo estilístico. Muitas de suas páginas são verdadeiramente antológicas. O valor definitivo de Rachel está na fixação dos dramas e tipos humanos do Nordeste, de um lado; de outro, na sua linguagem, importante documento lingüístico, e modelo de expressão literária. A desolação da terra e a miséria dos homens são dadas em pinceladas vigorosas e cruas, ao mesmo tempo que retrata o desamparo em que se vêem os retirantes, vítimas de atavismos, de fatalidade telúrica e da incúria dos poderes públicos. Seu livro de memórias, “Tantos Anos” (1998), escrito contra vontade, mais para atender à irmã e parceira, Maria Luíza de Queiroz, é uma obra-prima, emoção do começo ao fim, um hino de amor à família, aos pais, aos irmãos, à sua fazenda “Não me deixes”. Deliciosa a perícia – concisão e vigor – com que a grande escritora maneja nosso idioma. ______________________________________________________ 3 ESTA É A ESTAÇÃO OFICIAL DA LABRE-CE, PT7AAC, NA APRESENTAÇÃO DO SEU INFORMATIVO SEMANAL
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