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QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO (QVT) - UNIFAFIBE

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tabulados utilizando o programa 8.7<br />

Sintaxe SPSS - WHOQOL-bref e<br />

posteriormente lançados em gráficos.<br />

Resultados e Discussão.<br />

De modo geral observamos que a<br />

percepção destes profissionais sobre a sua<br />

própria qualidade de vida é satisfatória. O<br />

domínio físico obteve o maior escore<br />

(76%), o que teoricamente não prejudica o<br />

desempenho destes profissionais no<br />

ambiente de trabalho, no entanto,<br />

chamaram-nos atenção as facetas: “fadiga”<br />

e “sono e repouso”, pois aparecem com<br />

baixos escores e foram as que mais<br />

comprometeram o resultado final deste<br />

domínio. Em outro estudo apresentado por<br />

Martins (1994), é claramente elucidado<br />

aspectos preditores de desgaste<br />

relacionados às condições de trabalho,<br />

como: “o período de treinamento<br />

profissional, insatisfação quanto à<br />

substituição de funcionários nos períodos<br />

de folgas, desvio de função, esgotamento<br />

físico e mental, falta de lazer e,<br />

principalmente, a conflituosa relação de<br />

falta de identidade profissional e desvio de<br />

funções”.<br />

Em nossa pesquisa o domínio<br />

psicológico (71%) aparece em segundo<br />

lugar, também com conceito satisfatório,<br />

sendo a resposta mais impactante, a que<br />

trata a frequência que os sentimento<br />

negativos (mal humor, desespero,<br />

ansiedade e depressão) aparecem. Na<br />

revisão da literatura sobre este assunto,<br />

Franco (2005) diz que a prevalência de<br />

sintomas de depressão entre os<br />

profissionais de enfermagem tem sido<br />

pouco relatada, no entanto os aspectos<br />

como ansiedade, o estresse e a Síndrome<br />

de Burnout do enfermeiro nas mais<br />

diversas áreas de sua atuação, tem sido<br />

investigadas por diferentes autores. O<br />

mesmo autor relata um estudo realizado<br />

em uma instituição hospitalar do município<br />

de São Paulo (SP), com membros da<br />

equipe de enfermagem, onde se<br />

verificaram manifestações físicas e<br />

Revista EPeQ Fafibe, 3ª. Ed., Vol. 01 (2011)<br />

emocionais de desgaste relacionadas ao<br />

ambiente de trabalho. Os pesquisadores,<br />

em geral, observaram que as condições<br />

mais desgastantes enumeradas pelos<br />

enfermeiros foram o excesso de carga<br />

horária e problemas de relacionamento<br />

interpessoal. Ainda Franco ressalta que na<br />

literatura internacional a sobrecarga de<br />

trabalho, as relações interpessoais, as<br />

situações constantes de dor e morte, a falta<br />

de autonomia e o excesso de autoridade<br />

dos supervisores no trabalho do enfermeiro<br />

são investigações que têm suscitado<br />

discussões. No domínio relações sociais<br />

(71%) obteve resultado igualmente<br />

satisfatório, chamando a atenção para a<br />

pergunta relacionada à satisfação com a<br />

vida sexual, que aparece o menor escore.<br />

O meio ambiente representa o<br />

domínio com menor escore (61%),<br />

demonstrando menor satisfação na questão<br />

do dinheiro e do lazer (44,9%).<br />

Também Elias (2006) coloca em<br />

seu trabalho, relatos das entrevistadas em<br />

que dizem: “suas horas de folga, com<br />

raras exceções, são usadas no cuidar da<br />

casa e/ou para outros trabalhos” ou “O<br />

que eu faço nas folgas? Trabalho... lavo<br />

roupa, passo roupa “ , conclui Elias : “O<br />

lazer, segundo elas, resumia-se a dormir<br />

ou rezar. As que relataram melhores<br />

condições de vida foram as que<br />

conseguiam ter horas de lazer e usufruir<br />

do seu tempo livre”.<br />

Dos entrevistados 70% responderam<br />

grande satisfação com o acesso aos<br />

serviços de saúde, pode ser pautado no fato<br />

de que todos os profissionais estudados<br />

têm plano de saúde suplementar.<br />

Considerações Finais<br />

Por se tratar de um assunto extenso<br />

e complexo, não coube aqui a pretensão de<br />

esgotar a temática. Muitos<br />

desdobramentos das evidências aqui<br />

encontradas poderão ser futuramente<br />

discutidos. Acreditamos que a<br />

apresentação dos dados desta pesquisa aos<br />

voluntários e em especial aos dirigentes<br />

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