Festival Curta Santos celebra 10º aniversário com mais

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CONTEXTO: Festival de Cinema de Santos celebra o Centenário do Santos Futebol Clube O futebol entra em campo pelo tapete vermelho e vai à grande tela. Ao completar 10 anos, o Curta Santos presta homenagem ao Centenário do Santos F.C. Em qualquer lugar, o futebol nos proporciona uma espécie de mapa cultural, uma representação metafórica que melhora a nossa compreensão sociedade. Sua centralidade cultural, na maior parte das sociedades, significa que o futebol tem uma importância política e simbólica profunda, já que o jogo pode contribuir para as ações sociais, filosóficas práticas e identidades culturais de muitos e muitos povos. O futebol institui abertamente a malandragem como arte de sobrevivência e o jogo de cintura como estilo nacional. Mas sem excluir a capacidade de jogar com técnica e força, além de competência. Assim como o cinema nacional, que "quixotescamente" sobreviveu a duras penas e hoje se mostra um foco irradiador da nossa identidade verde amarela e registra nossa história para as futuras gerações. Já nas primeiras décadas do século XX registram-se filmes de ficção dedicados ao futebol. Poucos. Na década de 30 há dois: Campeão de Futebol (1931), dirigido pelo cômico Genésio Arruda, em sua primeira e única experiência na direção, homenageando os grandes jogadores da época. Depois, em 1938, há Futebol em Família, de Ruy Costa, uma ficção baseada em peça de Antonio Faro e Silveira Sampaio. A história é a do rapaz em briga com o pai que não quer que ele siga a carreira de jogador de futebol. Na década seguinte, aparece Gol da Vitória, um longa-metragem de 1946, dirigido pelo cineasta José Carlos Burle. Tudo isso para dizer que o futebol interessou ao cinema, sim, e muito, e desde os primeiros tempos. As relações entre futebol e cinema irão se estreitar em períodos descontínuos. Elas não são lineares ou regulares, como se poderia esperar. As trajetórias do cinema e a do futebol seguem juntas, mas não paralelas. Com Pelé e Garrincha, o Brasil virou a coqueluche do mundo da bola e tornou-se hegemônico entre 1958 e 1970, apesar da derrota em 1966. Já o cinema vivia aos trancos. Com a entrada dos poderosos grupos estrangeiros no mercado na segunda década do século XX, perdeu muito espaço e passou de produtor a exibidor dos filmes dos outros. Mesmo assim, criou seus primeiros clássicos a partir dos anos 30, conheceu o sucesso das chanchadas a partir dos 40 e tentou virar indústria com a Companhia Cinematográfica Vera Cruz, nos 50. Nos anos 60, os rapazes do Cinema Novo entenderam que filmes podiam exercer função crítica e discutir política. Depois o cinema compôs-se com a ditadura, apostou no espetáculo ao longo da década de 70 e teve êxito; enfraqueceu-se aos poucos nos anos 80 e quase morreu. Renasceu em meados dos anos 90 e, redivivo, reaprendeu a gostar do futebol. Cinema e futebol eram duas formas do entretenimento e duas novidades de início do século XX e, assim, nada mais natural que dessem as mãos e saíssem pelo mundo.
Laura Cardoso recebe o Troféu Lílian Lemmertz Atriz é homenageada durante a Gala de Abertura do Curta Santos com prêmio que celebra sua carreira no cinema brasileiro A atriz paulista Laura Cardoso, nome artístico de Laurinda de Jesus Cardoso Baleroni, recebe o prêmio Lilian Lemmertz pelo conjunto de seu trabalho no cinema brasileiro na abertura da 10ª Edição do Curta Santos – Festival de Cinema de Santos, no dia 17 de setembro, às 21h, no Mendes Convention Center. Com uma carreira que se divide entre o cinema, teatro e a televisão, ela coleciona os mais diversos papéis. Pioneira da televisão no Brasil, Laura tem atuado em teleteatros, séries e novelas desde a década de 1950, ainda na extinta TV Tupi e, posteriormente, em várias emissoras de televisão. É umas das atrizes que mais novelas possui no currículo, ultrapassando a marca de 50 obras. É viúva do ator, roteirista, diretor e produtor de televisão Fernando Baleroni com quem teve duas filhas: Fátima e Fernanda (ambas também estarão na Gala de Abertura). Teatro, no entanto, é sua grande paixão. Ali ganhou inúmeros prêmios, fazendo: “A Herdeira”, “Vereda da Salvação”, “Vem buscar-me que ainda sou seu”, e dezenas de outros espetáculos. Detentora de várias dezenas de prêmios, como melhor atriz, a garota nascida no “Bexiga”, em São Paulo, está hoje entre as três melhores atrizes do Brasil, mas continua sendo a garotinha emotiva, frágil por fora, verdadeira guerreira por dentro. Desde a década de 1960 atua em filmes nacionais. Também em cinema se salientou, fazendo “Quincas Borba (1987)”, “Terra Estrangeira(1995)”. O fato curioso é que Laura já participou de uma produção em homenagem ao melhor jogador de futebol do mundo. O “Rei Pelé” é um filme brasileiro de 1962, com direção de Carlos Hugo Christensen, baseado em uma publicação de Benedito Ruy Barbosa, com diálogos escritos por Nélson Rodrigues, que aparece no filme como ele mesmo, e narração de Lima Duarte. Em novembro de 2006, ela recebeu do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Ordem do Mérito Cultural, concedida a personalidades e instituições que se destacam por sua contribuição à cultura brasileira. Troféu Lilian Lemmertz O troféu Lilian Lemmertz é concedido a atrizes que pelo conjunto de sua obra contribuíram diretamente para o fomento do mercado audiovisual nacional. Em edições passadas, o prêmio foi entregue às atrizes Eva Wilma, Júlia Lemmertz, Rosi Campos, Betty Faria e Christiane Torloni.
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