3) Demonstração da pregação apostólica - Compilador cristão
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79. E novamente à respeito <strong>da</strong> cruz, diz Isaías: “Estendi as mãos todos os dias para um povo indócil e<br />
rebelde” (Is. 65,2). Prefigurava, assim, a cruz. E, to<strong>da</strong>via, diz Davi mais claramente: “Os cães <strong>da</strong> casa me<br />
rodearam, uma multidão de ímpios me cercou; perfuraram minhas mães e meus pés” (Sal. 21,17). E<br />
novamente: “Meu coração ficou como cera líqui<strong>da</strong>, em meio às minhas entranhas; meus ossos se<br />
desconjuntaram” (Sal. 21,15). E prossegue, dizendo: “A espa<strong>da</strong> perdoa a minha alma e perfura minhas<br />
carnes, pois uma multidão de ímpios se levantou contra mim”. Estas passagens mostram e indicam, de um<br />
modo claro, a Sua crucificação. Moisés diz a mesma coisa para o seu povo: “E tua vi<strong>da</strong> passará diante de<br />
teus olhos, e temerás dia e noite, e não crerás na tua vi<strong>da</strong>” (Deut. 28,66).<br />
Profecias sobre as vestes<br />
80. De novo, diz Davi: “Eles me olharam fixamente. Dividiram as minhas vestes e lançaram à sorte a minha<br />
túnica” (Sal. 21,19). Com efeito, quando O crucificaram, os sol<strong>da</strong>dos repartiram suas vestes, conforme o<br />
costume; “as vestes foram dividi<strong>da</strong>s após tê-las desgarrado; mas, quanto à túnica, como era teci<strong>da</strong> desde o<br />
alto e sem costura, lançaram à sorte, para ver quem a levava” (Jo. 19,23-24).<br />
Ju<strong>da</strong>s, a ven<strong>da</strong> de Cristo e a compra do campo do oleiro<br />
81. O profeta Jeremias acrescenta: “Tomaram as trinta moe<strong>da</strong>s de prata, o preço de alguém que foi taxado<br />
segundo a taxa dos filhos de Israel, e pagaram com elas o campo do oleiro, como me man<strong>da</strong>ra o Senhor”<br />
(Mt. 27,9). Com efeito, Ju<strong>da</strong>s, um dos discípulos de Jesus, tendo se comprometido com os judeus e selado<br />
com eles um pacto - de fato, sabia que queriam matá-Lo - e porque fora repreendido por Ele, aceitou os<br />
trinta denários do país e entregou Cristo. A seguir, movido pelos remorsos do que havia feito, atirou o<br />
dinheiro aos pés dos chefes dos judeus e se enforcou. Estes, porém, não consideraram conveniente<br />
devolver o dinheiro ao Tesouro, pois era o preço de sangue, e com ele compraram o campo pertencente a<br />
um oleiro, para enterrar ali os estrangeiros.<br />
Profecia sobre o vinagre misturado com fel<br />
82. E uma vez crucificado, ao pedir para beber, deram-Lhe vinagre misturado com fel. Isto mesmo havia dito<br />
Davi: “Me <strong>da</strong>rão fel como alimento e, para minha sede, ofereceram-me vinagre para beber” (Sal. 69,22; Mat.<br />
27,34; Jo. 19,28).<br />
A Ascensão<br />
83. Eis aqui o que diz Davi sobre Sua ascensão ao céu, após a ressurreição de entre os mortos: “Os carros<br />
de Deus, em dezenas de milhares, com milhares de cocheiros, tem o Senhor entre eles; em Sião, no<br />
Santuário, subiu ao alto, cativou o cativeiro; recebeu e entregou dons aos homens” (Sal. 67,18-19). Por<br />
cativar, entende-se a destruição do poder dos anjos rebeldes. Deu a conhecer o lugar a partir de onde<br />
ascenderia, <strong>da</strong> terra para o céu, isto é, o Senhor, em Sião, ascendeu ao alto (Sal. 67,18). Com efeito, no<br />
monte <strong>da</strong>s Oliveiras, em frente a Jerusalém, após ter ressuscitado dos mortos, reuniu seus discípulos e,<br />
recor<strong>da</strong>ndo-lhes sobre o reino dos céus, foi elevado ante seus olhos e viram como O acolhiam, abertos, os<br />
céus.<br />
O triunfo do Rei <strong>da</strong> glória<br />
84. A mesma coisa diz novamente Davi: “Içai, ó príncipes, vossas portas; levantai, portas eternas, e entrará<br />
o rei <strong>da</strong> glória” (Sal. 23,7). As portas eternas são, efetivamente os céus. Mas como o Verbo desceu invisível<br />
para as criaturas, não foi reconhecido por elas. Porém, como se encarnara, fez-se visível quando ascendeu<br />
ao céu. Ao vê-Lo, os principados dos anjos inferiores gritaram aos que estavam no firmamento: “Içai vossas<br />
portas; içai, portas eternas, para que entre o rei <strong>da</strong> glória”. Estes, assombrados, se perguntavam: “Quem é<br />
este?”; e os que O tinham visto, atestaram pela segun<strong>da</strong> vez: “O Senhor, poderoso e forte, é o rei <strong>da</strong> glória”<br />
(Sal. 23,10).<br />
O Juízo<br />
85. Ressuscitado e ascendido ao céu, aguar<strong>da</strong>, à direita do Pai, o momento por Ele fixado para julgar todos<br />
os seus inimigos, que a Ele serão submetidos. Os inimigos são todos os que se rebelaram: anjos, arcanjos,<br />
principados, tronos, os que menosprezaram a ver<strong>da</strong>de. Davi diz ain<strong>da</strong>: “Disse o Senhor ao meu Senhor:<br />
senta-te à minha direita, até que Eu ponha teus inimigos sob os teus pés” (Sal. 109,1). Ain<strong>da</strong> mais, Davi diz<br />
que subiu para o lugar de onde tinha vindo: “Ele sobe dos últimos confins do céu e seu repouso alcança o<br />
outro extremo do céu”. Assinala depois o juízo, ao dizer: “Ninguém escapará ao seu ardor” (Sal. 18,7).<br />
A BOA NOVA (caps. 86-97)<br />
O testemunho dos Apóstolos