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dinâmica do sistema estuarino timonha / ubatuba (ceará – brasil)

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da maré (Geophysics Study Committee, 1977). Nesse senti<strong>do</strong>, Kjerfve (1989) definiu <strong>sistema</strong><br />

<strong>estuarino</strong> como: “um ambiente costeiro que apresenta conexão restrita com o oceano<br />

adjacente à qual permanece aberta pelo menos intermitentemente”. Na definição funcional<br />

elaborada por Kjerfve op. cit. os <strong>sistema</strong>s <strong>estuarino</strong>s podem ser subdividi<strong>do</strong>s em três zonas<br />

distintas (Figura 05): Zona de Maré <strong>do</strong> Rio (ZR) <strong>–</strong> Corresponde à parte fluvial, com<br />

salinidade inferior a 1, mas ainda sujeita à influência da maré; Zona de Mistura (ZM) <strong>–</strong><br />

Região onde ocorre a mistura da água <strong>do</strong>ce proveniente da drenagem continental com a água<br />

<strong>do</strong> mar; Zona Costeira (ZC) <strong>–</strong> Corresponde à zona costeira adjacente, delimitada pela<br />

“frente” da pluma de maré vazante. A extensão dessa “frente” estuarina determina a Camada<br />

Limite Costeira (CLC).<br />

Os limites entre as diferentes zonas são dinâmicos e sua posição pode variar em<br />

diferentes escalas de acor<strong>do</strong> com a intensidade e variabilidade das diferentes forçantes. Essas<br />

forçantes, somadas às influências exercidas pela geometria e pela variação da salinidade <strong>do</strong><br />

<strong>sistema</strong>, condicionam os principais processos de circulação (gravitacional, residual e gerada<br />

pelo vento) e mistura (entranhamento e difusão turbulenta) na ZM. (Kjerfve, 1990; Miranda,<br />

1990; Miranda et al., 2002).<br />

Limite <strong>do</strong> efeito<br />

da maré<br />

Zona de Mistura<br />

(ZM)<br />

Camada limite<br />

costeira (CLC)<br />

Zona de maré<br />

<strong>do</strong> rio (ZR)<br />

Zona de Turbidez<br />

Máxima<br />

Delta de maré<br />

enchente<br />

Delta de maré<br />

vazante<br />

Crista das ondas<br />

Frente de pluma<br />

PLUMA ESTUARINA<br />

Figura 05: Diagrama esquemático das ZR, ZM e ZC e delimitação funcional de um <strong>sistema</strong> <strong>estuarino</strong> hipotético<br />

(extraí<strong>do</strong> de Miranda et al., 2002).<br />

Vento<br />

Plataforma Interna<br />

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