unidade ii estrutura e função de células, tecidos e órgãos.
unidade ii estrutura e função de células, tecidos e órgãos.
unidade ii estrutura e função de células, tecidos e órgãos.
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
A pare<strong>de</strong> primária da célula também contém aproximadamente 10% <strong>de</strong> glicoproteínas<br />
(proteínas contendo açúcares ligados), as quais são ricas no aminoácido hidroxiprolina. Estas<br />
glicoproteínas são conhecidas como Extensinas. Embora não se conheça a precisa <strong>função</strong> das<br />
extensinas, acredita-se que elas contribuem para a rigi<strong>de</strong>z da pare<strong>de</strong> celular, ou seja, elas são<br />
proteínas <strong>estrutura</strong>is (Figura 3).<br />
As pare<strong>de</strong>s secundárias são formadas após a célula parar <strong>de</strong> crescer. Elas são ricas em<br />
celulose e lignina (Tabela 2). No entanto, elas po<strong>de</strong>m conter polissacarí<strong>de</strong>os não celulósicos<br />
(principalmente aqueles classificados como hemiceluloses) e proteínas. A pare<strong>de</strong> secundária<br />
po<strong>de</strong> tornar-se altamente especializada em <strong>estrutura</strong> e <strong>função</strong>, refletindo o estado <strong>de</strong><br />
especialização celular. As <strong>células</strong> do xilema <strong>de</strong> árvores, por exemplo, apresentam pare<strong>de</strong>s<br />
secundárias bastante espessas, que são reforçadas pela presença <strong>de</strong> lignina. Isto é fundamental<br />
para o transporte <strong>de</strong> água a longa distância.<br />
Depois da celulose, a lignina é a substância orgânica mais abundante nas plantas. Tratase<br />
<strong>de</strong> um composto fenólico, formado a partir <strong>de</strong> três álcoois: coniferil, cumaril e sinapil, os<br />
quais são sintetizados, <strong>de</strong>ntro da célula, a partir do aminoácido fenilalanina. As moléculas dos<br />
três álcoois, uma vez na pare<strong>de</strong> celular, sofrem a ação <strong>de</strong> enzimas que os convertem para a<br />
forma <strong>de</strong> radicais livres. Estes radicais livres são altamente reativos e se unem ao acaso,<br />
produzindo a lignina (Figura 4). Esta é a gran<strong>de</strong> diferença entre a lignina e outros<br />
biopolímeros, como amido e celulose, ou seja, nestes últimos as ligações não são ao acaso.<br />
Figura 4 – <strong>estrutura</strong> parcial <strong>de</strong> uma molécula <strong>de</strong> lignina (Taiz & Zeiger, 1998)<br />
17