o sistema de organização - Acervo Digital da Unesp
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todos. Defen<strong>de</strong> uma forma coletiva <strong>de</strong> gestão em que as <strong>de</strong>cisões são toma<strong>da</strong>s coletivamente e discuti<strong>da</strong>s<br />
publicamente. Entretanto, uma vez toma<strong>da</strong>s as <strong>de</strong>cisões coletivamente, advoga que ca<strong>da</strong> membro<br />
<strong>da</strong> equipe assuma a sua parte no trabalho, admitindo-se a coor<strong>de</strong>nação e avaliação sistemática <strong>da</strong><br />
operacionalização <strong>da</strong>s <strong>de</strong>cisões toma<strong>da</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma tal diferenciação <strong>de</strong> funções e saberes.<br />
Bloco1 Módulo 1 Disciplina 4<br />
Formação Geral Introdução à Educação Educação e Linguagem<br />
2 Outras<br />
características <strong>de</strong>sse mo<strong>de</strong>lo:<br />
2. É necessário alentar que há diversos entendimentos<br />
do que <strong>de</strong>va ser a gestão participa-<br />
- Definição explícita <strong>de</strong> objetos sócio-políticos e pe<strong>da</strong>gógicos<br />
tiva enquanto forma concreta <strong>de</strong> <strong>organização</strong><br />
<strong>da</strong> escola, pela equipe escolar.<br />
<strong>da</strong> escola. Na bibliografia final apresentamos<br />
- Articulação entre a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> direção e a iniciativa e par- várias obras que expõem diferentes pontos<br />
<strong>de</strong> vista sobre essa questão. O autor apreticipação<br />
<strong>da</strong>s pessoas <strong>da</strong> escola e <strong>da</strong>s que se relacionam com ela.<br />
senta aqui seu próprio entendimento.<br />
- A gestão é participativa mas espera-se, também, a gestão<br />
<strong>da</strong> participação.<br />
- Qualificação e competência profissional.<br />
- Busca <strong>de</strong> objetivi<strong>da</strong><strong>de</strong> no trato <strong>da</strong>s questões <strong>da</strong> <strong>organização</strong> e gestão, mediante coleta <strong>de</strong> informações<br />
reais.<br />
- Acompanhamento e avaliação sistemáticos com finali<strong>da</strong><strong>de</strong> pe<strong>da</strong>gógica: diagnóstico, acompanhamento<br />
dos trabalhos, reorientação dos rumos e ações, toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões.<br />
- Todos dirigem e são dirigidos, todos avaliam e são avaliados.<br />
Atualmente, o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>mocrático-participativo tem sido influenciado por uma corrente teórica<br />
que compreen<strong>de</strong> a <strong>organização</strong> escolar como cultura. Esta corrente afirma que a escola não é uma<br />
estrutura totalmente objetiva, mensurável, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>da</strong>s pessoas, ao contrário, ela <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> muito<br />
<strong>da</strong>s experiências subjetivas <strong>da</strong>s pessoas e <strong>de</strong> suas interações sociais, ou seja, dos significados que as<br />
PROGRAD SES<br />
pessoas dão às coisas enquanto significados socialmente produzidos e mantidos. Em outras palavras,<br />
dizer que a <strong>organização</strong> é uma cultura significa que ela é construí<strong>da</strong> pelos seus próprios membros.<br />
Esta maneira <strong>de</strong> ver a <strong>organização</strong> escolar não exclui a presença <strong>de</strong> elementos objetivos, tais<br />
como as ferramentas <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r externas e internas, a estrutura organizacional, e os próprios objetivos<br />
sociais e culturais <strong>de</strong>finidos pela socie<strong>da</strong><strong>de</strong> e pelo Estado. Uma visão sócio-crítica propõe consi<strong>de</strong>rar<br />
dois aspectos interligados: por um lado, compreen<strong>de</strong> que a <strong>organização</strong> é uma construção social, a<br />
partir <strong>da</strong> Inteligência subjetiva e cultural <strong>da</strong>s pessoas, por outro, que essa construção não é um processo<br />
livre e voluntário, mas mediatizado pela reali<strong>da</strong><strong>de</strong> sóciocultural e política mais ampla, incluindo a<br />
influência <strong>de</strong> forças externas e internas marca<strong>da</strong>s por interesses <strong>de</strong> grupos sociais, sempre contraditórios<br />
e às vezes conflitivos. Busca relações solidárias, formas participativas, mas também valoriza os<br />
elementos internos do processo organizacional- o planejamento, a <strong>organização</strong> e a gestão, a direção,<br />
a avaliação, as responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s individuais dos membros <strong>da</strong> equipe e a ação organizacional coor<strong>de</strong>na<strong>da</strong><br />
e supervisiona<strong>da</strong>, já que precisa aten<strong>de</strong>r a objetivos sociais e políticos muito claros, em relação<br />
à escolarização <strong>da</strong> população.<br />
As concepções <strong>de</strong> gestão escolar refletem portanto, posições políticas e concepções <strong>de</strong> homem<br />
e socie<strong>da</strong><strong>de</strong>. O modo como uma escola se organiza e se estrutura tem um caráter pe<strong>da</strong>gógico, ou seja,<br />
Lei <strong>de</strong> diretrizes e Bases <strong>da</strong> educação<br />
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