atualização em ortopedia e traumatologia do esporte ... - SBRATE
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As lesões meniscais <strong>do</strong> joelho<br />
os cirurgiões preservar<strong>em</strong> os meniscos, realizan<strong>do</strong> reparos e não<br />
mais ressecções.<br />
No ano de 1947, Lipscomb observou que pacientes evoluíam b<strong>em</strong><br />
após meniscectomias parciais e propôs este procedimento como<br />
uma alternativa às meniscectomias totais. Esta proposta era consi-<br />
derada controversa, pois muitos acreditavam que a meniscectomia<br />
total fosse necessária para potencializar a “regeneração completa”<br />
de uma estrutura s<strong>em</strong>elhante ao menisco original.<br />
Embora as observações de alterações pós-operatórias da<br />
anatomia <strong>do</strong> joelho, como o estreitamento <strong>do</strong> espaço articular e o<br />
alargamento <strong>do</strong>s côndilos tibial e f<strong>em</strong>oral, ter<strong>em</strong> si<strong>do</strong> notadas por<br />
Vandendrop <strong>em</strong> 1939, foi Fairbank <strong>em</strong> seu clássico artigo publica<strong>do</strong><br />
<strong>em</strong> 1948 que proporcionou <strong>do</strong>cumentação suficiente com grandes<br />
evidências radiográficas <strong>do</strong>s efeitos deletérios das meniscectomias<br />
totais <strong>do</strong> joelho.<br />
Como muitas funções <strong>do</strong>s meniscos e a história natural <strong>do</strong> perío<strong>do</strong><br />
pós-meniscectomia <strong>do</strong> joelho foram delineadas <strong>em</strong> estu<strong>do</strong>s clínicos e<br />
de ciência básica, houve uma ênfase recente à preservação meniscal.<br />
Evidências clínicas apoiam a hipótese de que a meniscectomia<br />
contribui para a degeneração da cartilag<strong>em</strong> articular no hom<strong>em</strong>, o<br />
que aumenta o risco de desenvolvimento da osteoartrite significativa-<br />
mente após 20 anos. Tais argumentos suger<strong>em</strong> que o reparo meniscal<br />
deveria contribuir para um melhor resulta<strong>do</strong> pós-operatório quan<strong>do</strong><br />
compara<strong>do</strong> com a meniscectomia.<br />
EPIDEMIOLOGIA<br />
A distribuição das lesões meniscais entre indivíduos <strong>do</strong> sexo<br />
masculino e f<strong>em</strong>inino ocorre na relação de 2,5 a 4:1 e geralmente as