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A invenção da<br />
Escova de Dentes<br />
Nossos antepassados até que foram rápidos para perceber a necessidade de limpar os dentes (também, não devia ser lá muito fácil disfarçar<br />
o bafo de ficar dias sem dar um trato <strong>na</strong> boca).<br />
A escova mais antiga de que sem tem notícia foi encontrada numa tumba egípcia de 3.000 a.C. Bem diferente das escovas de hoje, ela aera<br />
um pequeno ramo de árvore, do tamanho de um lápis mais ou menos, e tinha a ponta desfiada até restarem as peque<strong>na</strong>s fibras, formando uma<br />
espécie de vassourinha. Em geral, as pessoas escolhiam ramos de plantas aromáticas, assim, além de limpar os dentes, a escova improvisada<br />
servia para refrescar a boca e melhorar o hálito.<br />
Alguns historiadores apontam também os egípcios como os primeiros a testar receitas de pasta de dentes. Registros antigos mostram que eles<br />
usavam uma mistura de pimenta, sal, folhas de menta e flor de íris <strong>na</strong> tentativa de espantar o bafo e deixar os dentes saudáveis.<br />
Já a escova de cerdas só foi aparecer <strong>na</strong> Chi<strong>na</strong> em torno de 1498. A haste era uma varinha feita com bambu ou um pedaço de osso e as cerdas<br />
eram feitas com pelos de porco. Mais tarde, foram os cavalos que tiveram de ceder suas cri<strong>na</strong>s para os nossos sorrisos brilhantes.<br />
Foram estes modelos – feitos com pelos de animais – que chegaram à Europa, trazidos pelos mercadores chineses no século XVI. Apesar<br />
dos contratempos (eles machucavam a boca, já que as cerdas de pelo eram pontiagudas, e ainda causavam algumas doenças bucais, porque<br />
os pelos de animais juntavam umidade e mofavam), elas fizeram enorme sucesso e se tor<strong>na</strong>ram um artigo caríssimo. Tão caro que é mais<br />
comum é que houvesse uma única escova para toda a família. Ou seja, se alguém tinha algum tipo de problema bucal, ele logo se espalhava<br />
entre todos da casa ( isso é o que eu chamo de família unida).<br />
Nesta época , os europeus não usavam nenhum tipo de pasta. A escova era ape<strong>na</strong>s molhada e esfregada contra os dentes (um expediente que<br />
você já deve ter utilizado alguma vez <strong>na</strong> vida. Foi só no século XIX que os primeiros dentrifícios começaram a ser testados no Ocidente. As<br />
receitas levavam giz, tijolo, sal e carvão. Mais tarde, pesquisadores usaram sabão, que hoje foi substituído por detergentes sintéticos (com<br />
um nome desses dá até medo colocar <strong>na</strong> boca, né?)<br />
Mas nem a pasta nem a escova eram populares até o século XX. Em 1890, jor<strong>na</strong>is londrinos aconselharam que as pessoas mastigassem ramos<br />
ou raízes de alcaçuz e pedaços de ca<strong>na</strong>-de-açucar para manter limpos os dentes. “Se usar palito de dentes, prefira os espinhos <strong>na</strong>turais ou as<br />
talas de bambu. Não use alfinetes, agulhas ou metais de qualquer tipo”, recomendavam os artigos.<br />
A escova com cerda de náilon, como as de hoje, foi criada em 1938, nos Estados Unidos, e se espalhou pelo mundo. Certo? Bem, é isso que<br />
esperamos, mas uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde em 1997 mostrou que metade da população brasileira <strong>na</strong> época, cerca de<br />
85 milhões de pessoas, nem tinha escova de dentes.<br />
6 <strong>SAARA</strong> informa<br />
O senhor esta comigo <strong>na</strong>da temo (Salmo 117).