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Visualizar na Íntegra - Associação Brasileira de Recursos Hídricos

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RBRH — Revista <strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> <strong>Recursos</strong> <strong>Hídricos</strong> Volume 12 n.4 Out/Dez 2007, 05-21<br />

• no Método <strong>de</strong> Karim r variou <strong>de</strong> 0,04 a 2,67<br />

com média <strong>de</strong> 0,65 e ID igual a 3,21;<br />

Os resultados mostram que <strong>de</strong>ntre os métodos<br />

<strong>de</strong> estimativa indireta da <strong>de</strong>scarga total <strong>de</strong> material<br />

<strong>de</strong> fundo testados, o Método <strong>de</strong> Yang (1973)<br />

apresentou o melhor <strong>de</strong>sempenho, com índice <strong>de</strong><br />

dispersão ID = 3,08, seguido dos métodos <strong>de</strong> Karim<br />

(1998), ID = 3,21, Ackers e White (1973), com ID (<br />

3,28), Van Rijn (1984) com ID= 6,89. O Método <strong>de</strong><br />

Engenlund e Hansen (1967), com ID = 17,04 , por<br />

esse critério, não se aplica ao caso em estudo, uma<br />

vez que o ID máximo admissível como aceitável é 10.<br />

Esse resultado é conflitante com os resultados<br />

obtidos por Aguirre-Pe et al (2006) que, com<br />

base em informações <strong>de</strong> bancos <strong>de</strong> dados inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is,<br />

a<strong>na</strong>lisaram 4000 fluxos <strong>de</strong> 45 ca<strong>na</strong>is <strong>de</strong> laboratório<br />

e rios e avaliaram o <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> 15 métodos<br />

distintos <strong>de</strong> previsão do transporte <strong>de</strong> sedimentos<br />

<strong>de</strong> fundo e concluíram que: “os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong><br />

transporte que apresentam uma melhor reprodução<br />

do transporte real em ca<strong>na</strong>is <strong>de</strong> laboratório e rios<br />

são os <strong>de</strong> Engelund e Hansen (1967); Aguirre-Pe et<br />

al. (2003); Sato, Kikkawa y Ashida (1958) e Karim<br />

(1998), consi<strong>de</strong>rando como critério <strong>de</strong> avaliação o<br />

índices <strong>de</strong> dispersão (ID)”.<br />

Os métodos <strong>de</strong> Karim (1998) e Ackers e<br />

White (1973) subestimaram a <strong>de</strong>scarga total <strong>de</strong> sedimentos,<br />

enquanto os métodos <strong>de</strong> Van Rijn (1984),<br />

Engelund e Hansen (1967) superestimaram. Tais<br />

ocorrências, possivelmente estão associadas com as<br />

condições para as quais foi <strong>de</strong>senvolvido cada método.<br />

O <strong>de</strong>sempenho pouco satisfatório do Método<br />

<strong>de</strong> Engelund e Hansen (1967) <strong>de</strong>ve-se ao fato<br />

que, em 4 dos 13 experimentos realizados, a configuração<br />

do leito não é du<strong>na</strong>, pois a sua aplicação é<br />

indicada para fundo com du<strong>na</strong>s. Nos 4 maiores eventos,<br />

3 ocorreram com fundo plano e 1 <strong>na</strong> fase <strong>de</strong><br />

transição, segundo o critério <strong>de</strong> classificação das<br />

formas <strong>de</strong> fundo <strong>de</strong> Van Rijn(1984). Se excluirmos<br />

esses 4 experimentos, os valores <strong>de</strong> ID para cada<br />

método, tor<strong>na</strong>m-se: Yang (1973), ID=1,96; Engelund<br />

e Hansen (1967), ID=,2,34; VanRijn(1984), ID<br />

=3,52; Karim (1998), ID=4,04 e Ackers e White<br />

(1973), ID=4,42, fazendo com que o Método <strong>de</strong><br />

Engelund e Hansen (1967) passe a ocupar a segunda<br />

posição no ranking.<br />

Por outro lado, o bom <strong>de</strong>sempenho do Método<br />

<strong>de</strong> Yang (1973) tem se repetido em avaliações<br />

anteriores, em diferentes condições, a saber:<br />

Segundo o Task Committee(1982), Alonso(1980)<br />

utilizando resultados <strong>de</strong> 205 testes indivi-<br />

15<br />

duais, comparou as relações <strong>de</strong> discrepância entre o<br />

transporte <strong>de</strong> sedimento calculado e o transporte <strong>de</strong><br />

sedimento medido, produzido pelos métodos <strong>de</strong>:<br />

Ackers e White (1973), Engelund e Hansen (1967),<br />

Laursen (1958), Meyer-Peter-Muller(1948), para o<br />

cálculo da <strong>de</strong>scarga <strong>de</strong> fundo,combi<strong>na</strong>do com o<br />

Método Modificado <strong>de</strong> Einstein(1955),para o cálculo<br />

da <strong>de</strong>scarga em suspensão, Yang (1973), Bagnold(1966),<br />

Meyer-Peter-Muller (1948) e Yalin<br />

(1963). Da análise, concluiu que a fórmula <strong>de</strong> Yang<br />

(1973) é a melhor equação para ser aplicada sobre<br />

toda a faixa <strong>de</strong> condições <strong>de</strong> escoamento.<br />

Paiva (1988), com base em 22 medições <strong>de</strong><br />

campo no rio Mogi Guaçu e em 353 séries <strong>de</strong> dados<br />

experimentais dos ca<strong>na</strong>is do Paquistão, fez uma<br />

avaliação <strong>de</strong> 16 dos principais métodos disponíveis<br />

<strong>na</strong> ocasião e concluiu que para o rio Mogi Guaçú,<br />

<strong>na</strong> seção e condições testadas, <strong>de</strong>ntre os métodos <strong>de</strong><br />

estimativa indireta da <strong>de</strong>scarga total <strong>de</strong> material <strong>de</strong><br />

fundo avaliados, os melhores resultados foram apresentados<br />

pelo Método <strong>de</strong> Yang (1973), seguido pelos<br />

métodos <strong>de</strong> Toffaleti (1969), Bishop(1965), Ackers<br />

& White (1973) e Van Rijn (1984) que apresentaram<br />

<strong>de</strong>sempenhos semelhantes.<br />

Por sua vez, cabe registrar que o baixo<br />

<strong>de</strong>sempenho dos métodos <strong>de</strong> estimativa da <strong>de</strong>scarga<br />

<strong>de</strong> fundo, tem se repetido em outras situações.<br />

Em seus experimentos, Paiva (1988)<br />

concluiu que nenhum dos métodos avaliados<br />

estimou a <strong>de</strong>scarga <strong>de</strong> fundo <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma<br />

precisão aceitável. Todos os métodos seperestimaram<br />

muito a <strong>de</strong>scarga transportada por arraste<br />

<strong>de</strong> fundo.<br />

Cogollo Ponce (1990) com base em 36<br />

experimentos <strong>de</strong> campo realizados no Rio Mogi<br />

Guaçú, em Santa Eudóxia, São Carlos- SP, somados<br />

aos 21 experimentos realizados por Paiva (1988), <strong>na</strong><br />

mesma seção e, com 111 conjuntos <strong>de</strong> dados<br />

sedimentométricos coletados pelo DAEE- SP, avaliou<br />

10 fórmulas <strong>de</strong> cálculo da <strong>de</strong>scarga <strong>de</strong> sedimentos<br />

por arraste <strong>de</strong> fundo e concluiu que nenhum dos<br />

métodos <strong>de</strong> cálculo avaliados apresentou resultados<br />

satisfatórios para todas as faixas <strong>de</strong> taxas <strong>de</strong><br />

transporte;<br />

Paiva(1995) avaliou 10 fórmulas para o<br />

cálculo da <strong>de</strong>scarga total <strong>de</strong> sedimentos, com base em<br />

24 medições realizadas no Rio Atibaia-SP. Concluiu<br />

que para as condições testadas, todos os métodos<br />

apresentaram diferenças percentuais relativas aos<br />

dados medidos superiores a 50% e que para a<br />

<strong>de</strong>scarga total <strong>de</strong> sedimentos calculada a partir do<br />

diâmetro D50 do grão, o método que apresentou o<br />

melhor resultado foi o <strong>de</strong> Engelund e Hansen(1967).

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