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Texto na íntegra

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cidade: congestio<strong>na</strong>mentos urbanos<br />

aquisitivo moram mais próximas às áreas centrais, em habitações<br />

menores, porém com mais fácil acesso ao centro da<br />

cidade devido à infra-estrutura de transportes públicos e à<br />

proximidade dos locais de trabalho. As classes mais abastadas,<br />

como a classe média alta e a classe rica, residem <strong>na</strong>s regiões<br />

mais periféricas. As casas com amplo gramado, sem grades ou<br />

cercas divisórias, apresentadas comumente em filmes norteamericanos,<br />

ilustram esse tipo uso do solo urbano periférico.<br />

No padrão norte-americano predomi<strong>na</strong> o deslocamento<br />

por meio de carros em grandes vias radiais de acesso. Em parte<br />

o estímulo ao uso de carros provém de a gasoli<strong>na</strong> ser ainda<br />

relativamente barata nos EUA e de os transportes públicos<br />

serem poucos subsidiados. As implicações disso são conformações<br />

espaciais de cidade mais extensas, isto é, mais “espraiadas”.<br />

Isso quer dizer que a mancha urba<strong>na</strong> é maior, assim como a<br />

distância entre local de residência e de trabalho.<br />

Já no padrão europeu predomi<strong>na</strong> geralmente a localização<br />

residencial das classes de maior renda próxima às regiões<br />

mais centrais da cidade, enquanto <strong>na</strong> periferia residem as<br />

classes de renda inferior. Somente a título de ilustração,<br />

podemos imagi<strong>na</strong>r a Região Metropolita<strong>na</strong> de Paris, ou Îlede-France,<br />

com apartamentos caros <strong>na</strong> área central, valorizados<br />

pela proximidade das grandes atrações turísticas parisienses,<br />

e, de outro lado, Saint-Denis, ou outra municipalidade<br />

do entorno de Paris, mas dentro dessa região, que<br />

abriga grandes conjuntos habitacio<strong>na</strong>is, que concentram<br />

imigrantes de origem marroqui<strong>na</strong>, por exemplo.<br />

Ao contrário da situação norte-america<strong>na</strong>, essa configuração<br />

européia pode ser explicada pelo fato de os combustíveis<br />

serem caros (sobretaxados) e de o transporte<br />

coletivo ser relativamente barato (bastante subsidiado).<br />

Espacialmente, portanto, as cidades européias tendem a ser<br />

mais compactas que as norte-america<strong>na</strong>s.<br />

A solução dos problemAs de mobilidAde<br />

AindA está por vir. por muitos<br />

Anos As pessoAs continuArão<br />

presAs nos congestionAmentos<br />

o Padrão latino-americano. A América Lati<strong>na</strong>, o<br />

Brasil em particular, fica no “meio do caminho”. Suas capitais<br />

têm uma configuração espacial de uso do solo residencial mais<br />

próxima das cidades européias, mas com transportes coletivos<br />

relativamente pouco subsidiados e combustível relativamente<br />

barato. O resultado é uma combi<strong>na</strong>ção perversa de cidades<br />

mais espraiadas como as norte-america<strong>na</strong>s, porém com a<br />

população de mais baixa renda morando <strong>na</strong>s regiões mais<br />

afastadas – <strong>na</strong>s periferias pobres. Isso também se relacio<strong>na</strong> ao<br />

encarecimento do solo urbano das áreas mais centrais e à<br />

GVexecutivo 23

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