Mies Van Der Rohe Johannes Itten Mies Van Der Rohe / redingote.fr Mies Van Der Rohe não é incomum aos mais antenados no mundo do design e arquitetura. Nascido na Alemanha em 1886, este arquiteto marcou e influenciou o século 20 e a arquitetura moderna. Mies Van Der Rohe seguiu uma concepção de linhas puras na arquitetura. Isto significa que seus desenhos eram desenvolvidos na maior parte em linhas retas, que se unem sempre na perpendicular, nos fazendo percorrer os detalhes com os olhos e dando a impressão de movimento ao projeto. Apesar do uso de concreto bruto, Mies Van Der Rohe consegue, graças a suas linhas, um visual bastante agradável e sofisticado. Já em 1919 criou a Bauhaus, com Walter Gropius, a fim de formar artesãos, escultores, pintores e arquitetos para desenvolver novos produtos industriais. “Formaremos uma escola sem separação de gêneros que criam barreiras entre o artesão e o artista. Conceberemos uma arquitetura nova, a arquitetura do futuro, em que a pintura, a escultura e a arquitetura formarão um só conjunto.” Este foi o primeiro manifesto da escola, redigido em 1919 por Gropius. Ou seja, era uma escola alemã que se destacou pelas transformações no design, artes plásticas e arquitetura. Em sua época, Mies Van Der Rohe foi rejeitado, pois não seguia o espírito nacionalista da Alemanha que já estava dominada pelas forças nazistas. Deixou o país em 1937 e, nos EUA, foi reconhecido como pioneiro da arquitetura moderna, tendo condições para promover suas experiências. Influenciado pelo Expressionismo, Suprematismo e Construtivismo russo, o estilo de Mies era definido por ele mesmo como “pele e osso”. Uma técnica perfeita em detalhes, uma abordagem racional, “limpeza” da forma e preceitos minimalistas. “Menos é mais”, costumava dizer o arquiteto. O vidro é um elemento muito importante nos trabalhos de Mies. Um bom exemplo de suas criações com este material é a casa Farnsworth, também chamada de casa de vidro, localizada nos EUA. Aplicando diversos conceitos no projeto, a casa traz transparência - pelo vidro, fluidez de espaços, linhas mínimas e a sensação de que sua estrutura flutua. Outro trabalho impressionante é a casa Tugendhat, construída em 1930 na Tchecoslováquia. Ela também utiliza muito do vidro e de materiais nobres, trazendo um estilo requintado e alto padrão. Aqui temos um pouco sobre a vida e a obra deste criador de estilo particular, que trabalhou tanto com o clássico e regional, quanto atuou na vanguarda da arquitetura. Com características formais e estéticas modernas, Mies ofereceu uma nova essência e muita inspiração ao mundo arquitetônico. Johannes Itten / Wikipédia Johannes Itten (1888 — 1967) foi pintor, docente e ensaísta místico, activo na primeira fase da Bauhaus. Itten foi, ao lado de Gropius, a figura mais marcante da primeira fase. Itten amalgou ideias místicas, religiosas e artísticas num peculiar desenho pedagógico. Tinha uma concepção mística da natureza, influenciada pelo Platonismo e pela filosofia oriental (Yin e Yang, etc.). Itten adoptou uma versão do Masdeísmo, uma arcaica religião persa; o seu culto exigia um austero estilo de vida, jejuns periódicos e uma dieta vegetariana. Na Bauhaus, Itten instituiu o Vorkurs, o ensino preliminar, no qual os alunos aprendiam de maneira totalmente nova, princípios e as técnicas mais elementares. Em 1923 deixou a Escola por não concordar com a orientação que visava a cooperação com a Indústria, proposta por Gropius. As suas aulas na Bauhaus eram iniciadas com exercícios de ginástica e respiratórios — segundo ele, isso descontraia e relaxava os estudantes, antes de iniciar a direcção e ordem fluentes. Roda de cores (Farbkreis) A roda de cores desenvolvida por Itten é baseada no espectro visível e formada por 12 cores, entre elas as chamadas cores primárias - azul, vermelho e amarelo - que são muito próximas às cores primárias da teoria subtrativa e além disso, são usadas como cores primárias por pintores e artistas em geral. 4 5