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As tecnologias associadas às energias renováveis

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Energias Renováveis<br />

Tecnologias <strong>As</strong>sociadas às Energias Renováveis:<br />

Uma História de Sucesso Vinda da Alemanha<br />

A Alemanha como líder internacional<br />

Nos últimos anos, a Alemanha tem vivido um desenvolvimento<br />

repentino no que diz respeito à utilização de <strong>energias</strong><br />

contínuo dos produtos. Os padrões alemães para a produção<br />

e seleção de componentes de sistema apropriados definem<br />

padrões internacionais de qualidade.<br />

renováveis. Tendo se tornado líder internacional na área,<br />

possui o terceiro maior setor de energia eólica do mundo,<br />

com mais de 31.308 MW de capacidade instalada e o maior<br />

mercado de energia solar mundial, com mais de 32.389 MW<br />

de capacidade máxima instalada em 2012. Líder também em<br />

outros campos da tecnologia, a Alemanha teve no final de<br />

2012 quase 12% do consumo bruto total de energia do país<br />

fornecido por <strong>energias</strong> renováveis. Com uma quota prevista<br />

de 20%, a Alemanha está a um passo de superar o objetivo<br />

nacional estabelecido pela Diretiva 2009/28/CE da União<br />

Perspectivas para o futuro – a utilização<br />

das <strong>energias</strong> renováveis em nível internacional<br />

Expandir a utilização das <strong>energias</strong> renováveis é o primeiro<br />

passo para um futuro sustentável. A cooperação internacional<br />

é necessária para responder ao desafio e desenvolver<br />

novos mercados. <strong>As</strong> empresas e os consultores alemães,<br />

assim como as instituições de cooperação política e para o<br />

desenvolvimento, já compartilham sua experiência com muitos<br />

outros países.<br />

Europeia: atingir 18% de seu consumo bruto total de eletricidade<br />

proveniente de fontes renováveis até 2020.<br />

Legislação adequada à promoção<br />

das <strong>energias</strong> renováveis<br />

A Agência Alemã de Energia<br />

A Deutsche Energie-Agentur GmbH (dena), a Agência Alemã<br />

de Energia, é o órgão técnico especializado em eficiência<br />

energética, fontes de <strong>energias</strong> renováveis e sistemas energéticos<br />

inteligentes. A missão da Dena é gerar crescimento econômico<br />

e manter a prosperidade com um consumo de energia<br />

cada vez menor. Para a agência, a energia deve ser gerada<br />

e utilizada da forma mais eficaz, segura e econômica e com o<br />

menor impacto possível sobre meio ambiente, tanto nacional<br />

quanto internacionalmente. A Dena promove a eficiência<br />

energética e os mercados de <strong>energias</strong> renováveis em conjunto<br />

com investidores das áreas da política, dos negócios e da<br />

sociedade em geral.<br />

O governo alemão tornou possível o desenvolvimento do<br />

mercado de <strong>energias</strong> renováveis. A Lei de Fontes de Energias<br />

Renováveis, por exemplo, oferece aos produtores de energia<br />

elétrica renovável regimes de tarifas fixas para o fornecimento<br />

durante 20 anos, além de uma elevada segurança em<br />

seu planejamento. Ao mesmo tempo, uma gradual e contínua<br />

redução das tarifas de fornecimento para novos sistemas tem<br />

estimulado ainda mais a inovação e a redução dos preços.<br />

Graças ao extraordinário sucesso desta legislação, o número<br />

de países com regimes de estímulo à compra de energia<br />

proveniente de fontes renováveis semelhantes à legislação<br />

Alemã aumentou para mais de 60.<br />

juwi<br />

Wagner & Co, Cölbe<br />

Fontes de energia renovável como uma parte do<br />

fornecimento de energia na Alemanha [%]<br />

22<br />

20<br />

20,0<br />

18<br />

16<br />

14<br />

12<br />

10<br />

12,2<br />

10,4<br />

10,9<br />

BioConstruct GmbH<br />

8<br />

6<br />

6,7<br />

5.6 5,6<br />

4<br />

4,1 4,2<br />

2,9<br />

2<br />

0<br />

Parte do consumo<br />

final total de energia<br />

Parte do consumo<br />

bruto de electricidade<br />

FEC Consumo de energia final<br />

PEC Consumo de energia primário, calculado de acordo<br />

com o método de conteúdo de energia física<br />

Parte do consumo<br />

final total de energia<br />

para aquecimento<br />

0,6<br />

Parte de consumo<br />

de combustível<br />

2001<br />

Parte do consumo<br />

de energia primário<br />

2007 2008<br />

2009 2010 2011<br />

Fonte: BMU, com base no AGEE-Stat e noutras fontes<br />

Bundesverband WindEnergie e.V.<br />

A indústria das <strong>energias</strong> renováveis<br />

INTER CONTROL H. Anger‘s Söhne Bohr- und Brunnenbauges. mbH<br />

na Alemanha: um parceiro de confiança<br />

A base do crescimento repentino das <strong>energias</strong> renováveis na<br />

Alemanha é a força da produção nacional. No final de julho<br />

de 2012, aproximadamente 382.000 pessoas trabalhavam no<br />

setor nas áreas de pesquisa, produção, planejamento e instalação<br />

de sistemas. <strong>As</strong> empresas alemãs começaram cedo<br />

a investir no desenvolvimento de <strong>tecnologias</strong> <strong>associadas</strong> às<br />

<strong>energias</strong> renováveis e introduziram no mercado produtos<br />

de alto desempenho. <strong>As</strong> elevadas expectativas dos consumidores<br />

alemães estimulam a otimização e o desenvolvimento<br />

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Energias Renováveis<br />

Tecnologias <strong>As</strong>sociadas às Energias Renováveis –<br />

a Energia do Futuro<br />

<strong>As</strong> <strong>tecnologias</strong> <strong>associadas</strong> às <strong>energias</strong> renováveis<br />

resultam em pouca ou nenhuma emissão de CO 2<br />

<strong>As</strong> <strong>tecnologias</strong> <strong>associadas</strong><br />

às <strong>energias</strong> renováveis são<br />

infinitas e podem ser<br />

encontradas em todos<br />

os lugares<br />

<strong>As</strong> <strong>tecnologias</strong> <strong>associadas</strong> às <strong>energias</strong><br />

renováveis são um dos mercados que crescem<br />

S.A.G. Solarstrom AG<br />

mais rapidamente em todo mundo<br />

Solar Promotion GmbH<br />

<strong>As</strong> <strong>tecnologias</strong> <strong>associadas</strong> às<br />

Os custos do fornecimento de energia<br />

<strong>energias</strong> renováveis<br />

▪▪<br />

Não causam dano ao meio-ambiente e têm um papel<br />

importante na atenuação dos efeitos das mudanças climáticas;<br />

▪▪<br />

Estão disponíveis com abundância em todo o mundo;<br />

▪▪<br />

Reduzem a dependência das importações de energia e<br />

geram valor local;<br />

▪▪<br />

Geram emprego nos setores de crescimento sustentável;<br />

▪▪<br />

São a base para o fornecimento de energia sustentável<br />

tanto para países industrializados quanto para aqueles em<br />

vias de desenvolvimento;<br />

▪▪<br />

Constituem um dos mercados que crescem mais rapidamente<br />

em todo o mundo;<br />

▪▪<br />

São de baixo risco: não representam riscos relativos a resíduos<br />

e despertam pouco interesse como alvos terroristas.<br />

Os preços atuais de mercado para as <strong>energias</strong> fóssil e nuclear<br />

representam apenas uma fração dos verdadeiros custos que<br />

estas representam para a sociedade. Se os custos externos<br />

de danos ambientais e conflitos políticos fossem calculados,<br />

as <strong>energias</strong> renováveis seriam competitivas ou, em muitos<br />

casos, muito mais baratas do que a energia convencional.<br />

Os danos ecológicos causados pela utilização de combustíveis<br />

fósseis, em especial as consequências negativas provocadas<br />

pelas alterações climáticas e poluição do ar, estão se tornando<br />

um fator econômico cada vez mais relevante, tendo<br />

um impacto cada vez maior nas decisões políticas e econômicas.<br />

Por exemplo, os custos das emissões de CO derivados do<br />

2<br />

comércio internacional de emissões estabelecido pelo Protocolo<br />

de Quioto já influenciam atualmente o fluxo de investimentos<br />

relativos à construção de novas centrais elétricas e<br />

<strong>As</strong> <strong>tecnologias</strong> <strong>associadas</strong> às <strong>energias</strong><br />

renováveis podem responder a qualquer tipo<br />

de demanda energética:<br />

Fornecimento de energia à rede<br />

<strong>As</strong> <strong>energias</strong> hidráulica, geotérmica e eólica, bem como a bioenergia<br />

e a energia solar, podem substituir gradualmente a<br />

energia convencional. Uma combinação adequada de fontes<br />

de eletricidade e de tecnologia inteligente de controle das<br />

redes pode assegurar a estabilidade da distribuição.<br />

Fornecimento de energia independente<br />

novos indicadores de desempenho para empresas com respeito<br />

aos riscos derivados das mudanças climáticas. Além<br />

disso, os poluentes produzidos pela queima de combustíveis<br />

fósseis são a principal causa do nevoeiro fotoquímico (smog)<br />

e da chuva ácida. De acordo com o estudo encomendado<br />

pela Comissão Europeia, os custos econômicos para a sociedade<br />

alemã devidos à utilização de petróleo e carvão para a<br />

produção de eletricidade estão entre 0,05–0,08 €/kWh e<br />

0,03–0,06 € /kWh, respectivamente. <strong>As</strong> <strong>energias</strong> renováveis<br />

oferecem a possibilidade de atender às necessidades energéticas<br />

mundiais de uma forma sustentável e não prejudicial<br />

para o ambiente.<br />

às zonas rurais<br />

Aproximadamente dois bilhões de pessoas em todo o mundo<br />

não têm acesso à rede elétrica pública. Unidades de energia<br />

Quadro Iceberg –<br />

Custos societários da energia fóssil<br />

independentes com base em <strong>energias</strong> renováveis podem fornecer<br />

eletricidade sempre que seja tecnicamente difícil ou<br />

economicamente inviável construir uma rede elétrica.<br />

Preço cobrado ao consumidor<br />

Fornecimento de aquecimento descentralizado<br />

A bioenergia, a energia geotérmica e a energia termal solar<br />

Custos societários<br />

oferecem a energia necessária para o aquecimento, a refrigeração<br />

e o suprimento de água quente para uso doméstico,<br />

assim como para os sistemas de aquecimento das indústrias.<br />

Biocombustíveis para os meios de transporte<br />

Reservatório natural de energia solar, a biomassa pode ser<br />

Poluição do ar<br />

Danos ambientais<br />

Custos provenientes de conflitos políticos<br />

Custos da garantia e segurança<br />

Custos de limpeza<br />

utilizada como combustível em qualquer tipo de motor, assegurando<br />

a mobilidade de uma forma sustentável.<br />

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Energias Renováveis<br />

Tecnologias <strong>As</strong>sociadas às Energias Renováveis –<br />

para a atenuação das alterações climáticas<br />

Alterações climáticas: o desafio do século XXI<br />

O aquecimento global causado pelas emissões de gases do<br />

efeito estufa produzidas pelo homem é uma das maiores<br />

ameaças para a civilização humana no século XXI. Tendo já<br />

começado a afetar as vidas das pessoas em todo o mundo,<br />

suas consequências continuarão a se intensificar.<br />

Os aspectos econômicos das<br />

alterações climáticas<br />

Em 2006, o governo britânico publicou um relatório abrangente<br />

sobre os aspectos econômicos das alterações climáticas.<br />

Este salienta claramente que as alterações climáticas<br />

terão um impacto muito importante sobre o crescimento<br />

Os fatos<br />

A tendência de aumento na temperatura média global em<br />

longo prazo tem crescido desde o final dos anos 70. Desde<br />

as primeiras medições de temperatura realizadas no século<br />

XIX, a década compreendida entre 2001 e 2010 foi a mais<br />

quente registrada até agora.<br />

e o desenvolvimento de todos os países. Usando os resultados<br />

dos modelos econômicos oficiais, o relatório estima que<br />

se não forem tomadas medidas drásticas agora, os custos e<br />

os riscos globais das alterações climáticas serão equivalentes<br />

à perda de, pelo menos, algo entre 5% e 20% do PIB global a<br />

cada ano. De acordo com o relatório, os custos para estabilizar<br />

o nosso clima são significativos, mas os benefícios de uma<br />

reação rápida terão maior impacto que os custos econômicos<br />

Anomalia na temperatura média global anual<br />

(tomando como referência o período 1961–1990)<br />

de 1850 a 2010<br />

Anomalía (°C) respecto del periodo 1961–1990<br />

0.6<br />

0.4<br />

0.2<br />

0<br />

- 0.2<br />

-0.4<br />

- 0.6<br />

- 0.8<br />

1850 1900 1950 2000 Year<br />

Fonte: Met Office Hadley Centre, UK<br />

Met Office Hadley Centre and Climatic Research Unit<br />

NOAA National Climatic Data Center<br />

NASA Goddard Institute for Space Studies<br />

de não se tomar qualquer tipo de ação. O relatório aponta a<br />

necessidade de que todos os países tomem medidas em relação<br />

às mudanças climáticas e que, para isso, não devem limitar<br />

as aspirações de crescimento dos países ricos ou pobres.<br />

Os meios para atenuar as mudanças climáticas levarão cada<br />

vez mais a oportunidades de negócio, especialmente nos<br />

mercados das <strong>tecnologias</strong> de energia hipocarbônica, assim<br />

como outros serviços e produtos de baixa emissão de carbono.<br />

Com volumes projetados de centenas de bilhões de dólares<br />

todos os anos, estes mercados gerarão também um número<br />

significativo de empregos sustentáveis no setor.<br />

O Protocolo de Quioto<br />

Com o Protocolo de Quioto – o instrumento mais valioso<br />

para as políticas climáticas internacionais nos dias de<br />

hoje – os países industrializados se comprometeram a reduzir<br />

as emissões entre os anos de 2008 e 2012. (o chamado<br />

O aumento na concentração dos gases do efeito estufa na<br />

atmosfera devido às atividades humanas foi, provavelmente,<br />

a causa do aquecimento registrado no século XX. A queima<br />

de combustíveis fósseis e o desflorestamento em grande escala<br />

liberam dióxido de carbono (CO ) na atmosfera. <strong>As</strong> indústrias<br />

agrícola e pecuária também contribuem com a libe-<br />

2<br />

ração de gases como o metano (CH ) e o óxido nitroso (gás<br />

4<br />

hilariante, N O). O dióxido de carbono, o metano e o óxido<br />

2<br />

nitroso permitem que a radiação solar atravesse a atmosfera<br />

praticamente sem impedimento, mas retém a radiação de<br />

onda longa emitida pela superfície da Terra. O acúmulo destes<br />

gases na atmosfera dá lugar ao efeito estufa e a resulta na<br />

“primeiro período de compromisso”). Atualmente, 193 signatários<br />

(192 países e uma organização de integração econômica<br />

regional, a União Europeia) ratificaram este Protocolo.<br />

Na conferência sobre as mudanças climáticas, realizada<br />

em Doha, as partes envolvidas deram um passo fundamental<br />

para o contra-ataque global às alterações climáticas. Os<br />

países adotaram com sucesso o novo período de compromisso<br />

com o Protocolo de Quioto, negociando uma agenda para<br />

a implantação de um acordo universal sobre as alterações climáticas<br />

até 2015. Além disso, foi ratificado o anexo sobre<br />

novas instituições e o acordo de como integrar em grande<br />

escala o ambiente financeiro e o tecnológico em países em<br />

desenvolvimento.<br />

tendência de aumento das temperaturas na troposfera. De<br />

acordo com o 4º Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental<br />

sobre Mudanças Climáticas (IPCC) de 2007, a<br />

concentração atmosférica de dióxido de carbono em 2005 foi<br />

muito superior à escala natural dos últimos 650.000 anos,<br />

principalmente devido à utilização de combustíveis fósseis.<br />

Este fato pode ser comprovado se olharmos para os aumentos<br />

nas temperaturas médias do ar e dos oceanos, as alterações<br />

generalizadas nas quantidades de precipitação, na salinidade<br />

dos oceanos, nos padrões do vento e ao se observar<br />

manifestações climáticas extremas, como enchentes, precipitação<br />

elevada, ondas de calor e a intensidade dos ciclones<br />

tropicais.<br />

Uso das <strong>tecnologias</strong> em energia renováve<br />

como parte integrante da estratégia de redução<br />

das emissões<br />

Com o uso das <strong>energias</strong> renováveis, dispomos de fontes de<br />

energia que não produzem poluentes e que estão sendo constantemente<br />

renovadas de maneira natural pelo meio ambiente,<br />

estando disponíveis por um período de tempo indefinido<br />

durante toda a duração da vida humana. <strong>As</strong> <strong>tecnologias</strong><br />

<strong>associadas</strong> às <strong>energias</strong> renováveis podem reduzir as grandes<br />

emissões de CO do setor elétrico e substituir os combustíveis<br />

2<br />

minerais usados no transporte por aquecimento e refrigeração<br />

ecológicos. Em 2010, as reduções de emissões na Alemanha<br />

graças à substituição do uso dos combustíveis fósseis<br />

por <strong>tecnologias</strong> em <strong>energias</strong> renováveis foram o equivalente a<br />

aproximadamente 118 milhões de toneladas de CO (gases de<br />

2<br />

efeito estufa: CO , CH e N O).<br />

2 4 2<br />

BSW Solar/Langrock<br />

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Energias Renováveis<br />

Tecnologias <strong>As</strong>sociadas às Energias Renováveis –<br />

para a garantia energética<br />

O desafio: aumento da procura vs.<br />

redução dos recursos<br />

A demanda mundial pelos combustíveis fósseis está aumentando<br />

de uma forma estrondosa, especialmente devido às<br />

elevadas taxas de crescimento econômico registrada em<br />

algumas partes da Ásia. Ao mesmo tempo, as reservas estão<br />

diminuindo e os recursos restantes estão limitados a poucas<br />

regiões, que muitas vezes se caracterizam por serem politicamente<br />

instáveis. Esta situação provoca conflitos políticos<br />

e um número crescente de confrontos militares, causando,<br />

também, grande risco econômico para todas as sociedades e<br />

seu desenvolvimento, já que são altamente dependentes destes<br />

recursos cada vez mais caros.<br />

Dependência crescente das importações<br />

Como as reservas disponíveis estão concentradas em alguns<br />

países, todas as outras economias se veem obrigadas a<br />

importar combustíveis não renováveis. Por exemplo, a taxa<br />

de dependência energética da Alemanha era de 61% em<br />

2008, enquanto a dependência energética da União Europeia<br />

era de 54%. <strong>As</strong> importações líquidas necessárias não somente<br />

significam elevadas transferências de capital por parte destes<br />

países, como também insegurança no nível do fornecimento<br />

de energia e dependências políticas e geoestratégicas. Os<br />

fornecedores mais importantes de petróleo cru e gás natural<br />

foram a Rússia (com 33% das importações de petróleo e 40%<br />

das importações de gás) e a Noruega (com 16% e 23% respectivamente).<br />

Escassez dos recursos fósseis e nucleares<br />

Apesar de este ser um tema recorrente no debate científico e<br />

de ser difícil prever quando exatamente as reservas mundiais<br />

de petróleo chegarão ao fim, não existem dúvidas de que isto<br />

vai acontecer num futuro próximo. Seguindo os princípios<br />

econômicos básicos, em conjunto com o aumento da procura,<br />

especialmente das economias emergentes como a China,<br />

Índia e Brasil, esta situação conduzirá a um aumento significativo<br />

do preço do petróleo. O preço de 200 dólares por barril<br />

já não é visto como uma possibilidade assim tão remota.<br />

A especulação financeira, os conflitos militares como os<br />

do Oriente Médio e os desastres naturais – como os relacionados<br />

com as mudanças climáticas – irão aumentar ainda<br />

mais a volatilidade do preço do petróleo. Embora a maioria<br />

dos conflitos afete de maneira mais evidente e séria a produção<br />

do petróleo, os problemas que surgirão na sequência<br />

da maior escassez destes recursos também se aplicam ao gás<br />

natural, ao urânio e ao carvão, e acarretarão desafios semelhantes.<br />

Reservas de petróleo convencional<br />

Países com reservas de petróleo de > 1 Gt (2009)<br />

Conventional oil reserves.<br />

Countries with > 1 Gt oil reserves (2009)<br />

Consumo de energia dos países membros da UE,<br />

suas importações líquidas e taxa de dependência<br />

em 2008<br />

País Membro da UE<br />

Dependência<br />

de Energia<br />

UE27 54,00<br />

Chipre 97,30<br />

Dinamarca - 18,80<br />

Estônia 21,20<br />

Finlândia 54,40<br />

França 51,30<br />

Alemanha 61,60<br />

Malta 100,00<br />

Espanha 79,40<br />

Reino Unido 26,60<br />

Consumo energético bruto em milhões de toneladas equivalentes de petróleo (Mtoe), definido pela produção primária somada<br />

às importações e descontadas as exportações. <strong>As</strong> importações líquidas são definidas pela importação total menos as exportações.<br />

Importações divididas pelo consumo bruto.<br />

Fonte: Europe’s Energy Portal<br />

Tecnologias <strong>associadas</strong> às <strong>energias</strong> renováveis –<br />

geração valor local a partir de recursos abundantes<br />

e amplamente disponíveis<br />

A energia proveniente do vento, do sol, da terra e da biomassa<br />

encontra-se disponível em todo o globo e pode representar<br />

> 1–10 Gt<br />

> 10–20 Gt<br />

> 20 Gt<br />

Área Estratégica<br />

com cerca de 74% das tradicionais reservas mundiais de petróleo<br />

e cerca de 70% das reservas de gás natural<br />

Fonte: Instituto Federal para as Geociências e os Recursos Naturais<br />

Concentração regional das reservas disponíveis<br />

Além de os combustíveis fósseis estarem ficando cada vez<br />

mais escassos, as reservas que ainda restam estão limitadas a<br />

algumas regiões, muitas das quais enfrentam sérios problemas<br />

políticos e de segurança. Por exemplo, 71% das reservas<br />

de petróleo e 70% das reservas de gás do mundo estão localizadas<br />

no Oriente Médio e na região do Mar Cáspio, áreas<br />

denominadas “elipse dos recursos”.<br />

uma contribuição fundamental para a segurança energética<br />

e a prevenção de conflitos devido à diminuição dos combustíveis<br />

fósseis e nucleares. Além disso, para os 1,6 bilhão de<br />

pessoas sem acesso a um fornecimento de energia moderno<br />

e para a crescente demanda energética das economias emergentes,<br />

as <strong>tecnologias</strong> <strong>associadas</strong> às <strong>energias</strong> renováveis oferecem<br />

a possibilidade de um suprimento de energia descentralizado<br />

e sustentável, gerando valor local, dispensando<br />

redes elétricas caras e eliminando a dependência das importações.<br />

É neste que a utilização destes sistemas independentes<br />

e descentralizados para o fornecimento de eletricidade faz<br />

especialmente sentido. Para assegurar o suprimento de energia<br />

economicamente acessível e contínuo, os sistemas independentes<br />

híbridos podem utilizar várias fontes de energia<br />

de forma combinada. Por exemplo, fontes de energia tais<br />

como a energia eólica, fotovoltaica, hidráulica e motores de<br />

combustão podem trabalhar em conjunto com grande sucesso.<br />

juwi juwi FLABEG Holding GmbH EnviTec Biogas AG<br />

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Wind Energia Power eólica<br />

A Energia Eólica Ganha Força<br />

A energia eólica no caminho do desenvolvimento<br />

Vestas Central Europe<br />

Em muitas partes do mundo, moinhos de vento tradicionais<br />

eram utilizados para moer grãos ou bombear água, fazendo<br />

parte da paisagem histórica por séculos. <strong>As</strong> turbinas eólicas<br />

modernas são centrais elétricas que podem ser utilizadas<br />

para gerar eletricidade a preços competitivos. Graças à sua<br />

rentabilidade, tecnologia altamente desenvolvida e às suas<br />

vantagens ecológicas, a energia eólica é a que avança mais<br />

rapidamente, rumando à posição de fonte de eletricidade<br />

renovável de maior expressão em todo o mundo. De acordo<br />

com os dados do Conselho Global de Energia Eólica (GWEC),<br />

282.000 MW de capacidade eólica já haviam sido instalados<br />

em todo o mundo em 2012, dos quais 44.331 MW naquele<br />

mesmo ano. Isto corresponde a um crescimento anual de<br />

19%.<br />

convertendo-a em energia mecânica e, posteriormente, em<br />

eletricidade através de um gerador. Os engenheiros se basearam<br />

na experiência da construção de aviões para aproveitar<br />

força do vento no projeto das turbinas eólicas modernas.<br />

Atualmente, um rotor horizontal com três pás é o mais<br />

<strong>As</strong> vantagens da utilização da energia eólica:<br />

▪▪<br />

A energia eólica oferece eletricidade limpa e ambientalmente<br />

correta a preços competitivos;<br />

▪▪<br />

O mercado das turbinas eólicas gera empregos e beneficia<br />

economicamente as regiões mais pobres. A geração de<br />

emprego se manifesta nos setores de fabricação de turbinas<br />

e nos serviços de planejamento e de manutenção;<br />

entre outros. <strong>As</strong> receitas para as comunidades locais derivam<br />

da arrecadação de impostos e da geração de renda a<br />

partir da utilização do solo;<br />

▪▪<br />

<strong>As</strong> turbinas eólicas abrangem uma grande parte das aplicações,<br />

desde poucos kW até vários MW. Turbinas de<br />

10 kW não ligadas à rede fornecem energia a granjas e<br />

pequenos povoados, enquanto grandes parques eólicos<br />

marinhos com várias centenas de MW de capacidade instalada<br />

conseguem fornecer energia às redes de distribuição<br />

das regiões industriais.<br />

▪▪<br />

<strong>As</strong> turbinas eólicas são a base ideal para combinações com<br />

comum, tendo provado ser o mais mecanicamente confiável,<br />

visualmente atraente e silencioso. Foi projetado para proporcionar<br />

um excelente desempenho do gerador com velocidades<br />

de vento entre 12 a 16 m/s, apesar de funcionar bastante<br />

bem com velocidades inferiores. Se o vento estiver muito<br />

forte, o desempenho é reduzido para assegurar que o fornecimento<br />

à rede elétrica se mantenha em um nível constante<br />

de energia. Modernas <strong>tecnologias</strong> de controle são utilizadas<br />

quando as turbinas eólicas estão ligadas à rede para assegurar<br />

uma transição gradual e ‘suave’, evitando oscilações na<br />

rede. <strong>As</strong> previsões da produção de energia eólica são extremamente<br />

confiáveis, com projeções corretas em 90% dos<br />

casos. <strong>As</strong>sim, os fornecedores de rede elétrica podem integrar<br />

facilmente a energia eólica no planejamento necessário<br />

para a utilização de centrais elétricas. Uma turbina eólica<br />

moderna conectada à rede é composta pelos seguintes elementos:<br />

pás do rotor, cubo do rotor, nacele (com um gerador<br />

e possivelmente uma caixa de engrenagens), torre, fundação<br />

de concreto e conexão à rede de distribuição elétrica.<br />

outras fontes de <strong>energias</strong> renováveis, seja na rede de distribuição<br />

pública ou em uma rede destinada a uma pequena<br />

comunidade.<br />

Desempenho de uma turbina eólica<br />

Energia eólica instalada na Alemanha<br />

no fim de 2012<br />

<strong>As</strong> turbinas eólicas modernas giram lentamente, produzindo<br />

energia eficaz e silenciosamente. Dependendo da sua<br />

localização, uma única turbina de 1,5 MW produz de 2,5 a<br />

Alemanha<br />

Espanha<br />

Reino Unido<br />

Itália<br />

França<br />

Portugal<br />

Dinamarca<br />

Suécia<br />

Países Baixos<br />

Irlanda<br />

Grécia<br />

Polônia<br />

Áustria<br />

Bélgica<br />

Romênia<br />

Bulgária<br />

Hungria<br />

República Checa<br />

Finlândia<br />

Lituânia<br />

Estônia<br />

Chipre<br />

Luxemburgo<br />

Letônia<br />

Eslováquia<br />

Eslovênia<br />

Malta<br />

Mercado Europeu da Energia Eólica em 2012 (em MW)<br />

0 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 30.000 35.000<br />

5 milhões de kWh de eletricidade por ano, fornecendo assim<br />

energia suficiente para 1,000 a 2,000 famílias de quatro pessoas<br />

na Alemanha, ou duas ou três locomotivas elétricas. O<br />

desempenho de uma turbina eólica aumenta tendo conforme<br />

a área varrida pelas pás do rotor e a potência gerada pelas<br />

três pás depende da velocidade do vento, de maneira que um<br />

aumento de 10% na velocidade do vento aumenta o desempenho<br />

em um terço. A velocidade média do vento no local é<br />

um parâmetro essencial para a geração de energia a partir de<br />

de uma turbina eólica. Embora, como regra geral, torres mais<br />

altas estejam expostas a velocidades de vento mais elevadas<br />

e as pás gerem tanto mais energia quanto maior a sua dimensão,<br />

alguns fabricantes desenvolveram recentemente turbinas<br />

mais apropriadas para instalações localizadas nas zonas<br />

de interior com velocidade de vento média.<br />

Fonte: EWEA, relatório anual de 2012<br />

Desenvolvimento da tecnologia<br />

Energia eólica produzida na Alemanha<br />

de turbinas eólicas desde 1985<br />

A capacidade eólica total instalada na União Europeia (em<br />

seus 27 países) em 2012 chegou a 11.859 MW, enquanto apenas<br />

na Alemanha foram adicionados 2.415 MW de capacidade<br />

eólica. Os 31.308 MW das turbinas eólicas instaladas<br />

no final de 2012 conferem à indústria alemã uma posição de<br />

destaque. A Alemanha está utilizando a sua posição pioneira<br />

e larga experiência para fornecer ideias modernas para novas<br />

Diâmetro do rotor<br />

aplicações e soluções que já demonstraram sua qualidade em<br />

todo o mundo.<br />

Altura do cubo<br />

Principio de funcionamento<br />

<strong>As</strong> turbinas eólicas são centrais elétricas modernas de alta<br />

tecnologia com um princípio de funcionamento muito simples.<br />

<strong>As</strong> pás do rotor capturam a energia cinética do vento,<br />

1985 1990 1995 2000 2005 2008 2011<br />

Potência nominal (kW) 80 250 600 1.500 3.000 6.000 7.500<br />

Diâmetro do rotor (m) 20 30 46 70 90 126 127<br />

Altura do cubo (m) 40 50 78 100 105 135 135<br />

Geração de energia anual (kWh) 95 400 1.250. 3.500 6.900 20.000 app. 23.000<br />

Fonte: <strong>As</strong>sociação da Energia Eólica Alemã (BWE)<br />

www.renewables-made-in-germany.com<br />

www.juwi.com


Wind Energia Power eólica<br />

Energia Eólica Onshore<br />

Hoje em dia, as turbinas eólicas estão situadas principalmente<br />

nas zonas costeiras ou perto delas. A energia eólica,<br />

entretanto, está também presente em zonas mais interiores.<br />

Para garantir alto desempenho tanto no interior quanto na<br />

costa, foram desenvolvidas turbinas com torres altas e grandes<br />

áreas de varrimento. Lugares nas montanhas e nos planaltos<br />

são especialmente indicados para o aproveitamento de<br />

energia eólica. Foi desenvolvida uma vasta gama de turbinas<br />

para todos os tipos de aplicações. A indústria eólica alemã<br />

tem mais de 20 anos de experiência no setor da energia eólica<br />

moderna.<br />

Turbinas ligadas à rede elétrica<br />

<strong>As</strong> turbinas eólicas são montadas em grupos – os chamados<br />

parques eólicos – e também em unidades independentes.<br />

<strong>As</strong> unidades independentes normalmente fornecem energia<br />

diretamente à rede existente. Quando os parques eólicos são<br />

montados, os custos de conexão à rede são normalmente elevados<br />

(cabos de condução a rede elétrica para a passagem de<br />

energia, unidades de controle e estações de transformação).<br />

Atualmente, os parques eólicos representam a maioria das<br />

novas instalações na Europa.<br />

Repowering (Substituição de turbinas eólicas)<br />

<strong>As</strong> pequenas turbinas estão cada vez mais sendo substituídas<br />

por outras maiores e mais modernas. Na Alemanha, existe<br />

um grande potencial para o repowering – o número de turbinas<br />

que existe atualmente pode ser reduzido em médio e<br />

longo prazo, enquanto o desempenho pode ser aumentado<br />

substancialmente. Ao mesmo tempo, o repowering cria um<br />

mercado para as turbinas usadas, que podem ser úteis, por<br />

exemplo, em soluções como sistemas independentes.<br />

Sistemas independentes<br />

Os sistemas independentes são montados em áreas onde a<br />

rede pública está demasiado afastada ou onde as conexões à<br />

rede podem ser demasiado caras. Nestes lugares, o objetivo<br />

não é instalar a maior turbina eólica possível, mas sim uma<br />

que se adapte às condições e necessidades do local. Uma turbina<br />

com capacidade entre 100 a 330 kW, por exemplo, pode<br />

ser a melhor opção para um povoado com uma pequena rede<br />

de distribuição elétrica.<br />

Integração na rede elétrica<br />

A expansão do mercado de energia eólica apresenta novos<br />

desafios à rede de energia elétrica. A rede de transmissão<br />

de eletricidade tem de ser ampliada para poder transmitir<br />

a energia eólica, normalmente concentrada em zonas com<br />

níveis elevados de vento, aos centros onde são consumidas as<br />

maiores quantidades de eletricidade. Como a quantidade de<br />

energia eólica fornecida à rede oscila consideravelmente de<br />

acordo com as condições meteorológicas, as centrais elétricas<br />

convencionais devem ser capazes de reagir a flutuações<br />

no fornecimento elétrico ao mesmo tempo que, do ponto de<br />

vista da demanda, deva existir maior flexibilidade no sentido<br />

de controlar a sobrecarga.<br />

juwi<br />

juwi<br />

Bundesverband WindEnergie e.V.<br />

Estação de transformação<br />

Vestas Central Europe<br />

Vestas Central Europe<br />

juwi<br />

juwi<br />

juwi<br />

www.renewables-made-in-germany.com<br />

www.juwi.com


Wind Energia Power eólica<br />

Energia Eólica Offshore<br />

Com ventos mais fortes e constantes, as turbinas eólicas no<br />

mar têm rendimento entre 40% e 60% superior àquelas instaladas<br />

em terra. <strong>As</strong> turbinas eólicas offshore têm um potencial<br />

enorme. Em longo prazo, os parques eólicos marítimos<br />

na Alemanha serão capazes de atender 15% da demanda por<br />

eletricidade do país até 25.000 MW de capacidade, de acordo<br />

com os planos do governo alemão. Atualmente, quase todos<br />

os fabricantes de turbinas estão desenvolvendo e produzindo<br />

uma nova geração de turbinas eólicas offshore, maiores<br />

e mais rentáveis, com capacidades de até 6 MW por turbina<br />

ou mais – embora a maioria das turbinas instalada atualmente<br />

tenha capacidade entre 2,3 a 3,7 MW. Os parques eólicos<br />

offshore têm sido planejados e construídos em águas com<br />

profundidades de 30 metros ou mais, o que tornam necessários<br />

novos projetos para as fundações de concreto. Além de<br />

precisarem estar conectados à rede, necessitando cabos submarinos,<br />

os parques eólicos offshore precisam se estender ao<br />

longo da costa para permitir o fluxo da eletricidade gerada.<br />

Estes parques estão criando novos incentivos para a indústria<br />

e para o mercado de trabalho, especialmente para as<br />

empresas de prestadoras de serviços e de serviços públicos<br />

que tenham boa atuação no mar. Zonas costeiras economicamente<br />

debilitadas, onde a indústria pesqueira e de construção<br />

naval estão sofrendo, serão as que mais se beneficiarão<br />

com este desenvolvimento. No final de 2011, os parques eólicos<br />

instalados no mar podiam ser encontrados em doze países,<br />

nove deles na Europa e algumas instalações de menor<br />

dimensão na China e no Japão.<br />

A capacidade total instalada em alto mar chegou aos<br />

4.000 MW, ou 1,8% da capacidade eólica total em todo o<br />

mundo. Turbinas eólicas com capacidade de 700 MW foram<br />

adicionadas em 2011 em novos parques eólicos offshore na<br />

Dinamarca, Reino Unido, Alemanha, Suécia e China. Em<br />

Maio de 2011, começou a funcionar o primeiro parque eólico<br />

offshore localizado na costa alemã do Mar Báltico, com uma<br />

capacidade total de 48 MW (Baltic 1). Ademais, vários projetos<br />

encontram-se agora em fase de planeamento.<br />

Perspectivas<br />

Após a queda do mercado eólico internacional, espera- se<br />

uma redução dos custos e uma otimização tecnológica no<br />

tempo de desenvolvimento da energia eólica. O Conselho<br />

Global de Energia Eólica (GWEC) estima que em 2030 a<br />

energia eólica seja a fonte de energia ambientalmente correta,<br />

atendendo de 15 a 17,5% da demanda global por eletricidade,<br />

dependendo de como esta se desenvolver. Os parques<br />

eólicos, tanto onshore quanto offshore, terão um papel cada<br />

vez mais importante nos esforços internacionais para conter<br />

os efeitos das mudanças climáticas. Com o desenvolvimento<br />

deste mercado, as medidas para otimizar a rede existente<br />

deverão ser prioritárias, principalmente no que diz respeito à<br />

sua ampliação. Nos próximos anos, a expansão internacional<br />

da energia eólica dependerá da regulação das politicas energéticas<br />

e do planejamento urbano – mencionando-se apenas<br />

duas áreas. Os requisitos essenciais incluem a designação<br />

de áreas adequadas para os parques eólicos nas zonas costeiras<br />

e no mar, a eliminação das restrições à altura das torres,<br />

a ampliação da infraestrutura de rede, o financiamento<br />

das <strong>tecnologias</strong> de armazenamento e a criação de incentivos<br />

para a mudança de matriz energética como alternativa para<br />

um desempenho mais eficiente. Na Alemanha, estão sendo<br />

tomadas medidas para ampliar a rede elétrica e melhorar<br />

seu aproveitamento, por exemplo, através do monitoramento<br />

da temperatura. Estas melhorias irão transformar as redes<br />

de energia existentes em redes inteligentes. A utilização de<br />

novas <strong>tecnologias</strong> de armazenamento, tais como o armazenamento<br />

por ar comprimido, possibilidades de armazenamento<br />

de veículos elétricos, transformação do excesso de energia<br />

eólica em gás solar, melhor gestão da potência nos setores<br />

privado e industrial, assim como a ligação entre a geração de<br />

energia descentralizada às chamadas centrais elétricas virtuais<br />

– tudo isto oferece um potencial significativo para a<br />

perfeita integração da energia eólica.<br />

Vestas Central Europe<br />

BARD-Gruppe<br />

REpower Systems AG / Jan Oelker<br />

Stiftung Offshore Windenergie/DOTI, 2009<br />

www.renewables-made-in-germany.com<br />

www.juwi.com


Photovoltaics<br />

Energia FotovoltaicA<br />

Energia Solar<br />

Utilização direta da energia solar<br />

O sol fornece mais energia à Terra em uma hora do que aquela<br />

que é utilizada em todo o mundo em um ano. A utilização<br />

direta da energia solar pode ser dividida em dois tipos: energia<br />

térmica (geração de calor ou eletricidade) e fotovoltaica<br />

(geração de eletricidade). Esta apresentação descreve a conversão<br />

direta da luz solar em energia elétrica. Graças aos seus<br />

vários anos de experiência, os fabricantes alemães fornecem<br />

sistemas e produtos fotovoltaicos de qualidade superior que<br />

têm grande procura em todo o mundo.<br />

baterias. Conforme o armazenamento da energia ganha mais<br />

importância, os sistemas com acumuladores ampliam sua<br />

participação no mercado. Os sistemas fotovoltaicos podem<br />

ser concebidos como sistemas independentes ou como sistemas<br />

conectados à rede. Nos sistemas independentes, a geração<br />

de energia atende necessidades energéticas específicas,<br />

ou seja, se for necessário, é possível armazenar a energia em<br />

acumuladores ou complementá-la com uma fonte de energia<br />

adicional (sistema híbrido). Nos sistemas conectados, a rede<br />

elétrica pública funciona na prática como meio de armazenamento<br />

de energia.<br />

Eletrodo<br />

negativo<br />

Camada<br />

de bloqueio<br />

Silício não<br />

purificado tipo n<br />

painel solar módulo solar gerador solar<br />

Vantagens da geração fotovoltaica de energia:<br />

Silício não<br />

purificado tipo p<br />

Eletrodo<br />

positivo<br />

Ausência de ruído e emissões.<br />

▪▪<br />

Sistemas perfeitamente integrados ao ambiente urbano,<br />

principalmente telhados. Discretos, podem ser instalados<br />

em superfícies que antes não eram utilizadas, constituindo<br />

Painéis solares e módulos solares<br />

um bom uso do espaço urbano para a produção de eletricidade.<br />

▪▪<br />

Grande abrangência de aplicações, desde as mais simples<br />

– como máquinas calculadoras de bolso – até a produção<br />

de energia em residências e grandes centrais com<br />

um desempenho de vários megawatts.<br />

▪▪<br />

Ausência de peças móveis, conferindo longa vida útil aos<br />

sistemas.<br />

▪▪<br />

Alta sustentabilidade ambiental: a utilização e eliminação<br />

de silício não representam qualquer perigo para o meio<br />

ambiente.<br />

Os painéis solares convertem a luz do sol em eletricidade<br />

através do efeito fotovoltaico (fóton = luz). Embora as células<br />

de silício mono e policristalinas sejam as mais conhecidas<br />

atualmente, a presença de outras <strong>tecnologias</strong> no mercado<br />

tem aumentado a cada ano. O módulo solar é formado por<br />

um conjunto de painéis fotovoltaicos ligados eletricamente<br />

entre si e dispostos entre duas lâminas de vidro. Ao selecionar<br />

os módulos fotovoltaicos, é importante levar em conta<br />

não apenas o custo do módulo (preço por quilowatt), como<br />

também os custos do sistema por quilowatt-hora produzido<br />

(custo de produção). Apesar da variação dos preços dos<br />

sistemas fotovoltaicos nos diferentes países devida aos custos<br />

locais e de disponibilidade, locais diretamente expostos a<br />

altos níveis de radiação solar fazem com que os investimentos<br />

sejam mais lucrativos.<br />

A indústria fotovoltaica alemã –<br />

um parceiro de confiança<br />

Só na Alemanha, cerca de 7.600 MW de capacidade em painéis<br />

solares foram instalados em 2012, aumentando assim<br />

a potência instalada total para 32.389 MW p<br />

. Testados para<br />

Sistemas fotovoltaicos<br />

Dependendo do tipo de aplicação, os módulos são configurados<br />

e ligados a sistemas completos com inversores, reguladores<br />

de carga, cabos, baterias e outros componentes.<br />

Atualmente, apenas sistemas autossuficientes contam com<br />

garantir perfeita compatibilidade, os produtos alemães apresentam<br />

um nível elevado de integração ao sistema e são flexíveis<br />

para permitir sua adaptação a características específicas.<br />

Os inversores mais eficientes do mundo são fabricados<br />

na Alemanha.<br />

SOLARWATT AG<br />

Fronius Deutschland GmbH<br />

BSW-Solar<br />

Wagner & Co, Cölbe<br />

Energiebau<br />

SMA Solar Technology AG<br />

Bosch Solar Energy AG<br />

SMA Solar Technology AG<br />

www.renewables-made-in-germany.com<br />

ENERGYSYSTEMS<br />

www.intersolar.com www.juwi.com www.smart-energy.ag www.solarlog.com


Photovoltaics<br />

Energia FotovoltaicA<br />

Sistemas fotovoltaicos ligados à rede<br />

Princípios da instalação de sistemas foto-<br />

voltaicos conectados à rede elétrica<br />

▪▪<br />

Geração de energia – os painéis solares geram energia elétrica<br />

(corrente contínua) a partir da luz solar que incide<br />

diretamente sobre eles. Conversão da energia – a corrente<br />

contínua é convertida em corrente alternada como a<br />

Este é um fator que também melhora a eficácia do sistema<br />

e diminui o impacto ambiental. Os sistemas de energia<br />

solar conectados à rede são também flexíveis em seu tamanho,<br />

podendo ser implementados em qualquer dimensão,<br />

de 100 watts até vários megawatts. Por exemplo, em um<br />

sistema projetado para suprir todo o consumo anual de<br />

uma família média de quatro pessoas na Alemanha, cada<br />

casa necessitaria de um sistema fotovoltaico com capacidade<br />

de cerca de 4 ou 5 kW. Dependendo do tipo de tecnologia<br />

fotovoltaica utilizada, isto corresponde a uma área de<br />

cerca de 30 ou 40 m 2 . Uma casa em que se utilizem eletrodomésticos<br />

de baixo consumo de energia, entretanto, uma<br />

capacidade de 2 ou 3 kW será suficiente, o que necessitará<br />

aproximadamente 20 m 2 da área do telhado para instalação<br />

do sistema.<br />

que é utilizada na rede elétrica. Esta conversão é realizada<br />

pelo inversor de carga elétrica, que também regula o modo<br />

correto de funcionamento de acordo com as condições de<br />

radiação e inclui dispositivos de monitoramento e de proteção.<br />

▪▪<br />

Utilização da energia – dependendo do tipo de ligação,<br />

a eletricidade gerada é totalmente fornecida para as<br />

redes públicas ou imediatamente utilizada no suprimento<br />

doméstico para posterior fornecimento do excedente<br />

para a concessionária de energia elétrica. Comparando<br />

com a instalação de um sistema desconectado, os custos<br />

dos sistemas integrados à rede são mais baixos já que<br />

Opções de design<br />

Os sistemas fotovoltaicos oferecem várias opções de design:<br />

colocação no telhado, integração na construção do telhado e<br />

da fachada dos edifícios, cobertura total do telhado, painéis<br />

solares semitransparentes, sistemas combinados de proteção<br />

solar e geração de energia fotovoltaica, sistemas com colocação<br />

independente, utilização de barreiras de proteção sonora<br />

e telhados das estações ferroviárias. <strong>As</strong> empresas alemãs<br />

fornecem sistemas robustos, fiáveis e testados para grande<br />

variedade de aplicações, e que também se destacam do ponto<br />

de vista estético.<br />

geralmente o armazenamento de energia não é necessário.<br />

Confiabilidade do fornecimento<br />

com sistemas fotovoltaicos<br />

No caso de falha de energia, os sistemas fotovoltaicos conectados<br />

à rede devem de ser normalmente desconectados para<br />

prevenir o funcionamento independente descontrolado. Contudo,<br />

um sistema conectado à rede também pode ser modificado<br />

para que, se acontecer um corte de energia (durante<br />

tempestades ou em áreas com uma rede elétrica instável), o<br />

sistema funcione para o suprimento emergencial de energia.<br />

Bosch Solar Energy AG<br />

COLEXON Energy AG<br />

S.A.G. Solarstrom AG<br />

Painéis solares fotovoltaicos conectados à rede de grande escala<br />

Painéis montados em telhado plano<br />

Wagner & Co, Cölbe<br />

Fronius Deutschland GmbH<br />

SUNSET Energietechnik GmbH<br />

Wagner & Co, Cölbe<br />

Solon AG, W. Murr<br />

Instalação de painéis fotovoltaicos Inversor fotovoltaico Inversores e interruptores CC<br />

Painéis fotovoltaicos como<br />

revestimento externo<br />

Cobertura de painéis fotovoltaicos<br />

www.renewables-made-in-germany.com<br />

ENERGYSYSTEMS<br />

www.intersolar.com www.juwi.com www.smart-energy.ag www.solarlog.com


Photovoltaics<br />

Energia FotovoltaicA<br />

Tendências futuras<br />

Bosch Solar Energy AG<br />

Bosch Solar Energy AG<br />

Bosch Solar Energy AG<br />

Bosch Solar Energy AG<br />

Outras <strong>tecnologias</strong><br />

No futuro, a energia fotovoltaica será utilizada cada vez mais<br />

em vários aspectos de nossas vidas e a tendência para a utilização<br />

de módulos solares como um elemento arquitetônico<br />

irá continuar, como os painéis semitransparentes para fachadas<br />

de vidro. Desta maneira, o design, a produção de energia<br />

não contaminante e a proteção solar competente andarão<br />

lado a lado. Os painéis solares flexíveis, tanto os cristalinos<br />

como os de película fina, abrem novos horizontes e se adequam<br />

a uma grande variedade de aplicações. Hoje em dia, os<br />

módulos flexíveis de película fina, leves e sem vidro já estão<br />

disponíveis e podem, por exemplo, ser integrados aos telhados<br />

das casas ou aplicados nos tetos de veículos ou barcos.<br />

Atualmente, a maioria dos painéis solares utilizados no<br />

mundo é feita de silício cristalino. No futuro, painéis solares<br />

de película fina tendem a ganhar mais espaço graças, dentre<br />

Ademais, estão sendo pesquisadas aplicações mais abrangentes,<br />

tais como a integração de painéis solares em roupas ou<br />

toldos.<br />

outras vantagens operacionais, à matéria-prima mais barata,<br />

Integração à rede elétrica<br />

A expansão contínua dos sistemas fotovoltaicos – especialmente<br />

em zonas rurais onde há grande alimentação e energia<br />

fotovoltaica à rede e baixa utilização local – exigirá uma<br />

ampliação das redes de distribuição de energia local. A<br />

indústria fotovoltaica alemã está desenvolvendo inversores<br />

modernos que podem aumentar consideravelmente a capacidade<br />

de carga da rede de distribuição, reduzindo, assim, seu<br />

custo de ampliação.<br />

a uma superfície mais homogênea. Hoje, entretanto, os painéis<br />

solares de película fina ainda funcionam com um fator<br />

de eficiência mais baixo, por isso exigem uma área de instalação<br />

maior para atingirem a mesma capacidade de desempenho<br />

dos módulos de silício cristalino. Além disso, já começam<br />

a ser disponibilizados no mercado os concentradores<br />

solares fotovoltaicos (CPV), que utilizam lentes para direcionar<br />

os raios do sol sobre os painéis solares, cuja função principal<br />

é utilizar uma quantidade menor de material fotovoltaico<br />

semicondutor de valor elevado para absorver uma maior<br />

quantidade de luz solar. A eficácia varia entre 20% e 30%.<br />

A energia fotovoltaica orgânica (OPV) continua sendo pesquisada<br />

e imita os processos fotossintéticos que existem na<br />

natureza.<br />

Possíveis aplicações<br />

Responsabilidade do fabricante<br />

e reciclagem dos produtos<br />

Os módulos fotovoltaicos contêm materiais que podem ser<br />

recuperados e reutilizados tanto em novos módulos fotovoltaicos<br />

como em outros novos produtos, como o vidro, o alumínio<br />

e uma grande variedade de materiais semicondutores.<br />

O primeiro grande grupo de sistemas fotovoltaicos existentes<br />

será aposentado em 10 ou 15 anos e as questões relacionadas<br />

com a responsabilidade do fabricante e a reciclagem do produto<br />

estão se tornando cada vez mais importantes. Os processos<br />

de reciclagem industrial existem tanto para módulos<br />

de película fina como para os módulos de silício. Para assumir<br />

a responsabilidade pelos módulos fotovoltaicos ao longo<br />

de toda a cadeia de valor – do aprovisionamento de matérias-<br />

-primas à reciclagem – as empresas da indústria fotovoltaica<br />

europeia desenvolveram, em 2007, um sistema de coleta e de<br />

reciclagem – o “CICLO FOTOVOLTAICO”.<br />

Painel solar orgânico Módulo de painel solar orgânico Produção de painéis solares<br />

Processo de reciclagem fotovoltaica<br />

Fraunhofer ISE<br />

Fraunhofer ISE<br />

Sunicon AG<br />

SolarWorld AG<br />

Wagner & Co Solartechnik GmbH<br />

COLEXON Energy AG<br />

Sunicon AG<br />

SMA Technologie AG<br />

SolarWorld AG<br />

Bosch Solar Energy AG<br />

Inversor com funções integradas<br />

para gestão da rede<br />

Resíduos de silicone<br />

www.renewables-made-in-germany.com<br />

ENERGYSYSTEMS<br />

www.intersolar.com www.juwi.com www.smart-energy.ag www.solarlog.com


Solar Energia thermal Solar Térmica<br />

Tecnologias e Aplicações do Calor Solar<br />

O uso da energia solar para gerar calor é uma tecnologia testada<br />

e comprovada que vem sendo utilizada há décadas. A<br />

energia solar térmica pode ser utilizada tanto para o aquecimento<br />

de água nas residências como também para o sistema<br />

de aquecimento e refrigeração dos edifícios.<br />

Vidro solar<br />

Absorvedor solar<br />

Carcaça<br />

Isolamento térmico<br />

Painel traseiro<br />

O coletor mais simples que existe é o absorvedor de plástico<br />

sem vidro, em que a água é bombeada através de tapetes<br />

de plástico preto para, geralmente, ser utilizada no aquecimento<br />

de piscinas. O método possibilita alcançar temperaturas<br />

que variam entre 30 °C e 50 °C. Três quartos dos coletores<br />

utilizados na Alemanha são coletores de placa lisa, em que o<br />

absorvedor solar que converte a radiação em energia térmica<br />

é instalado numa caixa envidraçada com isolamento para<br />

reduzir a perda de calor. Os coletores planos normalmente<br />

funcionam em amplitudes térmicas que vão de 60 °C a 90 °C.<br />

Os coletores de ar são um tipo de coletor de placa lisa especial<br />

no qual o ar é aquecido e, em grande parte das vezes, utilizado<br />

diretamente, sem armazenamento intermediário, no<br />

aquecimento de edifícios.<br />

O ar aquecido pode ser também utilizado na secagem dos<br />

produtos agrícolas. Através da utilização de trocadores de<br />

calor de ar e água, a água também pode ser aquecida, por<br />

exemplo, para uso doméstico. Podem ser alcançadas temperaturas<br />

mais elevadas e graus de eficiência ainda maiores<br />

através dos coletores de tubo a vácuo, uma vez que a perda<br />

de calor é ainda mais reduzida através da forte pressão negativa<br />

existente nos tubos de vidro. Um coletor é composto<br />

por vários tubos de vidro à vácuo. Graças à montagem giratória<br />

dos tubos individuais, o absorvedor plano localizado<br />

no receptor de vidro pode ser posicionado totalmente virado<br />

para o sol. Como resultado, os coletores de tubo a vácuo<br />

podem ser instalados praticamente na horizontal em telhados<br />

planos. Cada tubo forma um sistema fechado que transmite<br />

o calor à água mediante um circuito térmico resistente<br />

as geadas.<br />

Tecnologias e Aplicações<br />

Os equipamentos solares para a geração de calor podem ser<br />

utilizados em qualquer parte no mundo, mesmo em áreas<br />

com baixos níveis de radiação solar. Os sistemas de energia<br />

solar térmica têm sido normalmente utilizados na Alemanha<br />

para o aquecimento de água de uso doméstico e para o aquecimento<br />

de moradias isoladas e casas geminadas. Nos últimos<br />

anos, foram feitos grandes esforços para introduzir a<br />

energia solar térmica em edifícios de apartamentos, hospitais,<br />

casas residenciais, hotéis e no setor comercial. Consequentemente,<br />

os sistemas de energia solar térmica de grande<br />

escala e de elevada qualidade estão sendo utilizados também<br />

na reforma de apartamentos para alugar, por exemplo,<br />

em edifícios com vários andares, sem efeitos negativos sobre<br />

os custos de energia ou sobre a renda. Em edifícios residenciais,<br />

existem dois tipos de sistemas de energia solar térmica:<br />

aqueles que são utilizados apenas para o aquecimento<br />

de água e aqueles que fornecem também aquecimento para<br />

os ambientes (os chamados sistemas combi). Normalmente,<br />

a energia solar consegue fornecer de 10 a 30% das necessidades<br />

totais de energia de um edifício, dependendo do isolamento<br />

da construção e das necessidades de aquecimento.<br />

Existem também casas que empregam energia solar especial,<br />

obtendo de 50 a 100% das suas necessidades de aquecimento<br />

a partir da energia solar térmica.<br />

BSW-Solar/Langrock<br />

KBB Kollektorbau GmbH<br />

KBB Kollektorbau GmbH<br />

Diferentes tipos de coletores solares<br />

Curvas de eficiência<br />

Eficiência vs. diferença de temperatura<br />

para vários tipos de coletores<br />

Eficência do coletor em %<br />

100<br />

80<br />

60<br />

40<br />

20<br />

0<br />

Característica do<br />

absorvedor<br />

Característica do<br />

coletor de placa lisa<br />

Característica do<br />

tubo de vazão<br />

0 20 40 60 80 100 120 140 160 Diferença de<br />

temperatura em °C<br />

Fonte: DLR<br />

Aquecimento de piscinas Aquecimento de água Apoio para aquecimento de ambientes Calor industrial<br />

Vantagens para os usuários<br />

▪▪<br />

Redução do consumo de combustíveis fósseis<br />

▪▪<br />

Economia substancial nas contas de aquecimento<br />

convencional<br />

▪▪<br />

Custos de aquecimento mais previsíveis<br />

▪▪<br />

Menor dependência das importações de energia<br />

▪▪<br />

Contribuição direta para a redução das emissões de CO 2<br />

▪▪<br />

Tecnologia comprovada e confiável<br />

Perspectivas<br />

A importância da tecnologia da energia solar térmica foi<br />

subestimada durante muitos anos, mas a tendência de elevação<br />

nos preços da energia e o desenvolvimento de técnicas<br />

inovadoras de aquecimento solar apontam grande crescimento<br />

no futuro. Os sistemas modernos de gestão da energia<br />

solar térmica possibilitam uma redução significativa nos preços<br />

de operação, levando assim a uma redução significativa<br />

nos custos dos serviços no setor residencial. Na construção<br />

de prédios residenciais, a energia solar térmica pode ser utilizada<br />

de forma que não haja efeitos negativos nos custos de<br />

energia ou na renda.<br />

BSW-Solar/Upmann<br />

www.renewables-made-in-germany.com<br />

www.intersolar.com<br />

www.kbb-solar.com


Solar Energia thermal Solar Térmica<br />

Água Quente e Aquecimento<br />

Água quente para uso doméstico<br />

Wagner & Co, Cölbe<br />

em moradias unifamiliares<br />

Esta é a aplicação mais comum para a energia solar térmica<br />

em todo o mundo. <strong>As</strong> empresas de energia solar térmica dispõem<br />

de muitos anos de experiência na produção, planejamento<br />

e construção de sistemas de aquecimento solar e seus<br />

componentes. Na Europa, estes sistemas são normalmente<br />

projetados para responderem a 100% da demanda total de<br />

água quente nos seis meses mais quentes do ano. Durante os<br />

seis meses mais frios, uma caldeira a gás, petróleo ou madeira,<br />

ou um ar condicionado com bomba de calor alimentados<br />

por um sistema de energia térmica solar fornecem água<br />

quente. Desta maneira, aproximadamente 60% das necessidades<br />

de água quente podem ser supridas durante todo o ano<br />

com a energia solar térmica.<br />

Wagner & Co, Cölbe<br />

Sistemas de água quente de grande dimensão<br />

para uso doméstico<br />

Os sistemas de água quente de grande dimensão para uso em<br />

conjuntos de apartamentos, hotéis e hospitais, dentre outros,<br />

normalmente usam coletores solares com áreas que variam<br />

de dez até várias centenas de metros quadrados. São normalmente<br />

projetados para um nível mais baixo de cobertura<br />

solar das necessidades de água quente e, assim, são particularmente<br />

eficazes.<br />

1<br />

5<br />

Energia solar para aquecimento urbano<br />

<strong>As</strong> grandes instalações solares também podem fornecer calor<br />

2<br />

3<br />

4<br />

para as redes urbanas de aquecimento. Nos edifícios residenciais<br />

conectados à rede, o calor é armazenado antes de<br />

ser transferido para a água quente doméstica e para o aquecimento<br />

de ambientes. Além disso, os sistemas centrais de<br />

aquecimento solar têm maior desempenho, possibilitando<br />

um armazenamento diferente de acordo com as épocas<br />

do ano. O calor solar obtido durante o verão é utilizado para<br />

Sistemas de energia solar térmica para o aquecimento<br />

doméstico de água numa residência:<br />

1) Coletor<br />

2) Reservatório para armazenamento da energia solar<br />

3) Caldeira<br />

4) Estação solar<br />

5) Equipamento de consumo de água quente<br />

(por exemplo, chuveiro)<br />

aquecer um reservatório de água de grande dimensão; nos<br />

meses de inverno, este calor solar é utilizado para aquecer as<br />

casas que se encontram conectadas à rede.<br />

Sistema de circulação com uso de bomba<br />

A energia térmica obtida no coletor é transmitida através de<br />

um meio de transferência de calor, que é forçado a circular<br />

através de uma bomba, para o reservatório de armazenamento<br />

de energia. <strong>As</strong>sim, o reservatório de energia pode ser colocado<br />

no sótão, facilitando a integração da instalação solar e<br />

Combinação de água quente e aquecimento<br />

para uso doméstico<br />

Nos sistemas combinados, a água quente e o aquecimento de<br />

ambientes são fornecidos através de painéis solares, permitindo<br />

uma economia maior de energia convencional. Os sistemas<br />

para residências unifamiliares normalmente necessitam<br />

de uma área de 10 a 18 m 2 para o coletor. A energia solar<br />

fornece normalmente entre 10% e 30% da demanda total de<br />

energia de um edifício dependendo do isolamento térmico<br />

e das necessidades de aquecimento. Existem também casas<br />

que empregam energia solar especial, obtendo entre 50 e<br />

100% das suas necessidades de aquecimento através da energia<br />

solar térmica.<br />

da produção de calor convencional. Uma unidade de controle<br />

monitora e controla o sistema para que exista sempre energia<br />

térmica disponível para o aquecimento da água.<br />

Sistemas de termossifão (convecção)<br />

Os sistemas de termossifão são idealmente instalados em<br />

áreas livres de geadas e o seu design é bastante simples. Fluidos<br />

quentes são menos densos do que os frios e, assim, a gravidade<br />

permite que o meio de transferência do calor circule<br />

entre o coletor e o reservatório que se encontra na parte<br />

superior. Os sistemas de termossifão não necessitam de energia<br />

elétrica para bombas e reguladores.<br />

Wagner & Co, Cölbe<br />

Wagner & Co, Cölbe<br />

Bosch Thermotechnik GmbH<br />

Wagner & Co, Cölbe<br />

www.renewables-made-in-germany.com<br />

www.intersolar.com<br />

www.kbb-solar.com


Solar Energia thermal Solar Térmica<br />

Refrigeração Solar<br />

Ar condicionado solar<br />

A tecnologia solar térmica pode contribuir significativamente<br />

para os sistemas de ar condicionado. O calor gerado num<br />

coletor é utilizado como energia para alimentar a geração de<br />

ar frio. Uma vantagem única desta tecnologia é que a necessidade<br />

do ar condicionado acontece justo quando o sol brilha,<br />

eliminando a necessidade de armazenar o calor ou o<br />

frio durante muito tempo. Além de economizar combustível<br />

fóssil, esta tecnologia reduz a demanda por energia elétrica<br />

durante o verão. Espera-se que crescente demanda por<br />

conforto nas residências, aliada à tendência de construir edifícios<br />

com fachadas de vidro maiores, aumente a procura de<br />

sistemas de ar condicionado ambientalmente corretos. Estes<br />

sistemas representam uma alternativa confiável especialmente<br />

em países mais quentes, onde a energia consumida<br />

pelos equipamentos de refrigeração de compressão elétrica<br />

já obriga as redes a trabalhar em sua capacidade máxima. Há<br />

dois sistemas diferentes para a refrigeração solar.<br />

to direto com a atmosfera. Segundo o método desidratante,<br />

o vapor d’água é separado do ar utilizando um desidratante,<br />

por exemplo, gel de sílica, colocado num cilindro rotativo<br />

poroso que absorve a umidade. Durante o processo de rotação,<br />

parte do cilindro é constantemente aquecida por um<br />

fluxo de ar aquecido pelo sol para que a umidade seja liberada<br />

no ambiente. Na primeira fase, o ar é ligeiramente aquecido<br />

e desumidificado. Depois, é resfriado até a temperatura<br />

ambiente ao passar por uma segunda fase. A evaporação da<br />

água fornece refrigeração contínua até o nível desejado.<br />

Sistema Aberto de Refrigeração<br />

Coletor solar<br />

Humidificador<br />

de ar<br />

Sistemas Fechados<br />

O calor solar é utilizado para ativar o processo de refrigeração.<br />

No processo fechado, os líquidos envolvidos não têm<br />

qualquer contato com a atmosfera.<br />

Fonte: DLR<br />

Rotor de desumidificação<br />

Rotor de troca<br />

Wagner & Co, Cölbe<br />

Perspectivas<br />

<strong>As</strong> empresas e instituições de pesquisa estão desenvolvendo<br />

sistemas de refrigeração solar cada vez mais compactos,<br />

baratos e adequados às necessidades de consumo mais baixas.<br />

Até agora, só estão disponíveis no mercado sistemas de<br />

grande dimensão com capacidades de refrigeração de 50 a<br />

100 kW, adequandos para a refrigeração do ar em grandes<br />

estabelecimentos comerciais, prédios de escritórios ou centros<br />

de convenção. A comercialização de sistemas de menor<br />

dimensão com capacidades de alguns quilowatts para uso<br />

residencial ainda não está muito avançada. A refrigeração<br />

solar é bastante importante em alguns países com grandes<br />

necessidades de refrigeração. Esta tecnologia de ponta promete<br />

reduzir, em longo prazo, o consumo de energia e os custos<br />

da climatização.<br />

Sistemas abertos<br />

O processo aberto emprega água refrigerada em conta-<br />

Schüco<br />

www.renewables-made-in-germany.com<br />

www.intersolar.com<br />

www.kbb-solar.com


Solar Energia thermal Solar Térmica<br />

Centrais Elétricas de Energia Solar Térmica<br />

Visão geral da tecnologia<br />

Centrais de energia solar podem ser utilizadas em países com<br />

abundante exposição solar com o objetivo de produzir eletricidade<br />

limpa para uso em processos industriais, como plantas<br />

de dessalinização e secagem. O princípio básico comum<br />

destas centrais elétricas de energia solar térmica é a utilização<br />

de sistemas refletores parabólicos concentrados em parques<br />

solares de larga escala que direcionam a radiação solar<br />

para um receptor. A radiação concentrada é depois transformada<br />

em energia térmica a temperaturas que vão de 200 a<br />

1.000°C, dependendo do sistema. Como numa central elétrica<br />

convencional, esta energia térmica pode depois ser convertida<br />

em eletricidade através de turbinas a gás ou vapor,<br />

podendo também ser utilizada em outros processos industriais,<br />

tais como a dessalinização, a refrigeração ou, num<br />

futuro próximo, na produção de hidrogênio. Graças a este<br />

princípio, as centrais elétricas de energia solar térmica se<br />

destacam pela capacidade de armazenar a energia térmica<br />

gerada de maneira relativamente simples e rentável, permitindo-lhes<br />

criar eletricidade mesmo durante as horas em que<br />

não há luz solar. Desta maneira, podem dar uma grande contribuição<br />

a uma produção de eletricidade planejada de acordo<br />

com a demanda prevista, em um futuro em que a maior<br />

parte da eletricidade procederá de fontes renováveis. Existem<br />

quatro tipos diferentes de sistemas refletores de concentração<br />

de energia solar: os sistemas de concentração linear<br />

como a calha parabólica e os coletores Fresnel; e os sistemas<br />

de concentração do ponto de foco como torres e discos solares<br />

(parabólicos). Todos os sistemas seguem a trajetória do<br />

sol para concentrar a radiação direta.<br />

Coletor cilíndrico parabólico<br />

Tubo do absorvedor<br />

Refletor<br />

Luz<br />

Coletor Fresnel<br />

Refletor ligeiramente<br />

curvado<br />

Tubo do<br />

absorvedo<br />

Refletor<br />

Luz<br />

O parque solar de uma central elétrica de calhas parabólicas<br />

consiste em várias filas paralelas de coletores solares<br />

compostos por refletores parabólicos que concentram a<br />

luz solar em um tubo de absorção que atravessa a linha focal<br />

e gera temperaturas de aproximadamente 400 °C. O óleo térmico<br />

em circulação funciona como meio de transferência de<br />

calor, conduzindo a energia térmica a um trocador de calor<br />

onde o vapor de água é gerado a uma temperatura que ronda<br />

os 390 °C. Esta é então utilizada para alimentar a turbina de<br />

vapor e o gerador elétrico, tal como acontece nas centrais elétricas<br />

convencionais.<br />

Nos coletores Fresnel, refletores longos e ligeiramente<br />

curvados concentram durante um longo período a radiação<br />

solar num tubo fixo de absorção onde a água é diretamente<br />

aquecida e vaporizada. O conceito básico destes coletores<br />

é mais simples em comparação com o das calhas parabólicas,<br />

resultando em custos de investimento mais baixos para<br />

os refletores. A eficiência anual, entretanto, será um pouco<br />

mais baixa.<br />

Nas centrais elétricas de torres solares, a radiação<br />

solar se concentra em um receptor/absorvedor de calor central<br />

com centenas de refletores automaticamente posicionados.<br />

<strong>As</strong> temperaturas mais elevadas, que podem atingir<br />

1.000 °C, possibilitam maior eficiência, especialmente quando<br />

se utilizam turbinas alimentadas a gás, reduzindo assim<br />

os custos da eletricidade.<br />

Central solar de torre<br />

Receptor central<br />

Helióstatos<br />

Receptor/Motor<br />

Refletor<br />

Luz<br />

Luz<br />

Sistema de disco stirling<br />

Com o chamado sistema de disco solar Stirling, um<br />

espelho refletor parabólico concentra a radiação solar no<br />

receptor de um motor Stirling que converte a energia térmica<br />

diretamente em energia mecânica ou eletricidade, podendo<br />

atingir um grau de eficiência superior a 30%. Protótipos<br />

destes sistemas estão sendo testados na Plataforma Solar de<br />

Almeria, Espanha. Apesar de serem apropriados para um<br />

modo de funcionamento independente, estes sistemas oferecem<br />

também a possibilidade de interligar vários sistemas<br />

individuais para criar um parque solar capaz de atender<br />

a uma demanda que varia entre 10 kW e vários MW. Para<br />

a operação economicamente eficiente de uma planta comercial<br />

de CSP é importante utilizar tecnologia otimizada para<br />

o uso desejado, bem como considerar outros fatores como a<br />

localização, o período de operação e os custos de investimento.<br />

Institutos e empresas alemãs se dedicam a ampliar o grau<br />

de reflexão das superfícies dos espelhos e sua estrutura de<br />

apoio, melhorar o grau de absorção dos tubos do receptor e<br />

otimizar os custos dos materiais com o objetivo de possibilitar<br />

maior redução dos custos de investimento e o aumentar a<br />

eficiência. Além disso, continuam estimulando o desenvolvimento<br />

da tecnologia de unidades motoras de maneira geral<br />

(unidades especiais, controladores e sensores).<br />

Encanamento<br />

do parque solar<br />

Perspectivas<br />

Observa-se atualmente um rápido desenvolvimento na construção<br />

de centrais elétricas de energia solar térmica em todo<br />

o mundo, o que significa que são esperadas grandes reduções<br />

dos custos de geração de eletricidade nestes sistemas. Nos<br />

próximos 5 a 10 anos, centrais elétricas de energia solar térmica<br />

bem localizadas serão capazes de competir com a eletricidade<br />

gerada por outras centrais elétricas, dependendo do<br />

desenvolvimento dos custos gerais dos combustíveis fósseis<br />

(preço de compra e custo de redução de emissões de CO ). 2<br />

<strong>As</strong> centrais elétricas de energia solar térmica desempenharão<br />

um papel fundamental no fornecimento global de energia no<br />

futuro. A capacidade de armazenamento destas centrais elétricas<br />

oferece grande vantagem para a futura matriz energética<br />

devido à sua capacidade de armazenar energia para outras<br />

fontes de energia renováveis sujeitas a maiores flutuações.<br />

Outra aplicação seria a dessalinização da água do mar. <strong>As</strong><br />

empresas alemãs são pioneiras internacionais no que diz respeito<br />

a toda a cadeia de valor das centrais elétricas de energia<br />

solar.<br />

INTER CONTROL<br />

Novatec Solar GmbH<br />

Flabeg Holding GmbH<br />

www.renewables-made-in-germany.com<br />

www.flabeg.com<br />

www.intercontrol.de


Bioenergia<br />

Geração de Calor<br />

e Energia a partir da Biomassa Sólida<br />

Através da fotossíntese, as plantas conseguem gerar biomassa<br />

e, assim, armazenar energia. A biomassa pode ser utilizada<br />

para produzir combustível, calor e energia, e inclui resíduos<br />

de madeira, resíduos florestais, resíduos orgânicos, estrume<br />

e outras substâncias de origem vegetal e animal. A biomassa<br />

é apropriada para a produção de combustíveis sólidos, líquidos<br />

e gasosos para serem utilizados no transporte e na geração<br />

de calor e energia.<br />

CO 2<br />

100 %<br />

CO 2<br />

100 %<br />

Decomposição<br />

Combustão<br />

Wagner & Co, Cölbe<br />

O ciclo de CO 2<br />

das plantas<br />

Sólido<br />

▪▪<br />

Resíduos de madeira;<br />

▪▪<br />

Resíduos de produtos de caules;<br />

▪▪<br />

Cultivo de culturas para geração<br />

de energia (produtos de madeira e<br />

caules).<br />

Gasoso<br />

▪▪<br />

Biogás;<br />

▪▪<br />

Biogás de esgoto;<br />

▪▪<br />

Gás de aterro.<br />

Líquido<br />

▪▪<br />

Óleo vegetal;<br />

▪▪<br />

Biodiesel;<br />

▪▪<br />

Bioetanol;<br />

▪▪<br />

Biocombustíveis sintéticos.<br />

Geração de calor<br />

▪▪<br />

A utilização da biomassa ajuda a atenuar os problemas de<br />

e energia a partir da biomassa sólida<br />

Além de ser a fonte de energia renovável mais comumente<br />

utilizada, a biomassa sólida é usada para gerar energia desde<br />

há muito tempo. A biomassa sólida engloba todo tipo de<br />

material vegetal seco, tais como os provenientes das plantas e<br />

partes de caules. A energia que se libera durante a combustão<br />

da biomassa sólida nos sistemas de aquecimento modernos<br />

é utilizada de maneira muito eficiente. A madeira é a fonte<br />

de energia primária normalmente encontrada em forma de<br />

pequenos troncos, lascas e pellets de madeira.<br />

eliminação de resíduos municipais, fornecendo simultaneamente<br />

energia.<br />

▪▪<br />

Zonas rurais e com grandes superfícies com árvores se<br />

beneficiam duas vezes da utilização de bioenergia: através<br />

da geração e manutenção de empregos na agricultura e silvicultura<br />

e do processo de conversão de bioenergia. O cultivo<br />

de culturas para a geração de bioenergia também proporciona<br />

novos negócios aos agricultores.<br />

▪▪<br />

A bioenergia utiliza a produção de energia descentralizada<br />

e cria um ciclo de material e energia.<br />

▪▪<br />

A combustão de biomassa somente libera a quantidade de<br />

dióxido de carbono que as plantas absorveram anteriormente<br />

enquanto estavam em fase de crescimento. Para o<br />

equilíbrio biológico do CO é indiferente se a madeira se<br />

2<br />

mantém na floresta ou se é recolhida para produzir energia!<br />

Visão geral do mercado<br />

Maravalha<br />

Madeira maciça<br />

Os pellets de madeira são geralmente compostos de serragem<br />

ou maravalha e .podem ser distribuídos em caminhões,<br />

como no caso do óleo para aquecimento, ou sacos. O espaço<br />

necessário para armazenar os pellets não é maior que o espaço<br />

ocupado para a instalação de um sistema de aquecimento<br />

a óleo. Eles podem também ser queimados em fornalhas,<br />

como em grandes sistemas de aquecimento automático central<br />

ou mesmo em centrais elétricas. Os pellets são transportados<br />

automaticamente do tanque de armazenamento até o<br />

forno por meio de transportadores a hélice ou alimentadores<br />

de sucção a ar.<br />

Em todo o mundo, a utilização da biomassa sólida é da máxima<br />

importância no fornecimento de energia. Devido à sua<br />

amplia utilização não comercial (isto é, para aquecimento<br />

residencial e para cozinhar) nos países em desenvolvimento,<br />

em 2010 a biomassa sólida era, de longe, a fonte de energia<br />

renovável mais utilizada, representando 9,2% do fornecimento<br />

total de energia primária em todo o mundo ou 70,3%<br />

do fornecimento global de <strong>energias</strong> renováveis. Na Alemanha,<br />

a proporção de bioenergia (incluindo a biomassa sólida,<br />

líquida, gasosa, fração de resíduos biogênicos e combustíveis<br />

biogênicos) no consumo total de energia final foi de 8,4% em<br />

2011, equivalente a 67% do fornecimento com base em <strong>energias</strong><br />

renováveis na Alemanha.<br />

Vantagens da bioenergia<br />

Schmack Biogas AG<br />

▪▪<br />

A bioenergia pode ser armazenada e oferece várias possibilidades.<br />

Pode ser fornecida em qualquer momento para<br />

ir ao encontro de diferentes necessidades. Isto se aplica<br />

tanto às matérias-primas, tais como a madeira, como aos<br />

produtos intermediários e finais, como o biogás e o bio-<br />

etanol.<br />

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www.nolting-online.com


Bioenergia<br />

Biomassa Sólida e Biocombustíveis Líquidos<br />

Caldeiras de biomassa e Caldeiras<br />

de gaseificação de madeira<br />

Os fornos e caldeiras manuais, parcial ou totalmente automatizados<br />

e com sistemas de combustão regulados eletronicamente<br />

foram desenvolvidos para o processo de queima da<br />

madeira. Os sistemas de combustão podem atingir um nível<br />

de eficiência de até 90% e produzem baixos níveis de emissões.<br />

Encontra-se disponível no mercado uma vasta gama de<br />

sistemas, desde pequenas caldeiras para o aquecimento residencial<br />

direto a caldeiras de biomassa para o fornecimento<br />

eficiente de calor através de redes urbanas de aquecimento.<br />

partir da fermentação de açúcares com a utilização de leveduras,<br />

seguindo-se um processo de purificação. Se forem<br />

usados cereais, os amidos são, em primeiro lugar, convertidos<br />

em açúcares através de enzimas, gerando um subproduto<br />

conhecido como os grãos secos de destilaria com solúveis<br />

(DDGS). Com um conteúdo proteico de 30%, os DDGS<br />

são um alimento valioso e rico em proteínas para animais. Os<br />

subprodutos resultantes da produção do bioetanol a partir da<br />

beterraba sacarina são a vinhaça e a polpa de beterraba, utilizadas<br />

como alimentação animal ou fertilizante. Cada litro<br />

de bioetanol produzido resulta num quilograma de DDGS ou<br />

600 g de vinhaça e polpa de beterraba.<br />

A biomassa sólida pode ser utilizada também para gerar eletricidade<br />

em centrais cogeradoras de calor e energia. O calor<br />

residual produzido como resultado desta geração de eletricidade<br />

é utilizado, por exemplo, para alimentar as redes de<br />

aquecimento locais e urbanas ou na indústria como forma<br />

de energia térmica para aplicações industriais. O calor residual<br />

pode ser utilizado para obter energia de arrefecimento<br />

com objetivos industriais, armazéns frigoríficos ou para os<br />

sistemas de ar condicionado dos edifícios. Além da combustão,<br />

a biomassa sólida também pode ser gaseificada para pro-<br />

Capacidade por hectare de matérias-primas<br />

para a produção de bioetanol<br />

A capacidade por hectare das diferentes matérias-primas utilizadas<br />

na produção de bioetanol varia drasticamente. Por<br />

exemplo, um hectare de beterraba sacarina produzirá combustível<br />

para 80.300 quilômetros e – em contraste com um<br />

hectare de cana-de-açúcar – seus subprodutos correspondem<br />

a um terço das necessidades proteicas anuais de uma cabeça<br />

de gado.<br />

duzir eletricidade e calor. Dependendo das características do<br />

material de combustão e da capacidade do sistema, podem<br />

ser selecionados gaseificadores com leito fixo, leito fluidifica-<br />

Matéria-prima Quilómetros por hectare Percentagem da necessidade<br />

da proteína de vaca por ano<br />

do ou fluxo arrastado. O gás da madeira resultante é depois<br />

queimado em sistemas de motor de combustão ou turbinas a<br />

Trigo<br />

35.000 km<br />

+<br />

36 %<br />

gás para gerar eletricidade. Neste caso também, o nível total<br />

de eficiência pode ser significativamente aumentado ao utilizar<br />

o calor residual através da combinação da produção de<br />

calor e de energia. O biodiesel é obtido a partir da utilização<br />

Açúcar de<br />

beterraba<br />

80.300 km<br />

+<br />

74 %<br />

do gás da madeira, e é uma técnica alternativa que está sendo<br />

testada em centrais-piloto na Alemanha.<br />

Cana de<br />

açúcar<br />

77.500 km<br />

+<br />

0 %<br />

Biocombustíveis líquidos<br />

O biodiesel e o bioetanol são atualmente os biocombustíveis<br />

mais importantes. <strong>As</strong> matérias-primas adequadas ao biodiesel<br />

são partes de plantas que contêm uma grande quantidade<br />

de óleo, como as sementes de colza, sementes de jatropha<br />

(plantas da família da mamona) e de girassol, amêndoa<br />

de palmeira, sementes de soja e outras oleaginosas. O bioetanol<br />

é produzido a partir da biomassa que contém açúcares ou<br />

amidos. Os biocombustíveis são principal- mente utilizados<br />

em aplicações móveis.<br />

Vantagens em relação aos combustíveis<br />

convencionais:<br />

▪▪<br />

O armazenamento e tratamento de biocombustíveis são<br />

menos perigosos para as pessoas e para o ambiente em<br />

comparação com os combustíveis convencionais;<br />

▪▪<br />

Mesmo os principais acidentes e derramamentos são<br />

quase inofensivos do ponto de vista ecológico, já que os<br />

combustíveis se decompõem de forma relativamente rápida<br />

na biosfera.<br />

▪▪<br />

A utilização de biocombustíveis reduz as dispendiosas<br />

importações de petróleo.<br />

▪▪<br />

Os biocombustíveis, tais como a biomassa sólida e gasosa,<br />

são praticamente neutros em termos da geração CO 2<br />

quando<br />

queimados, daí não terem qualquer impacto adicional<br />

na atmosfera.<br />

Bioetanol<br />

Tal como o álcool convencional, o bioetanol é produzido a<br />

Fuente: BDBe<br />

Biodiesel<br />

Depois de extrair o óleo a partir de partes de plantas oleaginosas,<br />

este é reesterificado em um sistema de produção químico<br />

para a geração de biodiesel. Durante a extração de óleos<br />

vegetais, são produzidos também grãos de colza ou soja, que<br />

podem ser utilizados como alimento rico em proteínas para<br />

o gado. Cada 100 kg de colza produz aprox. 57 kg de grãos e<br />

43 kg de óleo. Uma vez extraído e refinado, o óleo é depois<br />

transesterificado em éster metílico de ácido graxo (FAME/<br />

biodiesel), ao adicionar-se metanol e um catalisador.<br />

Perspectivas<br />

Além do desenvolvimento contínuo de <strong>tecnologias</strong> comprovadas<br />

para a produção do que são agora biocombustíveis<br />

comuns, há o desejo de se desenvolver novas <strong>tecnologias</strong> que<br />

utilizem recursos biogênicos alternativos. Os processos para<br />

a geração de biocombustíveis baseados numa grande variedade<br />

de substratos (inclusive madeira e palha) e resíduos<br />

estão atualmente sendo desenvolvidos. Os combustíveis “biomassa<br />

para líquido” (BtL) mostram excelente potencial para<br />

o combate às emissões de gases de efeito estufa. O processo<br />

BtL envolve a gaseificação térmica da biomassa, seguida pela<br />

purificação e liquefação do gás resultante da síntese.<br />

Outro processo que se encontra em processo de pesquisa é<br />

o desenvolvimento e lançamento da produção de biodiesel a<br />

partir de algas com alto conteúdo oleaginoso.<br />

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www.envitec-biogas.com<br />

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Bioenergia<br />

Biogás – Electricidade e Calor a Partir do Biogás<br />

O biogás produzido a partir da digestão anaeróbia da matéria<br />

orgânica é utilizado em todo o mundo para fornecer energia<br />

em diversas formas: na combustão de biogás nas centrais<br />

cogeradoras, para a geração de energia utilizando o calor<br />

residual, para a conversão de biogás em biometano para uso<br />

direto na rede de gás natural, como combustível para veículos<br />

a gás natural ou diretamente para cozinhar e para a<br />

obtenção de aquecimento.<br />

Produção de biogás<br />

O biogás pode ser obtido a partir de diversas fontes, como<br />

resíduos orgânicos de aterros sanitários (gases de aterro),<br />

águas residuais urbanas (gás de esgoto) e resíduos orgânicos,<br />

industriais, comerciais, domésticos e agrícolas, além de a<br />

partir de culturas geradoras de bioenergia. Em geral, as centrais<br />

de biogás agrícolas utilizam adubo líquido como matéria-prima.<br />

<strong>As</strong> fontes de energia renováveis – como o milho,<br />

cereais e outras culturas energéticas como o girassol, a erva<br />

do Sudão, as beterrabas sacarinas, os rabanetes oleaginosos,<br />

o sorgo açucarado e outros – são utilizadas cada vez mais<br />

para aumentar o rendimento do gás. <strong>As</strong> instalações comerciais<br />

também processam águas residuais (procedente das<br />

estações de tratamento), dejetos da produção de alimentos,<br />

restos alimentícios e resíduos graxos e de matadouros. O biogás<br />

é produzido a partir da fermentação de substâncias orgânicas<br />

em um ambiente livre de ar e oxigênio. Este processo<br />

utiliza várias bactérias anaeróbias, cuja composição depende<br />

da existência de matéria-prima orgânica e de condições<br />

específicas de pH e temperatura. Um fator decisivo na produtividade<br />

das centrais de biogás é determinado pelos processos<br />

microbiológicos que ocorrem durante a fermentação. A<br />

recuperação de energia a partir de resíduos orgânicos representa<br />

uma relação importante na cadeia de eliminação dos<br />

resíduos biogênicos. <strong>As</strong> centrais de biogás podem também<br />

funcionar como fonte de criação de valor local. <strong>As</strong> empresas<br />

localizadas nas proximidades das centrais de biogás podem<br />

se beneficiar de uma fonte de calor constante e, acima de<br />

tudo, confiável. O biogás é constituído por 50 a 70% de metano,<br />

o componente energeticamente mais utilizado, por 25 a<br />

45% de dióxido de carbono, quantidades mínimas de água<br />

(2–7%) e gases como o sulfureto de hidrogênio, amônia e<br />

hidrogênio. Além do próprio biogás, é gerado um digestor –<br />

um subproduto composto de uma mistura de água, minerais<br />

e substâncias orgânicas que ainda não foram decompostas –<br />

que pode ser utilizado como um fertilizante de alta qualidade<br />

na agricultura, fechando assim o ciclo nutritivo com o cultivo<br />

de culturas para a geração de bioenergia,<br />

Cogeração de calor e eletricidade a partir<br />

do biogás<br />

<strong>As</strong> centrais cogeradoras produzem eletricidade e calor a partir<br />

do biogás com grande eficiência. A eletricidade produzida<br />

pode ser fornecida à rede pública ou utilizada fora dela. O<br />

calor residual produzido pode ser utilizado em sistemas para<br />

transporte de produtos acabados, na geração de energia adicional,<br />

no aquecimento e secagem de produtos agrícolas ou<br />

no funcionamento de refrigeradores.<br />

Perspectivas<br />

A capacidade de processar biogás com a qualidade de gás<br />

natural (biometano, concentração de metano de 98%) e de<br />

fornecê-lo à rede de gás natural tem grande potencial, permitindo<br />

que o biogás seja utilizado em locais com uma exigência<br />

de calor adequada e viabilizando eficiência máxima na<br />

cogeração de calor e eletricidade.<br />

Schmack Biogas AG<br />

BioConstruct GmbH<br />

SEVA Energie AG SEVA Energie AG<br />

EnviTec Biogas AG<br />

Fermentadores Central termoeléctrica Motor numa central Controle do dispositivo Oleoduto de biometano<br />

termoeléctrica<br />

MT-Energie GmbH<br />

Higienização Processo de monitorização em laboratórios Fermentadores Vista interna do fermentador<br />

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Energie aus besseren Ideen.<br />

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Energia Hidroelétrica<br />

Utilizando a Força da Água<br />

Energia hidroelétrica: uma história de sucesso<br />

<strong>As</strong> usinas hidroelétricas podem gerar eletricidade de forma<br />

rentável e a preços vantajosos durante mais de 100 anos.<br />

A combinação de alta segurança operacional, confiabilidade<br />

do suprimento e custos cada vez mais elevados dos combustíveis<br />

fósseis torna a energia hidráulica uma fonte básica de<br />

eletricidade barata e rentável. Dado que alguns tipos de usinas<br />

hidroelétricas podem armazenar energia e fornecer eletricidade<br />

de forma rápida conforme as exigências do mercado,<br />

estas são de grande importância para a estabilidade da<br />

rede de distribuição elétrica. <strong>As</strong> centrais de energia hidroelétrica<br />

reduzem a dependência das importações de energia e os<br />

riscos delas derivados. Em áreas sem um sistema abrangente<br />

de fornecimento de energia, a energia hidráulica pode ser a<br />

base para o desenvolvimento econômico regional.<br />

a demanda e houver excesso de capacidade (por ex. à noite),<br />

a água é bombeada do reservatório inferior para o superior,<br />

permanecendo ali até ser necessária para gerar eletricidade<br />

durante períodos maior demanda. O gerador é acionado por<br />

turbinas de impulso, das quais se destaca a chamada roda de<br />

Pelton.<br />

Usina hidroelétrica com barragem<br />

Tecnologias e Aplicações<br />

Existem três tipos básicos de usina hidroelétrica: as fio<br />

d’água, as de acumulação e as de armazenamento por bombeamento.<br />

O tipo mais comum utilizado em todo o mundo é<br />

a usina de fio d’água, que utiliza a energia do fluxo de água de<br />

um rio. Essas centrais conseguem obter um fator de eficiência<br />

de quase 94% e são geralmente utilizadas para abranger<br />

a carga de base. A capacidade usina é determinada pela velocidade<br />

do fluxo e pelo nível da água. Algumas usinas de fio<br />

d’água conseguem armazenar água quando a demanda energética<br />

é reduzida para depois utilizá-la nas épocas de maior<br />

demanda. Um tipo específico de usina de fio d’água é a usina<br />

de derivação, em que a água é represada por uma barragem<br />

e redirecionada através de um canal de admissão separado<br />

para acionar as turbinas. Em uma usina de fio d’água<br />

padrão, existe apenas uma ligeira diferença em altitude entre<br />

o nível superior e o nível inferior da água, enquanto uma<br />

usina hidroelétrica de derivação explora a maior diferença<br />

de altitude criada pelas barragens. Em uma usina hidroelétrica<br />

de acumulação, a água é armazenada em um lago natural<br />

ou artificial e depois levada por tubulação a estações elétricas<br />

localizadas em zonas mais baixas. Como as usinas de<br />

acumulação funcionam independentemente do fluxo de água<br />

natural, são ideais para equilibrar as flutuações entre a produção<br />

e o consumo de eletricidade tanto em nível regional<br />

quanto nacional. <strong>As</strong> usinas de armazenamento por bombeamento,<br />

por sua vez, utilizam dois reservatórios para armazenar<br />

a água, com a maior diferença possível entre a altitude<br />

do reservatório superior e inferior. Se a geração exceder<br />

Turbinas<br />

O tipo de turbina utilizado depende da velocidade do fluxo e<br />

da pressão hidráulica. Um dos tipos mais antigos é a turbina<br />

Francis, ainda utilizada principalmente em centrais de energia<br />

hidráulica de pequeno porte e adequada para baixas pressões<br />

e média velocidade de fluxo. <strong>As</strong> turbinas do tipo Parafuso<br />

de Arquimedes (hidrodinâmicas) podem também ser<br />

utilizadas em pressões baixas e para pequenas capacidades.<br />

<strong>As</strong> turbinas Kaplan e tubulares são utilizadas para pressões<br />

baixas e caudais elevados, sendo adequadas para capacidades<br />

de água oscilantes. A turbina Pelton é adequada para elevadas<br />

pressões e baixos caudais. <strong>As</strong> turbinas de fluxo direto<br />

são utilizadas para pressões e caudais baixos e têm geralmente<br />

capacidade energética limitada.<br />

NaturEnergie AG<br />

ANDRITZ HYDRO<br />

Voith Siemens Hydro Power Generation<br />

NaturEnergie AG<br />

Voith Siemens Hydro Power Generation<br />

www.renewables-made-in-germany.com


Energia Hidroelétrica<br />

Energia Hidráulica de Pequeno Porte<br />

Embora não haja consenso internacional acerca do que define<br />

a energia hidráulica como “de pequeno porte”, tratase<br />

de energia renovável, limpa, rentável e de baixo impacto<br />

ambiental e social. Na China, por exemplo, “pequeno<br />

porte” pode se referir a capacidades até 50 MW; na Índia,<br />

até 25 MW; e na Suécia, até 1,5 MW. No geral, a <strong>As</strong>sociação<br />

Europeia de Energia Hídrica de Pequeno Porte (European<br />

Small Hydropower <strong>As</strong>sociation – ESHA) e a Comissão Europeia<br />

aceitam como pequeno porte uma capacidade total de<br />

até 10 MW.<br />

Principais turbinas utilizadas em hidroelétricas<br />

de pequeno porte:<br />

A turbina Francis é utilizada sobretudo em microusinas.<br />

Em forma de espiral, é adequada para baixas pressões e caudais<br />

médios. Apenas o distribuidor é adaptável.<br />

Outras turbinas utilizadas em usinas hidroelétricas de pequeno<br />

porte:<br />

▪▪<br />

Turbinas de fluxo direto pressões e caudais baixos,<br />

geralmente com limitada capacidade energética.<br />

▪▪<br />

Turbinas Pelton, apropriadas para pressões elevadas e<br />

ANDRITZ HYDRO<br />

ANDRITZ HYDRO<br />

caudais baixos.<br />

▪▪<br />

Turbinas de Parafuso de Arquimedes podem também<br />

ser utilizadas para baixas pressões e pequenas capacidades.<br />

www.solarpraxis.de/M.Römer<br />

Na Alemanha, novas usinas hidroelétricas de pequena<br />

dimensão com uma capacidade de 100 a 1000 kW custam<br />

entre 4.000 e 6.000 EUR por kW. Com cargas de funcionamento<br />

típicas de 3.000 a 5.000 horas de plena carga<br />

Turbina Pelton<br />

OSSBERGER GmbH + Co<br />

Turbina de fluxo direto<br />

por ano, os custos de geração de eletricidade destes sistemas<br />

estão entre 10 e 23 centavos por kWh. Os custos de geração<br />

de eletricidade para sistemas de pequeno porte abaixo<br />

dos 100 kW são, por vezes, bem mais elevados. Os sistemas<br />

de energia hidráulica de pequeno porte são, essencialmente,<br />

de fio d’água com apenas um pequeno reservatório ou, ainda,<br />

sem represamento. O custo para a construção de centrais<br />

Estas turbinas funcionam no sentido oposto, devido à bomba<br />

do Parafuso de Arquimedes, e podem alcançar eficiências<br />

mais elevadas do que outras turbinas em baixas alturas de<br />

água, mesmo funcionando abaixo da capacidade. A turbina<br />

de Parafuso de Arquimedes apresenta baixos custos de construção<br />

e é uma boa opção para a substituição de turbinas<br />

pequenas ou rodas de água que precisam ser renovadas.<br />

hidroelétricas está basicamente ligado à capacidade instalada,<br />

dependendo também da altura da queda, de outras condições<br />

de localização e especialmente de fatores ambientais.<br />

Perspectivas<br />

A otimização e a modernização das usinas hidroelétricas<br />

Usina de fio d’água<br />

existentes oferecem também o potencial para colocar em funcionamento<br />

sistemas de energia hidráulica de grande dimensão<br />

ecologicamente corretos. A condição ecológica da água<br />

pode ser seletivamente melhorada ao se concretizar medidas<br />

de compensação ecológica adequadas, como a instalação<br />

de rotas migratórias para peixes, melhorando a diversidade<br />

estrutural no reservatório da central elétrica (por ex., com<br />

camadas de brita), reformulando a margem do rio ou concebendo<br />

um controle de água mínimo adequado. <strong>As</strong> soluções<br />

naturais como os riachos que circundam a usina facilitam a<br />

migração de peixes e de outras pequenas criaturas. A velocidade<br />

do fluxo pode ser reduzida através de pedras ou objetos<br />

de plástico, dando oportunidade aos peixes de repousarem<br />

ou se esconderem.<br />

F. Kerle/Universität Stuttgart<br />

Voith Siemens Hydro Power Generation<br />

OSSBERGER GmbH + Co<br />

Passagem para peixes<br />

OSSBERGER GmbH + Co<br />

Usina de fio d’água de pequeno porte<br />

Usina de fio d’água<br />

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Energia Geotérmica<br />

Calor Geotérmico<br />

A energia geotérmica é o calor acumulado debaixo da superfície<br />

terrestre: quanto maior a profundidade em direção ao<br />

centro do planeta, mais calor há. Para cada 100 metros de<br />

profundidade da superfície terrestre, a temperatura aumenta<br />

uma média de aproximadamente 3 °C. Hoje estima-se que<br />

no núcleo da Terra as temperaturas variem entre 5.000 °C e<br />

6.000 °C. De acordo com os padrões humanos, o calor armazenado<br />

na Terra é ilimitado. A energia geotérmica disponível<br />

na crosta terrestre provém fundamentalmente da desintegração<br />

radioativa – o calor residual da época em que o nosso<br />

planeta se formou.<br />

Crosta (cerca de 30 km) Manto > 1.200 °C<br />

~ 3 °C/100 m<br />

Núcleo ~ 5.000 °C<br />

Em países como Alemanha, Itália, Indonésia, México e os<br />

EUA, a utilização da energia geotérmica já é há vários anos<br />

parte integrante da estratégia energética. Além de utilizar de<br />

forma eficiente fontes disponíveis de temperaturas elevadas,<br />

a indústria geotérmica alemã centra-se também no desenvolvimento<br />

de <strong>tecnologias</strong> que podem funcionar com eficiência<br />

em temperaturas mais baixas, entre 120 e 200 °C. A energia<br />

geotérmica forma uma base sólida para uma geração de<br />

energia ambientalmente correta e economicamente rentável,<br />

particularmente em regiões com condições geologicamente<br />

favoráveis (por exemplo, regiões com atividade vulcânica e<br />

temperaturas superiores a 200 °C). Dependendo da profundidade<br />

de perfuração, existem duas possibilidades para produzir<br />

energia geotérmica: profunda e superficial.<br />

A energia geotérmica profunda pode ser utilizada tanto<br />

para gerar eletricidade nas centrais elétricas como para fornecer<br />

aquecimento em redes de maior dimensão, na produção<br />

industrial ou no aquecimento de edifícios. A energia<br />

geotérmica profunda divide-se ainda em energia hidrogeotérmica,<br />

sistemas HDR (Hot Dry Rock) e sondas geotérmicas<br />

profundas.<br />

Uma sonda geotérmica profunda é um sistema fechado destinado<br />

à geração de energia geotérmica que consiste em<br />

uma única perfuração a uma profundidade de mais de 400<br />

metros. A energia obtida é utilizada diretamente na forma de<br />

calor, tornando possível a utilização do potencial máximo da<br />

energia térmica que vai desde altas temperaturas para a produção<br />

industrial e usos comerciais a baixas temperaturas<br />

para uso agrícola. Na energia hidrogeotérmica, a água quente<br />

brota diretamente de jazidas situadas debaixo da superfície<br />

da terra em grandes profundidades. Dependendo do fluxo<br />

de água termal, a energia hidrogeotérmica pode ser utilizada<br />

na produção de calor e eletricidade. Nas camadas aquíferas<br />

pode-se gerar eletricidade a partir de temperaturas próximas<br />

a 100 °C. Os sistemas HDR utilizam o calor das camadas<br />

profundas, onde existe muito pouco ou quase nenhum recurso<br />

aquífero. Utiliza-se como reserva as rochas cristalinas e<br />

rochas sedimentares numa profundidade de três a seis quilômetros<br />

e com temperaturas superiores a 150 °C. O acesso<br />

a estas reservas é garantido através de duas ou mais perfurações<br />

feitas nas rochas densas situadas a certa profundidade.<br />

Através de métodos de estimulação hidráulica e química<br />

(Enhanced Geothermal Systems, EGS), rupturas e fissuras<br />

são feitas cuidadosamente. Com uma perfuração por injeção,<br />

a agua é injetada na rocha a uma alta pressão, onde aquece<br />

e depois retorna à superfície através de um segundo poço.<br />

A água quente aquece por sua vez substâncias com ponto de<br />

ebulição baixo (Ciclo Kalina e Ciclo Orgânico Rankine), com<br />

a finalidade de gerar vapor para uma turbina. Através de um<br />

permutador de energia térmica, o calor pode ser integrado à<br />

rede de aquecimento urbano.<br />

O princípio da geotérmica com aplicação dos<br />

Ciclos Rankine com fluido orgânico (ORC)<br />

10 1 –10 2 m<br />

Fonte: GFZ Deutsches GeoForschungsZentrum<br />

~<br />

Gerador<br />

M<br />

Turbina<br />

Evaporador<br />

Condensador<br />

ca. 0.5–1 km<br />

Poço de Produção<br />

Poço de Injecção<br />

Estimulación hidráulica<br />

3–5 km<br />

International Geothermal <strong>As</strong>sociation<br />

H. Anger‘s Söhne Bohr- und Brunnenbaugesellschaft mbH<br />

GFZ Potsdam<br />

GFZ Potsdam<br />

Stadtwerke Bad Urach/H. Tenzer<br />

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Energia Geotérmica<br />

Energia Geotérmica Superficial<br />

Quando falamos de energia geotérmica superficial, nos referimos<br />

àquela obtida a partir da camada superior terrestre em<br />

profundidades de até 400 metros. Dado o fato de que a temperatura<br />

da atmosfera da Terra é mais uniforme que a da<br />

água, a energia geotérmica superficial é ideal tanto para o<br />

aquecimento como para a refrigeração de edifícios. Dependendo<br />

das condições geológicas, a uma profundidade de 15 m<br />

e a um máximo de 40 m, as temperaturas nas camadas superiores<br />

do solo estão sujeitas às variações das estações do ano<br />

e à influência dos raios solares. Nestas profundidades, as<br />

temperaturas estão um pouco acima da temperatura média<br />

anual da superfície terrestre. De acordo com o gradiente geotérmico,<br />

a partir de 40m a temperatura aumenta aproximadamente<br />

3 ºC a cada 100m, podendo alcançar entre 20–25 ºC<br />

a uma profundidade de 400 m. Vários sistemas, como os<br />

coletores de calor geotérmico, as sondas de aquecimento<br />

geotérmicas, componentes de energia e outras unidades de<br />

cimento conectadas ao solo, são utilizados para armazenar a<br />

energia geotérmica encontrada na crosta terrestre.<br />

O calor do subsolo com pouca profundidade é aproveitado<br />

graças a bombas de calor, gerando aquecimento e água quente<br />

para prédios. No caso do aquecimento, as bombas de calor<br />

são utilizadas para aumentar o nível de temperatura presente<br />

no solo até a temperatura desejada extraindo-se o calor do<br />

solo através de um processo cíclico. <strong>As</strong> temperaturas constantes<br />

presentes debaixo do solo podem ser também utilizadas<br />

para esfriar diretamente os edifícios. Se o solo não for<br />

capaz de fornecer a refrigeração adequada, as bombas de<br />

calor podem ser operadas de forma inversa para fornecer a<br />

capacidade de refrigeração em falta. Uma bomba térmica<br />

perfeitamente configurada pode melhorar a climatização no<br />

interior dos edifícios. Os coletores de calor geotérmicos estão<br />

normalmente posicionados na horizontal em uma profundidade<br />

de 80 a 160 cm e expostos às condições meteorológicas<br />

existentes na superfície. Para absorver o calor armazenado<br />

no solo, um agente de transferência de calor flui através dos<br />

coletores.<br />

<strong>As</strong> sondas geotérmicas são o tipo de instalação mais utilizado<br />

na Europa Central e do Norte. Estas são instaladas<br />

a profundidades entre 50 e 160 metros para a utilização de<br />

energia geotérmica superficial, necessitam de pouco espaço<br />

e utilizam um nível constante de temperatura. <strong>As</strong> tubulações<br />

de plástico (PEAD ou HDPE) são integradas nos circuitos e<br />

ligadas ao sistema de refrigeração e aquecimento dos edifícios.<br />

Um agente de transferência de calor circulará depois<br />

pelas tubulações, absorvendo o calor do solo circundante e<br />

transferindo-o para as bombas de calor. Com esta tecnologia,<br />

pode-se abastecer com calor ou frio instalações de diversos<br />

tamanhos, desde pequenas casas até grandes conjuntos residenciais.<br />

No caso das colunas de energia, componentes profundos<br />

de cimento ou outras estruturas estáticas, são montadas<br />

estruturas subterrâneas com tubulações de plástico através<br />

das quais a água flui para absorver o calor geotérmico ou<br />

o frio da terra. A água fria existente nos componentes é aquecida<br />

através do calor geotérmico. Graças à sua interligação<br />

com uma bomba de calor, a água quente aquece o edifício. No<br />

verão, o sistema descrito acima pode ser utilizado para refrigerar<br />

ligeiramente o edifício.<br />

Bosch Thermotechnik GmbH<br />

O ar ambiente pode também ser uma fonte de energia para<br />

as bombas de calor, que se beneficiam da ampla disponibilidade<br />

do ar e de ser economicamente acessível. O chamado<br />

“arranque” da temperatura da bomba de calor para sondas<br />

terrestres pode manter-se relativamente constante durante<br />

todo o ano e o consumo de energia mantém-se baixo. A energia<br />

recolhida provém, em primeiro lugar, das áreas em volta,<br />

cuja temperatura média é determinada pela irradiação solar<br />

anual.<br />

Perspectivas<br />

Bosch Thermotechnik GmbH<br />

A energia geotérmica está se tornando um tema cada vez<br />

mais abordado em discussões políticas com relação ao futuro<br />

do suprimento de energia. Perante o aumento dos custos<br />

dos combustíveis fósseis, a energia geotérmica oferece<br />

disponibilidade segura e, em longo prazo, será capaz atender<br />

as necessidades básicas. Sua flexibilidade de aplicação,<br />

como no aquecimento, refrigeração e geração de eletricidade,<br />

contribui para a criação de cada vez mais centrais em todo o<br />

mundo.<br />

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Energias Renováveis<br />

Photovoltaics<br />

não ligadas à rede<br />

Acesso à Energia Moderna<br />

Phocos AG Energiebau Solarstromsysteme GmbH SMA Solar Technology AG<br />

Ampliar o acesso à energia moderna é uma condição necessária<br />

para as dimensões econômica, social e ambiental do<br />

desenvolvimento humano. O Projeto do Milênio das Nações<br />

Unidas frisou a estreita relação entre a utilização energética<br />

e os oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. É impossível<br />

operar uma fábrica, administrar um negócio, cultivar<br />

alimentos ou fornecer bens aos consumidores sem utilizar<br />

algum tipo de energia. O acesso à eletricidade é especialmente<br />

crucial para o desenvolvimento humano, já que ela é, na<br />

prática, indispensável para algumas atividades básicas, como<br />

a iluminação, a refrigeração e o funcionamento dos eletrodomésticos.<br />

Apesar disso, a Agência Internacional de Energia<br />

estima que 1,45 bilhão de pessoas, ou o equivalente a 22% da<br />

população mundial, não tinha acesso à eletricidade em 2008,<br />

sendo que 85% vivem em zonas rurais. Nos países em vias<br />

de desenvolvimento, a eletrificação rural média era de 58%.<br />

Apesar de a população sem acesso à eletricidade ter diminuído<br />

em cerca de 161 milhões desde 2002, a diferença de<br />

desenvolvimento entre as regiões é cada vez maior: enquanto<br />

a América Latina e a Ásia têm acelerado substancialmente<br />

seu processo de eletrificação desde 2002, a maior parte da<br />

África Subsaariana não tem acompanhado este desenvolvimento<br />

nem conseguido fazer frente ao ritmo do crescimento<br />

populacional. Além disso, em muitos países, as redes são instáveis<br />

e fracas e os sistemas de energia alternativos são dispendiosos<br />

e dependentes de importações de petróleo.<br />

O padrão alemão para a produção e seleção dos componentes<br />

dos sistemas apropriados estabelecem os padrões internacionais<br />

de qualidade.<br />

Fontes renováveis podem fornecer energia elétrica independentemente<br />

das redes nacionais ou da importação de combustíveis<br />

fósseis. <strong>As</strong> <strong>energias</strong> solar, eólica, hidráulica e a bioenergia,<br />

de forma independente ou combinada (nos sistemas<br />

híbridos) podem fornecer, independentemente das redes<br />

estabelecidas:<br />

▪▪<br />

Energia para telecomunicações e rede de telefonia celular;<br />

▪▪<br />

Energia ecológica para a indústria do turismo;<br />

▪▪<br />

Sistemas domésticos alimentados por energia solar para a<br />

eletrificação rural;<br />

▪▪<br />

Sistemas elétricos alternativos em áreas urbanas e semiurbanas<br />

onde o fornecimento da rede é inconstante;<br />

▪▪<br />

Energia para instituições sociais como hospitais, escolas,<br />

clínicas, clínicas veterinárias;<br />

▪▪<br />

Redes pequenas para povoados, pequenas cidades, bases<br />

militares e reservas naturais;<br />

▪▪<br />

Energia para bombeamento de água;<br />

▪▪<br />

Iluminação pública e iluminação da sinalização rodoviária;<br />

▪▪<br />

Energia para usos portáteis.<br />

Número de pessoas sem acesso à eletricidade<br />

(em milhões)<br />

América Latina<br />

4 2<br />

27 8<br />

120<br />

África Subsaariana<br />

465<br />

108<br />

544<br />

<strong>As</strong> fronteiras, nomes e designações utilizados nos mapas incluídos nesta publicação<br />

não implicam a confirmação nem aceitação oficiais por parte da AIE.<br />

Nota: Mapa fora de escala.<br />

23<br />

Índia<br />

China<br />

381 281<br />

Fonte: Energy Poverty – How to make modern energy access universal? © OECD/IEA, 2010<br />

Fornecimento de calor<br />

12<br />

8<br />

Outros países asiáticos<br />

em desenvolvimento<br />

59<br />

40<br />

328 212<br />

População mundial sem acesso à eletricidade<br />

1,441 1,213<br />

214 161<br />

1.227 1.052<br />

2009 2030<br />

Rural<br />

Urbana<br />

<strong>As</strong> <strong>energias</strong> renováveis também podem agir como agentes<br />

fornecedores de aquecimento. Os sistemas solares térmicos<br />

podem suprir água quente para casas, hotéis ou hospitais<br />

e ainda fornecer ou gerar aquecimento para uso industrial,<br />

enquanto o biogás pode ser utilizado para cozinhar.<br />

Escolha da tecnologia<br />

Em muitos casos, o uso das <strong>energias</strong> renováveis é economicamente<br />

rentável e alguns sistemas podem ser integrados<br />

à rede elétrica se esta for posteriormente ampliada. A escolha<br />

da tecnologia apropriada é essencial para o êxito do projeto.<br />

<strong>As</strong> <strong>tecnologias</strong> devem de serem escolhidas com base em<br />

uma avaliação completa da demanda atual e futura, das fontes<br />

de energia localmente disponíveis e dos custos de instalação,<br />

manutenção e operação do sistema.<br />

Phocos AG<br />

Steca Elektronik GmbH<br />

Phocos AG<br />

Fraunhofer ISE<br />

Phocos AG<br />

Phocos AG<br />

Steca Elektronik GmbH<br />

Phocos AG<br />

Phaesun GmbH<br />

www.renewables-made-in-germany.com<br />

ENERGYSYSTEMS<br />

www.juwi.com www.phocos.com www.sma-solar.com www.smart-energy.ag


Energias Renováveis<br />

Photovoltaics<br />

não ligadas à rede<br />

Energia Solar<br />

Painéis fotovoltaicos<br />

A tecnologia fotovoltaica gera eletricidade diretamente a partir<br />

da luz solar. Os sistemas fotovoltaicos podem ser utilizados<br />

de maneira eficaz em quase todas as partes do mundo e<br />

muitas vezes são a forma mais rentável de gerar eletricidade.<br />

Os sistemas estão disponíveis em vários tamanhos, de pequenas<br />

lanternas solares portáteis até sistemas solares domésticos<br />

e de maior dimensão que fornecem energia a empresas,<br />

hospitais e outras instituições. <strong>As</strong> redes de maior dimensão<br />

são capazes de fornecer energia a vários edifícios, a um<br />

povoado ou mesmo a uma pequena cidade. Na maioria dos<br />

sistemas não conectados à rede, a eletricidade é armazenada<br />

em baterias e utilizada quando necessária. Contudo, em sistemas<br />

de maior porte, em que geradores convencionais fornecem<br />

a carga de base, baterias podem ser dispensadas. Nos<br />

sistemas menores (aproximada- mente < 100 W ) é fornecida<br />

energia em CC (corrente continua) em vez de CA (corrente<br />

alternada).<br />

Sistemas solares domésticos<br />

Os sistemas solares domésticos fornecem energia aos lares,<br />

por exemplo, para iluminação, rádio, televisão, refrigeração,<br />

telefones, celulares, ventilação, computadores, máquinas de<br />

costura, etc. Estes sistemas são compostos de um módulo<br />

solar, uma bateria e um controlador de carga e fornecem eletricidade<br />

em corrente contínua para os aparelhos domésticos.<br />

É conveniente utilizar eletrodomésticos energeticamente<br />

eficientes, tais como lâmpadas econômicas ou de LED ou,<br />

ainda, refrigeradores alimentados por corrente contínua,<br />

que consomem pouca energia. Se for necessário, um inversor<br />

pode ser integrado ao sistema para permitir o funcionamento<br />

dos eletrodomésticos em corrente alternada. Os sistemas<br />

solares domésticos estão disponíveis em unidades totalmente<br />

integradas e compactas. A potência e a capacidade são adaptadas<br />

a necessidades específicas. <strong>As</strong> vantagens são: tecnologia<br />

avançada, funcionamento simples, instalação fácil, pouca<br />

manutenção e sistemas pré-pagos facilmente integrados.<br />

Abastecimento sustentável de água<br />

nas zonas rurais<br />

Os sistemas que utilizam a energia fotovoltaica podem garantir<br />

tanto água potável como para irrigação e para o gado em<br />

áreas remotas afastadas de rede elétrica. Bombas de água<br />

movidas a energia fotovoltaica têm funcionado a contento<br />

por muitos anos, bombeando água de superfície ou subterrânea,<br />

mesmo a grandes profundidades. Um gerador solar fornece<br />

energia diretamente a bombas centrífugas ou de membrana.<br />

Aqui, a bateria é substituída por um reservatório de<br />

água, a partir do qual a água é armazenada pode ser utilizada<br />

em qualquer momento. Existem também sistemas híbridos<br />

que integram as <strong>energias</strong> solar e eólica ao armazenamento<br />

em bateria. A eletricidade solar produzida durante o dia é<br />

armazenada e disponibilizada à noite e durante os períodos<br />

de mau tempo. Um controlador de carga monitora o nível<br />

da bateria e protege contra sobrecarga ou descarregamento<br />

completo. A água pode ser purificada através de microfiltros<br />

altamente eficazes ou equipamento ultravioleta, não sendo<br />

necessário adicionar qualquer tipo de produto químico. Os<br />

processos de energia solar térmica, assim como os sistemas<br />

de osmose inversa alimentados por energia fotovoltaica, são<br />

utilizados para a dessalinização da água do mar.<br />

juwi<br />

Fraunhofer ISE<br />

Phaesun GmbH<br />

Phaesun GmbH<br />

SMA Solar Technology AG<br />

SMA Solar Technology AG<br />

Inversor independente<br />

da rede<br />

Inversor independente da rede<br />

com controlador do sistema<br />

de carregamento fotovoltaico<br />

e bloco de bateria<br />

Bateria<br />

Bomba de<br />

água solar<br />

Energiebau Solarstromsysteme GmbH<br />

www.renewables-made-in-germany.com<br />

ENERGYSYSTEMS<br />

www.juwi.com www.phocos.com www.sma-solar.com www.smart-energy.ag


Energias Renováveis<br />

Photovoltaics<br />

não ligadas à rede<br />

Outras Tecnologias e Sistemas Híbridos<br />

ANDRITZ HYDRO<br />

Johannes Hübner –<br />

Fabrik elektrischer Maschinen GmbH<br />

Energiebau<br />

Energia Eólica<br />

Turbinas eólicas de pequeno e médio porte (com rotores de<br />

diâmetro de aproximadamente até 20m e potência nominal<br />

de 100 kW) podem ser utilizadas em vários sistemas não<br />

conectados à rede. Como o desempenho das turbinas eólicas<br />

está diretamente relacionado com a quantidade de ventos<br />

disponível, o ideal seria que o vento fosse monitorado durante<br />

o período de um ano, utilizando-se equipamento especializado.<br />

É necessário saber exatamente qual o padrão anual da<br />

velocidade do vento no local, associando este fator à curva de<br />

energia da turbina eólica, permitindo assim calcular a geração<br />

de energia em diferentes épocas do ano.<br />

Energia hidráulica<br />

Os sistemas de energia pico-hídrica e micro-hídrica geram<br />

eletricidade a partir da água corrente e estão disponíveis em<br />

uma grande variedade de configurações, sendo que alguns<br />

necessitam de elevados fluxos de água (uma queda de água<br />

vertical de 10 a 20 m no mínimo), enquanto outros são concebidos<br />

para as águas correntes mais lentas dos rios. A energia<br />

pico-hídrica é normalmente utilizada em sistemas de até<br />

cerca de 5 kW. Picossistemas de menor porte são frequentemente<br />

utilizados para carregar baterias, mas grande parte da<br />

eletricidade gerada pelos sistemas de energia pico-hídrica e<br />

micro-hídrica é utilizada diretamente. Onde existirem cursos<br />

de água apropriados, a energia hidráulica normalmente produz<br />

energia elétrica com um custo mais baixo do que a energia<br />

eólica ou fotovoltaica.<br />

Energia solar térmica<br />

A tecnologia solar térmica coleta o calor do sol para fornecer<br />

energia térmica. Pode fornecer água quente a hotéis, hospitais<br />

e lares, assim como aquecimento para a indústria. Os<br />

coletores solares captam o calor e o armazenam, normalmente<br />

em reservatórios de água com isolamento para utilização<br />

posterior, apesar de alguns sistemas utilizarem diretamente<br />

o aquecimento gerado. Existe uma grande variedade<br />

de coletores: de placa lisa, tubos à vácuo e, às vezes, espelhos<br />

parabólicos. Um sistema de aquecimento de água a energia<br />

solar devidamente projetado pode fornecer até 60–80%<br />

da demanda por aquecimento, dependendo da localização.<br />

Fogões solares também se encontram disponíveis. A energia<br />

solar de concentração utiliza o calor do sol para gerar energia<br />

elétrica, normalmente através de vapor, podendo também<br />

ser utilizada em pequenas redes.<br />

Bioenergia<br />

A bioenergia provém de detritos animais e de plantas que,<br />

através da fotossíntese, armazenam de forma eficaz a energia<br />

solar. Madeira, resíduos orgânicos, estrume e outras substâncias<br />

de origem vegetal ou animal podem ser utilizadas<br />

para produzir combustíveis sólidos, líquidos e gasosos para<br />

a geração de calor e de energia. A energia liberada durante a<br />

combustão de biomassa sólida nos sistemas de aquecimento<br />

modernos é utilizada de forma bastante eficaz. A biomassa<br />

sólida pode ser utilizada para gerar eletricidade em centrais<br />

termoelétricas. O biogás, que pode ser utilizado na cozinha, é<br />

produzido pela fermentação de substâncias orgânicas em um<br />

ambiente sem ar nem oxigénio (processo de digestão anaeróbica<br />

ou biogasificação). Também pode ser utilizado em centrais<br />

termoelétricas para produzir eletricidade e calor com<br />

um nível bastante elevado de eficiência. Os biocombustíveis<br />

líquidos são adequados para fins de mobilidade e geração<br />

de eletricidade, sendo que alguns também podem ser utilizados<br />

na cozinha. O óleo de jatropha, por exemplo, é utilizado<br />

como substituto dos combustíveis fósseis e pode ser usado<br />

também para gerar eletricidade. Esta planta adapta-se bem<br />

às regiões quentes e secas, ajuda a prevenir a erosão do solo,<br />

tem um elevado conteúdo de óleo (25–35%), cresce em solos<br />

que não são adequados para o cultivo de alimentos e pode ser<br />

uma fonte de combustível durante 30 anos.<br />

Sistemas híbridos<br />

Os sistemas híbridos são sistemas elétricos não conectados<br />

à rede que combinam mais de uma fonte de energia e não só<br />

podem ser sutilizados para fornecer energia em locais afastados<br />

da rede elétrica geral como também são capazes de lidar<br />

com demandas energéticas de maior porte. A conexão com<br />

dispositivos e geradores de energia alimentados por corrente<br />

alternada permite que seja construído ou ampliado um sistema<br />

com componentes padronizados, de forma flexível e<br />

modular. Os sistemas híbridos diesel/ fotovoltaico e diesel/<br />

eólico são comuns, sendo que o diesel convencional pode ser<br />

substituído pelo biodiesel. É possível ainda integrar a energia<br />

hidráulica a estes sistemas. Sistemas híbridos de maior<br />

porte que utilizam um gerador a diesel convencional podem<br />

funcionar a custos mais baixos do que as estações que funcionam<br />

apenas com as unidades a diesel.<br />

GIZ/Michael Netzhammer<br />

Sistemas Scheffler produzindo vapor para cozinha solar na Índia. Gerador a diesel Gerador solar Inversor Baterias<br />

de bateria<br />

Inversor<br />

fotovoltaico<br />

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ENERGYSYSTEMS<br />

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A ENERGIA RENOVÁVEL<br />

Photovoltaics<br />

EM CASA<br />

Geração de Eletricidade<br />

Diante das mudanças climáticas e dos combustíveis fósseis<br />

finitos, é cada vez mais relevante o uso de fontes energéticas<br />

eficientes e com menos impacto sobre o meio ambiente.<br />

É muito importante aumentar o uso de <strong>energias</strong> renováveis e<br />

aplicar conceitos alternativos para produção de energia principalmente<br />

em casa, já que é nela que se consome a maior<br />

parte da energia final para a geração de eletricidade e calor.<br />

Para isto, são necessárias soluções que reduzam ao mesmo<br />

tempo o consumo de energia, as emissões de CO e os custos<br />

2<br />

operacionais dos edifícios. Os produtos e serviços alemães<br />

para <strong>energias</strong> renováveis e construções eficientes são líderes<br />

de mercado em todo o mundo. Sistemas de aquecimento<br />

totalmente automatizados com pellets, placas solares térmicas<br />

para produção de calor ou ar condicionado, bombas<br />

de calor, sistemas de aquecimento geotérmico de superfície e<br />

módulos fotovoltaicos para a geração de eletricidade mediante<br />

energia solar podem ser facilmente integrados às residências<br />

para reduzir significativamente o consumo anual da<br />

energia utilizada no aquecimento, ventilação e ar condicionado.<br />

Além se poderem ser integrados aos edifícios de maneira<br />

visualmente harmônica, os sistemas fotovoltaicos proporcionam<br />

outro benefício adicional: as vigas de madeira voltadas<br />

para o sol podem ser equipadas com faixas fotovoltaicas<br />

para gerar eletricidade além de oferecer proteção contra<br />

a luz solar e o aquecimento excessivo. Também é possível a<br />

integração dos painéis fotovoltaicos em fachadas e telhados,<br />

onde o sistema funciona também como isolante térmico.<br />

Sistemas fotovoltaicos<br />

A energia fotovoltaica é a fonte de energia ecológica e eficiente<br />

mais usada nos edifícios. Os institutos alemães de investigação<br />

em energia fotovoltaica e a indústria trabalham continuamente<br />

no desenvolvimento de estruturas celulares e<br />

processos de produção para otimizar a aplicação e reduzir<br />

os custos. Como resultado, foi alcançada em muitos países a<br />

chamada “paridade de rede”, ou seja, o ponto a partir do qual<br />

geração de energia elétrica com origem renovável custa o<br />

mesmo que a energia elétrica convencional. Graças aos avanços<br />

das células solares orgânicas (OPV), o setor da energia<br />

fotovoltaica será ampliado com o passar dos anos. Por serem<br />

construídos com tecnologia de LED orgânicos (OLED), flexíveis<br />

e muito finos, os OPVs poderão ser facilmente integrados<br />

às janelas, grandes fachadas de edifícios ou aos carregadores<br />

de celulares.<br />

Atualmente, a maior parte da eletricidade fotovoltaica produzida<br />

nas casas alimenta a rede elétrica. Se o sistema fosse<br />

equipado com um sistema de gestão de energia inteligente<br />

junto com um acumulador, seria possível gerar eletricidade<br />

para melhorar o consumo doméstico, proporcionar uma<br />

fonte de alimentação independente da rede e diminuir os<br />

custos procedentes de fontes de energia convencional.<br />

Geração de eletricidade e calor<br />

Viessmann Werke GmbH & Co. KG<br />

A geração simultânea de eletricidade e calor é possível graças<br />

às centrais combinadas, em que um motor aciona um gerador<br />

para a produção de eletricidade e o calor resultante é utilizado<br />

para aquecimento de ambientes de da água. Quando a<br />

produção combinada de eletricidade e calor é realizada através<br />

de um sistema descentralizado e não em centrais de energia,<br />

trata-se de um sistema descentralizado de cogeração de<br />

calor e eletricidade, cujos microssistemas são mais adequados<br />

para o uso doméstico. Estes cobrem o segmento mais<br />

baixo da produção combinada de calor e eletricidade (0,8–<br />

10 kW) e são conhecidos como “aquecedores geradores de<br />

eletricidade”, fornecendo energia para os pequenos imóveis<br />

privados e adequados principalmente para as residências<br />

individuais, edifícios vizinhos e pequenas empresas. Estes<br />

sistemas são desenhados para suprir uma demanda equilibrada<br />

por eletricidade e calor em residências individuais.<br />

Viessmann Werke GmbH & Co. KG<br />

PV Inverter<br />

Grid<br />

Main Distritbution<br />

Cabinet<br />

Backup Applicances (USV)<br />

SMART ENERGYSYSTEMS INTERNATIONAL AG<br />

PV Meter<br />

Bidirectional<br />

Meter<br />

Energy Manager<br />

Household<br />

Appliances<br />

Bidirectional<br />

Battery Inverter<br />

Battery Bank<br />

(48V)<br />

SMART ENERGYSYSTEMS<br />

INTERNATIONAL AG<br />

www.renewables-made-in-germany.com<br />

ENERGYSYSTEMS<br />

www.smart-energy.ag


A ENERGIA RENOVÁVEL<br />

Photovoltaics<br />

EM CASA<br />

Geração de Calor e Frio<br />

Viessmann Werke GmbH & Co. KG<br />

Viessmann Werke GmbH & Co. KG KBB Kollektorbau GmbH Wagner & Co, Cölbe<br />

Independe de ser uma casa própria ou de aluguel, os custos<br />

de aquecimento e ar condicionado pesam cada vez mais no<br />

orçamento doméstico: na Alemanha, por exemplo, o preço da<br />

eletricidade destinada ao aquecimento aumentou em média<br />

161% entre os anos de 1995 e 2012. O uso do aquecimento ou<br />

do ar condicionado procedente de fontes renováveis de energia<br />

alivia tanto o bolso quanto o ambiente, já que impede a<br />

queima de combustíveis fósseis e reduz assim as emissões de<br />

gás do efeito estufa, principalmente o dióxido de carbono. <strong>As</strong><br />

pessoas que mudam de tipo de aquecimento e refrigeração<br />

para fontes de energia renováveis ganham não só mais segurança<br />

diante dos aumentos dos preços, mas também agem<br />

mais responsavelmente para com as futuras gerações, contribuindo<br />

com a proteção mundial do clima.<br />

Energia solar térmica para a água quente,<br />

a refrigeração e o aquecimento.<br />

Os coletores solares de uma central solar térmica absorvem a<br />

radiação solar e a convertem em calor. O calor solar é utilizado<br />

normalmente para aquecer a água do chuveiro e da pia ou<br />

para ajudar no aquecimento. <strong>As</strong> instalações solares que produzem<br />

tanto calor como frio usando a radiação solar estão<br />

incluídas nas inovações do setor da energia solar. Os sistemas<br />

de esfriamento modernos convertem diretamente o<br />

calor da luz solar em frio. A vantagem da refrigeração solar<br />

é que não consomem muita energia como ocorre com os sistemas<br />

convencionais de ar condicionado. Isto é interessante,<br />

sobretudo para os países do sul, onde durante os meses<br />

quentes de verão se consome ate 80% da eletricidade para<br />

climatizar os edifícios. Esta tecnologia se baseia em coletores<br />

parabólicos que focalizam a luz, em um sistema que usa o<br />

mesmo principio de um refrigerador: o calor absorvido pelo<br />

coletor é utilizado como energia para a produção de ar frio.<br />

Uma vantagem particular desta tecnologia é que a refrigeração<br />

é produzida ao mesmo tempo em que o sol brilha, eliminando<br />

assim a necessidade de armazenamento prolongado<br />

do calor ou frio.<br />

A energia solar pode fornecer a maior parte da energia necessária<br />

para a refrigeração e, quando esta não for necessária,<br />

os coletores redistribuem a energia para o sistema de aquecimento<br />

ou para esquentar a água. <strong>As</strong> empresas alemãs são<br />

pioneiras no desenvolvimento de <strong>tecnologias</strong> avançadas para<br />

o uso da energia solar em todo o mundo.<br />

Energia geotérmica<br />

Além disso, bombas de calor subterrâneas ou instaladas na<br />

superfície podem ser utilizadas como fontes de calor. Estas<br />

bombas capturam o calor de uma fonte externa – como o<br />

solo, as águas subterrâneas ou o ar – e o libera no sistema<br />

de aquecimento. Para isso, aumentam o nível de temperatura<br />

para que o calor possa ser utilizado no aquecimento. Para<br />

conseguir este aumento de temperatura, o dispositivo precisa<br />

de uma energia motora que possa ser fornecida juntamente<br />

com eletricidade ou sistemas fotovoltaicos. <strong>As</strong> bombas de<br />

calor também podem ser utilizadas seguindo o princípio da<br />

inversão para refrigerar o ar durante o verão.<br />

Biomassa<br />

O calor também pode ser obtido de pellets e lascas de madeira,<br />

lenha ou biogás. Os pellets de madeira, cujo uso tem<br />

aumentado consideravelmente nos últimos anos, são muito<br />

adequados para o aquecimento e portanto, uma alternativa<br />

aos combustíveis fósseis. Dependendo do combustível e do<br />

uso previsto, existem diferentes fornos que utilizam madeira<br />

para o fornecer calor. Os três diferentes sistemas de aquecimento<br />

com pellets de madeira mais geralmente utilizados<br />

se diferenciam principalmente pela capacidade de potência.<br />

Pequenos fornos (de 2 até 10 kW) são utilizados para gerar<br />

aquecimento para as casas. Ao instalar uma bolsa de água<br />

nas pequenas estufas, estas podem ser integradas ao sistema<br />

de aquecimento existente e completar, por exemplo, um sistema<br />

solar térmico. <strong>As</strong> estufas modernas dispõem de fornecimento<br />

automático de pellets de madeira. Sistemas de aquecimento<br />

de grande dimensão – com potência de até 70kW e<br />

instalados em salas independentes de aquecimento – podem<br />

ser utilizados para gerar calor e aquecer água em grandes<br />

ambientes. Os aquecedores centrais dispõem de um grande<br />

reservatório de pellets ou os pellets são introduzidos direto<br />

de um compartimento separado. Além de tudo isto, as caldeiras<br />

também são combinadas para gerar aquecimento tanto<br />

com pellets de madeira quanto com lenha.<br />

Perspectivas<br />

Viessmann Werke GmbH & Co. KG<br />

Para atender à crescente demanda por energia elétrica e térmica<br />

é necessário aumentar o grau de automação e controle.<br />

Nos edifícios e casas, a tecnologia de medição, controle,<br />

regulação e a tecnologia informática se unirão em um complexo<br />

sistema de informação e comunicação. O funcionamento<br />

de tais sistemas é um fator decisivo para a competitividade.<br />

O uso das capacidades de armazenamento de frio e calor<br />

dos edifícios, a otimização da estrutura (isolamento, proteção<br />

de calor/frio), a integração de armazenamento adicional e o<br />

uso de processos combinados (geração de calor e eletricidade)<br />

ganham cada vez mais importância. <strong>As</strong> empresas alemãs<br />

oferecem inúmeras soluções para toda a cadeia de valor nesta<br />

área e continuam realizando pesquisas ativamente.<br />

www.renewables-made-in-germany.com<br />

ENERGYSYSTEMS<br />

www.smart-energy.ag

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