Nossa Cidade
Revista Nossa Cidade de Itamonte - Dever de Casa
Revista Nossa Cidade de Itamonte - Dever de Casa
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Joana Guedes. Um<br />
PlaNeta ITAMONte<br />
Dona Joana: “Minha vida sempre foi dedicada<br />
à Igreja, ao hospital (Santa Casa), aos mais<br />
necessitados, sempre ao lado de meu esposo,<br />
trabalhando muito para criar nossos filhos.<br />
Graças a Deus, eles estão aí e todos se tornaram<br />
pessoas de bem. Quanto à Igreja Matriz<br />
e à Santa Casa, sempre de forma voluntária,<br />
procurei ajudar, trabalhando e colaborando em<br />
suas construções, do primeiro ao último tijolo,<br />
ao lado do Padre Francisco Mira.<br />
Nas festas juninas, tínhamos aquelas barracas<br />
com doces, bolos e muita coisa, eram as<br />
barracas de São João, Santo Antônio e São Pedro.<br />
Eu sempre trabalhei na barraca de Santo<br />
Antonio, com minhas companheiras. A cozinha<br />
da festa era onde hoje está a Lanchonete<br />
Shallon, sempre com um movimento muito<br />
bonito.<br />
Era uma grande alegria!<br />
De todas as companheiras, a única viva sou<br />
eu. Toda a minha vida foi desse jeito, sempre<br />
trabalhando e, quando chegava o domingo, eu<br />
fazia os bingos. Com a renda, pagava os empregados<br />
que trabalhavam na obra da Igreja.<br />
Padre Mira sempre falava: “Com a renda do bingo<br />
dava para pagar a semana do pedreiro”. O<br />
padre gostava de participar do bingo debruçado<br />
sobre a mesa. Tenho até a foto desse momento.<br />
No final de semana, eu ia para a cozinha<br />
e preparava os doces para o bingo, sempre<br />
trabalhando com muita alegria em poder servir<br />
a Igreja e ao meu próximo. Assim foi por 14<br />
anos.<br />
Olha, posso dizer que minha vida sempre foi<br />
dedicada à Igreja Matriz e ao Hospital, participando<br />
e ajudando nas festas, pois sempre acreditei<br />
que, enquanto vivesse, iria trabalhar para<br />
essas causas, pelos pobres, pela igreja, pela<br />
Santa Casa, pelos mais humildes e necessitados,<br />
inclusive mantendo cesta básica sempre<br />
que me foi possível. Meu marido Antonio gostava<br />
de ajudar também, ele participava muito,<br />
ele era um homem muito bom.<br />
A maior riqueza que deixamos para os filhos<br />
é a honestidade e o Antônio, meu marido,<br />
sempre dizia: “O que uma mão dá a outra<br />
não enxerga”. Tivemos doze filhos, um morreu.<br />
Criamos todos como pobres, não foi como rico,<br />
não, mas criamos todos, graças a Deus, demos<br />
boa educação e honestidade. Antonio sempre<br />
falava: “A maior riqueza que irei deixar pra vocês<br />
é ser honesto nos negócios e com tudo na<br />
vida, nunca façam nada de errado”. Antonio<br />
foi muito direito, morreu com 78 anos sendo<br />
sempre muito justo e honesto com os negócios<br />
dele. Na educação dos filhos, ele sempre tomou<br />
a frente, pois era muito bravo.<br />
Os filhos sempre tiveram muito respeito<br />
por ele. Trago comigo uma frase que o Antonio<br />
sempre falava: “O que uma mão dá a outra<br />
não enxerga”. Ele era assim, tinha o açougue e<br />
sempre procurava dar um pedaço de carne para<br />
os mais necessitados. Vinha gente até de Passa<br />
Quatro. Ele costumava embrulhar um pedacinho<br />
de carne com um toucinho para dar às pessoas<br />
necessitadas. Isso já era o jeito dele, ele<br />
sempre foi assim, muito bom. AcontecimentoS<br />
Que marcaram minha vida com muita emoção<br />
e alegria.<br />
Acontecimentos que marcaram minha<br />
vida com muita emoção e alegria<br />
Bom, houve alguns acontecimentos em minha<br />
vida que me deixaram muito emocionada,<br />
como em uma festa junina em que Padre Mira<br />
fez uma linda homenagem para mim. Ele sempre<br />
foi muito amigo e quase toda noite jantava<br />
com a gente. Era muita amizade e ele sempre<br />
tinha muita liberdade aqui em casa, como<br />
também o Padre Santiago, o Padre Fernando e<br />
Padre Meireles, todos com total liberdade de<br />
pedir.<br />
Padre Francisco foi um pouco diferente, por<br />
morar um pouco longe de nós. Hoje temos Padre<br />
Joaquim e Padre Alexandre, e a todos eles<br />
fotos: SÉRGIO MENDes<br />
44 - nossa cidade - Informação oficial da Prefeitura de Itamonte