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A ESCOLHA DO MÉTODO ESTATÍSTICO - SBPqO

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Universidade Estadual de Campinas<br />

Faculdade de Odontologia de Piracicaba<br />

A escolha do método<br />

estatístico<br />

Profa. Dra. Livia M. A. Tenuta<br />

litenuta@fop.unicamp.br<br />

Universidade Estadual de Campinas<br />

Faculdade de Odontologia de Piracicaba<br />

A escolha do método<br />

estatístico<br />

- Probabilidades, hipóteses e<br />

delineamentos -<br />

1


“A notícia boa é que a estatística<br />

está se tornando mais fácil e<br />

acessível.<br />

A notícia ruim é que a estatística<br />

está se tornando mais fácil e<br />

acessível.”<br />

Hofacker, 1983<br />

Para muitos, estatística é...<br />

2


Figueira CV, 2006<br />

Para outros...<br />

“Estatística é a arte de torturar<br />

os dados até que eles digam o<br />

que se quer ouvir”<br />

Mills, 1993,<br />

Susin & Rösing, 1999<br />

3


Jim Borgman, New York Times, 27 April 1997<br />

4


Testes estatísticos mais comuns<br />

Número e tipo de grupos Paramétrico Não paramétrico<br />

2 grupos<br />

Independentes<br />

(não pareados)<br />

Dependentes<br />

(pareados)<br />

Teste t para<br />

amostras<br />

independentes<br />

Teste t para<br />

amostras<br />

dependentes<br />

Teste de Mann-<br />

Whitney<br />

Teste de Wilcoxon<br />

3 ou mais grupos<br />

Independentes<br />

(não pareados)<br />

Dependentes<br />

(pareados)<br />

ANOVA<br />

ANOVA medidas<br />

repetidas<br />

Teste de Kruskal-<br />

Wallis<br />

Teste de Friedman<br />

Susin C. Basic statistical analysis for dental research.<br />

In: Rode SM, Dias KRHC, França CM. Handbook of scientific methodology. IADR latinoamericana, 2009<br />

Métodos de regressão mais comuns<br />

Tipo de observações Dados contínuos Dados categóricos<br />

Independentes<br />

Dependentes<br />

Regressão linear<br />

Regressão linear com erro<br />

padrão ajustado para o<br />

agrupamento das<br />

observações<br />

Regressão logística<br />

dicotômica, multinomial e<br />

ordenada<br />

Regressão logística<br />

condicional e extensões<br />

Susin C. Basic statistical analysis for dental research.<br />

In: Rode SM, Dias KRHC, França CM. Handbook of scientific methodology. IADR latinoamericana, 2009<br />

5


Estudo cruzado duplo-cego<br />

• Controle negativo: H 2 O<br />

• Controle positivo: 1.5% Sacarose<br />

• Controle ativo: 1.5% Lactose<br />

• Experimental: Zero Cal R<br />

• Controle negativo: sem dentifrício<br />

• Controle ativo: MFP/SiO 2<br />

• Experimental: MFP/CaCO 3<br />

Pesquisa científica<br />

Pergunta (???) – curiosidade científica!<br />

Delineamento experimental adequado<br />

para testar a pergunta<br />

Variáveis resposta que ajudem a<br />

explicar o fenômeno<br />

6


Estatística experimental<br />

Desmineralização dental (% perda de dureza)<br />

Tratamento A:<br />

21,5%<br />

23,6%<br />

39,7%<br />

29,5%<br />

32,7%<br />

Média 29,4%<br />

Tratamento B:<br />

18,9%<br />

24,4%<br />

26,7%<br />

19,4%<br />

17,8%<br />

Média 21,4%<br />

Diferença estimada entre A e B: 8%<br />

Estatística experimental<br />

Existe uma real diferença entre os<br />

tratamentos A e B?<br />

Para descobrir, o experimento deveria<br />

ser repetido infinitas vezes!<br />

7


Estatística experimental<br />

Inferência estatística: determina a<br />

probabilidade de estimar se uma real<br />

diferença entre tratamentos existe<br />

Nível de significância (p): probabilidade<br />

de erro ao afirmar que há diferença entre<br />

os tratamentos<br />

Estatística experimental<br />

Desmineralização dental (% perda de dureza)<br />

Tratamento A:<br />

21,5%<br />

23,6%<br />

39,7%<br />

29,5%<br />

32,7%<br />

Média 29,4%<br />

DP 7,3%<br />

Tratamento B:<br />

18,9%<br />

24,4%<br />

26,7%<br />

19,4%<br />

17,8%<br />

Média 21,4%<br />

DP 3,9%<br />

8


Variação do acaso: toda variação devido a fatores<br />

não controláveis. Pode ser medida através do<br />

desvio em relação a média<br />

ANOVA<br />

Análise da variância<br />

Quanto da variabilidade observada<br />

é devido ao acaso ou a um real<br />

efeito do tratamento<br />

9


Efeito de 2 dentifrícios na concentração de<br />

F no fluido do biofilme<br />

(µM F, média, n=56)<br />

Dentifrício A<br />

Dentifrício B<br />

5,5 11,4<br />

Efeito de 2 dentifrícios na concentração de<br />

F no fluido do biofilme<br />

(µM F, média ± DP, n=56)<br />

Dentifrício A<br />

Dentifrício B<br />

5,5 ± 4,5 11,4 ± 21,0<br />

10


Concentração de F no fluido do<br />

biofilme dental exposto a 2 dentifrícios<br />

11


Eliminando o outlier…<br />

12


Transformação sugerida pelo pacote<br />

estatístico: inversa<br />

13


Delineamento inteiramente aleatorizado<br />

Esquema da análise de variância:<br />

Fonte de<br />

variação<br />

Graus de<br />

liberdade<br />

Soma de Quadrados Quadrado médio F<br />

Tratamento I – 1<br />

Variabilidade devido<br />

ao tratamento<br />

Resíduo I (J – 1) Por diferença<br />

SQ tratamento<br />

GL trat.<br />

SQ resíduo<br />

GL resíduo<br />

QM tratamento<br />

QM resíduo<br />

Total IJ – 1 Variabilidade total - -<br />

-<br />

I = número de níveis do tratamento<br />

J = número de repetições<br />

Delineamento inteiramente aleatorizado<br />

Modelo matemático:<br />

Y ij = µ + t i + e ij<br />

Onde:<br />

Y ij = valor da variável testada sob o i-ésimo nível de tratamento<br />

µ = média geral do experimento para a variável<br />

t i = efeito do i-ésimo nível de tratamento<br />

e ij = erro aleatório<br />

14


Controle<br />

70 ppm F<br />

140 ppm F<br />

280 ppm F<br />

Estatística experimental<br />

Teste de hipóteses: regra de decisão para<br />

rejeitar ou não uma hipótese estatística<br />

com base nos elementos amostrais<br />

H 0 (hipótese nula): hipótese que será testada<br />

estatisticamente<br />

H a (hipótese alternativa): suposição que o<br />

pesquisador quer estudar<br />

15


Delineamento inteiramente aleatorizado<br />

Hipóteses:<br />

H 0 = t 1 = t 2 = ... = t I = 0<br />

H a = t i ≠ 0<br />

Estatística experimental<br />

Ao rejeitar H 0 , com nível de significância<br />

de 5%, por exemplo, o pesquisador<br />

automaticamente aceita sua hipótese<br />

alternativa<br />

16


“In relation to any experiment we may speak of…<br />

the “null hypothesis,” and it should be noted that<br />

the null hypothesis is never proved or established,<br />

but is possibly disproved, in the course of<br />

experimentation. Every experiment may be said to<br />

exist only in order to give the facts a chance of<br />

disproving the null hypothesis. ”<br />

Fisher RA<br />

Estatística experimental<br />

Desmineralização dental (% perda de dureza)<br />

Tratamento A:<br />

21,5%<br />

23,6%<br />

39,7%<br />

29,5%<br />

32,7%<br />

Média 29,4%<br />

Tratamento B:<br />

18,9%<br />

24,4%<br />

26,7%<br />

19,4%<br />

17,8%<br />

Média 21,4%<br />

Diferem ao<br />

nível de<br />

significância<br />

de 5%<br />

Erro tipo I (α): probabilidade de erro ao se rejeitar a<br />

hipótese de nulidade quando ela é verdadeira, ou<br />

seja, probabilidade de apontar um falso positivo<br />

17


Trabalhando com probabilidades...<br />

Nível de significância de 5% significa que<br />

aceitamos errar em 1 a cada 20 casos<br />

Correlação entre variáveis: se eu tiver 10 variáveis<br />

e for estudar a correlação entre elas, tenho 45<br />

comparações (10*(10-1)/2 = 45)<br />

Em 5% delas, posso ver uma correlação<br />

significativa por mero acaso! 0,05* 45 = 2,25!<br />

Hofacker CS, 1983<br />

Erro tipo II (β): probabilidade de erro ao não<br />

rejeitar a hipótese de nulidade quando ela é de<br />

fato falsa, ou seja, probabilidade de apontar um<br />

falso negativo<br />

É função do:<br />

a) número de repetições<br />

b) variabilidade dos dados<br />

c) real diferença entre os grupos<br />

18


Repetição<br />

Proporciona uma estimativa do erro<br />

experimental (variabilidade), permitindo a<br />

estimativa do efeito dos tratamentos.<br />

Repetição<br />

n=3<br />

Tratamento A:<br />

20<br />

24<br />

25<br />

Média 23<br />

Tratamento B:<br />

17<br />

22<br />

24<br />

Média 21<br />

Teste t comparando A e B: p=0,48<br />

19


Repetição<br />

n=30<br />

Tratamento A:<br />

20, 24, 25, 21, 23,<br />

25, 20, 23, 26, 20,<br />

24, 25, 20, 24, 25,<br />

22, 24, 23, 21, 23,<br />

26, 19, 24, 25, 20,<br />

24, 25, 19, 25, 25<br />

Média 23<br />

Tratamento B:<br />

15, 22, 26, 16, 23,<br />

24, 15, 24, 24, 17,<br />

22, 24, 17, 22, 24,<br />

17, 16, 22, 24, 23,<br />

24, 17, 22, 24, 17,<br />

22, 24, 14, 24, 25<br />

Média 21<br />

Teste t comparando A e B: p=0,0137<br />

Repetição<br />

n=3<br />

Tratamento A:<br />

20<br />

24<br />

25<br />

Média 23<br />

Tratamento B:<br />

10<br />

13<br />

16<br />

Média 13<br />

Diferença entre A e B = 10<br />

Teste t comparando A e B: p=0,0123<br />

20


Repetição<br />

n=3<br />

Tratamento A:<br />

20<br />

24<br />

25<br />

Média 23<br />

DP 2,6<br />

Tratamento B:<br />

10<br />

13<br />

16<br />

Média 13<br />

DP 3,0<br />

Repetição<br />

n=3<br />

Tratamento A:<br />

13<br />

21<br />

35<br />

Média 23<br />

DP 11,1<br />

Tratamento B:<br />

5<br />

10<br />

24<br />

Média 13<br />

DP 9,9<br />

Teste t comparando A e B: p=0,31<br />

21


Poder estatístico<br />

Erro tipo II (β): probabilidade de erro ao não<br />

rejeitar a hipótese de nulidade quando ela é de<br />

fato falsa, ou seja, probabilidade de apontar um<br />

falso negativo<br />

Poder do teste estatístico: Capacidade do teste em<br />

apontar diferenças quando elas realmente existem<br />

Erro tipo II (β) = 10%<br />

Poder = 1 – β = 90%<br />

22


Delineamento inteiramente aleatorizado<br />

Esquema da análise de variância:<br />

Fonte de<br />

variação<br />

Graus de<br />

liberdade<br />

Soma de Quadrados Quadrado médio F<br />

Tratamento I – 1<br />

Variabilidade devido<br />

ao tratamento<br />

Resíduo I (J – 1) Por diferença<br />

SQ tratamento<br />

GL trat.<br />

SQ resíduo<br />

GL resíduo<br />

QM tratamento<br />

QM resíduo<br />

-<br />

Total IJ – 1 Variabilidade total - -<br />

I = número de níveis do tratamento<br />

J = número de repetições<br />

Poder estatístico<br />

Reviewer: What were criteria for sample size selection? Was<br />

it to reach estimated power (80%)?<br />

The sample size selection was based on a pilot study, made with 3 volunteers,<br />

who ingested the 550 µg F/g dentifrice, on fasting, after breakfast or after<br />

lunch, and we used the AUC of salivary F concentration as the response<br />

variable. In fact, we intended to determine the number of volunteers necessary<br />

to detect differences between the gastric content<br />

situations using the low F<br />

dentifrice, with 80% power. From this pilot study, a low standard deviation was<br />

observed between volunteers for each gastric content condition. Using the<br />

SAS System 8.01, considering the differences obtained from the mean of these<br />

treatments, we could reach 80% power if we used nine volunteers. For 11<br />

volunteers, the power would increase to 90%. Considering that volunteers<br />

could be lost during the 9-phase study, we opted to select 11 volunteers.<br />

Actually, we could significantly reject H 0 in the experiment, and therefore we<br />

haven’t<br />

worried in mention this in the text, but we added the power<br />

information in the text.<br />

23


Princípios básicos da<br />

experimentação<br />

1. Repetição<br />

<br />

2. Aleatorização<br />

3. Cegamento<br />

4. Controle local (blocos estatísticos)<br />

Aleatorização<br />

Proporciona a todos os tratamentos a<br />

mesma probabilidade de serem<br />

designados a qualquer das unidades<br />

experimentais<br />

24


Aleatorização = sorteio!<br />

Aleatorização no Excel<br />

Exemplo:<br />

Dividir 16 espécimes em 4 tratamentos<br />

(cada um com 4 espécimes)<br />

25


Classificar pela coluna<br />

“Aleatório”<br />

ATENÇÃO: Para que o sorteio seja<br />

feito corretamente, apenas as<br />

colunas “Tratamento” e<br />

“Aleatório” devem ser<br />

selecionadas!<br />

26


Ao classificar por um<br />

número aleatório,<br />

automaticamente o<br />

tratamento ficará<br />

aleatorizado!<br />

Portanto, os espécimes<br />

1, 6, 7 e 8 devem receber<br />

o tratamento 1, e assim<br />

sucessivamente...<br />

27


Aleatorização com restrição<br />

A distribuição dos espécimes entre os<br />

tratamentos é feita de modo restrito, para<br />

evitar que algum tratamento seja<br />

favorecido pela aleatorização.<br />

Exemplo: quando se conhece a dureza inicial de blocos<br />

dentais, é possível sorteá-los aos tratamentos de acordo<br />

com sua dureza<br />

E a média de dureza entre<br />

os grupos apresenta-se<br />

homogênea.<br />

28


Realizando-se a<br />

aleatorização sem restrição,<br />

as diferenças entre durezas<br />

dos espécimes distribuídos<br />

aos 4 níveis de tratamento<br />

são mais evidentes.<br />

Cegamento<br />

Estudo cego: o pesquisador não tem acesso<br />

à identificação de qual nível de tratamento se<br />

trata.<br />

29


Vieira, S. Estatística experimental. 2.ed. 1999<br />

Cegamento<br />

Estudo cego: o pesquisador não tem acesso<br />

à identificação de qual nível de tratamento se<br />

trata.<br />

Quando voluntários estão envolvidos, estes<br />

também não devem saber de qual tratamento<br />

estão participando – estudo duplo cego<br />

30


Delineamento aleatorizado em<br />

blocos<br />

Utiliza os princípios da repetição,<br />

aleatorização e controle local<br />

Exemplo: avaliar o efeito do dentifrício fluoretado,<br />

em 2 níveis, na concentração de F na saliva,<br />

utilizando 14 voluntários como blocos estatísticos<br />

Delineamento aleatorizado em blocos<br />

Modelo matemático:<br />

Onde:<br />

Y ij = µ + t i + b j + e ijk<br />

Y ij = valor da variável testada sob o i-ésimo nível de tratamento e<br />

no j-ésimo bloco<br />

µ = média geral do experimento para a variável<br />

t i = efeito do i-ésimo nível de tratamento<br />

b j = efeito do j-ésimo nível de voluntário<br />

e ij = erro aleatório<br />

31


Delineamento aleatorizado em blocos<br />

Hipóteses:<br />

H 0 = t 1 = t 2 = ... = t I = 0<br />

H a = t i ≠ 0<br />

Delineamento aleatorizado em blocos<br />

Esquema da análise de variância:<br />

Fonte de<br />

variação<br />

Graus de<br />

liberdade<br />

Soma de Quadrados Quadrado médio F<br />

Tratamento I – 1<br />

Blocos J – 1<br />

Variabilidade devido<br />

ao tratamento<br />

Variabilidade devido<br />

aos blocos<br />

Resíduo (I – 1)(J – 1) Por diferença<br />

SQ tratamento<br />

GL trat.<br />

SQ blocos<br />

GL blocos<br />

SQ resíduo<br />

GL resíduo<br />

QM tratamento<br />

QM resíduo<br />

QM blocos<br />

QM resíduo<br />

Total IJ – 1 Variabilidade total - -<br />

I = número de níveis do tratamento<br />

J = número de blocos<br />

-<br />

32


Delineamento aleatorizado em blocos<br />

A variabilidade devido aos blocos<br />

(voluntários, p.ex.) pode ser estimada,<br />

diminuindo a variabilidade devido ao<br />

acaso (erro experimental)<br />

33


Delineamento cruzado<br />

Fase 1<br />

Fase 2 Fase 3<br />

Voluntários<br />

grupo 1<br />

Voluntários<br />

grupo 2<br />

Voluntários<br />

grupo 3<br />

Tratamento A<br />

Tratamento B<br />

Tratamento C<br />

Delineamentos de tratamentos<br />

1. Fatorial<br />

2. Parcelas subdivididas<br />

34


Experimentos fatoriais<br />

Derivam do interesse em testar o efeito de<br />

dois ou mais tipos de tratamentos no<br />

mesmo experimento. Cada tipo de<br />

tratamento é referido como um fator.<br />

Experimentos fatoriais<br />

Exemplo: avaliar o efeito do dentifrício<br />

fluoretado, em 2 níveis, e da freqüência de<br />

exposição do biofilme dental a sacarose,<br />

em 4 níveis, na desmineralização dental.<br />

Fatorial 2 x 4<br />

35


Experimentos fatoriais<br />

A combinação de tratamentos resultantes é o resultado<br />

da interação dos fatores a serem testados. No exemplo,<br />

há 8 combinações possíveis de tratamentos:<br />

500 ppm F, exposição ao açúcar 2x/dia<br />

500 ppm F, exposição ao açúcar 4x/dia<br />

500 ppm F, exposição ao açúcar 6x/dia<br />

500 ppm F, exposição ao açúcar 8x/dia<br />

1100 ppm F, exposição ao açúcar 2x/dia<br />

1100 ppm F, exposição ao açúcar 4x/dia<br />

1100 ppm F, exposição ao açúcar 6x/dia<br />

1100 ppm F, exposição ao açúcar 8x/dia<br />

Delineamento fatorial<br />

Modelo matemático:<br />

Onde:<br />

Y ij = µ + A i + B j + A i *B j + e ijk<br />

Y ij = valor da variável testada sob o i-ésimo nível do fator A e j-<br />

ésimo nível do fator B<br />

µ = média geral do experimento para a variável<br />

A i = efeito do i-ésimo nível do fator A<br />

B j = efeito do j-ésimo nível do fator B<br />

A i *B j = efeito da interação A e B<br />

e ij = erro aleatório<br />

36


Delineamento fatorial<br />

Hipóteses:<br />

(1) H 0 = A 1 = A 2 = ... = A I = 0<br />

H a = A i ≠ 0<br />

(2) H 0 = B 1 = B 2 = ... = B J = 0<br />

H a = B j ≠ 0<br />

(3) H 0 = (A*B) ij = 0<br />

H a = (A*B) ij ≠ 0<br />

Delineamento fatorial<br />

Esquema da análise de variância:<br />

Fonte de<br />

variação<br />

Graus de<br />

liberdade<br />

Soma de Quadrados Quadrado médio F<br />

A I – 1<br />

B J – 1<br />

A*B (I – 1)(J – 1)<br />

Variabilidade devido<br />

ao fator A<br />

Variabilidade devido<br />

ao fator B<br />

Variabilidade devido<br />

a interação A*B<br />

Resíduo IJ (K– 1) Por diferença<br />

SQ trat. A<br />

GL trat. A<br />

SQ trat. B<br />

GL trat. B<br />

SQ (A*B)<br />

GL (A*B)<br />

SQ resíduo<br />

GL resíduo<br />

QM trat. A<br />

QM resíduo<br />

QM trat. B<br />

QM resíduo<br />

QM trat. A*B<br />

QM resíduo<br />

Total IJ – 1 Variabilidade total - -<br />

I = número de níveis do fator A<br />

J = número de níveis do fator B<br />

K = número de repetições<br />

-<br />

37


Variável resposta<br />

B1<br />

B2<br />

Não há efeito significativo<br />

de A (A1 = A2)<br />

Não há efeito significativo<br />

de B (B1 = B2)<br />

A1<br />

A2<br />

Não há efeito da interação<br />

Variável resposta<br />

B1<br />

B2<br />

Há efeito significativo de A<br />

(A2 > A1)<br />

Não há efeito significativo<br />

de B (B1 = B2)<br />

Não há efeito da interação<br />

A1<br />

A2<br />

Variável resposta<br />

B1<br />

B2<br />

Não há efeito significativo<br />

de A (A1 = A2)<br />

Há efeito significativo de B<br />

(B1 > B2)<br />

A1<br />

A2<br />

Não há efeito da interação<br />

Variável resposta<br />

B1<br />

B2<br />

Há efeito significativo de A<br />

(A2 > A1)<br />

Há efeito significativo de B<br />

(B1 > B2)<br />

Não há efeito da interação<br />

A1<br />

A2<br />

38


Variável resposta<br />

B1<br />

B2<br />

Interação devido a<br />

diferença na grandeza da<br />

resposta<br />

A1<br />

A2<br />

Variável resposta<br />

B1<br />

B2<br />

Interação devido a<br />

diferença na direção da<br />

resposta<br />

A1<br />

A2<br />

39


Efeito de 2 dentifrícios na concentração de F no<br />

fluido do biofilme em função da freqüência de<br />

Frequência<br />

exposição do<br />

biofilme à sacarose<br />

exposição a sacarose<br />

(µM F, média ± DP, n=14)<br />

Dentifrício A<br />

Dentifrício B<br />

2 x 5,6 ± 4,7 7,2 ± 4,8<br />

4 x 4,4 ± 1,3 10,1 ± 12,8<br />

6 x 5,1 ± 2,3 8,2 ± 6,2<br />

8 x 6,8 ± 7,2 8,0 ± 6,4<br />

Houve efeito significativo do fator dentifrício na concentração de F no<br />

fluido do biofilme dental (p


Experimentos em parcelas<br />

subdivididas<br />

Ocorrem quando os tratamentos não são distribuídos<br />

nas unidades experimentais da mesma forma,<br />

caracterizando tratamentos primários (parcelas) e<br />

secundários (subparcelas).<br />

Após o sorteio do tratamento principal às unidades<br />

experimentais de forma usual, o tratamento secundário<br />

é sorteado dentro de cada tratamento primário.<br />

Baseline surface microhardness<br />

41


Delineamento em parcelas subdivididas<br />

Modelo matemático:<br />

Onde:<br />

Y ij = µ + A i + b j + B k + A i *B k + e ijkl<br />

Y ij = valor da variável testada sob o i-ésimo nível do fator A, j-<br />

ésimo bloco e k-ésimo nível do fator B<br />

µ = média geral do experimento para a variável<br />

A i = efeito do i-ésimo nível do fator A<br />

b j = efeito do j-ésimo bloco estatístico<br />

B j = efeito do k-ésimo nível do fator B<br />

A i *B k = efeito da interação A e B<br />

e ij = erro aleatório<br />

Delineamento fatorial<br />

Hipóteses:<br />

(1) H 0 = A 1 = A 2 = ... = A I = 0<br />

H a = A i ≠ 0<br />

(2) H 0 = B 1 = B 2 = ... = B J = 0<br />

H a = B j ≠ 0<br />

(3) H 0 = (A*B) ij = 0<br />

H a = (A*B) ij ≠ 0<br />

42


Delineamento fatorial<br />

Esquema da análise de variância:<br />

Fonte de<br />

variação<br />

Graus de<br />

liberdade<br />

Soma de Quadrados Quadrado médio F<br />

A I – 1<br />

Blocos J – 1<br />

Resíduo a<br />

(A*bloco)<br />

(I – 1)(J – 1)<br />

Variabilidade devido<br />

ao fator A<br />

Variabilidade devido<br />

aos blocos<br />

Variabilidade da<br />

parcela<br />

SQ trat. A<br />

GL trat. A<br />

SQ blocos<br />

GL blocos<br />

SQ resíduo a<br />

GL resíduo a<br />

QM trat. A<br />

QM resíduo a<br />

QM blocos<br />

QM resíduo a<br />

Delineamento fatorial<br />

Esquema da análise de variância:<br />

Fonte de<br />

variação<br />

Graus de<br />

liberdade<br />

Soma de Quadrados Quadrado médio F<br />

A I – 1<br />

Blocos J – 1<br />

Resíduo a<br />

(A*bloco)<br />

(I – 1)(J – 1)<br />

B K – 1<br />

A*B (I – 1)(K – 1)<br />

Variabilidade devido<br />

ao fator A<br />

Variabilidade devido<br />

aos blocos<br />

Variabilidade da<br />

parcela<br />

Variabilidade devido<br />

ao fator B<br />

Variabilidade devido<br />

a interação A*B<br />

Resíduo b I(J – 1)(K– 1) Por diferença<br />

SQ trat. A<br />

GL trat. A<br />

SQ blocos<br />

GL blocos<br />

SQ resíduo a<br />

GL resíduo a<br />

SQ trat. B<br />

GL trat. B<br />

SQ (A*B)<br />

GL (A*B)<br />

SQ resíduo b<br />

GL resíduo b<br />

QM trat. A<br />

QM resíduo a<br />

QM blocos<br />

QM resíduo a<br />

QM trat. B<br />

QM resíduo b<br />

QM trat. A*B<br />

QM resíduo b<br />

Total IJK – 1 Variabilidade total - -<br />

-<br />

43


“We have discussed the practice of using different data<br />

transformations within a 2-way ANOVA with our statistical adviser and<br />

he stated that this is not valid, since the comparisons are not then<br />

between data of the same type. Transformation is performed to deal<br />

with 1 or more of 3 problems: non-normality, non-homogeneity of<br />

variance and non-additivity. To my understanding, in a 2-way analysis,<br />

'individualized' transformations, while solving the first two problems,<br />

would work against the third requirement of ANOVA, that treatment<br />

effects are additive. For instance, data in which treatment effect was<br />

multiplicative rather than additive are appropriately transformed to<br />

logs, since the treatment effects then become additive. But these<br />

could not then be compared with data that had not been transformed<br />

because they already fulfilled the ANOVA requirements. You would be<br />

comparing oranges and bananas.”<br />

“Sorry about the confusion induced by my last set of comments on<br />

the statistics. I think there might be still some sort of problem there, in<br />

that your comparison of the 30-min plaque solid data is on a<br />

somewhat different basis from the other comparisons. But I will<br />

discuss it when I next see our statistical advisor. I suspect that I put<br />

the question to him in a misleading way, combined with a misinterpretation<br />

of your analysis.”<br />

46


Obrigada<br />

pela atenção!!!<br />

litenuta@fop.unicamp.br<br />

47

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