26.06.2014 Views

Lisboa desce no ranking da qualidade de vida - Destak

Lisboa desce no ranking da qualidade de vida - Destak

Lisboa desce no ranking da qualidade de vida - Destak

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Actuali<strong>da</strong><strong>de</strong> · www.<strong>Destak</strong>.pt · 04<br />

3ª Feira · 4 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2012<br />

ciência&saú<strong>de</strong><br />

À DESCOBERTA DO MELHOR DE DOIS MUNDOS<br />

A «trégua» <strong>da</strong> gravi<strong>de</strong>z<br />

Gravi<strong>de</strong>z reduz<br />

o risco <strong>de</strong> recaí<strong>da</strong>s<br />

nas doentes<br />

que sofrem com<br />

esclerose múltipla.<br />

tetrícia do Hospital <strong>da</strong>s Forças<br />

Arma<strong>da</strong>s, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que «a <strong>de</strong>cisão<br />

<strong>de</strong> engravi<strong>da</strong>r é um assunto<br />

muito importante e <strong>de</strong>ve ser<br />

toma<strong>da</strong> sobretudo em função<br />

<strong>da</strong> condição clínica <strong>da</strong> mulher<br />

e do projecto <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> do casal».<br />

Riscos e <strong>de</strong>safios<br />

Riscos numa gravi<strong>de</strong>z há sempre,<br />

mas aqui são os mesmos<br />

que enfrentam as mulheres<br />

saudáveis. «Não parece existir<br />

maior risco <strong>de</strong> abortamento, <strong>de</strong><br />

doenças próprias <strong>da</strong> gravi<strong>de</strong>z<br />

ou <strong>de</strong> bebés prematuros e o<br />

parto é igual ao <strong>de</strong> uma mulher<br />

não afecta<strong>da</strong>.» No que diz respeito<br />

às alterações típicas <strong>da</strong><br />

gestação, tudo <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> «<strong>da</strong><br />

condição clínica <strong>da</strong> mulher ao<br />

engravi<strong>da</strong>r ou do eventual aparecimento<br />

<strong>de</strong> sintomas durante<br />

a gestação». Mas há factores<br />

que importa controlar, «como<br />

o aumento <strong>de</strong> peso (que <strong>no</strong> final<br />

<strong>da</strong> gravi<strong>de</strong>z atinge cerca <strong>de</strong><br />

12 Kg), as alterações urinárias<br />

e a obstipação, as dores lombares<br />

e a dor ciática».<br />

Depois, é abrir os braços<br />

para receber o bebé, um mo-<br />

«A gravi<strong>de</strong>z não vem<br />

alterar o índice global<br />

<strong>de</strong> progressão <strong>da</strong><br />

doença», diz médico<br />

123RF<br />

CARLA MARINA MENDES<br />

cmen<strong>de</strong>s@<strong>de</strong>stak.pt<br />

Por ca<strong>da</strong> homem que<br />

sofre com esclerose<br />

múltipla (EM), contam-se<br />

três mulheres com a doença.<br />

Um problema on<strong>de</strong> elas são,<br />

<strong>de</strong> facto, o sexo mais fraco,<br />

embora sem que as razões<br />

que o fun<strong>da</strong>mentem sejam<br />

conheci<strong>da</strong>s. O que justifica<br />

que em <strong>de</strong>staque <strong>no</strong> IX congresso<br />

nacional <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

Portuguesa <strong>de</strong> Esclerose<br />

Múltipla (SPEM), que se realiza<br />

sábado, em <strong>Lisboa</strong>, esteja<br />

a gravi<strong>de</strong>z, um estado <strong>de</strong><br />

graça mesmo para quem sofre<br />

com EM. Até porque, confirma<br />

ao <strong>Destak</strong> um especialista,<br />

«sabe-se que durante a<br />

gravi<strong>de</strong>z a probabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

a doença se exprimir diminui,<br />

como se <strong>de</strong> um “período <strong>de</strong><br />

tréguas” se tratasse».<br />

E diminui também o índice<br />

<strong>de</strong> recaí<strong>da</strong>, apesar <strong>de</strong> aumentar<br />

após o parto. «Feitas<br />

as contas <strong>no</strong> final, constata-<br />

-se que a gravi<strong>de</strong>z não vem<br />

alterar o índice global <strong>de</strong> progressão<br />

<strong>da</strong> doença.» Ain<strong>da</strong><br />

assim, João Mairos, chefe do<br />

Serviço <strong>de</strong> Ginecologia e Obsmento<br />

<strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>safios.<br />

É assim para as mulheres<br />

saudáveis e mais ain<strong>da</strong> para<br />

as doentes <strong>de</strong> EM. Tudo <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>,<br />

explica o médico, «do<br />

grau <strong>de</strong> limitação <strong>da</strong> mãe»,<br />

que torna imperioso o bom<br />

planeamento do período<br />

após o nascimento do bebé.<br />

«A a<strong>da</strong>ptação do espaço e <strong>de</strong><br />

utensílios, a modificação <strong>de</strong><br />

rotinas, o transporte, o envolvimento<br />

do pai e dos avós,<br />

são factores muito importantes»<br />

nesta fase.<br />

A estes <strong>de</strong>safios juntam-<br />

-se «os <strong>de</strong> carácter psicológico»,<br />

como o medo <strong>da</strong> <strong>de</strong>pendência,<br />

as <strong>de</strong>pressões ou<br />

problemas com o casal.<br />

Doentes privados<br />

<strong>da</strong> medicação<br />

«Viver com esta doença em<br />

Portugal é ca<strong>da</strong> vez mais um<br />

<strong>de</strong>safio», refere Manuela<br />

Duarte Neves, directora <strong>da</strong><br />

SPEM, «porque se assiste <strong>de</strong><br />

<strong>no</strong>vo a mais uma tentativa <strong>de</strong><br />

regressão <strong>no</strong> tratamento dos<br />

doentes em alguns dos hospitais<br />

do Serviço Nacional <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong> (SNS)». Segundo a<br />

especialista, «em ca<strong>da</strong> vez<br />

mais hospitais do SNS está a<br />

privar-se um número consi<strong>de</strong>rável<br />

<strong>de</strong> doentes <strong>da</strong> medicação<br />

a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>». E as razões<br />

que o justificam «são <strong>de</strong> política<br />

eco<strong>no</strong>micista».<br />

PERGUNTE...<br />

A LPCC-NORTE RESPONDE<br />

GLÓBULOS BRANCOS<br />

Sou doente oncológica,<br />

a fazer tratamento <strong>de</strong><br />

quimioterapia e o meu<br />

médico dá muita<br />

importância à contagem<br />

dos glóbulos brancos do<br />

sangue. Po<strong>de</strong>m explicar-<br />

-me, em termos simples,<br />

qual o significado <strong>de</strong>sta<br />

contagem e como po<strong>de</strong><br />

afectar a minha saú<strong>de</strong>?<br />

Luísa, <strong>Lisboa</strong><br />

A sua pergunta é muito<br />

comum – às vezes é difícil<br />

compreen<strong>de</strong>r a correlação<br />

entre a contagem<br />

<strong>de</strong> glóbulos brancos e a<br />

quimioterapia.<br />

Os leucócitos ou glóbulos<br />

brancos são células produzi<strong>da</strong>s<br />

na medula óssea.<br />

Circulam <strong>no</strong> sangue e sistema<br />

linfático e são responsáveis<br />

pela <strong>de</strong>fesa do<br />

<strong>no</strong>sso organismo contra<br />

agentes infecciosos e<br />

substâncias estranhas.<br />

A diminuição na quanti<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> leucócitos (leucopenia)<br />

para me<strong>no</strong>s <strong>de</strong><br />

4000 células por mililitro<br />

torna uma pessoa mais<br />

susceptível a infecções,<br />

pelo que a “contagem <strong>de</strong><br />

glóbulos brancos” é fun<strong>da</strong>mental<br />

para a continui<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

do tratamento.<br />

Quando é muito baixa, o<br />

tratamento po<strong>de</strong> precisar<br />

<strong>de</strong> ser temporariamente<br />

interrompido <strong>de</strong>vido à<br />

diminuição <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesas<br />

do organismo. Quando a<br />

contagem <strong>de</strong> leucócitos<br />

cai após ser administra<strong>da</strong><br />

quimioterapia, po<strong>de</strong>m<br />

surgir efeitos secundários<br />

e o risco <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver<br />

infecções, mas há medi<strong>da</strong>s<br />

e medicação para<br />

que tal não aconteça.<br />

Precauções especiais:<br />

evitar áreas on<strong>de</strong> po<strong>de</strong><br />

ser exposta a vírus; ter<br />

uma alimentação específica<br />

ou ain<strong>da</strong> tomar medicação<br />

especial para<br />

aumentar os glóbulos<br />

brancos.<br />

123RF<br />

SECTOR PRIVADO<br />

Diluição <strong>de</strong> 50%<br />

dos subsídios em<br />

discussão pública<br />

Diploma está em <strong>de</strong>bate<br />

até ao dia 24 <strong>de</strong> Dezembro<br />

O diploma que estabelece<br />

um regime temporário<br />

<strong>de</strong> pagamento <strong>de</strong><br />

meta<strong>de</strong> dos subsídios <strong>de</strong> férias<br />

e <strong>de</strong> Natal em duodécimos<br />

<strong>no</strong> sector privado já <strong>de</strong>u<br />

entra<strong>da</strong> <strong>no</strong> Parlamento e estará<br />

em discussão pública<br />

até dia 24 <strong>de</strong> Dezembro, ou<br />

seja, durante 20 dias. Já <strong>no</strong><br />

que respeita aos trabalhadores<br />

<strong>da</strong> Administração Pública,<br />

a proposta <strong>de</strong> Orçamento<br />

do Estado para 2013, que<br />

foi aprova<strong>da</strong> pelo Parlamento<br />

na semana passa<strong>da</strong>,<br />

já prevê que estes recebam<br />

somente um dos subsídios<br />

<strong>no</strong> próximo a<strong>no</strong>, e repartido<br />

por doze meses.<br />

GUARDA<br />

JOÃO MIGUEL RODRIGUES/CM<br />

GNR procura<br />

avião perseguido<br />

pela Força Aérea<br />

RICARDO GRAÇA<br />

Aparelho foi perseguido<br />

<strong>no</strong> domingo por dois F-16<br />

A GNR vai continuar<br />

o patrulhamento <strong>de</strong><br />

áreas propícias à aterragem<br />

<strong>de</strong> aeronaves na zona<br />

<strong>da</strong> Guar<strong>da</strong>, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>,<br />

<strong>no</strong> domingo, um avião não<br />

i<strong>de</strong>ntificado ter sido interceptado<br />

por dois F-16.<br />

Segundo a Força Aérea<br />

Portuguesa, é impossível<br />

<strong>de</strong>terminar se o aparelho<br />

perseguido tenha aterrado<br />

em território português,<br />

uma vez que voou sempre<br />

entre um lado e o outro <strong>da</strong><br />

fronteira. As autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

ain<strong>da</strong> não confirmaram<br />

as suspeitas <strong>de</strong> se tratar<br />

<strong>de</strong> tráfico <strong>de</strong> droga.<br />

INSTANTES<br />

LUÍSA CASTEL-<br />

-BRANCO*<br />

Poupar<br />

Esperei que passasse<br />

o dia <strong>da</strong><br />

campanha do<br />

Banco Alimentar<br />

para escrever<br />

esta crónica. Queria<br />

perceber como reagiria o<br />

povo, o gran<strong>de</strong> público à<br />

campanha miserável que<br />

alguns comentadores<br />

e bloguistas an<strong>da</strong>ram a<br />

fazer sobre a entrevista<br />

que Isabel Jonet <strong>de</strong>u na TV.<br />

Se a estupi<strong>de</strong>z pagasse<br />

imposto, Portugal estava<br />

óptimo. Mas como é evi<strong>de</strong>nte,<br />

a meia dúzia <strong>de</strong><br />

mentes altamente inteligentes<br />

que vomitam o<br />

ódio que querem que trespasse<br />

na socie<strong>da</strong><strong>de</strong> portuguesa,<br />

não têm na<strong>da</strong> a ver<br />

com o ci<strong>da</strong>dão comum.<br />

A responsável pelo Banco<br />

Alimentar referiu-se a pessoas<br />

que como é óbvio<br />

pelas suas palavras não<br />

são pobres, mas sim aquelas<br />

que se habituaram a<br />

viver acima <strong>da</strong>s suas posses<br />

e agora têm <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>r<br />

o tipo <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>. Quando a<br />

ouvi referir-se ao facto <strong>de</strong><br />

hoje em dia lavarmos os<br />

<strong>de</strong>ntes com a água a correr<br />

em vez <strong>de</strong> utilizarmos<br />

um copo, apercebi-me que<br />

ela tinha to<strong>da</strong> a razão.<br />

Quando eu era <strong>no</strong>va, hoje<br />

tenho 58 a<strong>no</strong>s, não havia<br />

<strong>de</strong>sperdícios. E quando os<br />

meus filhos eram bem<br />

peque<strong>no</strong>s e o FMI esteve<br />

pela primeira vez em Portugal,<br />

recordo bem como<br />

era não conseguir comprar<br />

mais que um litro <strong>de</strong><br />

leite. Iogurtes nem vê-los.<br />

Não tínhamos dinheiro e<br />

não havia bens alimentares,<br />

nem gasolina, nem<br />

casas para arren<strong>da</strong>r.<br />

Alguém ain<strong>da</strong> se lembra<br />

<strong>de</strong>sses tempos? Estamos<br />

agora na maior crise que o<br />

<strong>no</strong>sso país já viveu.<br />

E eu, como muitos e muitos<br />

portugueses, gastei<br />

mais do que podia.<br />

Teríamos feito diferente se<br />

por acaso soubéssemos o<br />

que o Partido Socialista<br />

andou a fazer durante <strong>de</strong>z<br />

a<strong>no</strong>s. Mas só <strong>no</strong>s mentiram.<br />

E agora os maus<br />

estão <strong>no</strong> Gover<strong>no</strong>?<br />

Tanta <strong>de</strong>sonesti<strong>da</strong><strong>de</strong> intelectual<br />

envergonha-<strong>no</strong>s.<br />

*HTTP://LUISACASTEL-<br />

BRANCO. BLOGS.SAPO.PT/<br />

CONSULTORIOLUISACASTEL-<br />

BRANCO.BLOGS.SAPO.PT

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!