26.06.2014 Views

17-04-2013 (Lisboa) - Destak

17-04-2013 (Lisboa) - Destak

17-04-2013 (Lisboa) - Destak

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>04</strong> ·<br />

4ª Feira · <strong>17</strong> de abril de <strong>2013</strong><br />

FERNANDA SERRANO<br />

EM ENTREVISTA<br />

«Achamos sempre que<br />

No livro Também Há Finais<br />

Felizes,aatriz da TVI conta<br />

como lhe foi diagnosticado<br />

cancro há 5 anos. Farta<br />

de especulações, revela<br />

ter sofrido de negligência<br />

médica.<br />

JOÃO MIGUEL RODRIGUES<br />

VERA VALADAS FERREIRA<br />

vferreira@destak.pt<br />

Porque é que decidiu escrever<br />

este livro agora?<br />

Porque nestes últimos cinco anos percebiqueexistemuitainformaçãoouespeculaçãoemtornodedecisõesquepor<br />

mim foram tomadas em determinada<br />

alturaejáemúltimacircunstância.Comonuncasesoubeoprocessodecorrido,<br />

e dado que para algumas, ou mesmo<br />

muitas pessoas, posso ser tida como<br />

um exemplo, que seja então consideradaumbome<br />

não ummauexemplo.<br />

Não sou, nem nunca fui – a propósito<br />

da situação que envolveu a minha<br />

doençae posteriormente aminhagravidez<br />

– irresponsável ou inconsequente.Simplesmente,eresultantedeerros<br />

clínicos,fuiapanhadanumarededeinúmeras<br />

situações que poderiamterculminado<br />

num mau final, mas felizmente,eporqueasortemetemacompanhado,<br />

aconteceram finais felizes.<br />

Lembra-sedomomentoexatoem<br />

que lhe foi diagnosticado o cancro.<br />

Oquesentiu?<br />

Revolta, medo, pânico, tristeza, enfim,<br />

um sem-número de sensações<br />

que jamais esquecerei.<br />

Nunca tinha desconfiado que estava<br />

doente?<br />

Não. Nós, e até determinada altura<br />

da nossa vida, achamos sempre que<br />

tudo só acontece aos outros e que<br />

somos perfeitamente inatingíveis<br />

eimortais.<br />

O facto de ser tão jovem chocou-a ainda<br />

mais? Perguntou-se “porquê eu”?<br />

Claro. Muitas e muitas vezes. Mas<br />

acabei por também me colocar a seguinte<br />

questão: Porque não a mim?

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!