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aplicação da geofísica aérea na exploração mineral - Sociedade ...

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Aplicação <strong>da</strong> geofísica aérea <strong>na</strong> exploração <strong>mineral</strong> e mapeamento geológico do setor sudoeste do cinturão cuprífero Orós-Jaguaribe<br />

pas interpretados foram produzidos.<br />

Imagens magnetométricas CAMPO MAGNÉTICO ANÔMALO<br />

(FIG. 4 A) A área possui relevo magnético bastante movimentado,<br />

onde as anomalias alonga<strong>da</strong>s segundo N50E (lineares)<br />

correspondem espacialmente às posições assi<strong>na</strong>la<strong>da</strong>s para as falhas<br />

transcorrentes subverticais pertencentes ao subsistema<br />

Tatajuba. Outras anomalias longilíneas foram interpreta<strong>da</strong>s como<br />

estruturas de colapso pós-brasiliano que parecem controlar a distribuição<br />

espacial <strong>da</strong>s brechas portadoras de cobre. Outra feição<br />

marcante é a grande anomalia dipolar com forte componente negativa<br />

situa<strong>da</strong> a norte <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de de Campos Sales, que corresponde<br />

a uma grande cama<strong>da</strong> de metabasalto pertencente ao Grupo Orós.<br />

Para a caracterização dos domínios magnéticos utilizou-se o método<br />

aplicado por Parro (1998) onde ca<strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de magnética foi<br />

individualiza<strong>da</strong> pelo seu padrão de relevo magnético traduzido no<br />

comprimento de on<strong>da</strong> <strong>da</strong>s anomalias.<br />

Figura 3 - Etapas do processamento e interpretação dos <strong>da</strong>dos<br />

do PBLM para a área estu<strong>da</strong><strong>da</strong><br />

<strong>na</strong>s linhas de vôo, picos (spikes) nos <strong>da</strong>dos referentes a ruído<br />

durante a aquisição e/ou arquivamento dos <strong>da</strong>dos. Após esta<br />

etapa inicial, os ca<strong>na</strong>is do campo magnético anômalo, potássio,<br />

tório, urânio e contagem total foram interpolados em malhas regulares<br />

com células de 250 m, utilizando o interpolador bi-grid indicado<br />

para <strong>da</strong>dos coletados em linhas (Blum 1999). Posteriormente,<br />

os <strong>da</strong>dos foram micronivelados para se elimi<strong>na</strong>r ruídos decorrentes<br />

do desnivelamento entre as linhas de vôo. Para tal utilizou-se a<br />

sub-roti<strong>na</strong> microlevel.gs desenvolvi<strong>da</strong> por Blum (1999), a partir do<br />

algoritmo de Minty (1991).<br />

As figuras 4A e 5A mostram, respectivamente, a imagem do<br />

campo magnético anômalo e composição ternária RGB dos ca<strong>na</strong>is<br />

de K, Th e U micronivelados.<br />

INTERPRETAÇÃO DOS DADOS AEROGEOFÍSICOS A interpretação<br />

dos <strong>da</strong>dos teve dois objetivos: i) elaborar um mapa de<br />

uni<strong>da</strong>des geológico-geofísicas integra<strong>da</strong>s (Fig. 6) e, ii) um mapa<br />

de alvos sugeridos para detalhamento em futuras campanhas de<br />

prospecção de cobre <strong>na</strong> região (Fig. 5F). Os produtos utilizados<br />

para interpretação foram: i) imagem do campo magnético anômalo<br />

juntamente com sua deconvolução Euler 3D e transformações lineares<br />

no domínio de Fourier, ii) imagem ternária RGB (K:Th:U), e<br />

iii) imagens de potássio e urânio anômalos.<br />

A interpretação foi efetua<strong>da</strong> em ambiente de Sistema de Informações<br />

Geográficas (SIG) com as imagens sendo exporta<strong>da</strong>s no<br />

formato geotif para o programa ArcView 3.2 (ESRI), onde os ma-<br />

PRIMEIRA DERIVADA VERTICAL (Fig. 4B) Esta é uma técnica<br />

de realce <strong>da</strong>s altas freqüências do si<strong>na</strong>l magnético onde a anomalia<br />

magnética (T) é transforma<strong>da</strong> linearmente por meio <strong>da</strong> deriva<strong>da</strong><br />

primeira <strong>da</strong> componente vertical z do campo magnético anômalo.<br />

Na ver<strong>da</strong>de a deriva<strong>da</strong> vertical mede a taxa de variação do campo<br />

magnético anômalo à medi<strong>da</strong> que se distancia ou se aproxima<br />

verticalmente <strong>da</strong> fonte causativa (Blakely 1996). É <strong>da</strong><strong>da</strong>, no domínio<br />

de Fourier, por:<br />

n<br />

⎛∂<br />

T ⎞ n<br />

I ⎜ k I[];<br />

T<br />

n<br />

z<br />

⎟ = onde k = ( k ) 2 () 2<br />

x<br />

+ k equação (1)<br />

⎝∂<br />

⎠<br />

y<br />

onde k x<br />

e k y<br />

são os números de on<strong>da</strong> <strong>na</strong>s direções x e y, respectivamente.<br />

A imagem <strong>da</strong> primeira deriva<strong>da</strong> vertical (Fig. 4B) permite visualizar<br />

mais niti<strong>da</strong>mente os contrastes entre os diferentes domínios magnéticos<br />

identificados a partir <strong>da</strong> imagem do campo magnético<br />

anômalo. As falhas transcorrentes dúcteis do subsistema Tatajuba,<br />

juntamente com as estruturas rúpteis que controlam a distribuição<br />

<strong>da</strong>s brechas, estão mais bem delinea<strong>da</strong>s.<br />

AMPLITUDE DO SINAL ANALÍTICO (Fig. 4C) Como a região<br />

estu<strong>da</strong><strong>da</strong> se situa muito próxima ao equador magnético, as anomalias<br />

magnéticas são forma<strong>da</strong>s por assi<strong>na</strong>turas complexas, às vezes<br />

de difícil relacio<strong>na</strong>mento com a posição <strong>da</strong> fonte causadora.<br />

Para contor<strong>na</strong>r este fato, utilizou-se a amplitude do si<strong>na</strong>l a<strong>na</strong>lítico<br />

do campo magnético (obtido atribuindo a n=0 <strong>na</strong> equação<br />

abaixo). É uma função simétrica, cujos picos estão centrados <strong>na</strong>s<br />

bor<strong>da</strong>s do corpo anômalo ou <strong>na</strong> feição geológica correspondente,<br />

mapeando-os (Nabighian 1972,1984, Roest et al. 1992, Hsu et al.<br />

1996). É <strong>da</strong><strong>da</strong> por:<br />

2<br />

2<br />

→<br />

n<br />

n<br />

n<br />

⎡ ∂ ⎛ ∂ T ⎞⎤<br />

⎡ ∂ ⎛∂<br />

T ⎞⎤<br />

⎡ ∂ ⎛∂<br />

T ⎞⎤<br />

A n ( x , y ) = ⎢<br />

⎜<br />

⎟⎥<br />

+ ⎢<br />

⎜<br />

⎟⎥<br />

+ ⎢<br />

⎜<br />

⎟⎥ , n=0, 1,2... (equação 2)<br />

n<br />

n<br />

n<br />

⎣∂x<br />

⎝ ∂z<br />

⎠⎦<br />

⎣∂y<br />

⎝ ∂z<br />

⎠⎦<br />

⎣∂z<br />

⎝ ∂z<br />

⎠ ⎦<br />

Tem vantagens sobre a redução ao pólo, quando aplica<strong>da</strong> com<br />

o mesmo objetivo (locação <strong>da</strong>s fontes magnéticas) principalmente<br />

<strong>na</strong>s baixas latitudes magnéticas, onde o operador de transformação<br />

de fase é sabi<strong>da</strong>mente instável (Mc Leod et al. 1993; Blakely,<br />

1996). Além disso, para que a transformação ao pólo tenha bom<br />

significado geológico, deve incorporar a magnetização remanescente,<br />

que está sempre presente nos materiais geológicos. Como<br />

se sabe, o mapeamento real desta proprie<strong>da</strong>de física é tarefa bastante<br />

difícil, senão impossível de ser realiza<strong>da</strong>, o que tor<strong>na</strong> a transformação<br />

de fase incompleta. As indicações de posicio<strong>na</strong>mento<br />

2<br />

282<br />

Revista Brasileira de Geociências, Volume 33, 2003

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