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tipos e gêneros textuais : uma narrativa dos contos de fada

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Linguagem em (Re)vista, Ano 02, N° 02. Niterói, jan./jun.2005<br />

rem diretamente liga<strong>dos</strong> à observação da linguagem em uso, acabam<br />

por <strong>de</strong>sfazer cada vez mais a fronteira entre a oralida<strong>de</strong> e a<br />

escrita.<br />

“A comunicação verbal só é possível por algum gênero textual”<br />

(MARCUSCHI, 2002: 22). Essa postura teórica também é<br />

<strong>de</strong>fendida pela maioria <strong>dos</strong> autores que tratam a língua em seus<br />

aspectos discursivos e enunciativos e não somente em suas particularida<strong>de</strong>s<br />

formais.<br />

Os gêneros <strong>textuais</strong> privilegiam <strong>uma</strong> noção <strong>de</strong> língua como<br />

ativida<strong>de</strong> social, histórica e cognitiva, enfatizando a questão funcional<br />

e interativa, porém não abandonam o aspecto formal e estrutural<br />

da língua. Esses aspectos funcionam como elementos organizadores<br />

do texto e, muitas vezes, <strong>de</strong>terminam o gênero em<br />

questão.<br />

Uma distinção entre gênero e tipo textual faz-se necessária<br />

para o trabalho com a produção e a compreensão <strong>de</strong> textos.<br />

Para Marcuschi (2002: 22-23), o gênero textual é utilizado<br />

...como <strong>uma</strong> noção propositalmente vaga para referir os textos materializa<strong>dos</strong><br />

que encontramos em nossa vida diária e que apresentam<br />

características sócio-comunicativas <strong>de</strong>finidas por conteú<strong>dos</strong>, proprieda<strong>de</strong>s<br />

funcionais, estilo e composição característica.<br />

Os gêneros são representa<strong>dos</strong> por textos empíricos; são inúmeros<br />

e po<strong>de</strong>mos exemplificá-los como: telefonema, sermão, carta<br />

comercial, notícia, horóscopo, conversação espontânea etc.. Já<br />

o tipo textual é utilizado para <strong>de</strong>signar <strong>uma</strong> espécie <strong>de</strong> construção<br />

teórica <strong>de</strong>finida pela natureza lingüística <strong>de</strong> sua composição (aspectos<br />

lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações lógicas). São<br />

representa<strong>dos</strong> por textos não empíricos. Em geral, constituem as<br />

poucas espécies conhecidas como: narração, argumentação, exposição,<br />

<strong>de</strong>scrição, injunção.<br />

Travaglia (2001) prefere encaminhar <strong>uma</strong> discussão que sugere<br />

a necessida<strong>de</strong> e a valida<strong>de</strong> <strong>de</strong> distinguir três “elementos tipológicos”<br />

diferencia<strong>dos</strong> e hierarquiza<strong>dos</strong> – Tipos, Gêneros e Sub<strong>tipos</strong>.<br />

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