ANDREA LORENA DA COSTA Contribuições para o estudo do ...
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1.Introdução<br />
26<br />
Já o ciúme patológico, ou mórbi<strong>do</strong>, surge como uma preocupação<br />
infundada, irracional e irreal, poden<strong>do</strong> estar relaciona<strong>do</strong> com alterações no<br />
sistema serotoninérgico (Marazziti et al, 2003b). É um sentimento<br />
acompanha<strong>do</strong> <strong>do</strong> me<strong>do</strong> de perder o relacionamento e o parceiro, composto<br />
de diversas emoções e pensamentos irracionais e comportamentos<br />
inaceitáveis ou extravagantes que provocam prejuízos significativos no<br />
funcionamento pessoal e relacional; seu maior desejo seria controlar<br />
completamente os sentimentos e os comportamentos <strong>do</strong> parceiro; existe um<br />
grande controle e verificação <strong>do</strong>s deslocamentos e intenções <strong>do</strong> parceiro,<br />
assim como a limitação destes deslocamentos na tentativa de precaver o<br />
encontro com eventuais rivais (Tarrier et al, 1990; Michael et al, 1995; Torres<br />
et al, 1999; Marazziti et al, 2003a; Marazziti, 2009). O ciúme torna-se<br />
patológico quan<strong>do</strong> passa a causar angústia e prejuízo à pessoa amada ou<br />
ao indivíduo ciumento e ao relacionamento amoroso, ultrapassan<strong>do</strong> o nível<br />
de possessividade aceito pela sociedade ou cultura (Marazziti, 2009).<br />
Quan<strong>do</strong> associa<strong>do</strong> a algum quadro psiquiátrico, pode aparecer<br />
relaciona<strong>do</strong> à condição orgânica ou tóxica como nos casos de alcoolismo<br />
(ciúme delirante) ou associa<strong>do</strong> ao uso de outras substâncias psicoativas;<br />
pode ainda estar associa<strong>do</strong> a psicoses funcionais e aos transtornos ansiosos<br />
(particularmente o transtorno obsessivo-compulsivo) e <strong>do</strong> humor (ciúme<br />
obsessivo) (Tarrier et al, 1990; Soyka, 1998; Torres et al, 1999; Marazziti et<br />
al, 2003a; Marazziti et al, 2003b; Muzinic et al, 2003; Sukru et al, 2004;<br />
Maggini et al, 2006). O mau uso de estimulantes, nos casos de manejo<br />
inadequa<strong>do</strong> de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (T<strong>DA</strong>H)