Saudade tem cheiro... Sinta! - Jornal dos Lagos
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sábado, 29 de março de 2008<br />
“Querida Larissa, Maria do Rosário e Viviane,<br />
Prof. Edson foi um homem estimado e digno de toda consideração,<br />
isto porque teve um passado de honra. Não há glórias<br />
para o homem se ele não <strong>tem</strong> um passado de honra para<br />
justificá-las. Homem de caráter antigo, de sensibilidade, tesouro<br />
inesgotável de sabedoria, de boa-fé, de serenidade, de<br />
inteligência rara cultivada com bondade paternal. O presente<br />
e o futuro são outros <strong>tem</strong>pos, têm outras perspectivas, mas a<br />
estrutura está no passado. Um passado que sustentará nosso<br />
presente, e apoiará nosso futuro. Um passado inesquecível<br />
marcado pela inteligência de Edson Antônio Velano!<br />
Um grande abraço e nosso ombro amigo."<br />
Ana Maria Duarte Dias Costa, José Ronaldo,<br />
Rosane e Marina.<br />
“A família FIORINI, por meio <strong>dos</strong> irmãos professor Dr. João<br />
Evangelista Fiorini, Marilse, Marluci e Maíse, vem externar<br />
seu profundo sentimento de pesa, pelo falecimento do Magnífico<br />
Reitor da UNIFENAS, PROFESSOR EDSON ANTÔNIO<br />
VELANO, solidarizando-se com a família enlutada, Dra. Maria<br />
do Rosário, Dra. Larissa, Dra. Viviane, e demais familiares<br />
neste momento de dor, pela irremediável perda. Enviamos<br />
nosso abraço amigo e nossas orações, no sentido de que o Senhor<br />
conceda a ele a plenitude da paz!<br />
“Prezadas Sras. Maria do Rosário, Larissa e Viviane,<br />
O momento é triste. Infelizmente, apesar de querer ver a<br />
todas, só pude encontrar Viviane. Cheguei tarde, e fiquei na<br />
madrugada. Não pude acompanhar todas as homenagens, mas<br />
jamais poderia deixar de prestar minha homenagem pessoal.<br />
Fui para Alfenas em se<strong>tem</strong>bro de 2000. No início, professor<br />
Edson era apenas um nome. Vieram as reuniões de trabalho,<br />
sonhos de serviço de transplante, discussões sobre ensino, etc.<br />
A admiração aconteceu e só foi aumentando. Sua busca incessante<br />
por melhorias, sua cultura, inteligência, perspicácia, e<br />
tantas outras qualidades impossíveis de serem enumeradas.<br />
Seu apoio ao transplante renal e a mim foram irrestritos.<br />
Tive a oportunidade de um convívio mais amplo, com discussões<br />
sobre os mais varia<strong>dos</strong> assuntos. Em to<strong>dos</strong> estes anos, o<br />
professor Edson deixou de ser apenas um nome. Para mim, ele<br />
é um exemplo. O homem que sonha sobre terras áridas, trabalha<br />
a terra, faz dela terra fértil, com trabalho extenuante, sem<br />
esmorecimento.<br />
Professor Edson é um homem que plantava sonhos para colher<br />
realidades. Nem sei por quantas vezes agradeci ao professor<br />
Edson todas as oportunidades que ele me deu. Hoje e sempre<br />
agradecerei a DEUS o grande privilégio por tê-lo conhecido.<br />
Tenho um imenso carinho por vocês e gostaria de poder vêlas<br />
ou, pelo menos, lhes falar. Infelizmente, minhas condições<br />
físicas não me permi<strong>tem</strong> outra viagem esta semana; desta forma,<br />
não pude ir à Missa.<br />
Permaneço em oração por ele e por vocês.<br />
Abraço carinhoso e fiquem com DEUS”.<br />
Dra. Ana Francisca Oliveira<br />
“Dra. Maria do Rosário, Dra. Larissa, Dra.Viviane,<br />
Para se falar ou redigir algo sobre o professor Edson nos emociona;<br />
nos últimos dias fomos toma<strong>dos</strong> por pensamentos que nos<br />
remeteram a fabulosa história de vida deste grande homem,<br />
para nós, incomparável, sempre a frente <strong>dos</strong> <strong>tem</strong>pos com o desejo<br />
de promover e propagar o bem, o crescimento de sua comunidade,<br />
de seu povo e daqueles que estavam ao redor. Mas vamos<br />
dizer daqueles que estão ao seu redor, pois a cada experiência ou<br />
atitude pessoal e/ou profissional que tomamos será reflexo de seu<br />
desejo que tanto compactuamos e seguir por esse belo caminho<br />
traçado pelo nosso, sempre Reitor, professor Edson.<br />
Estamos e estaremos com vocês”.<br />
Mário Sérgio, Cátia e familiares<br />
"Prezada Larissa:<br />
E com muita tristeza que lhe escrevemos; nós, do Núcleo de<br />
Consciência Negra, <strong>tem</strong>os muito a agradecer ao seu pai. Só Deus<br />
sabe o quanto somos felizes por tê-lo colocado em nossa vida.<br />
Temos certeza que Nossa Senhora do Rosário agora está junto<br />
a ele; e ele estará intercedendo por nós, sempre. Força, fé e coragem<br />
para toda a família Velano.<br />
Paz e bem."<br />
Fábio Cruz, Maria Olímpia e toda a família do<br />
Núcleo de Consciência Negra de Alfenas<br />
"À Larissa Velano e família: os nossos mais sinceros sentimentos<br />
pela perda do nosso estimado Edson Velano. Estaremos<br />
sempre à disposição. Carinhosamente."<br />
Catharina e filhos<br />
"Nosso abraço; pêsames pelo falecimento do esposo, extensivo<br />
às filhas."<br />
Ernani Miarelli e Maura<br />
"Em nome do povo de Poço Fundo, externamos nossos profun<strong>dos</strong><br />
e senti<strong>dos</strong> pêsames pela passagem do professor Edson<br />
Velano. Para sempre ficarão marcadas na história de nossa<br />
região as inestimáveis contribuições na área de educação do<br />
inesquecível Edson Velano."<br />
Beto Gouveia, prefeito de Poço Fundo,<br />
e Luiz Avelino, vice-prefeito<br />
"Expressamos nossas condolências pelo falecimento do Exmo.<br />
Sr. Reitor EDSON ANTÔNIO VELANO."<br />
Jorge José Censi, presidente Senior Sis<strong>tem</strong>as<br />
"Foi com muito pesar que recebemos esta triste notícia; como<br />
é difícil nos ausentarmos neste momento para estarmos com<br />
vocês, tomamos a liberdade de mandar celebrar aqui também<br />
uma missa, dia 28, às 19 horas, em intenção ao nosso querido<br />
professor Edson; assim estaremos to<strong>dos</strong> com um só pensamento.<br />
Mas antecipo aqui os nossos mais sinceros sentimentos, e<br />
pedimos a Deus que as conforte neste momento de dor por esta<br />
perda irreparável. Sau<strong>dos</strong>amente."<br />
Engenheiro Transvaldo e família<br />
O homem Edson Antônio Velano<br />
"Homo fit, non est" - O homem não nasce feito, faz-se<br />
Magoado e triste<br />
Quero! Esta palavra que é usada com<br />
muita freqüência, constitui, no entanto, uma<br />
das coisas mais raras do mundo. Quando o<br />
homem possui o segredo da vontade, com<br />
certeza haverá de superar os obstáculos e alcançar<br />
seus ideais. Dizer eu tenho é fácil, não<br />
significa riqueza, mas sim, afirmar: - eu posso.<br />
Este era o lema do Edson - homem de<br />
rara energia e de infatigável atividade.<br />
Foi com esta força audaciosa e perseverante<br />
que construiu tudo na vida!<br />
Creio que a máxima predileta dele era bem<br />
simples: tomar uma resolução firme é praticar<br />
um ato de sabedoria.<br />
De fato, ninguém foi mais enérgico e mais<br />
constante nos seus desígnios como ele.<br />
A partida deste grande homem confirma<br />
que a força de vontade remove montanhas.<br />
Progresso, êxito, vitórias, méritos, valores,<br />
no fim das contas, tudo depende de inquebrantável<br />
força de vontade. Com fortaleza<br />
de ânimo e boas intenções consegue-se<br />
tudo quanto se deseja. Velano seguiu o caminho<br />
traçado por ele: ser sempre otimista em<br />
suas realizações.<br />
A vontade é a conquista do homem por si<br />
próprio. Edson Antônio Velano foi um estrategista<br />
nato. Um empreendedor incansável no<br />
mais amplo sentido de sua existência em sua<br />
querida Alfenas.<br />
José Alceu Amaral, professor aposentado,<br />
Alfenas-MG<br />
Um grande homem e amigo<br />
O professor Edson Antônio Velano foi um<br />
grande cometa que passou por nós com muita<br />
luminosidade. Nos ensinou, com muita propriedade,<br />
a arte existencial de como estar no<br />
mundo para melhorar e fazer mais compreensível<br />
o mesmo mundo, e de Alfenas, a grandeza<br />
de Alfenas.<br />
Do contato pessoal não adquiria somente<br />
informações, mas vivenciava, em um mergulho,<br />
do inconsciente de um povo. Em todas<br />
elas nos deixava uma nota distinta de qualidade<br />
e expressão pessoal. Em suas crônicas<br />
neste nosso <strong>Jornal</strong> <strong>dos</strong> <strong>Lagos</strong>, "Sombras na<br />
Vila Formosa", aflorava o sau<strong>dos</strong>ismo, pois<br />
trazia um elemento filosófico de análise social,<br />
com a força da reflexão histórica do passado,<br />
que iluminava o presente.<br />
No magistério era o professor ideal de<br />
várias gerações, pela humildade no trato e<br />
pelo orgulho na defesa do conceito e da liberdade;<br />
do lado pessoal, às vezes deixava<br />
de lado o seu inefável círculo pessoal, para<br />
abraçar, junto com as classes menos<br />
favorecidas, a luta para alcançarem um lugar<br />
digno na sociedade.<br />
Com os amigos era fiel no trato e no respeito,<br />
e sabia a hora certa de puxar assuntos<br />
correlatos do dia-a-dia. Lembro-me, com<br />
saudades, da surpresa que me proporcionou<br />
junto com outro sau<strong>dos</strong>o amigo, Dr. Lincoln<br />
Westin da Silveira. Os dois me surpreenderam<br />
com suas presenças na TV-Radiocentro,<br />
loja que eu gerenciava em São Paulo, e as<br />
gargalhadas que demos ao ouvir do Dr.<br />
Lincoln a frase: "Então, é aqui o reduto do<br />
Chupinha!"; não sabia se ria ou se chorava<br />
de emoção e de alegria por ser lembrado<br />
pelos amigos. Com o passar <strong>dos</strong> anos foi ele<br />
o incentivador do meu retorno e a fixar residência<br />
aqui em Alfenas, pois me dizia: "Você<br />
já se deu conta de que, de um <strong>tem</strong>po para cá,<br />
Alfenas <strong>tem</strong> exatamente tudo o que grandes<br />
cidades têm a oferecer a seus mais exigentes<br />
filhos?"<br />
Aqui, me foi um amigo perspicaz, já que<br />
foi dele o slogan de minha banca de jornais e<br />
revistas, pois dizia: "Se existiu um "Coronel<br />
da Banda", por que não pode existir o “Coronel<br />
da Banca"?, nome este em razão do<br />
Grupo Coronel José Bento.<br />
Sua lembrança ficará sempre guardada na<br />
história da nossa cidade e em meu coração.<br />
Que Deus o tenha no rol de seus filhos<br />
ama<strong>dos</strong> e presentes.<br />
Com saudades.<br />
Luiz Antonio de Oliveira - Alfenas-MG<br />
Escrevo magoado e triste!<br />
Lembro-me, como se fosse hoje, a<br />
notícia chegou dilacerante como a flecha<br />
disparada pelo nosso índio Xavante<br />
e que depois que saiu do controle das<br />
mãos, só resta a esperança que a mesma<br />
encontre algum obstáculo<br />
imprevisível, antes que alcance o alvo<br />
colimado.<br />
O Edson foi removido para São Paulo<br />
em situação clínica muito instável; disse-me<br />
emocionado e com o carinho que<br />
lhe é peculiar, o meu primo Antonio<br />
Camilo; consegui contatar alguns médicos<br />
amigos do hospital para onde ele<br />
havia sido levado e a informação que<br />
me deram, infelizmente, não era muito<br />
otimista, porém, não desesperadora.<br />
Foram horas, dias e meses de vigília<br />
à distância; restava-me a esperança da<br />
recuperação e repetindo Alceu de Amoroso<br />
Lima, "a esperança é a sombra que<br />
acompanha a fé, como o desespero é a<br />
sombra sem fé."<br />
On<strong>tem</strong> (domingo) recebi a<br />
infaustosa notícia do seu falecimento.<br />
Por alguns momentos parei o que estava<br />
fazendo e pus-me a rememorar<br />
alguns episódios do nosso relacionamento;<br />
fiquei pesaroso, mais uma vez,<br />
pelo fato de que a distância que nos separava<br />
não permitia que desfrutássemos<br />
um contubérnio mais próximo,<br />
como ambos desejávamos.<br />
Certa feita recebi, dele, um telefonema<br />
sugerindo que eu fizesse,<br />
semelhan<strong>tem</strong>ente ao que ele escrevia<br />
sobre Alfenas, uma interface com<br />
Gaspar Lopes; cheguei a escrever algumas<br />
crônicas cumprindo aquele<br />
desiderato, porém, quase que na mesma<br />
época em que ele parou, também,<br />
não dei mais continuidade ao projeto.<br />
Sugerimos manter uma correspondência<br />
coloquial, viajando pelo univer-<br />
so da cultura, porém, também este projeto<br />
ficou inacabado, trocamos poucas<br />
cartas...<br />
Perdi um grande amigo; Alfenas, por<br />
mais que a sua população deplore a prematura<br />
morte do Edson, não poderá<br />
avaliar a profundeza da desdita que a<br />
atingiu.<br />
Certa feita disse, por intermédio das<br />
páginas do <strong>Jornal</strong> <strong>dos</strong> <strong>Lagos</strong>, que os<br />
acontecimentos de Alfenas deverão ser<br />
defini<strong>dos</strong> como os ocorri<strong>dos</strong> Antes e<br />
Depois do Edson A. Velano; o <strong>tem</strong>po,<br />
que passa a contar a partir de agora,<br />
comprovará esta assertiva.<br />
Muitos <strong>dos</strong> seus amigos, aos quais<br />
modestamente me incluo, conheceram,<br />
de perto, o otimismo que o Edson imprimia<br />
nas suas realizações em prol de<br />
Alfenas; eram tão sinceras suas convicções<br />
e as expressava com tal entusiasmo<br />
que era impossível, para qualquer<br />
interlocutor, ouvi-lo sem se contagiar.<br />
Desapareceu dentre nós o Edson A.<br />
Velano, mas a sua criação está viva<br />
Não era médico e criou a nova medicina<br />
da região; obstetra tão pouco foi<br />
e, no entanto, centenas e centenas de<br />
famílias lhe devem a assistência de tantas<br />
mães; este homem tinha o senso da<br />
sua vocação e esta não lhe consentiu<br />
hesitar, criou, para abrigar to<strong>dos</strong> os<br />
seus projetos educacionais, uma Universidade.<br />
Ele partiu, deixando-nos um enorme<br />
vácuo que dificilmente será preenchido;<br />
deixa-nos uma grande frustração<br />
e uma imensa saudade, frustração<br />
por não termos podido conviver em<br />
maior proximidade, saudade de tudo<br />
aquilo que ficou para trás.<br />
A dor é presente e dilacerante!<br />
Seu amigo<br />
Helio Moreira<br />
Goiânia, 24 de março de 2008