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Tribunal da Póvoa apenas com serviços mínimos

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6<br />

MAIS/Atuali<strong>da</strong>de/Opinião<br />

QUARTA-FEIRA 01 OUTUBRO DE 2014<br />

www.maissemanario.pt<br />

António Costa <strong>com</strong> votações expressivas na região<br />

O atual presidente <strong>da</strong> Câmara de Lisboa venceu nas secções de voto <strong>da</strong> <strong>Póvoa</strong> de Varzim e Vila do Conde as primárias do Partido Socialista,<br />

e <strong>com</strong> uma margem expressiva em relação a António José Seguro<br />

JOSÉ PEDRO GOMES<br />

jpedrogomes@maissemanario.pt<br />

ARQUIVO<br />

António Costa na visita ao porto de pesca no mês de agosto<br />

Seguindo a tendência do país, também<br />

na <strong>Póvoa</strong> de Varzim e em Vila do Conde,<br />

António Costa venceu as eleições<br />

primárias do PS, e <strong>com</strong> uma margem de<br />

vantagem expressiva relativa ao outro candi<strong>da</strong>to,<br />

António José Seguro.<br />

Na <strong>Póvoa</strong> de Varzim, num universo<br />

de 933 inscritos, votaram 620 eleitores,<br />

dos quais dois terços eram simpatizantes.<br />

António Costa recolheu 424 votos<br />

(68,3%), enquanto António José Seguro<br />

averbou 194 votos (31,2%). Registaram-se<br />

ain<strong>da</strong>, 1 voto nulo e outro branco. Em Vila<br />

do Conde, entre os 4 mil inscritos, António<br />

Costa teve 1689 votos e António José<br />

Seguro contou <strong>com</strong> o apoio de 858 votos.<br />

Pouco depois de serem conhecidos os<br />

resultados na <strong>Póvoa</strong> de Varzim, os man<strong>da</strong>tários<br />

locais dos dois candi<strong>da</strong>tos <strong>com</strong>entaram<br />

a noite eleitoral, mostrando concordância<br />

“que agora é tempo do partido se<br />

voltar a unir”.<br />

“O que aconteceu na <strong>Póvoa</strong> de Varzim foi<br />

um exemplo de democracia, não houve problemas<br />

nem reclamações. Como apoiante<br />

do António José Seguro estou um pouco<br />

desiludido <strong>com</strong> o resultado. Estava convencido<br />

que íamos conseguir mais votos, mas<br />

foi escolha dos simpatizantes a apoiantes”,<br />

disse Paulo Eça Guimarães, man<strong>da</strong>tário de<br />

Seguro, <strong>com</strong>pletando: “Da minha parte tentarei<br />

que haja agora união para o grande<br />

objetivo do PS: ganhar as próximas eleições<br />

legislativas”.<br />

Já João Sousa Lima, man<strong>da</strong>tário de António<br />

Costa, defendeu a mesma ideia, embora<br />

não escondendo a satisfação pela vitória<br />

do candi<strong>da</strong>to que apoiou.<br />

“Estou certo que o PS, a partir de hoje,<br />

reunirá forças para os <strong>com</strong>bates que se avizinham<br />

e que ninguém ficará de fora. Faz<br />

parte <strong>da</strong> história do partido que depois de<br />

disputas internas haja uma grande mobilização<br />

externa”, disse João Sousa Lima,<br />

acrescentando: “Estou muito satisfeito.<br />

Tínhamos expetativa nesta vitória, e, tal<br />

<strong>com</strong>o se verificou, por números expressivos.<br />

Estão agora reuni<strong>da</strong>s as condições para<br />

que o António Costa possa desenvolver a<br />

sua ativi<strong>da</strong>de política, e levar o PS à vitória<br />

nas próximas legislativas”.<br />

Quanto a Ivo Maio, presidente <strong>da</strong> concelhia<br />

poveira do PS, destacou a adesão dos militantes<br />

e simpatizantes do partido neste sufrágio:<br />

“Estou muito satisfeito <strong>com</strong> a resposta<br />

que os poveiros ligados ao PS deram nestas<br />

eleições, <strong>com</strong> uma adesão muito expressiva<br />

na votação. Demonstraram que quiseram<br />

<strong>da</strong>r a sua opinião na escolha do candi<strong>da</strong>to<br />

do PS a primeiro-ministro”, disse o dirigente.<br />

PS...e depois do adeus!<br />

ANTÓNIO COSTA GANHA PRIMÁRIAS A ANTÓNIO JOSÉ SEGURO<br />

JOSÉ ANDRADE<br />

joseandrade948@gmail.<strong>com</strong><br />

Depois do adeus de António José Seguro,<br />

esperava-se que António Costa, civilizado,<br />

nas primeiras declarações <strong>com</strong>o eleito<br />

‘D. Sebastião’ do PS, fizesse três coisas:-<br />

devolvesse o democrático cumprimento<br />

ao opositor; abrisse os braços a todos os<br />

socialistas em vez de atirar só um cravo;<br />

levantasse uma bandeira contra o governo<br />

que fosse além de frase feita.<br />

O PS, dizem, estava dividido. Após a eleição<br />

de António Costa, mais dividido ficou. O<br />

cuspe <strong>da</strong>s boas palavras não colam os cacos<br />

que sobraram. Antes era um problema<br />

partidário, agora é interpartidário, e entre<br />

estes e os simpatizantes. No passado domingo,<br />

não foi uma escolha política entre<br />

ideias, propostas, princípios. A escolha foi<br />

entre carácter, servir ou servir-se. Entre<br />

fazer política e fazer negócios. Na <strong>Póvoa</strong> e<br />

em Vila do Conde, valeram mais os votos<br />

dos simpatizantes que os dos militantes.<br />

Haverá sempre quem abra a porta, acen<strong>da</strong><br />

a luz, pague as contas <strong>da</strong> água. Vai <strong>com</strong>eçar<br />

a ser difícil, saber quantos são os que<br />

queiram pagar a quota... se não precisar<br />

de um lugar ou emprego, ou outro negócio<br />

qualquer. A ONG do PSD passou a coisa<br />

do passado no domingo.<br />

MÁRIO BETTENCOURT SARDINHA<br />

mario.b.sardinha@hotmail.<strong>com</strong><br />

A bem do Partido Socialista e do País, António<br />

Costa ganhou de uma forma clara<br />

e inequívoca as Eleições Primárias, <strong>com</strong><br />

67,67% dos votos.<br />

To<strong>da</strong> a campanha eleitoral mostrou que<br />

António José Seguro não estava preparado<br />

para ser Líder de um Governo. To<strong>da</strong>s as suas<br />

intervenções e debates o indiciavam, <strong>com</strong><br />

acusações malévolas e descabi<strong>da</strong>s a António<br />

Costa. Na ver<strong>da</strong>de, quem a<strong>com</strong>panhou<br />

os três meses de campanha sabe-o bem e<br />

também sabe, que ele sempre transmitia<br />

ódio. Foi a extremos - eventualmente mal<br />

aconselhado – e foi vítima de si próprio.<br />

A candi<strong>da</strong>tura de António Costa acontece,<br />

porque <strong>com</strong>o muitos militantes e simpatizantes,<br />

se apercebeu que o Partido Socialista<br />

<strong>com</strong> António José Seguro, não tinha<br />

a mínima hipótese de ganhar as próximas<br />

Legislativas. Ao contrário de Seguro, que<br />

disse ter havido traição e desleal<strong>da</strong>de, penso<br />

que foi um ato de grande coragem do Presidente<br />

<strong>da</strong> Câmara de Lisboa. Na ver<strong>da</strong>de,<br />

poderia manter-se na sua “ cadeira de veludo<br />

“ impávido e sereno, mas não se a<strong>com</strong>odou<br />

para defesa do Partido Socialista<br />

e do País e avançou para a Liderança. Foi<br />

uma ato de grande responsabili<strong>da</strong>de <strong>com</strong><br />

um espírito de missão, <strong>com</strong> um imperativo<br />

de consciência e de dever do superior interesse<br />

nacional que se lhe colocou.<br />

A questão central que se pôs aos eleitores,<br />

foi quem estaria em melhores condições<br />

para ganhar as próximas legislativas, qual<br />

seria o candi<strong>da</strong>to melhor preparado e ganhador,<br />

para ser o candi<strong>da</strong>to do Partido<br />

Socialista a Primeiro-Ministro. Os votantes,<br />

<strong>com</strong> uma maioria de simpatizantes,<br />

o que é bastante relevante, não tiveram<br />

dúvi<strong>da</strong>s em expressivamente <strong>da</strong>rem o seu<br />

voto a António Costa. E isso, porque mais<br />

carismático e transmitir a imagem de credibili<strong>da</strong>de,<br />

de confiança, de mais talento,<br />

de mais <strong>com</strong>petência, de mais experiência<br />

para criar uma alternativa política que dê<br />

expressão ao descontentamento dos Portugueses.<br />

Também o estar consciente <strong>da</strong><br />

necessi<strong>da</strong>de de visão estratégica, de alternativa<br />

ao empobrecimento e de uma<br />

Agen<strong>da</strong> para a Déca<strong>da</strong> que defina um<br />

rumo mobilizador para o País.<br />

António Costa que a partir de agora não<br />

terá vi<strong>da</strong> fácil, deverá inelutavelmente e<br />

o mais rapi<strong>da</strong>mente possível promover a<br />

união do Partido, depois de uma luta bem<br />

acesa entre as duas partes.<br />

O Partido Socialista igualmente terá que<br />

encontrar, desde já, um novo Líder Parlamentar<br />

e proximamente fazer Eleições<br />

Diretas para escolher o novo Secretário<br />

Geral, naturalmente António Costa e um<br />

Congresso para escolher os novos elementos<br />

dos Órgãos do Partido. No entanto, é<br />

minha opinião, que a partir de agora, tudo<br />

deverá “passar” pelo novo vencedor.<br />

Haverá um novo Ciclo Político para o Partido<br />

Socialista. Os Socialistas votaram na<br />

mu<strong>da</strong>nça, na viragem política, na viragem de<br />

rumo de Portugal, que precisa dum Partido<br />

Socialista - que tem um grande “knw-how”<br />

-, unido, forte, coeso, ativo, responsável e<br />

<strong>com</strong> propostas sérias e responsáveis.<br />

É minha convicção que <strong>com</strong> o (des)governo<br />

atual, António Costa <strong>com</strong> uma liderança<br />

forte e mobilizadora ganhará as<br />

próximas Eleições Legislativas e se conseguir<br />

criar uma on<strong>da</strong> de vitória, alcançará<br />

a maioria absoluta.

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