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Bibliotecas Escolares no século XXI: à procura de um caminho - RBE

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newsletter nº 3<br />

É reconhecido que os alu<strong>no</strong>s têm diferentes estilos <strong>de</strong> aprendizagem e que a abordagem<br />

clássica nem sempre vai ao encontro das necessida<strong>de</strong>s individuais dos alu<strong>no</strong>s. Os <strong>no</strong>vos<br />

princípios <strong>de</strong> aprendizagem incluem a aprendizagem construtivista, conhecimento baseado na<br />

aprendizagem, aprendizagem baseada <strong>no</strong>s recursos, aprendizagem autêntica e outros<br />

mo<strong>de</strong>los. Muitos <strong>de</strong>stes <strong>no</strong>vos princípios incluem a aprendizagem individual e autó<strong>no</strong>ma fora<br />

da sala <strong>de</strong> aula. Isto tem <strong>um</strong> e<strong>no</strong>rme impacto na forma como a escola e todos os seus serviços<br />

são usados diariamente.<br />

Desenvolvimento tec<strong>no</strong>lógico<br />

Quem alg<strong>um</strong>a vez teria adivinhado que os sofisticados Computadores Pessoais e as re<strong>de</strong>s<br />

influenciariam as <strong>no</strong>ssas vidas <strong>de</strong> forma tão dramática Nem mesmo o próprio Bill Gates, como<br />

referiu em 1981, “640K, serão suficientes para <strong>um</strong>a pessoa”. Mas hoje, não po<strong>de</strong>mos nem<br />

imaginar PC’s com me<strong>no</strong>s <strong>de</strong> 2 Gigabyte. De quinze em quinze minutos, são apresentadas<br />

<strong>no</strong>vas aplicações, outros equipamentos e sistemas <strong>de</strong> comunicação. Os <strong>no</strong>vos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong><br />

aprendizagem, tal como os <strong>de</strong>senvolvimentos tec<strong>no</strong>lógicos têm <strong>um</strong> e<strong>no</strong>rme impacto <strong>no</strong>s jovens<br />

e <strong>no</strong>s seus comportamentos.<br />

Comportamentos dos alu<strong>no</strong>s face às tec<strong>no</strong>logias digitais<br />

Coloco-vos outra questão. Conhecemos e realmente percebemos “as mo<strong>de</strong>rnas e sofisticadas<br />

tec<strong>no</strong>logias para as crianças e jovens” Po<strong>de</strong>mos nós imaginar o que pensam e o que sentem<br />

Já percebemos que nunca viram <strong>um</strong> telefone analógico e que o telemóvel é <strong>um</strong> equipamento<br />

standard; eles são capazes <strong>de</strong> fazer os trabalhos <strong>de</strong> casa, enquanto estão a ver televisão e ao<br />

mesmo tempo jogar <strong>no</strong> computador e consi<strong>de</strong>ram o SMS e MSN como as<br />

últimas formas <strong>de</strong> comunicação.<br />

Os jovens são as pessoas com quem trabalhamos. O professor holandês Wim Veen <strong>de</strong>screveos<br />

como “Homo Sapiens” (Veen, 2005): o estudante “zapping” que é capaz <strong>de</strong> fazer várias<br />

coisas ao mesmo tempo, mudando rapidamente <strong>de</strong> <strong>um</strong> ambiente electrónico para outro,<br />

recolhendo e processando informação <strong>de</strong> forma completamente i<strong>no</strong>vadora. Estes estudantes<br />

não necessitam da sala <strong>de</strong> aula com quadro preto: eles precisam <strong>de</strong> <strong>um</strong> PC com tec<strong>no</strong>logias<br />

sofisticadas n<strong>um</strong> ambiente <strong>de</strong> aprendizagem flexível e que oferece oportunida<strong>de</strong>s para<br />

apren<strong>de</strong>r, praticar, comunicar com os colegas e o professor para trabalhar.<br />

Nós não estamos só a implementar <strong>no</strong>vos princípios <strong>de</strong> aprendizagem, estamos também a<br />

enfrentar <strong>um</strong> ambiente <strong>de</strong> aprendizagem completamente <strong>no</strong>vo. Para ilustrar isto, vejamos o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> tec<strong>no</strong>logias para a aprendizagem:<br />

No final da década <strong>de</strong> 90 foram lançados os primeiros e-books. Isto provocou <strong>um</strong>a revolução,<br />

porque permitiu fazer o download <strong>de</strong> <strong>um</strong> número consi<strong>de</strong>rável <strong>de</strong> livros, n<strong>um</strong> formato muito<br />

reduzido. Pensemos nas possibilida<strong>de</strong>s das escolas e dos alu<strong>no</strong>s: todos os livros <strong>de</strong> texto<br />

incluindo os livros <strong>de</strong> trabalho e os comentários dos professores n<strong>um</strong> único aparelho! Estes<br />

primeiros e-books duraram pouco tempo. No espaço <strong>de</strong> <strong>um</strong> a<strong>no</strong> o software ficou<br />

<strong>de</strong>sactualizado e os mecanismos <strong>de</strong> acesso foram substituídos por outros mais sofisticados,<br />

como os portáteis e computadores <strong>de</strong> mãos muito peque<strong>no</strong>s.<br />

De acordo com Wim Veen e outro, estes aparelhos são os instr<strong>um</strong>entos <strong>de</strong> aprendizagem com<br />

que teremos <strong>de</strong> trabalhar <strong>no</strong> futuro. N<strong>um</strong> artigo publicado na “Dutch Educacional Network<br />

Kennisnet” há alguns a<strong>no</strong>s esta ferramenta <strong>de</strong> aprendizagem foi <strong>de</strong>scrita como <strong>um</strong> “digital<br />

schoolbag”. Neste artigo diz-se: “O que estava <strong>no</strong>s livros <strong>de</strong> textos e <strong>no</strong>s livros <strong>de</strong> exercícios<br />

estará disponível on-line <strong>no</strong> futuro. Em alguns casos, através da password a informação estará<br />

livremente acessível. Muitas vezes, como parte do método <strong>de</strong> aprendizagem e outras como<br />

material in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte”.<br />

Esta “digital schoolbag” não é ficção científica, mas realida<strong>de</strong>. Cada vez mais as escolas estão<br />

a experimentar e a oferecer aos seus alu<strong>no</strong>s ambientes <strong>de</strong> aprendizagem a distância “elearning”<br />

ou ainda “m-learning” (Cly<strong>de</strong>, 2004).<br />

As ferramentas <strong>de</strong> aprendizagem electrónica e aprendizagem por telefone dão a oportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r <strong>de</strong> forma criativa e ainda mais importante, são ferramentas atractivas para o<br />

“homo sapiens” como <strong>de</strong>scritos por Veen. É a aprendizagem com recurso à pasta digital, a<br />

NEWSLETTER <strong>RBE</strong> N.º 3

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