23.12.2014 Views

15/16 anos Vestibular Unicamp

15/16 anos Vestibular Unicamp

15/16 anos Vestibular Unicamp

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Perfil socioeconômico dos inscritos na <strong>Unicamp</strong><br />

nos <strong>anos</strong> 1999, 2000, 2001 e 2002<br />

Os candidatos ao <strong>Vestibular</strong> da <strong>Unicamp</strong>, no<br />

período compreendido entre 1999-2002, podem ser<br />

caracterizados como uma população jovem e recémsaída<br />

do ensino médio, pois mais da metade deles<br />

encontram-se na faixa etária entre 17 e 18 <strong>anos</strong>. É<br />

importante notar, entretanto, que vem ocorrendo um<br />

decréscimo nos percentuais desses candidatos: em<br />

1999 eles representavam 60% do total de inscritos e,<br />

no ano de 2002, 54,9%. Esse decréscimo se fez<br />

acompanhar principalmente do aumento do número<br />

daqueles que têm idade superior a 20 <strong>anos</strong>: em 1999,<br />

esses totalizavam 19,1% e no ano 2002, 21,9%.<br />

Constata-se, portanto, que ocorreu um aumento na<br />

faixa etária dos candidatos aos cursos da <strong>Unicamp</strong>.<br />

Essa população se caracteriza também por ser<br />

predominantemente solteira e proveniente, em sua<br />

maioria, de cidades do interior do estado de São<br />

Paulo. Cerca de 60% dos candidatos advêm dessas<br />

cidades, 30% da capital e da região metropolitana de<br />

São Paulo e 10% de outros estados. Embora a distribuição<br />

entre homens e mulheres seja praticamente<br />

semelhante, houve, nos <strong>anos</strong> de 2000 e 2001, maior<br />

número de inscritos do sexo feminino: 50,3 e 50,1%,<br />

respectivamente. Esses últimos resultados são inusitados,<br />

pois desde o início do vestibular da <strong>Unicamp</strong>, em<br />

1987, o número de candidatos do sexo masculino<br />

sempre prevaleceu em relação ao de mulheres.<br />

No que diz respeito aos indicadores escolares,<br />

constata-se que os percentuais de inscritos que<br />

freqüentaram escolas particulares durante a educação<br />

básica sempre superou os percentuais daqueles<br />

que a cursaram em escolas públicas. Entre 55 e 59%<br />

dos candidatos, estudaram em escolas particulares no<br />

ensino fundamental e os que estudaram nessas<br />

escolas no ensino médio representaram entre 64 e<br />

68,3% do total de inscritos. Esses resultados mostram<br />

que as escolas particulares são mais freqüentadas<br />

pelos candidatos no ensino médio do que no ensino<br />

fundamental. Apesar de predominarem os inscritos<br />

que estudaram em escolas particulares, é muito<br />

importante enfatizar que desde 1999 tem aumentado<br />

os percentuais de candidatos que cursaram escolas<br />

públicas. Tomando como parâmetro o ensino médio,<br />

verifica-se que em 1999, 29,8 % dos candidatos eram<br />

provenientes de escolas públicas e, em 2002 esses<br />

candidatos totalizam 33,8% - um aumento da ordem<br />

de 4%. Observa-se também que a maioria dos que<br />

almejam ingressar na <strong>Unicamp</strong> se preparam para os<br />

exames vestibulares freqüentando cursinhos (os<br />

percentuais variaram entre 59,3 e 62,3%). O colegial<br />

comum é o tipo de escola mais freqüentado pela<br />

grande maioria dos inscritos (entre 75,6 a 79,9% deles<br />

estudaram em escolas não-técnicas). Prevalecem<br />

ainda os que cursaram o ensino médio em período<br />

diurno (os percentuais no período analisado sempre<br />

foram superiores a 85%, aproximadamente).<br />

Um outro resultado merece ser destacado: o<br />

grande aumento de candidatos (da ordem de 14%)<br />

provenientes de famílias que percebem rendimentos<br />

mensais de até 10 salários-mínimos. Em 1999, 21,9%<br />

dos candidatos ao <strong>Vestibular</strong> da <strong>Unicamp</strong> declararam<br />

rendimentos familiares mensais até 10 salários, e em<br />

2000, 27,8%. Nos <strong>anos</strong> de 2001 e 2002, esses candidatos<br />

representaram 30,9 e 35,9%, respectivamente. O<br />

aumento do número de candidatos com menor poder<br />

aquisitivo é acompanhado pelo decréscimo dos que<br />

provêm de famílias que recebem rendimentos mensais<br />

superiores a 30 salários-mínimos. Em 1999, tais<br />

candidatos totalizavam 32,4% e, em 2002, 17,7%. Os<br />

que não trabalham (na faixa de 75%, aproximadamente)<br />

predominam em relação aos demais. Dentre<br />

os que exercem atividades remuneradas, são bem<br />

maiores os percentuais daqueles que trabalham em<br />

período integral do que os que o fazem em período<br />

parcial. Dez por cento dos candidatos, aproximadamente,<br />

afirmam que trabalham para o próprio<br />

sustento, para ajudar suas famílias ou para sustentálas<br />

integralmente. Os demais candidatos que trabalham<br />

recebem ajuda da família.<br />

Boa parte dos candidatos caracterizam-se ainda<br />

por serem filhos de profissionais liberais, de diretores,<br />

gerentes e proprietários de empresas de tamanho<br />

médio (os percentuais variam entre 38 e 43%). Mais da<br />

metade dos pais dos candidatos (os percentuais<br />

oscilam em 56 a 58,4%) atingiram o nível de ensino<br />

superior. Inscreveram-se também ao vestibular candidatos<br />

cujos pais exercem atividades manuais, especializadas<br />

ou não (entre 12 a 14% deles se encontram<br />

nessa categoria) e que freqüentaram somente o grau<br />

primário de instrução, entre 11,6 a 12,7%.<br />

80

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!