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Edição 30 - Instituto de Engenharia

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<strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> n.<strong>30</strong> fevereiro 2007<br />

13<br />

sistema <strong>de</strong> bon<strong>de</strong>s <strong>de</strong> São<br />

Paulo estava sendo extinto<br />

porque, segundo as autorida<strong>de</strong>s,<br />

atrapalhava o trânsito<br />

dos automóveis... Deu no<br />

que <strong>de</strong>u!!!<br />

Com a extinção dos bon<strong>de</strong>s<br />

e dos trólebus só sobrarão<br />

veículos velhos as algumas<br />

peças que ficarão nos museus,<br />

ao lado das lembranças<br />

das duas únicas experiências<br />

havidas em São<br />

Paulo, sobre a operação <strong>de</strong><br />

sistemas <strong>de</strong> média capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> transportes.<br />

Mesmo com todos os esforços<br />

realizados nos últimos<br />

tempos, não há como negar<br />

que o transporte individual<br />

não é solução para o <strong>de</strong>slocamento<br />

da população,<br />

que os ônibus não conseguem<br />

oferecer serviços com<br />

a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sejada pelos<br />

usuários e que a necessária<br />

expansão dos sistemas<br />

metroferroviários <strong>de</strong>manda<br />

longos prazos para a<br />

implantação dos projetos,<br />

além dos altos investimentos<br />

envolvidos. É uma pena<br />

abandonar todo o conhecimento<br />

adquirido, ao longo<br />

<strong>de</strong> quase 60 anos, sobre<br />

uma tecnologia que, sem<br />

sombra <strong>de</strong> dúvidas, tem<br />

o seu espaço na matriz <strong>de</strong><br />

transportes <strong>de</strong> uma cida<strong>de</strong><br />

como São Paulo.<br />

Francisco Christovam é expresi<strong>de</strong>nte<br />

da CMTC/SPTrans e<br />

atual diretor da FChristovam<br />

Engenheiros Associados<br />

Universida<strong>de</strong><br />

Cana <strong>de</strong> açúcar e energia:<br />

uma contribuição para a solução do apagão<br />

No ano <strong>de</strong> 2001,<br />

em virtu<strong>de</strong> da<br />

falta <strong>de</strong> planejamento<br />

e <strong>de</strong> estruturação<br />

do setor<br />

elétrico, fomos<br />

obrigados a passar<br />

por um racionamento<br />

<strong>de</strong> energia.<br />

Hoje, passados quase<br />

6 anos, po<strong>de</strong>-se<br />

dizer que pouco se<br />

apren<strong>de</strong>u.<br />

Novamente estamos<br />

pendurados<br />

na “corda bamba”,<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo das chuvas e da baixa<br />

taxa <strong>de</strong> crescimento da economia,<br />

para que possamos continuar usando<br />

energia elétrica, sem medo <strong>de</strong><br />

ficar no escuro.<br />

Déficit energético<br />

Especialistas apontam que se o Brasil<br />

crescer a uma taxa média <strong>de</strong> 5%<br />

ao ano, haverá um déficit energético<br />

em 2010, portanto, a única forma<br />

<strong>de</strong> solucionar o problema <strong>de</strong><br />

geração <strong>de</strong> energia é com a criação<br />

<strong>de</strong> projetos que levem pouco tempo<br />

para entrar em funcionamento,<br />

além disso, os projetos <strong>de</strong>vem ser<br />

tais que possibilitem minimizar os<br />

impactos ambientais causados na<br />

construção e operação das usinas.<br />

Em resposta a esta questão, está a<br />

Cogeração <strong>de</strong> energia, que ainda<br />

engatinha no meio <strong>de</strong> tantas possibilida<strong>de</strong>s,<br />

mas com o apoio do<br />

governo fe<strong>de</strong>ral, será um forte sucessor<br />

do Petróleo na Matriz Energética<br />

Nacional.<br />

As limitações do PAC<br />

O PAC (Programa <strong>de</strong> Aceleração do<br />

Crescimento) - lançado pelo presi<strong>de</strong>nte<br />

Lula no mês <strong>de</strong> janeiro - , prevê<br />

geração <strong>de</strong> mais 12.000 MW em<br />

Alexandre Lemos<br />

um prazo <strong>de</strong> quatro anos. A inserção<br />

<strong>de</strong>sse montante na matriz energética<br />

seria suficiente para cobrir a <strong>de</strong>manda<br />

<strong>de</strong> energia nacional, porém só a boa<br />

vonta<strong>de</strong>, por parte do governo, não<br />

indica certeza <strong>de</strong> bons investimentos.<br />

Então o que fazer Cogeração é a resposta<br />

que o Brasil precisa!<br />

Dentro do mercado da Cogeração, a<br />

cana <strong>de</strong> açúcar é um dos combustíveis<br />

mais importantes, por inúmeros fatores:<br />

pelo seu alto po<strong>de</strong>r energético;<br />

pelo baixo tempo <strong>de</strong> implantação do<br />

sistema <strong>de</strong> cogeração; pela possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> comercialização <strong>de</strong> créditos <strong>de</strong><br />

carbono entre outros, mas o principal<br />

fator é a própria economia nacional.<br />

A agroindústria canavieira prevê novo<br />

recor<strong>de</strong> para a safra <strong>de</strong> 2006/2007,<br />

on<strong>de</strong> se estima que sejam produzidos<br />

471,2 milhões <strong>de</strong> toneladas <strong>de</strong> cana.<br />

Hoje esse setor possui um potencial<br />

instalado <strong>de</strong> 9.000 MW, tendo capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> crescimento <strong>de</strong> 1.200 MW/<br />

ano, valor esse que possibilitaria resolver,<br />

se não por um todo, gran<strong>de</strong> parte<br />

do déficit <strong>de</strong> energia.<br />

Alexandre Lemos é aluno<br />

do curso <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> Mecânica<br />

da Faculda<strong>de</strong> Mackenzie<br />

alelemos@hotmail.com

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