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As Barcas - João Garcia Miguel

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<strong>As</strong> <strong>Barcas</strong><br />

a partir de Gil Vicente<br />

encenação João <strong>Garcia</strong> <strong>Miguel</strong>


Novidades sobre a Companhia JGM<br />

Os próximos meses serão frutíferos em colaborações para a Companhia JGM. Actualmente João <strong>Garcia</strong> <strong>Miguel</strong> encontra-se em<br />

digressão com a sua nova peça <strong>As</strong> <strong>Barcas</strong>, uma criação feita a partir de textos do dramaturgo medieval Gil Vicente. Encontram-se já<br />

agendadas apresentações em Espanha (Bilbao e Valência), Alemanha (Dresden), Itália (Cosenza), Brasil (São Paulo e Rio de Janeiro).<br />

Em Portugal, depois da estreia na Guimarães Capital Europeia da Cultura / Fábrica da ASA Portugal, <strong>As</strong> <strong>Barcas</strong> serão ainda<br />

apresentadas em Lisboa, Coimbra, Torres Novas e Aveiro. No estúdio da Companhia no Carvalhal (Óbidos, Portugal) estão a decorrer<br />

ensaios para a nova peça Lilith que será estreada no Teatro Municipal S. Luiz, em Lisboa (Portugal). Em Setembro João <strong>Garcia</strong> <strong>Miguel</strong><br />

será artista residente no Festival Préavis de Desorde Humane através do Secteur du Théâtre des Bernardines et quartier Réformés-<br />

Canebière (Marselha, França). Nesse contexto apresentará o Projecto Die Kreatur Ouvert. Ainda este ano, a Companhia irá receber<br />

nas suas duas salas - Lisboa e Carvalhal - outras companhias em residência artística, assim como dar continuidade ao Programa de<br />

Formação em Artes Performativas organizando workshops e e seminários com a presença de professores e artistas nacionais e<br />

internacionais.<br />

No que diz respeitoa trabalhos para digressão em 2012/2013, a JGM tem cinco produções disponíveis: Romeu e Julieta, O Filho da<br />

Europa, <strong>As</strong> <strong>Barcas</strong>, Lilith e Die Kreatur Ouvert.<br />

Próximos espectáculos de João <strong>Garcia</strong> <strong>Miguel</strong><br />

A JGM está a preparar duas peças de teatrao, ambas dirigidas e encenadas por João <strong>Garcia</strong> <strong>Miguel</strong>. Lilith, com texto original de<br />

Francisco Luis Parreira e a colaboração de uma actriz e um actor gregos e que estreará no Teatro Municipal S. Luiz (Lisboa, Portugal)<br />

em Setembro. Em 2013, a principal produção será Yerma, a célebre peça do poeta e dramaturgo espanhol Frederico <strong>Garcia</strong> Lorca, e<br />

contará com a colaboração de uma actriz espanhola.<br />

<strong>As</strong> novas produções para a a nossa próxima temporada são, nas suas formas inesperadas, a materialização do desejo e expressão da<br />

vontade da companhia de se encontrar com os outros a partir da arte. Elas expõem a consciência de quem somos, do nosso<br />

pensamento teórico e das nossas ideias. A diversidade dos métodos e abordagens que utilizamos nos processos criativos, dão acesso<br />

à dimensão intelectual, emocional e corpórea, a lugares onde se cruzam o humano e o inumano, causando disjunção e perturbação da<br />

percepção, para poder voltar a criá-los num outro mundo e lugar.<br />

João <strong>Garcia</strong> <strong>Miguel</strong>, Julho 2012


<strong>As</strong> <strong>Barcas</strong><br />

a partir de Gil Vicente<br />

encenação João <strong>Garcia</strong> <strong>Miguel</strong><br />

Tomámos os textos de Gil Vicente (Auto da Barca do Inferno, Auto da Barca do Purgatório e Auto da Glória), como base para uma<br />

criação que é para nós uma viagem. Os textos e as ideias do autor e fundador do teatro português, Gil Vicente, alimentaram-nos a<br />

criação e foram transformadas numa obra onde as palavras se inscreveram nos corpos, implicando-os nos tempos e nos espaços nos<br />

quais habitam. A investida no mundo medieval, nas fontes do teatro europeu e português, inscreve-se no trabalho sobre os textos e os<br />

universos clássicos que a companhia tem vindo a desenvolver. É um investimento na investigação num território fértil pela redescoberta<br />

que nos traz de diferentes perspectivas do mundo. Nessas viagens ao passado comum, encontrámos o conceito medieval, de virar "o<br />

mundo às avessas" para o revelar nos seus detalhes, segredos e subtilezas. Este conceito, pela sua operatividade, tem-se vindo a<br />

tornar uma das dramaturgias subtis da obra. Uma dramaturgia para a criação de mistérios contemporâneos.<br />

Performance e tecnologias de interacção em tempo real<br />

Para <strong>As</strong> <strong>Barcas</strong>, obra inspirada num conjunto de textos de Gil Vicente, figura marcante do teatro medieval português, desenvolvemos<br />

um sistema de trabalho que se desdobra em duas direcções e que procuramos fazer coincidir: a performance e um conjunto<br />

de medias e tecnologias interactivas que se inscrevem no tempo real. Regressámos ao tema das viagens. Às viagens a um corpo<br />

impossível, desconhecido, a um corpo perdido num labirinto vazio de sentidos, condenado, corpo impossível e fora do tempo, virado do<br />

avesso, corpo que se move num espaço para além da vida, num espaço propriedade da morte. Buscamos no texto o corpo, o esqueleto,<br />

o músculo. Buscamos a sensibilidade por debaixo da linguagem, dentro dos segredos, das opacidades dos sentidos, das palavras,<br />

enquanto olhares para o mundo. Este conjunto de textos colocam os mortos a falar de si, da sua vida e dos modos como a viveram. São<br />

textos que funcionam como espelhos invertidos do mundo, de uma época. São textos sobre o um mundo impossível.<br />

Um teatro híbrido que impõe um conceito alternativo de globalização<br />

João <strong>Garcia</strong> <strong>Miguel</strong> é um artista da globalização, O seu trabalho é uma tentativa de apresentar-nos uma transcrição límpida e clara do<br />

que é a existência global do indivíduo. Por isto entendo: um ser conectado a outros em diferentes níveis, vivendo num ambiente global e<br />

aberto a uma infinidade de influências, cada uma mais vaga que a outra. <strong>Garcia</strong> <strong>Miguel</strong> é portanto um homem a trabalhar na<br />

multiplicação mais do que na dispersão. A sua carreira tem sido algo atípica e pode até ser erradamente classificada de caótica, mas na<br />

verdade ela expressa uma busca constante de uma linguagem poética única.<br />

Fred Kahn, 2003<br />

Fotografias de João Octávio


<strong>As</strong> <strong>Barcas</strong><br />

Ficha Técnica<br />

Direcção e dramaturgia | João <strong>Garcia</strong> <strong>Miguel</strong><br />

Actores Felix Lozano | Sara Ribeiro | David Pereira Bastos | Costanza<br />

Givone<br />

Música e Vídeo | Rui Gato<br />

Figurinos | Steve Denton<br />

Programação Interactiva áudio-visual | André Sier<br />

Desenho de Luz e Direcção Técnica | Luís Bombico<br />

Direcção de Produção | Filipa Hora<br />

Apoio à Dramaturgia | Teresa Fradique<br />

Apoio ao espaço cénico | Mantos<br />

Fotografias | Jorge Reis<br />

<strong>As</strong>sistência à Direcção | João Samões<br />

Produção Executiva | Claudia Figueiredo<br />

Apoio Gráfico | Red Beard<br />

Produção | JGM |Guimarães Capital da Cultura | Festival Gil Vicente<br />

Co-produtores | Islotes En Red |Rui Viola Produções<br />

Classificação | maiores de 12


clique para ver video completo, teaser e fotos


Romeu e Julieta<br />

Texto William Shakespeare<br />

Encenação João <strong>Garcia</strong> <strong>Miguel</strong>


Romeu e Julieta<br />

Texto William Shakespeare Encenação João <strong>Garcia</strong> <strong>Miguel</strong><br />

Este Romeu & Julieta de W. Shakespeare, inscreve-se na investigação e criação da Companhia em torno do universo dos clássicos<br />

europeus. Esse trabalho passa pelo estudo, tradução e adaptação dos conceitos centrais das peças às linguagens performativas<br />

contemporâneas. Importa-nos, deste modo, reflectir sobre a Europa e as formas e modelos de vida que surgiram ao longo da sua<br />

história. Olhando para o passado e para os outros, torna-nos mais capazes de olhar para nós mesmos, enriquecendo a experiência do<br />

existir.<br />

Romeu e Julieta são duas vítimas, quase inexplicáveis, de um grande amor. Para eles tudo se conjugou em contrariedade, como se não<br />

existisse lugar para o seu amor no mundo em que viviam. Romeu e Julieta tiveram uma noite de amor tão extraordinária, que lhes<br />

custou a vida. A ansiedade de perder o que se tem, acabou por ser o que os conduziu à tragédia. O amor transforma-nos, lança-nos no<br />

futuro completamente despidos, nús e prontos para quase tudo.<br />

João <strong>Garcia</strong> <strong>Miguel</strong>, Director<br />

Somos todos Romeus e Julietas<br />

Sobre amor, desejo e morte, tudo parece ter sido dito, feito e irremediavelmente desfeito, mas é na aparente anacronia da escolha desta<br />

peça que reside o interesse da encenação de João <strong>Garcia</strong> <strong>Miguel</strong>. Ela insere-se na forma como algum teatro contemporâneo importante<br />

tem vindo a reinventar-se através de uma aproximação àquilo que poderíamos chamar de tecnologias culturais de sobrevivência. E há<br />

uma tecnologia em particular – o ritual – que, segundo a teórica alemã Erika Fischer-Lichte, se tornou fundamental para o paradigma<br />

performativo que se centra no "corpo fenomenal do actor" mais do que na personagem literária. E é esse corpo sacrificial que vemos<br />

realçado e depurado neste trabalho de <strong>Garcia</strong> <strong>Miguel</strong>. No final todos queremos dançar com Julieta e cantar em uníssono com Romeu.<br />

Nesta versão mediterrânica, Romeu e Julieta são xamanes contemporâneos herdeiros de lutas políticas e de legados filosóficos e éticos<br />

cheios de contradições. São xamanes tradicionais em estado de possessão mas são também xamanes pop capazes de usar o<br />

microfone como um objecto ritual. Lembram-nos um filho de santo ou um Iggy Pop, estão na pista de dança, ou no terreiro.<br />

Teresa Fradique, researcher<br />

Photos Rui Mateus


Romeu e Julieta<br />

Ficha Técnica<br />

Texto | William Shakespeare<br />

Direcção e Encenação |João <strong>Garcia</strong> <strong>Miguel</strong><br />

Interpretação | David Pereira Bastos | Sara Ribeiro<br />

Música e Vídeo | Rui Gato [How]<br />

Figurinos | Steve Denton<br />

Direcção | Técnica Luís Bombico<br />

Direcção de Produção | Filipa Hora<br />

Apoio à dramaturgia | Teresa Fradique<br />

Apoio à realização do espaço cénico | Mantos<br />

Gráfico e apoio ao encenador | Rui Mateus<br />

<strong>As</strong>sistência produção | Cláudia Figueiredo<br />

Apoio montagem | Daniel Coimbra<br />

Apoio Geral | Rui Viola<br />

Produção | João <strong>Garcia</strong> <strong>Miguel</strong>, Unipessoal, Lda.<br />

Co-Produção | Teatro-Cine Torres Vedras


Informações para digressão<br />

Clique para mais informação sobre produções disponíveis para<br />

digressão:<br />

Lilith (dossier) O Filho da Europa (dossier)<br />

Para mais informações sobre disponibilidade de produções e datas<br />

para digressão assim como DVD OBRAS COMPLETAS JGM<br />

2003-2012<br />

POR FAVOR CONTACTE:<br />

e.hora@joaogarciamiguel.com<br />

e.garcia@joaogarciamiguel.com<br />

tel l fax.00 351 214080494<br />

mobile: 00 351 933327229<br />

Rua Palmira, 5 R/C Dto .1170-285<br />

Lisboa, Portugal<br />

www.joaogarciamiguel.com<br />

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2012

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