Camilo Santana
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<strong>Camilo</strong> <strong>Santana</strong><br />
POR UM GOVERNO DO DIÁLOGO<br />
ZPE CEARÁ - UMA REALIDADE<br />
VENDA PROIBIDA<br />
ANO III / N O 11<br />
2014
marketing/sistemafiec<br />
A MELHOR ESTRATÉGIA QUE SUA<br />
EMPRESA PODE ADOTAR É CUIDAR<br />
BEM DE SEUS COLABORADORES.<br />
O SESI oferece soluções para as indústrias nas áreas de<br />
Educação e Segurança, Saúde e Vida Saudável que visam<br />
promover o bem-estar dos colaboradores por meio de<br />
um ambiente de trabalho seguro e estimulando a busca<br />
por conhecimento e qualidade de vida.<br />
85 4009.6300 centralderelacionamento@sfiec.org.br www.sesi-ce.org.br /sesiceara<br />
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www.sfiec.org.br<br />
(85) 4009.6300
Leitor<br />
Parabéns Ricard Pereira, você e sua<br />
diretoria fazem a grande diferença<br />
no seio de nossa indústria. É<br />
muito especial tê-los por perto,<br />
desenvolvendo um trabalho<br />
totalmente voltado para o associado,<br />
sendo exemplo entre todos que<br />
fazem a FIEC. Parabéns por mais um<br />
exemplar de conteúdo rico e franco.<br />
Você faz a diferença.<br />
Beto Studart<br />
Presidente da FIEC<br />
Excelente. Como sempre, mais uma<br />
bela publicação do Simec.<br />
Alexandre Pereira<br />
FIEC<br />
Caro Ricard Pereirta, obrigado pela<br />
lembrança em compartilhar com os<br />
amigos aqui do Rio Grande do Sul<br />
esta publicação tão bem produzida.<br />
Parabéns pela revista.<br />
Jean Zagonel<br />
Construtora Zagonel – Lajeado/RS<br />
Mais uma edição da Simec<br />
em Revista que nos brinda de<br />
conhecimento.<br />
Claudio Targino<br />
Colonial Cachaça<br />
Para dar sua opinião,<br />
envie um e-mail para<br />
simec@simec.org.br ou<br />
envie uma mensagem<br />
pelas redes sociais.<br />
@simecfiec<br />
/simec.sindicato<br />
Editorial<br />
O<br />
que trará de novo o ano novo A herança político-econômica não é<br />
nada animadora. Escândalos recorrentes de corrupção, inflação em<br />
alta, taxas elevadas de juros, perspectiva de crise energética e um consequente<br />
agravante, o descrédito da população nas diferentes instituições de<br />
poder, deixam inúmeras dúvidas.<br />
Economistas alertam para os múltiplos desafios que a nova equipe econômica<br />
do governo federal haverá de enfrentar. Entre os consensos, a necessidade de se<br />
reduzir o déficit, sob pena de sermos rebaixados internacionalmente, da liberação<br />
da taxa de câmbio e de se restaurar confiança dos empresários. Porém, os ajustes<br />
precisarão se dar de forma gradual e com dependência mínima do humor do<br />
Congresso Nacional, onde o clima não anda nada propício.<br />
É recorrente a opinião de que o país corre o risco de perder o grau de investimento,<br />
o que poderá induzir à fuga de diversos fundos internacionais. A antecipação<br />
dos nomes dos titulares das pastas da Fazenda, Planejamento e Banco Central, e a<br />
divulgação das metas de superávit primário para os próximos 3 anos, deve fazer com<br />
que as agências de classificação de risco não venham a tomar decisões sobre o Brasil<br />
antes de avaliar os primeiros passos da atuação da nova equipe econômica. Fato é que<br />
2015 será um ano de transição, e a correção dos rumos terá custos significativos. Para<br />
reconstruir a economia, alegam diferentes especialistas, há que se promover a aceleração<br />
dos investimentos em infraestrutura, foco essencial da retomada de crescimento<br />
do País nos próximos anos. E aqui, o fantasma da corrupção indubitavelmente gera<br />
incertezas quanto ao futuro das novas concessões e avanço das grandes obras.<br />
Àqueles que produzem e geram riqueza honestamente, resta o caminho da<br />
cautela, o usufruto da competência e o exercício de muita criatividade e inovação<br />
na hora de fazer novos investimentos e definir, até mesmo, estratégias de<br />
manutenção dos espaços de mercado já conquistados.<br />
Francílio Dourado Filho<br />
Editor Chefe<br />
Carta do Leitor<br />
Apesar de não ser industrial e praticamente não entender<br />
de metalurgia, mecânica e eletricidade, é sempre uma satisfação<br />
receber esta revista, que além de veicular informações<br />
relevantes, nos brinda com artigos sobre questões<br />
importantes para o Ceará, o Brasil e o Mundo. A satisfação<br />
aumenta com a excelente diagramação e impressão deste<br />
valoroso veículo. Vocês sempre acertam no alvo. Parabéns!<br />
Lúcio Bessa<br />
Rotary Club Fortaleza Leste<br />
simec em revista - 3
Sumário<br />
05 | Palavra do Presidente<br />
Ricard Pereira<br />
08 | Empresa Destaque<br />
Carroceria Vicunha<br />
10 | Notícias<br />
• O SIMEC dá Adeus ao seu Primeiro Presidente<br />
• Fernando Cirino é agraciado com o Prêmio<br />
Equilibrista 2014<br />
• SIMEC participa de Mesa Redonda em Belo<br />
Horizonte<br />
• 15º Encontro da Rede de Desenvolvimento<br />
Associativo da CNI<br />
• NUTEC e FIEC discutem parceria<br />
26 | <strong>Camilo</strong> <strong>Santana</strong><br />
POR UM GOVERNO DO DIÁLOGO<br />
16 | Livre Pensar<br />
Reformas! Vêm Aí. Mas, Quais<br />
18 | Histórias do Setor<br />
CEMAG<br />
HISPANO<br />
22 | Inovação<br />
FIEC institui o<br />
Conselho de Inovação<br />
24 | Parceria<br />
13 | Responsabilidade<br />
Social<br />
InCor Criança<br />
Sebrae: parceiro do empreendedorismo<br />
31 | Matéria<br />
ZPE Ceará: uma realidade<br />
34 | Energia<br />
A Energia Renovável que não renovou<br />
37 | Sustentabilidade<br />
Liderança Empresarial Sustentável: 15 qualidades<br />
para liderar a serviço do mundo<br />
39 | RH<br />
SIMEC realiza palestra sobre Certificação<br />
OHSAS – 18001<br />
41 | Artigo<br />
Crédito Empresarial e a Estruturação<br />
43 | Regional - Cariri<br />
Cariri Forte II<br />
44 | Economia<br />
Sei não, só sei que é assim...<br />
4 - simec em revista
Palavra do Presidente<br />
Há quem entenda a mudança de ano, como um bom momento para refletir sobre o<br />
que se fez e projetar o que virá. Balanços, costumo fazê-los regularmente, não os<br />
acumulo. Mas nesta última edição de 2014, não me furtarei a constatar que este foi<br />
um ano muito intenso para todos nós que fazemos o SIMEC. Nele firmamos a imagem de<br />
sermos um sindicato completamente voltado para o fortalecimento dos diferentes segmentos<br />
industriais que representamos, para a consolidação de uma ambiência adequada à inovação em<br />
nossos processos e gestão, comprometido com a instituição de uma cultura de sustentabilidade<br />
em toda a nossa múltipla cadeia produtiva.<br />
O reconhecimento veio na forma de convites para expormos o nosso modelo junto a lideranças<br />
empresariais dos quatro cantos do Estado e do País. Viramos referência. E isto, indubitavelmente,<br />
é fruto da participação de todos. Ao trabalharmos pela convergência de interesses tão<br />
diversos como os presentes nos setores metalúrgico, mecânico, siderúrgico, elétrico e eletrônico,<br />
envidando esforços na busca coletiva de soluções que contribuam para a consolidação de<br />
uma economia local forte e dinâmica, nos fizemos sábios e construímos um sindicato único,<br />
coeso e responsável.<br />
Para 2015, diante dos críticos cenários econômicos até aqui desenhados, estamos planejando<br />
um conjunto de ações que possam contribuir, para que nossas associadas superem os desafios<br />
mercadológicos que estão por vir, ampliando suas competências e capacidades competitivas.<br />
Mas, como nos lembra o poeta Drummond, “para ganhar um Ano Novo que mereça este<br />
nome, você tem de merecê-lo, tem de fazê-lo novo”. Portanto, que todos e cada um de nós,<br />
saiba fazer a sua parte.<br />
Ricard Pereira<br />
Presidente do SIMEC<br />
Foto: Arquivo SIMEC<br />
“Para 2015, diante dos críticos cenários econômicos<br />
até aqui desenhados, estamos planejando um<br />
conjunto de ações que possam contribuir, para<br />
que nossas associadas superem os desafios<br />
mercadológicos que estão por vir, ampliando suas<br />
competências e capacidades competitivas.”<br />
simec em revista - 5
DIRETORIA DO SIMEC QUADRIÊNIO 2011 - 2015<br />
Foto: Arquivo SIMEC<br />
Diretoria Executiva<br />
Diretores Setoriais<br />
Conselho Fiscal<br />
Representante junto à FIEC<br />
Titulares<br />
Diretor Presidente<br />
Ricard Pereira Silveira<br />
Diretor Vice-Presidente<br />
José Frederico Thomé<br />
de Saboya e Silva<br />
Diretor Financeiro<br />
Cícero Campos Alves<br />
Diretor Administrativo<br />
Píndaro Custódio Cardoso<br />
Diretor de Inovação<br />
e Sustentabilidade<br />
José Sampaio de Souza Filho<br />
Titulares<br />
Diretor Setor Metalúrgico<br />
Felipe Soares Gurgel<br />
Diretor Setor Mecânico<br />
Fernando José L. Castro Alves<br />
Diretor Setor Elétrico e Eletrônico<br />
Cristiane Freitas Bezerra Lima<br />
Suplentes<br />
Silvia Helena Lima Gurgel<br />
João Aldenor Rodrigues<br />
Alberto José Barroso de Saboya<br />
Titulares<br />
Helder Coelho Teixeira<br />
Raimundo Raumiro Maia<br />
Eduardo Lima de C. Rocha<br />
Suplentes<br />
Diana Capistrano Passos<br />
Ricardo Martiniano L. Barbosa<br />
Francisco Odaci da Silva<br />
Titular<br />
Ricard Pereira Silveira<br />
Suplentes<br />
Carlos Prado<br />
Fernando Cirino Gurgel<br />
Delegado Cariri<br />
Adelaído de Alcântara Pontes<br />
Coordenadora Administrativa<br />
Cariri<br />
Veruska de Oliveira Peixoto<br />
Delegado Jaguaribe<br />
Ricardo Lopes de Castro Alves<br />
Suplentes<br />
Suely Pereira Silveira<br />
José Sérgio Cunha de Figueiredo<br />
Coordenador Administrativo<br />
Jaguaribe<br />
Francisco Odaci da Silva<br />
Guilardo Góes Ferreira Gomes<br />
Carlos Gil Alexandre Brasil<br />
Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico no Estado do Ceará - SIMEC<br />
Av. Barão de Studart, 1980 • 3º andar • Sala 309<br />
Edifício Casa da Indústria – FIEC • simec@simec.org.br<br />
www.simec.org.br • Fone/Fax: (85) 3224.6020 | (85) 3421.5455<br />
Assessora Executiva da Presidência<br />
Vanessa Pontes<br />
Assistente Administrativa<br />
Fernanda Paula<br />
EXPEDIENTE<br />
Projeto Gráfico e Editorial: E2 Estratégias Empresariais - www.e2solucoes.com • Coordenação Editorial: Francílio Dourado •<br />
Direção de Arte: Keyla Américo • Diagramação: Keyla Américo • Tratamento de Imagens: Rodrigo Portillo • Jornalista: Vanessa<br />
Lourenço (2571/CE) • Gráfica: Tiprogresso • Tiragem: 3.000 exemplares<br />
é uma publicação do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico no Estado do Ceará - SIMEC, que detém os<br />
direitos reservados. A publicação, idealizada e produzida pela E2 Estratégias Empresariais, se reserva ao direito de adequar os textos enviados por colaboradores.<br />
As matérias divulgadas não expressam necessariamente a opinião da revista. Muito zelo e técnica foram empregados na edição desta obra, no entanto podem<br />
ocorrer erros de digitação, impressão ou dúvida conceitual; em qualquer das hipotéses, solicitamos que entrem em contato.<br />
6 - simec em revista
Empresa Destaque<br />
CARROCERIA<br />
VICUNHA<br />
por Joaquim Suassuna Neto<br />
Diretor-Presidente / Fortaleza<br />
Fotos: arquivo Carroceria Vicunha<br />
“Hoje, com mais de 40 anos de tradição e qualidade<br />
comprovada, a Carrocerias Vicunha tem 4 unidades<br />
distribuídas pelos estados do Ceará, Rio Grande do<br />
Norte e Paraíba, somando mais de 10.000 m² de área<br />
construída e 280 funcionários.”<br />
A<br />
Vicunha Carrocerias<br />
nasceu na década de<br />
1960, na cidade de<br />
Riacho da Cruz, interior do Rio<br />
Grande do Norte, em uma pequena<br />
serraria montada pelo empresário<br />
Joaquim Suassuna Filho para<br />
fabricação de cancelas, carroças<br />
e utensílios para fazendas. No final<br />
da década de 1970, a empresa<br />
foi transferida para Umarizal<br />
e passou a investir em reforma e<br />
fabricação de carrocerias de madeira.<br />
Em 1988, Joaquim Suassuna<br />
Neto e Aurilo Suassuna, filhos<br />
do fundador, assumiram a direção<br />
da empresa. A partir daí os irmãos<br />
implantaram um novo modelo de<br />
gestão elevando a produção da empresa<br />
para 80 produtos mês. Em<br />
1996, já com a marca consolidada,<br />
os empresários viram a necessidade<br />
de abrir uma filial em Fortaleza,<br />
para suprir a demanda da região.<br />
Em pouco tempo a empresa<br />
tornou-se líder em carrocerias de<br />
madeira no mercado do Estado do<br />
Ceará.<br />
8 - simec em revista
Hoje, com mais de 40 anos de tradição<br />
e qualidade comprovada, a Carrocerias<br />
Vicunha atua nos Estados do<br />
Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba,<br />
através de 4 unidades de produção e<br />
montagem, somando mais de 15.000<br />
m² de área construída e 280 funcionários.<br />
Com esta estrutura, a capacidade<br />
de produção da empresa supera as 220<br />
unidades mensais. Em 2013 a Carrocerias<br />
Vicunha se posicionou como o<br />
7º maior fabricante de Implementos<br />
Rodoviários sobre Chassis no Brasil.<br />
Como uma empresa genuinamente<br />
nordestina, fabrica e comercializa as<br />
melhores e mais seguras carrocerias<br />
em madeira e metálicas do Norte e<br />
Nordeste do Brasil, nos modelos: carga-seca,<br />
um implemento de uso geral;<br />
graneleira, como o próprio nome diz,<br />
para transporte de grãos; o gaiolão para<br />
transportes de animais; caçamba basculante;<br />
caçambas container ou para<br />
transporte de lixo; furgão carga seca;<br />
furgão frigorífico; carrocerias para o<br />
transporte de água ou gás, alimentos<br />
e diversos produtos, conforme a sua<br />
necessidade. Além disso, presta serviços<br />
em montagem de 3º eixo, alongamento<br />
e encurtamento de entre-eixos,<br />
serviços de suspensão, e remanufatura<br />
completa em qualquer tipo de implemento.<br />
São mais de 25.000 implementos fabricados<br />
e distribuídos por todo Brasil.<br />
Oferece produtos e serviços para os<br />
mais variados segmentos: locadoras de<br />
guindastes, construtoras, mineradoras,<br />
distribuidoras de alimentos, transportadoras,<br />
supermercados, produtores<br />
de grãos, além do mercado pulverizado<br />
que é o cliente que tem caminhão<br />
próprio. A inovação e o controle de<br />
qualidade são características presentes<br />
nos produtos que desenvolve. Comprometida<br />
com a sustentabilidade, só<br />
utiliza madeira certificada, oriunda de<br />
áreas licenciadas.<br />
Se na origem começou com carrocerias<br />
de madeira, essa realidade foi mudando<br />
ao longo nos anos. O aço foi<br />
sendo implantado e ganhando espaço<br />
no mercado do Ceará. Com a redução<br />
da fabricação de carrocerias feitas de<br />
madeira na região, a empresa abriu<br />
mais espaço para serviços de consertos<br />
e reparos para carrocerias dessa<br />
natureza, fazendo com que serviços e<br />
implementos de madeira continuem<br />
sendo o principal produto da empresa.<br />
A partir de 2015 a maior parcela dos<br />
investimentos da empresa será destinada<br />
aos segmentos de aço e alumínio,<br />
visando atender à crescente demanda<br />
do mercado, concentrada, principalmente,<br />
em furgões.<br />
Outro projeto em andamento é a<br />
ampliação do parque industrial, em<br />
terreno com área de 67.000m² disponibilizado<br />
pela Prefeitura de Itaitinga,<br />
na BR 116. A partir de sua inauguração,<br />
essa nova unidade, mais moderna,<br />
com foco no aço e no alumínio deverá<br />
atingir novos mercados e ampliar o<br />
raio de atuação da empresa.<br />
Como empresa familiar, Carrocerias<br />
Vicunha mantém uma estrutura organizada<br />
com os irmãos Joaquim na<br />
presidência - Ceará, Aurilo na direção<br />
técnica e Tercina na direção comercial<br />
em Natal e Campina Grande.<br />
Associada ao Simec desde 2011, a<br />
Vicunha Carrocerias é feliz por fazer<br />
parte de uma associação que atua com<br />
responsabilidade e dedicação para fortalecer<br />
o setor através da união entre<br />
os associados. E acredita que por meio<br />
dessa união é possível ir cada vez mais<br />
longe, sempre visando o crescimento<br />
coletivo da classe. “O Ricardo Pereira<br />
é um empresário visionário e está<br />
atuando brilhantemente na gestão do<br />
nosso sindicato”.<br />
simec em revista - 9
Notícias<br />
Foto: divulgação<br />
O SIMEC dá Adeus ao seu<br />
Primeiro Presidente<br />
O<br />
No dia 20 de maio de 1966, um grupo de empresários<br />
liderados por José Célio Gurgel de Castro, realizava a Assembléia<br />
Geral de fundação da “Associação Profissional<br />
dos Empregadores das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material<br />
Elétrico”. Com a expedição da Carta Sindical em 24 de janeiro<br />
de 1972, José Célio seria eleito o primeiro Presidente do SIMEC,<br />
passando a atuar com inquebrantável firmeza de propósitos na defesa<br />
dos interesses maiores dos setores representados pelo sindicato,<br />
pautando-se nos princípios da ética, da legalidade e da justiça. No<br />
dia 16 de outubro de 2014, José Célio Gurgel de Castro nos deu<br />
adeus deixando uma lacuna inocupável.<br />
Foto: divulgação<br />
Fernando Cirino é agraciado com o<br />
Prêmio Equilibrista 2014<br />
O<br />
empresário Fernando Cirino Gurgel, presidente da<br />
Durametal, foi agraciado com o Troféu “O Equilibrista”,<br />
pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças<br />
do Ceará – IBEF. O prêmio é concedido anualmente, com o objetivo<br />
de reconhecer os líderes que sabem aonde querem chegar.<br />
A escolha do homenageado avalia a postura de liderança, a forma<br />
como foram contornadas situações adversas, a conquista de objetivos<br />
traçados através de modernas técnicas de administração e a<br />
colaboração da empresa para o enriquecimento e aprimoramento<br />
da sociedade. Segundo o presidente do IBEF, Delano Macêdo<br />
de Vasconcelos, Fernando Cirino foi escolhido pela atitude empreendedora<br />
e liderança empresarial.<br />
10 - simec em revista
Foto: arquivo SIMEC<br />
SIMEC participa de Mesa<br />
Redonda em Belo Horizonte<br />
O<br />
presidente do SIMEC, Ricard Pereira, participou<br />
no dia 17 de novembro, em Belo<br />
Horizonte, de mesa redonda que versou sobre<br />
o tema: “Como atrair e manter associados”. Realizada<br />
pela Federação das Indústrias do Estado de Minas<br />
Gerais (FIEMG), o evento integra o Programa de Desenvolvimento<br />
Associativo (PDA), desenvolvido pela<br />
Confederação Nacional da Indústria (CNI) e realizado<br />
pelas Federações, como o propósito de compartilhar experiências<br />
entre os sindicatos que integram o Sistema<br />
Indústria, e identificar prováveis caminhos para superar<br />
os desafios da atuação sindical. O encontro permitiu a<br />
consolidação de conceitos e exposição de modelos para<br />
atrair o empresariado para o ambiente sindical, além de<br />
possibilitar a discussão sobre como lidar com a competitividade<br />
e atuar na representação das indústrias.<br />
Foto: divulgação<br />
15º Encontro da Rede de<br />
Desenvolvimento Associativo<br />
da CNI<br />
Durante o 15º Encontro da Rede de Desenvolvimento<br />
Associativo (RDA), realizado<br />
no dia 07 de novembro, na sede da Confederação<br />
Nacional da Indústria (CNI), em Brasília, foi<br />
apresentado o balanço do Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA), que mostrou o crescente número de empresários<br />
e lideranças sindicais que têm buscado qualificação e profissionalização de suas estruturas. Na ocasião o presidente do SIMEC,<br />
Ricard Pereira, presenciou um balanço do PDA, que mostra que, o volume de cursos e palestras oferecidos em 2014, foi quatro<br />
vezes maior do que a média dos últimos dois anos. Segundo a gerente de Desenvolvimento Associativo da CNI, Camilla Cavalcanti,<br />
“o nosso parâmetro para desenvolver as ações de 2015 são os resultados de 2014 e as contribuições que recebemos ao<br />
longo do ano sobre as necessidades das empresas e dos sindicatos”.<br />
simec em revista - 11
Foto: J. Sobrinho<br />
NUTEC e FIEC discutem parceria<br />
A<br />
Fundação Núcleo de Tecnologia Industrial do Ceará (NU-<br />
TEC), se reuniu com representantes de Sindicatos e empresários<br />
na FIEC, com a finalidade de propor parcerias e<br />
negócios com foco no desenvolvimento da indústria local. Durante o<br />
encontro, a diretora de empreendedorismo e negócios do Nutec, Dra.<br />
Ieda Nadja Silva Montenegro, apresentou os serviços oferecidos pela<br />
fundação nas mais diversas áreas. O diretor de Inovação e Sustentabilidade<br />
do SIMEC, Sampaio Filho, ao destacar a importância da parceria<br />
com instituições voltadas à inovação, observou que “é fundamental<br />
essa aproximação com universidades e órgãos que pensam inovação,<br />
para fortalecer a cultura de que é preciso inovar para competir com<br />
qualidade e se destacar no mercado”. A parceria faz parte de um “Convênio<br />
Guarda-Chuva”, criado pelo Núcleo de Inovação da FIEC, visando<br />
amparar todos os sindicatos da indústria.
Responsabilidade Social<br />
InCor Criança<br />
Fotos: arquivo Incor Criança<br />
“Com uma mão sobre<br />
o peito e outra entre as<br />
páginas, arrisque investigar<br />
os caminhos. Não acelere<br />
as palavras, os futuros,<br />
as respostas. Existe mais<br />
sorriso do que certeza. Há<br />
muito mistério em qualquer<br />
coração que insiste em<br />
bater”.<br />
Valdester C. Pinto Júnior<br />
(De Nascença, 2014)<br />
ACom o propósito de dar<br />
visibilidade à causa que defende,<br />
o Instituto do Coração<br />
da Criança e do Adolescente<br />
(InCor Criança), lançou, no dia 23<br />
de setembro, no Hall da Biblioteca<br />
da Universidade de Fortaleza (Unifor),<br />
o livro “De Nascença”. Instituição<br />
sem fins lucrativos que atua<br />
na consulta, diagnóstico e acompanhamento<br />
de crianças e adolescentes<br />
acometidas pela cardiopatia<br />
congênita, o InCor Criança vem,<br />
há uma década, contribuindo para<br />
a melhoria das condições de vida de<br />
seus beneficiários. Para saber mais<br />
sobre este rico trabalho, a Simec em<br />
Revista entrevistou o Cardiologista<br />
Valdester Cavalcante Pinto Júnior,<br />
fundador do instituto e organizador<br />
do livro.<br />
Sobre o Livro<br />
O primeiro objetivo do livro é tornar<br />
a causa visível. O que é a Cardiopatia<br />
Congênita Quantas crianças<br />
nascem com essa doença Quantos<br />
vivem aqui no Brasil com essa doen-<br />
simec em revista - 13
ça Quem são essas crianças Por que<br />
nascem assim Essa é a principal causa<br />
de mortalidade infantil Todas essas informações<br />
são encontradas no livro. As<br />
pessoas não conhecem esse problema,<br />
só passam a conhecer quando tem um<br />
filho ou parente doente. A Cardiopatia<br />
Congênita é, de fato, a principal causa<br />
de mortalidade infantil relacionada<br />
à doença congênita, e no Brasil nascem<br />
cerca de 25 mil crianças por ano<br />
com o problema. O segundo ponto é<br />
a questão educativa; é preciso educar<br />
as pessoas, ou transferir conhecimento<br />
para a população do que é a doença.<br />
Explicamos no livro que é possível fazer<br />
o diagnóstico Fetal dessas crianças.<br />
Aqui no estado do Ceará nós ainda não<br />
temos disponível para pessoas carentes<br />
o Eco Fetal. Ao nascer, a criança pode<br />
ser diagnosticada com um simples teste<br />
do coração através do oximêtro (um<br />
aparelho que toda maternidade tem).<br />
O livro traduz, de uma forma sucinta<br />
e clara, uma imagem do que é a criança<br />
com cardiopatia congênita. O terceiro<br />
motivo é chamar a sociedade civil a participar<br />
da causa, a reconhecer a causa,<br />
algo aparentemente pouco, mas que<br />
transformamos em algo tão grande e<br />
tão valoroso para as crianças. E o quarto<br />
motivo é arrecadar fundos para renovar<br />
os equipamentos e manter a estrutura<br />
da instituição. Nós temos uma enorme<br />
vontade de ajudar, uma inabalável vontade<br />
de cuidar dessas crianças, mas sofremos<br />
das mesmas dificuldades que sofrem<br />
a grande maioria das instituições<br />
que não visam o lucro. Hoje, passam<br />
pela instituição, por ano, 7 mil crianças<br />
que são diagnosticadas; umas são encaminhadas<br />
para tratamento cirúrgico,<br />
outras são tratadas clinicamente, outras<br />
fazem o diagnóstico e voltam para<br />
as suas casas. Além disso, temos outros<br />
projetos para ampliar o atendimento à<br />
criança enquanto no diagnóstico fetal,<br />
a casa de apoio que estamos tentando<br />
reabrir para acolher as mães que vem do<br />
interior ou que residem em bairros distantes,<br />
para dar uma maior assistência<br />
aos pacientes.<br />
Sobre o funcionamento<br />
e os beneficiários<br />
Nós atendemos em média 600 crianças<br />
por mês. Essas crianças chegam ao<br />
ambulatório, fazem a consulta com o<br />
cardiologista pediátrico, fazem o Eco<br />
e o Eletro, com isso, temos o diagnóstico<br />
do paciente. Se a criança precisar<br />
de acompanhamento fica na clínica, se<br />
@locsul<br />
/locsulengenhariadeinstalacoes<br />
Contêineres Habitáveis Personalizados<br />
Escritórios, banheiros, vestiários, almoxarifados,<br />
vip’s e outros. Serviço de Munck.<br />
Em breve uma nova oportunidade<br />
de negócios publicitários.<br />
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R. Anel Viário, 2000 – Siqueira<br />
CEP: 61.915-090 - Maracanaú – CE<br />
(85) 3274-1432 / (85) 8852-6737<br />
contato@locsul.com
precisar de uma cirurgia nós encaminhamos para o Hospital<br />
de Messejana, opera lá e volta para fazer o acompanhamento<br />
aqui. Quotidianamente o volume só aumenta,<br />
porque precisamos atender novos pacientes e continuar<br />
acompanhando os pacientes veteranos. Realizamos todo<br />
esse atendimento com o apoio e trabalho voluntário de seis<br />
médicos para atender as crianças, também temos o apoio<br />
de mães voluntárias que divulgam a causa e dão suporte a<br />
instituição.<br />
Serviço:<br />
O livro “De Nascença” conta com o registro dos fotógrafos<br />
Henrique Torres e João Palmeiro, além dos textos de<br />
Valdester Cavalcante, Laura de Goes Leal e da jornalista do<br />
O Povo, Iana Soares. Toda a renda do livro será revertida<br />
para a modernização dos aparelhos e da estrutura do InCor<br />
Criança.<br />
Para maiores informações: www.incorcrianca.com.br
Livre Pensar<br />
Reformas!<br />
Vêm Aí. Mas, Quais<br />
por Giuseppe Tropi Somma*<br />
Em seu discurso de vitória, a<br />
presidenta, antes mesmo de<br />
falar da reforma política, acenou<br />
para reformas sociais. Mas o que<br />
me deixou preocupado foi o aceno<br />
às reformas de cunho popular. O<br />
que seria isso Acho que aqui temos<br />
apenas dois caminhos: ou se enxuga<br />
o custo do governo ou o desastre<br />
aumenta e, no desespero, para o PT<br />
não perder o apoio popular, expandiriam<br />
ainda mais suas bondades e<br />
a economia pioraria, até precisar,<br />
como nossas águas, fazer uso do “volume<br />
morto” de nossa economia.<br />
Nessa toada, seguindo o exemplo da<br />
Venezuela e de Cuba, chegará o dia<br />
do racionamento. Espero estar completamente<br />
enganado.<br />
O caminho correto é analisar com<br />
inteligência as reformas que o Brasil<br />
realmente necessita e ir à origem de<br />
nossos problemas. Comecemos a analisar:<br />
A lei no Brasil pratica a igualdade<br />
O governo (União, Estados, Municípios)<br />
a pratica<br />
A ordem institucional do Brasil está<br />
verdadeiramente em sintonia com os<br />
princípios constitucionais<br />
Por que, então, o funcionário público<br />
não é tratado como os outros<br />
brasileiros<br />
Por que os direitos e obrigações não<br />
são os mesmos<br />
Em qualquer emprego, quem determina<br />
o salário a ser oferecido ao<br />
empregado é quem o paga ou é quem<br />
o recebe Resposta: é quem o paga.<br />
Por que, então, no emprego público<br />
não é assim, e lá quem determina o<br />
ordenado é quem o recebe<br />
Quem deve estabelecer salário no<br />
funcionalismo público deve ser o<br />
contribuinte!<br />
Emprego público sem privilégios<br />
deve ser regido pela CLT.<br />
Funcionário público que não produz:<br />
fora!<br />
Corrupto: fora! E cadeia!<br />
Quem “cria” burocracia no lugar<br />
da meritocracia: fora!<br />
Quem cria muitas despesas inúteis:<br />
fora!<br />
Devemos ser exatamente iguais,<br />
como cidadãos comuns, que, aliás, só<br />
são valorizados na hora das eleições.<br />
O serviço público deve ser auditado<br />
em sua eficiência, custos e ética.<br />
Mas auditado por quem<br />
Pela união das entidades contribuintes,<br />
por meio de uma auditoria<br />
contratada e custeada pelas associações<br />
comerciais, industriais e profissionais<br />
contribuintes brasileiras, por<br />
entidades e pessoas sem ligações com<br />
nenhum dos três poderes e todas as<br />
suas administrações.<br />
Deixemos para os parlamentares a<br />
tarefa de legislar sobre as normas dis-<br />
16 - simec em revista
ciplinares da sociedade, em seus deveres e direitos, fiscalizar<br />
os atos do Executivo, mas, sobre o uso correto de<br />
nossos impostos, nada mais justo do que dar competência<br />
a quem os paga.<br />
Feito isso, os impostos podem ser reduzidos pela metade.<br />
Agora, se metade de tudo o que se arrecada ficasse na<br />
sociedade, cerca de 800 bilhões de reais, dá para imaginar<br />
o crescimento anual da nossa economia Esse, sim, seria<br />
o verdadeiro combate à pobreza e haveria muita falta de<br />
mão de obra. Eu disse “combate à pobreza” porque vagabundos<br />
sempre haverá muitos e estes não poderão ser<br />
subvencionados pelo Estado.<br />
Então, não é a sociedade que precisa de reformas, mas o<br />
governo e a administração pública.<br />
Os governantes precisam entender, de uma vez por todas,<br />
que o crescimento da economia de um país somente<br />
acontece se há crescimento no setor produtivo, nas empresas<br />
e nas pessoas, e esse crescimento só se faz com o<br />
lucro. Mas, se o governo subtrai para si todo o lucro da<br />
sociedade, o crescimento é zero, quando não negativo,<br />
com o fechamento de muitas empresas.<br />
No estado atual, o país não cresce porque o crescimento<br />
da máquina pública não o deixa crescer.<br />
Esperar que o PT reverta essa situação falimentar em<br />
crescimento será inútil. O PT, por seu projeto de poder<br />
(ideologia é pura farsa), só sabe gastar e distribuir o que<br />
subtrai dos outros. Devemos ser nós, contribuintes, a tomar<br />
uma atitude. O Brasil não pode mais esperar. Inútil<br />
sermos unidos no consenso; devemos estar unidos nas<br />
atitudes!<br />
Por que querer copiar sempre os que fracassaram e não<br />
sermos nós o exemplo de uma sociedade moderna, próspera<br />
e justa Ou estamos com medo de sermos justos e<br />
honestos<br />
* Giuseppe Tropi Somma é empresário, membro da<br />
Abramaco e presidente do Grupo Cavemac. Contato:<br />
giuseppe@cavemac.com.br
HISTORIAS DO SETOR<br />
Foto: arquivo CEMAG<br />
CEMAG<br />
por Carlos Prado<br />
Diretor Presidente da CEMAG<br />
História da CEMAG começou<br />
A há 41 anos. Nós tínhamos<br />
uma importadora de máquinas<br />
agrícolas em Presidente Pudente,<br />
São Paulo, e trabalhávamos<br />
com máquinas para a colheita do<br />
amendoim, mas sempre pesquisando<br />
o mercado, em busca de<br />
novas oportunidades. Em determinado<br />
momento, percebemos<br />
que o Ceará tinha um plano muito<br />
grande de plantio de caju. Era o<br />
governo do César Cals. Os agricultores<br />
locais, querendo viabilizar o<br />
cajú enquanto ele se desenvolvia,<br />
resolveram testar a produção conjunta<br />
de amendoim. As primeiras<br />
experiências deram certo, grandes<br />
empresas com recursos da SU-<br />
DENE plantaram, na época, seis<br />
mil hectares. Porém, aconteceu<br />
um problema exatamente quando<br />
estavam iniciando a colheita: as<br />
máquinas disponíveis não funcionavam,<br />
e isto poderia levar à perda<br />
de toda produção. Eu tinha a máquina<br />
certa. Foi quando falei com<br />
o secretário da Agricultura, o José<br />
Valdir Pessoa, expus o problema<br />
e, diante da exiguidade de tempo,<br />
resolvi vir imediatamente para cá.<br />
Cheguei no dia 1 o de julho de 1973.<br />
Mas, como os empresários já haviam<br />
investido alto, não quiseram<br />
arriscar comprando outras máquinas.<br />
Me ofereci para trazer uma<br />
máquina, e alugar, na expectativa<br />
de que, se tivesse sucesso, pudesse<br />
trazer outras. Veio a primeira e<br />
funcionou bem, depois trouxe mais<br />
15 máquinas e assim resolvemos<br />
o problema da colheita do amendoim<br />
cearense. A partir de então,<br />
fizemos um projeto para construir<br />
uma fábrica em São Paulo. Quando<br />
o governador do Ceará soube, me<br />
chamou para negociar; ao invés de<br />
investir lá, eu poderia implantar a<br />
nova fábrica em Fortaleza. Fiz uma<br />
lista do que precisaria e em uma<br />
semana estava tudo resolvido. No<br />
dia 13 de agosto a CEMAG estava<br />
constituída e começamos a trabalhar.<br />
Em janeiro, nós já tínhamos<br />
máquinas fabricadas aqui no Ceará<br />
colhendo amendoim em São Paulo.<br />
E foi assim que começou a CEMAG.<br />
Alguns anos depois já estávamos<br />
exportando máquinas para o Senegal,<br />
na África, que à época era um<br />
grande produtor de amendoim. De<br />
1973 a 1986, a CEMAG teve acensão<br />
contínua, passou a fazer carretas<br />
agrícolas, compramos toda a<br />
linha de produção de uma fábrica<br />
inglesa em São Paulo, e trouxemos<br />
para o Ceará. Em 1986, veio o Plano<br />
Cruzado. A CEMAG tinha cerca<br />
de 600 funcionários fixos, faturava<br />
em torno de 2 milhões de dólares<br />
por mês, era uma empresa importante<br />
e vendia para todo o Brasil.<br />
Com o congelamento de preços dos<br />
produtos agropecuários, o faturamento<br />
caiu de um dia para o outro,<br />
de 2 milhões de dólares para 100<br />
mil, foi um desastre total. Perplexo,<br />
eu não conseguia entender<br />
como um governo não enxergasse<br />
o fato de que o Brasil era um país<br />
de atividade primária acima de<br />
tudo. Mas ainda tinha a esperança<br />
de que alguém pudesse reverter<br />
esses processo. A empresa continuou<br />
funcionando até 1989, quando<br />
veio a concordata. Quando nós<br />
“quebramos” tínhamos um pátio<br />
cheio de máquinas já pagas pelo<br />
cliente. Apesar de termos ficado totalmente<br />
sem crédito, os próprios<br />
clientes nos ajudaram; quando<br />
faziam um pedido já adiantavam<br />
uma parcela para comprarmos a<br />
18
matéria-prima. Assim, fomos nos mantendo. Isso nos<br />
serviu de ensinamento, sentimos na pele como funcionavam<br />
mal as instituições que deveriam ser voltadas<br />
para o desenvolvimento do Ceará. Foi então que<br />
começamos um projeto de 10 mil hectares para a pecuária,<br />
fizemos alguns experimentos mas não vingou.<br />
Anos depois, na tentativa de viabilizar esse projeto,<br />
encontramos o caju como alternativa, mas nunca perdemos<br />
dinheiro tão rápido como nessa experiência.<br />
Mas continuamos investindo. Instalamos uma câmara<br />
fria na fazenda assim que iniciou a produção em<br />
1994; fizemos a primeira colheita, desenvolvemos a<br />
embalagem. A dificuldade foi conseguir um caminhão<br />
frigorífico que entrasse na fazenda para levar o cajú.<br />
Conseguimos mandar o primeiro cajú para São Paulo,<br />
foi um sucesso. Aí o negócio engrenou e nós passamos<br />
a ter uma atividade lucrativa. Com isso, a gente<br />
foi conseguindo combustível para ir mantendo a CE-<br />
MAG e a ITAUEIRA, que havia nascido no Piauí, em<br />
1982. Mas a EMBRAPA começou a divulgar os números<br />
positivos, bons resultados, e todo mundo começou<br />
a plantar caju. Aí nós vimos que havia uma ameaça.<br />
Foi ai que um dos nossos melhores clientes sugeriu<br />
que fizéssemos com o melão amarelo o mesmo trabalho<br />
que a gente havia feito com o cajú. Começamos a<br />
trabalhar o melão amarelo com dois parceiros aqui de<br />
Russas, em 1999. A produção era significativa, mas<br />
como negócio não saía do lugar. Enquanto isto o cajú<br />
ia mantendo a CEMAG e financiando a atividade do<br />
melão. Durante quatro anos o melão deu prejuízo, até<br />
que chegamos à um equilíbrio e a ITAUEIRA passou a<br />
ser nosso horizonte mais promissor. Voltando à CE-<br />
MAG, no dia 31 de outubro de 2012, eu me reuni com<br />
a equipe para tentar reerguer a empresa e passei a<br />
visita-la uma vez por semana. Eram 300 empregados,<br />
reduzimos para 180. Nossa linha de produção fabricava<br />
uma série de equipamentos agrícolas; enxugamos<br />
e ficamos só com carretas agrícolas, nos especializamos.<br />
Nos dois anos seguintes mantivemos o mesmo<br />
faturamento, mas ainda com prejuízo porque as dívidas<br />
ainda atrapalhavam. Hoje estamos acabando<br />
de reequipar a CEMAG, substituindo equipamentos,<br />
máquinas automatizadas, instalando robô de solda,<br />
enfim, construindo uma nova empresa. Hoje a CE-<br />
MAG está, pela primeira vez, desenvolvendo novos<br />
produtos. Reformulamos toda a linha de produção,<br />
estamos preparando a primeira carreta agrícola de<br />
distribuição de calcário de fertilizante com recursos<br />
eletrônicos. Os protótipos já estão prontos, em janeiro<br />
começamos a comercialização.<br />
Fico feliz ao ver que, se alguém da equipe antiga tivesse<br />
saído na decadência, sairia como derrotado; mas<br />
se optar por sair a partir do ano que vem, sairá como<br />
vitoriosos. É com essa mesma equipe que estamos conseguindo<br />
tornar a empresa lucrativa, com níveis de<br />
produtividade acima da média. Sempre mantivemos<br />
uma relação de transparência com todos os nossos colaboradores<br />
e parceiros. Somo motivados pela fé. Foi<br />
uma experiência dura mas enriquecedora. Em 2015,<br />
quando estaremos experimentando uma nova fase,<br />
agora com lucratividade e produtividade elevada, seremos<br />
a prova viva de que tudo é possível neste país.<br />
Neste processo o SIMEC foi fundamental. Nos permitiu<br />
ter uma vida associativa. A gente nunca pôde<br />
contribuir muito como empresa, mas demos uma<br />
contribuição pessoal, que, acreditamos, tenha servido<br />
de exemplo por todas as experiências que vivemos.<br />
Muitas vezes essas situações foram discutidas<br />
na própria federação, e nesse aspecto o SIMEC teve<br />
importância especial ao nos mostrar que não estamos<br />
sozinhos, que tínhamos outros colegas às vezes<br />
vivendo a mesma situação.<br />
19 - simec em revista
HISTORIAS DO SETOR<br />
Foto: arquivo Hispano<br />
HISPANO<br />
por Jesus Hernandes Neto<br />
Presidente da Hispano<br />
Metalúrgica Hispano e Ebesa,<br />
foi fundada em 1953, A<br />
pelo meu pai, Jesus José Maria<br />
Hernandes Lopes Argueta, um<br />
espanhol que chegou por acaso<br />
no Ceará, em 1950. Sim, foi por<br />
acaso que chegamos aqui. É que<br />
na verdade o objetivo não era vir<br />
para o Ceará, mas sim para a Venezuela.<br />
Acontece que, de 1934<br />
a 1939, houve uma revolução interna<br />
muito forte na Espanha, e<br />
logo depois começou a II Guerra<br />
Mundial, isso arrasou a Espanha e<br />
boa parte da Europa, tudo era regrado,<br />
racionalizado. Decidiram,<br />
então, meu pai e mais cinquenta<br />
e cinco espanhóis, construir um<br />
barco para viajar até a Venezuela<br />
em busca de melhor condição<br />
de vida. Foram 56 dias navegando<br />
até que faltou mantimento e<br />
paramos em Camocim. Portanto,<br />
foi uma casualidade ficarmos por<br />
aqui, ainda bem! Chegando em<br />
Fortaleza, meu pai deu início ao<br />
projeto de investir em um negócio<br />
próprio, no ramo de metalurgia,<br />
assim, meu pai fundou a empresa<br />
e iniciamos com a fabricação de<br />
grades e portões em uma pequena<br />
metalúrgica, em 1980. A empresa<br />
cresceu, foi necessário mudar<br />
para um espaço maior, com isso<br />
implementamos a fabricação em<br />
estrutura metálica de pequeno e<br />
médio porte, a partir daí começamos<br />
a trabalhar em grandes obras.<br />
Chegamos na terceira geração,<br />
“Hoje a nossa empresa<br />
é conhecida em âmbito<br />
nacional, temos um<br />
bom mercado, e cada<br />
dia nos equipamos mais,<br />
nos modernizamos com<br />
novas tecnologias e processos.<br />
A nossa meta<br />
até ao final de 2015 é<br />
dobrar a fábrica.”<br />
sempre atuando com profissionalismo<br />
e ética. Este ano, 2014,<br />
completamos 61 anos de atuação<br />
no mercado, e nos dedicando à<br />
fabricação e comercialização de<br />
estruturas galvanizadas, galpões<br />
com largura de 20m, 25m e 30m,<br />
para entrega imediata, telhas<br />
“zipadas”, além de serviços em<br />
soluções de estruturas metálicas<br />
principais e secundárias, estru-<br />
turas pesadas, galpão industrial,<br />
galpão comercial, prédio industrial,<br />
prédio comercial, edifício de<br />
multipavimentos, pontes, mezaninos,<br />
pipe racks, equipamentos<br />
industriais, estruturas metálicas<br />
de médio e grande porte, entre<br />
outros. Durante este longo período<br />
de intensas atividades, nós<br />
implantamos e desenvolvemos<br />
um alto padrão tecnológico, projetando-se<br />
entre os tradicionais<br />
fornecedores de grandes empresas<br />
públicas e privadas.<br />
Hoje, instalada em uma área de<br />
12.000m², no município de Pacajús,<br />
nossa fábrica é totalmente<br />
automatizada. A empresa conta<br />
atualmente com um efetivo de<br />
300 colaboradores nas áreas administrativa,<br />
de engenharia, projetos,<br />
comercial, produção e logística,<br />
realizando diversas obras no<br />
Brasil e em outros países como:<br />
Cabo Verde e Angola. Atuamos em<br />
obras de grande porte como o Aeroporto<br />
de Confins, em Minas Gerais,<br />
onde fizemos 100% da obra;<br />
além de obras no Amazonas, Pará,<br />
Maranhão, Bahia, Pernambuco e<br />
São Paulo. Passamos cinco anos<br />
20
trabalhando em Angola, com a Queiroz Galvão, na<br />
construção de pontes, atualmente trabalhamos muito<br />
nessa linha, mas pretendemos atuar fortemente<br />
na linha de prédios de multipavimentos em estrutura<br />
metálica, pela rapidez da obra, otimização nos<br />
processos e menor custo.<br />
Na busca incessante em atender as necessidades<br />
dos nossos clientes, investimos na qualificação dos<br />
funcionários, oferecendo treinamento e cursos com<br />
o objetivo de aprimorar a qualidade dos produtos,<br />
economia, rentabilidade e rapidez. Nós fazemos a<br />
nossa mão de obra porque uma das principais dificuldades<br />
é encontrar pessoas capacitadas, por isso<br />
investimos na qualificação dos nossos funcionários,<br />
até porque é inviável economicamente trazer profissionais<br />
de outros estados. Também temos a preocupação<br />
de compartilhar com os colaboradores um<br />
percentual do lucro da empresa, nós entendemos<br />
que tudo acontece em função deles, sem eles não<br />
fazemos nada.<br />
Hoje a nossa empresa é conhecida em âmbito nacional,<br />
temos um bom mercado, e cada dia nos equipamos<br />
mais, nos modernizamos com novas tecnologias<br />
e processos. A nossa meta até ao final de 2015<br />
é dobrar a fábrica, sempre com a missão de estabelecer<br />
qualidade para a execução de nossas obras,<br />
objetivando o controle do processo em todas as suas<br />
etapas do serviço, conforme necessidade do cliente.<br />
Para tanto, mantemos um rigoroso padrão de qualidade<br />
para ter um produto que atenda os anseios dos<br />
nossos clientes; projetamos a solução mais adequada<br />
para cada obra, utilizando programas de cálculo de<br />
última geração, garantindo eficiência e segurança;<br />
contamos com um setor de planejamento utilizando<br />
o MS-PROJECT com ênfase na metodologia PMI<br />
para o devido acompanhamento de cada etapa da<br />
obra. Utilizamos exclusivamente materiais qualificados,<br />
otimizando os custos e melhorando a qualidade,<br />
como exemplo, o uso de aços patináveis com alta<br />
resistência mecânica e altíssima resistência à corrosão<br />
atmosférica, conferem à estrutura segurança,<br />
durabilidade e baixa manutenção; executamos o<br />
transporte e montagem das estruturas com equipe<br />
própria e especializada, utilizando equipamentos<br />
apropriados, especialmente guindastes, sempre com<br />
rigoroso controle de qualidade de engenharia, com<br />
ênfase para a segurança do trabalho utilizando fardamento<br />
apropriado assim como o equipamento de<br />
proteção individual e coletivo.<br />
Temos enorme prazer em atender empresas<br />
como: Grendene, Queiroz Galvão, Mota Machado,<br />
Odebrecht, Wobben, Construtora OAS, Marquise,<br />
Marisol, Construtora Agaspar, SEBRAE, Vale, Newland,<br />
Hangar, Traxx, UFAM, Petrobras, Colégio<br />
Christus, Governo do Estado do Ceará, UFC, Zenir<br />
Móveis e Eletro, Votorantim, Hospital Albert Sabin,<br />
Baterias Moura, MultDia, Honda, Cameron<br />
Construtora e Comercial Carvalho.<br />
E todo esse trabalho conta com um grande<br />
apoio do nosso Sindicato, o SIMEC, que sob o<br />
comando do presidente Ricard Pereira, tem se<br />
revelado importante parceiro. Porém, achamos<br />
que tudo ainda pode ser melhorado se o empresariado<br />
associado se fizer mais presente, participar<br />
mais do sindicato, e não só procurar quando<br />
precisar de alguma ajuda. Nós da Hispano acreditamos<br />
que devemos nos ajudar mutuamente,<br />
expôr opiniões, compartilhar experiências e trabalhar<br />
em cima das necessidades das empresas<br />
de pequeno, médio e grande porte, porque cada<br />
um tem suas peculiaridades, mas juntos seremos<br />
sempre mais fortes.<br />
21 - simec em revista
Inovação<br />
FIEC institui o<br />
Conselho de Inovação<br />
Um novo Conselho foi formado na Federação das<br />
Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), com o<br />
objetivo de trabalhar a inovação de forma integrada,<br />
sob a direção de José Sampaio Filho (também diretor<br />
de inovação do SIMEC) e André Montenegro (presidente<br />
do SINDUSCON), a entidade funcionará diretamente ligada<br />
à presidência da FIEC e irá tratar de todos as questões<br />
que envolvam temas transversais relacionados à inovação,<br />
especialmente no que tange às ações do Serviço Social da<br />
Indústria (SESI), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial<br />
(SENAI) e Instituto Euvaldo Lodi (IEL), no âmbito do<br />
estado do Ceará. O objetivo maior consiste em trabalhar de<br />
forma alinhada todos os produtos/serviços vendidos por estas<br />
instituições para as empresas integradas ao Sistema FIEC.<br />
Segundo Sampaio Filho, a partir de agora, “tudo o que<br />
for ofertado pelo SESI, SENAI e IEL, e que tenha relação<br />
direta com inovação, será antes analisado pelo Conselho.<br />
Até então, as ações aconteciam de forma aleatória, os projetos<br />
funcionavam separadamente; e isto acabava incorrendo<br />
em superposição de ações, dispersão de energia. As casas visitavam<br />
o empresário para vender o mesmo produto como<br />
se fossem concorrentes entre si. Por isso, um novo Conselho<br />
foi criado, para mudar essa realidade, canalizar esforços,<br />
otimizar as potencialidades, é bem mais interessante<br />
trabalhar numa linha só”.<br />
A partir do momento em que o novo modelo for posto em<br />
prática, antes da venda, o empresário já vai saber se o produto/serviço<br />
é do SESI, do SENAI e/ou do IEL, e nenhum vai<br />
mais sombrear o outro, não haverá mais concorrência interna,<br />
todos trabalharão com um mesmo propósito. A estruturação<br />
do Conselho está sendo construída com muito cuidado, de<br />
forma planejada, para que possa entrar em atividade já no início<br />
de 2015. “Mas já tem havido reuniões com todas as casas,<br />
sempre contando com a presença do presidente, Beto Studart,<br />
22 - simec em revista
tenha uma base sólida, concreta, para en-<br />
envolvendo instituições de ensino como a carar e superar os desafios da competitividade<br />
global com mais firmeza”, garante o<br />
Universidade Federal do Ceará (UFC), a<br />
Universidade de Fortaleza (UNIFOR), a novo Diretor de Inovação da FIEC.<br />
Universidade Estadual do Ceará (UECE) Ainda segundo Sampaio Filho, mesmo<br />
e o Instituto Federal do Ceará (IFCE), sem estar completamente estruturado, o<br />
além da Secretaria de Ciência e Tecnologia, Conselho já está trabalhando, firmando<br />
FUNCAP, e o novo setor de inovação da alguns convênios com instituições que<br />
Prefeitura de Fortaleza e outros órgãos envolvidos<br />
com inovação em nosso estado”, o caso da Fundação Núcleo de Tecnologia<br />
pensam e desenvolvem inovação, como é<br />
complementa Sampaio.<br />
Industrial do Ceará (NUTEC). O primeiro<br />
“Convênio Guarda-chuva”, como está<br />
“Nós estamos unindo todos os atores<br />
sociais envolvidos no processo de inovação<br />
no estado do Ceará, tanto governo todas as ações de inovação que envol-<br />
sendo chamado, foi criado para amparar<br />
como organizações de fomento, instituições<br />
acadêmicas e o setor produtivo em a orientação do presidente da Federação,<br />
vam os sindicatos da FIEC. Tudo segue<br />
suas diferentes instâncias. Queremos criar Beto Studart, que quando de sua posse,<br />
um verdadeiro ecossistema de inovação externou seu compromisso para com o<br />
com espírito cearense. Estamos traba-<br />
crescimento sustentável da indústria cea-<br />
lhando para que no próximo ano a gente<br />
22-0031-14-Anúncio Simec-meia pag-21cmx13,5cm.pdf 1 09/12/14 18:24<br />
rense a partir do fortalecimento dos sindicatos<br />
filiados àquela instituição.<br />
Foto: J. Sobrinho
Parceria<br />
Sebrae: parceiro<br />
do Empreendedorismo<br />
Ao longo do ano que finda<br />
o SEBRAE se revelou um<br />
grande parceiro da economia<br />
cearense, em especial no que tange ao<br />
fomento ao empreendedorismo em todas<br />
as suas instâncias. Ao adotar como<br />
missão a promoção da competitividade<br />
e o desenvolvimento sustentável<br />
dos pequenos negócios e o fomento<br />
ao empreendedorismo como forma<br />
de fortalecer a economia, o SEBRAE<br />
tem focado suas ações na ampliação<br />
da competitividade e no desenvolvimento<br />
sustentável das microempresas<br />
e empresas de pequeno porte. Em depoimento<br />
à “Simec em Revista”, o Diretor<br />
Técnico do SEBRAE/CE, Alci<br />
Porto Gurgel Júnior, faz um breve<br />
balanço da atuação da instituição em<br />
2014 e antecipa projetos para 2015.<br />
AÇÕES MARCANTES DE 2014<br />
Em 2014, o Sebrae/CE atuou fortemente<br />
junto a setores estratégicos da<br />
economia cearense. Ações realizadas<br />
junto ao comércio e turismo receberam<br />
destaque este ano, devido ao período<br />
de preparação para a Copa do<br />
Mundo. Exemplo destas ações foi a<br />
execução do programa Sebrae 2014,<br />
com foco na Copa do Mundo. O<br />
objetivo do programa foi realizar um<br />
conjunto de ações de qualificação do<br />
comércio local, integrando turismo<br />
e comércio varejista e estimulando o<br />
turismo de compras, especialmente<br />
nos principais corredores comerciais<br />
de destino dos turistas. Aos empreendimentos<br />
que se destacaram, o Sebrae<br />
certificou com o Selo de Qualidade,<br />
uma forma de reconhecer os estabelecimentos<br />
que oferecem serviço de<br />
excelência e um produto de boa qualidade<br />
aos consumidores.<br />
O foco não se deu apenas na qualificação<br />
dos serviços prestados pelos<br />
empreendimentos; toda a cadeia de<br />
valor foi pensada. Meios de hospedagem,<br />
receptivos locais, prestadores de<br />
serviços de transporte e de alimentação<br />
fora do lar e entretenimento estiveram<br />
no foco das ações em 2014. O<br />
envolvimento do Sebrae na discussão<br />
estratégica do trade turístico foi o que<br />
fortaleceu a atuação da instituição no<br />
segmento, estimulando o empreendedorismo<br />
e promovendo a competitividade<br />
dos micro e pequenos negócios<br />
ligados à atividade turística, ao comércio<br />
varejista e à economia criativa.<br />
A indústria também mereceu destaque<br />
no ano de 2014, através da criação<br />
do projeto de desenvolvimento<br />
econômico territorial voltado aos municípios<br />
de abrangência do Complexo<br />
Industrial e Portuário do Pecém e de<br />
ações de capacitação e consultoria voltadas<br />
aos segmentos de panificação,<br />
indústria gráfica, indústria química,<br />
indústria da moda e petróleo e gás.<br />
Ainda em consonância com a sua<br />
missão institucional, outra ação importante<br />
realizada foi o apoio do Sebrae ao<br />
projeto-piloto elaborado pelo SIMEC,<br />
durante a Feira do Empreendedor<br />
2014 ocorrida em agosto deste ano. O<br />
projeto consiste em melhorar gestão<br />
e desempenho de pequenos negócios<br />
para atuação em cadeias produtivas do<br />
setor eletrometalmecânico. Em relação<br />
ao projeto, o primeiro passo do Sebrae<br />
será o de identificar os problemas que<br />
os pequenos negócios enfrentam como<br />
fornecedores desse setor para depois firmar<br />
uma parceria formal com o comprometimento<br />
das grandes e pequenas<br />
indústrias eletrometalmecânicas.<br />
24 - simec em revista
Fotos: divulgação<br />
Alci Porto Gurgel<br />
Diretor Técnico<br />
do SEBRAE-CE<br />
PROJETOS VOLTADOS<br />
PARA A INDÚSTRIA<br />
Em 2014, foi dado enfoque a segmentos<br />
como os de panificação, indústria<br />
gráfica, indústria química,<br />
indústria da moda e petróleo e gás.<br />
Através de projetos como Integração<br />
de Grandes Fornecedores e Pequenas<br />
Empresas no Setor de Panificação e<br />
Confeitarias de RMF, Fortalecimento<br />
do APL de Petróleo, Gás e Energia da<br />
RMF e Desenvolvimento de Serralheiros<br />
- GERDAU/CE, bem como ações<br />
voltadas ao Complexo Industrial e<br />
Portuário do Pecém e à Indústria da<br />
Moda, o Sebrae vem promovendo a<br />
inserção competitiva dos pequenos<br />
negócios no Ceará.<br />
EXPECTATIVAS PARA 2015<br />
A expectativa é que 2015 seja um<br />
ano de ajustes para o País. Não são<br />
esperadas grandes surpresas na condução<br />
da política econômica no curto<br />
prazo. Apesar de não haver cenário de<br />
crise, os diversos desequilíbrios macroeconômicos<br />
hoje apresentam muitos<br />
desafios para o próximo ano.<br />
O grande desafio será o de encontrar<br />
meios para a retomada do crescimento.<br />
De modo geral, o excesso de<br />
burocracia e leis fiscais e trabalhistas<br />
que não estimulam a competitividade<br />
da economia são os principais obstáculos<br />
a um crescimento maior. Reestabelecer<br />
o equilíbrio macroeconômico<br />
é fundamental para a recuperação da<br />
confiança e dos investimentos.<br />
Ao abrir o seu negócio, o empresário<br />
precisa encontrar um ambiente mais<br />
favorável para desenvolver a sua atividade.<br />
Além de cumprir os procedimentos<br />
burocráticos, o empreendedor<br />
precisa buscar capital para o seu negócio.<br />
O país precisa dar mais oportunidade<br />
e incentivo ao empreendedor,<br />
avançando na desburocratização de<br />
crédito e na concessão de empréstimos<br />
a juros baixos.<br />
No sentido de contribuir para este<br />
ambiente mais favorável, o Sebrae<br />
tem atuado fortemente na implementação<br />
e regulamentação da Lei<br />
Geral. No Ceará, pretende-se chegar<br />
aos 119 municípios com a Lei Geral<br />
Implementadas em 2015. Em 2014,<br />
já são 89 municípios. Através de<br />
ações de capacitação e da busca de<br />
inovação, o Sebrae pretende ajudar<br />
os empreendedores a se tornarem<br />
mais competitivos e a melhorarem<br />
seus resultados em 2015.<br />
PLANOS PARA A<br />
INDÚSTRIA EM 2015<br />
O cenário para a indústria cearense<br />
apresenta-se mais otimista. Após o<br />
período da Copa do Mundo, o setor<br />
industrial cearense apresentou alta de<br />
23,5% em relação ao faturamento real<br />
no mês de julho, em comparação ao<br />
mês anterior. Conforme pesquisa dos<br />
Indicadores Industriais, divulgado<br />
pelo Instituto de Desenvolvimento<br />
Industrial do ceará (INDI), este resultado<br />
foi superior à média do Brasil<br />
(5,6%).<br />
Diante do cenário para 2015, o<br />
Sebrae pretende contribuir em setores<br />
estratégicos para a economia<br />
cearense, atuando junto ao comércio,<br />
serviços, indústria e agronegócios.<br />
Em apoio à indústria<br />
metal mecânica, especialmente, as<br />
principais linhas de atuação envolvem<br />
tecnologia, acesso a serviços<br />
financeiros e acesso a mercados. A<br />
atuação do Sebrae contém sempre a<br />
preocupação com o desenvolvimento<br />
da governança nos vários arranjos<br />
produtivos locais (APLs). Para o<br />
sucesso dos projetos, é importante<br />
promover a cultura da cooperação<br />
entre as empresas.<br />
simec em revista - 25
Foto: assessoria <strong>Camilo</strong> <strong>Santana</strong><br />
Capa<br />
<strong>Camilo</strong> <strong>Santana</strong><br />
GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ<br />
26 - simec em revista
POR UM<br />
GOVERNO<br />
DO DIÁLOGO<br />
O<br />
Ceará tem um novo Governador.<br />
Engenheiro agrônomo e mestre<br />
em Desenvolvimento e Meio Ambiente,<br />
<strong>Camilo</strong> Sobreira de <strong>Santana</strong>, antes<br />
de ocupar o cargo máximo da gestão pública<br />
do Estado, foi Secretário do Desenvolvimento<br />
Agrário e Secretário das Cidades durante<br />
as gestões de Cid Ferreira Gomes. Em<br />
2010 foi o deputado estadual mais votado<br />
do Ceará, recebendo 131.171 votos. A partir<br />
de 1 o de janeiro de 2015, será o 60 o cidadão<br />
a ocupar, na era republicana, o cargo de<br />
Governador de todos os cearenses. Natural<br />
de Crato (CE), chega ao poder ungido pelo<br />
voto de 2.417.668 eleitores que lhe deram a<br />
maioria necessária (53,3%) para vencer seu<br />
oponente no segundo turno das eleições.<br />
Quando de sua visita à Casa da Indústria,<br />
onde recebeu das mãos do Presidente da<br />
FIEC, Beto Studart, a “Agenda da Indústria”,<br />
documento que contempla um conjunto de<br />
proposições que visam contribuir para a superação<br />
de obstáculos ao desenvolvimento<br />
econômico do Ceará, o então eleito Governador<br />
afirmou: “A gente quer fortalecer o<br />
diálogo com os diferentes setores produtivos.<br />
E minha vinda à FIEC é uma demonstração<br />
de que eu quero uma aproximação com aqueles<br />
que movem a economia. Quero ouvir as<br />
sugestões, dialogar e construir mecanismos<br />
para que, ao longo desses quatro anos de governo,<br />
a gente possa estreitar as relações”.<br />
simec em revista - 27
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil<br />
Para entender o que pensa este jovem<br />
político de apenas 46 anos, a<br />
“Simec em Revista” ouviu o novo<br />
Governador em entrevista concedida<br />
durante seu expediente de trabalho<br />
no Gabinete de Transição.<br />
Governador <strong>Camilo</strong> <strong>Santana</strong>, durante<br />
o processo eleitoral que culminou<br />
com sua vitória, uma frase foi recorrente:<br />
“vou manter aquilo que está<br />
bom e mudar o que precisa ser mudado”.<br />
O que está bom no Ceará e o que<br />
precisa ser mudado para que o Estado<br />
atenda aos anseios da população<br />
Dois setores são emblemáticos do que<br />
está muito bom no Ceará. Saúde e Educação.<br />
Na saúde, saímos de um modelo<br />
em que o atendimento era restrito a<br />
uma ambulância que trazia pacientes<br />
para Fortaleza. O Governador Cid Gomes<br />
construiu dois hospitais regionais (o<br />
Regional Norte e o Hospital Regional<br />
do Cariri), está finalizando o Hospital<br />
Regional do Sertão Central, em Quixeramobim,<br />
ampliou, em parceria com<br />
os governos Federal e Municipal, a rede<br />
de UPAs e Policlínicas. Eu vou ampliar<br />
esta rede com mais dois hospitais (o do<br />
Vale do Jaguaribe e o da Região Metropolitana<br />
de Fortaleza). Na Educação,<br />
o Ceará virou referência nacional com<br />
o Programa de Alfabetização na Idade<br />
Certa (o PAIC) que serviu de exemplo<br />
para o Plano Nacional de Educação na<br />
Idade Certa (PNAIC). Hoje, o Ceará<br />
detém índices de crescimento nos indicadores<br />
de educação, como o IDEB. O que<br />
precisa avançar, acho que a sociedade<br />
clama por isso, é a melhoria dos índices<br />
de Segurança Pública. Neste aspecto,<br />
nós vamos implantar uma ação integrada<br />
com o Abraça Ceará, programa cuja<br />
meta é ocupar os espaços na comunidade<br />
com infraestrutura social e, com isso,<br />
deter o avanço da criminalidade. Isto<br />
vai se somar à ampliação no número de<br />
delegacias 24 horas e à promoção da melhoria<br />
dos salários dos policiais.<br />
Quais serão as prioridades e as primeiras<br />
ações do governo do Ceará a<br />
partir do dia 1º de Janeiro de 2015<br />
Primeiro, vamos fazer a renovação da<br />
equipe de governo e depois anunciar as<br />
medidas importantes justamente para<br />
fazer os ajustes, não só no ponto de vista<br />
financeiro, mas também em relação aos<br />
resultados da gestão anterior. E também<br />
vamos apresentar um planejamento à<br />
população. Eu quero apresentar as ações<br />
planejadas para cada ano de governo.<br />
Também vamos colocar no site oficial do<br />
governo todos os compromissos e propostas<br />
que assumimos durante a campanha.<br />
Esta será uma ferramenta para que a<br />
população possa acompanhar e fiscalizar<br />
as ações do governo. Assim, a sociedade<br />
cearense poderá acompanhar, fiscalizar<br />
e também cobrar. Vamos criar novos<br />
mecanismos de participação e de diálogo<br />
com a sociedade, pois temos o desafio<br />
de aprofundar o processo democrático do<br />
governo e também dar respostas à sociedade.<br />
Essa é uma das grandes cobranças<br />
da população.<br />
28 - simec em revista
“Sou um homem público aberto ao diálogo. Esta é<br />
uma característica forte da minha atuação política. O<br />
meu plano de governo, para os próximos quatro anos,<br />
começou a ser construído ainda durante a campanha,<br />
quando passamos a ouvir a sociedade.”<br />
Sua eleição se deu sob a chancela de<br />
uma larga aliança político-partidária.<br />
Até que ponto acomodar tão diversa<br />
matriz de interesses pode contribuir<br />
para a eficiência da máquina<br />
administrativa pública<br />
A aliança formada é em torno de um<br />
projeto. Todos estão empenhados em fazer<br />
o Ceará seguir avançando.<br />
A construção do seu Plano de Governo<br />
tem se dado de forma bastante<br />
participativa. Como integrar o mosaico<br />
dos “sete Cearás” propostos de<br />
uma forma economicamente viável,<br />
socialmente justa e ecologicamente<br />
sustentável<br />
Sou um homem público aberto ao diálogo.<br />
Esta é uma característica forte da<br />
minha atuação política. O meu plano de<br />
governo, para os próximos quatro anos,<br />
começou a ser construído ainda durante<br />
a campanha, quando passamos a ouvir a<br />
sociedade. Visitamos 161 dos 184 municípios<br />
do Ceará, recebemos as demandas,<br />
sugestões e até as queixas dos cearenses.<br />
A equipe do Plano de Governo também<br />
viajou pelo Ceará para coletar os anseios<br />
e as necessidades da população. Sistematizamos<br />
estas propostas em 7 pontos (os<br />
7 Cearás - do Conhecimento, Democrático,<br />
Pacífico, Saudável, Acolhedor, de<br />
Oportunidades, e Sustentável) e as consolidamos<br />
em um seminário de três dias,<br />
realizado no começo de dezembro, no<br />
Centro de Eventos do Ceará. Integramos<br />
todas estas propostas e vamos acrescentar<br />
a elas os nossos compromissos assumidos.<br />
A participação e a integração são os caminhos<br />
que se deve seguir numa proposta<br />
de gestão democrática.<br />
A concretização do “Ceará de Oportunidades”<br />
em suas múltiplas vertentes,<br />
haverá de exigir um denso<br />
volume de recursos. Como atrair e<br />
manter os investimentos necessários<br />
Acredito que o principal fator de atração<br />
de investimentos é um estado dotado de<br />
infraestrutura para receber novos empreendimentos.<br />
O Ceará, nos últimos oito<br />
anos, vem se preparando neste aspecto.<br />
No meu governo, seguiremos avançando<br />
nesta preparação tanto em infraestrutura,<br />
como em governança. Um aspecto<br />
que deve ser considerado também é o<br />
dinamismo da nossa economia. O PIB<br />
do Ceará cresceu 5,6% no último trimestre.<br />
O nosso Estado cresce mais que a<br />
média nacional há cinco anos. Isto, com<br />
certeza, é uma vantagem competitiva do<br />
Ceará. Ademais, a proposta de uma Gestão<br />
Democrática por Resultados suscita<br />
a construção de alianças institucionais<br />
comprometidas com o crescimento econômico<br />
e social do estado como um todo.<br />
Como o senhor pretende construir<br />
estas alianças e que atores deverão<br />
ser envolvidos<br />
Como disse anteriormente, pretendo<br />
manter o diálogo com os mais diversos<br />
setores da sociedade para construir um<br />
governo voltado para melhorar a vida<br />
de todos os cearenses. Particularmente no<br />
que tange ao setor produtivo, a minha<br />
ida à FIEC para receber a “Agenda da<br />
Indústria” é uma demonstração de que<br />
eu quero uma aproximação direta com<br />
o setor, quero fortalecer o diálogo, ouvir<br />
sugestões e construir mecanismos para que<br />
tenhamos uma gestão que inclua a todos.<br />
Que Ceará haverá de emergir ao final<br />
da gestão de <strong>Camilo</strong> <strong>Santana</strong><br />
O Ceará que eu quero construir é baseado<br />
em desenvolvimento social e econômico.<br />
Quero elevar ainda mais a qualidade<br />
de vida dos cearenses e, para isso, vou<br />
trabalhar do primeiro ao último dia do<br />
meu governo.<br />
simec em revista - 29
O que faz de <strong>Camilo</strong> <strong>Santana</strong> o Governador que o Ceará<br />
e os cearenses precisam<br />
Tive a honra de receber o voto de 2.417.668 de homens<br />
e mulheres de todo o Estado, que depositaram em mim a<br />
sua confiança. Mas, a partir do dia 1º de janeiro, serei o<br />
governador de todos os cearenses. Vou dedicar toda a minha<br />
energia e toda a minha juventude para fazer este estado<br />
continuar avançando.<br />
Agenda da Indústria<br />
Fotos: J. Sobrinho<br />
“Este documento, denominado “Agenda da Indústria<br />
do Ceará”, foi elaborado como contribuição da Federação<br />
das Indústrias do Estado do Ceará - FIEC ao recém<br />
eleito Chefe do Poder Executivo deste Estado – Dr.<br />
<strong>Camilo</strong> <strong>Santana</strong> –, contendo Proposições que, uma vez<br />
acatadas, por certo contribuirão para a superação de<br />
obstáculos ao desenvolvimento econômico desta unidade<br />
da Federação.<br />
Embora fosse lícito considerar só os temas diretamente<br />
pertinentes ao setor secundário da economia,<br />
parte-se do pressuposto de que uma visão social, que é<br />
a professada pelo setor industrial do Estado do Ceará,<br />
impõe a adoção de uma postura mais que corporativa,<br />
porque apontada para os principais problemas da sociedade,<br />
versus um conjunto parcial de interesses. O segmento<br />
da indústria cearense tem a consciência de que,<br />
sobre os ativos que formam suas unidades fabris, pesam<br />
responsabilidades sociais.<br />
A elaboração da Agenda animou-se da expectativa de<br />
que o poder público estadual, ao longo do quadriênio<br />
2015/2018, nela se inspire para convocar as organizações<br />
representativas da sociedade civil – dentre estas o<br />
Sistema FIEC – a participarem de fecundo e permanente<br />
diálogo em favor do desenvolvimento do Estado e do<br />
bem estar do seu povo. Na verdade, responsabilidades<br />
e ações dos protagonistas envolvidos são convergentes<br />
e se completam, na busca de um objetivo comum: o<br />
engrandecimento do Ceará.”<br />
Beto Studart | Presidente da FIEC<br />
30 - simec em revista
Matéria<br />
ZPE Ceará:<br />
uma realidade<br />
Fotos: arquivo ZPE<br />
As ZPE caracterizam-se como<br />
áreas de livre comércio com<br />
o exterior, destinadas à instalação<br />
de empresas voltadas para a produção<br />
de bens a serem comercializados<br />
no exterior. Segundo a ABRAZPE –<br />
Associação Brasileira de Zonas de Processamento<br />
de Exportação, as ZPE são<br />
distritos industriais incentivados, onde<br />
as empresas neles localizadas operam<br />
com suspensão de impostos, liberdade<br />
cambial (podem manter no exterior,<br />
permanentemente, as divisas obtidas<br />
nas exportações) e procedimentos administrativos<br />
simplificados - com a<br />
condição de destinarem pelo menos<br />
80% de sua produção ao mercado externo.<br />
A parcela de até 20% da produção<br />
vendida no mercado doméstico<br />
paga integralmente os impostos normalmente<br />
cobrados sobre as importações.<br />
ZPE cearense é a primeira a entrar<br />
em operação no país. A Simec em<br />
Revista entrevistou a Diretora-Presidente<br />
da ZPE Ceará, Marly Quixadá.<br />
Criada com o propósito de ser um<br />
instrumento de captação de investimentos<br />
que contribuam para o desenvolvimento<br />
econômico e social do Ceará,<br />
como a ZPE vem atuando para o<br />
cumprimento de sua missão Quais as<br />
ações mais relevantes empreendidas<br />
Quais os resultados já obtidos<br />
A Companhia Administradora da Zona<br />
de Processamento de Exportação do Ceará<br />
– ZPE Ceará, tem por missão, administrar<br />
e desenvolver a Zona de Processamento<br />
de Exportação do Ceará - ZPE,<br />
em perfeita consonância com as melhores<br />
práticas internacionais, a fim de se tornar<br />
um forte instrumento de captação<br />
simec em revista - 31
“A ZPE do Ceará destaca-se no cenário<br />
nacional por ser a primeira e única em<br />
operação dentre as 24 autorizadas a se<br />
instalarem no País, com o objetivo de reduzir<br />
os desequilíbrios regionais. É uma área de<br />
livre comércio com outros países, destinada<br />
à instalação de empresas voltadas para a<br />
produção de bens a serem comercializados<br />
no exterior.”<br />
de investimentos, empresas com potencial<br />
empregador, que contribuirão para<br />
manter o equilíbrio de uma região fortemente<br />
marcada pelos atrativos turísticos,<br />
mas que ainda enfrenta profundas<br />
carências sociais e entraves econômicos.<br />
Chegou com o objetivo de reduzir os desequilíbrios<br />
regionais, sendo uma área de<br />
livre comércio com o exterior, destinada<br />
à instalação de empresas voltadas para a<br />
produção de bens a serem comercializados<br />
no exterior, sendo considerada uma<br />
zona primária para efeito de controle<br />
aduaneiro. Instalada no Distrito Pecém,<br />
pertencente ao município de São Gonçalo<br />
do Amarante – CE. Destacou-se<br />
no cenário nacional por ser a primeira<br />
e única em operação dentre as 24 autorizadas<br />
a se instalarem no País. A ZPE<br />
do Ceará encontra-se a um ano e oito<br />
meses com seu alfandegamento autorizado<br />
pela Receita Federal do Brasil, compreendendo<br />
uma área de 572 hectares,<br />
de um total de 4.270 hectares destinados<br />
à ZPE. Suas ações iniciaram-se com a<br />
instalação da Companhia Siderúrgica<br />
do Pecém – CSP, com investimentos na<br />
ordem de US$ 8,1 bilhões, sendo US$<br />
5,1 bilhões destinados à implantação de<br />
sua primeira fase, com previsão de gerar<br />
15 mil empregos diretos e 8 mil indiretos<br />
e uma produção anual da primeira<br />
etapa de 3 milhões de toneladas de aço.<br />
A ZPE do Ceará conta ainda com uma<br />
segunda empresa instalada em sua área,<br />
a Vale Pecém, que fará o beneficiamento<br />
do minério, principalmente na fase<br />
conhecida como “blendagem”, podendo<br />
fornecer cinco milhões anuais de toneladas<br />
de minério de ferro para a Companhia<br />
Siderúrgica do Pecém – CSP. A<br />
Vale Pecém que, praticamente, há um<br />
ano, iniciou a admissão das estruturas<br />
para comporem a sua planta industrial,<br />
conta com um projeto de investimento<br />
na ordem de US$ 96,7 milhões em sua<br />
implantação, com expectativa de gerar<br />
180 empregos diretos, quando do início<br />
de suas operações. Mostrando-se como um<br />
projeto promissor, neste ano de 2014, a<br />
ZPE do Ceará contará, também, com a<br />
instalação de mais uma empresa em sua<br />
área, a White Martins, que ocupará uma<br />
área de 3,5 hectares e se constituirá com<br />
uma planta mais avançada da empresa,<br />
na América Latina, integrando a cadeia<br />
de fornecimento da Companhia Siderúrgica<br />
do Pecém – CSP.<br />
Em que a ZPE do Pecém difere das<br />
demais zonas de processamento de<br />
exportação em atividade atualmente<br />
no mundo Quais os seus diferenciais<br />
competitivos<br />
Suas operações iniciaram-se logo após<br />
o alfandegamento, com a chegada da<br />
Companhia Siderúrgica do Pecém -<br />
CSP, primeira grande indústria de base<br />
a se instalar na ZPE, representando um<br />
marco que veio somar forças, num cenário<br />
promissor e auspicioso, que envolve<br />
unidades industriais de altíssimo valor<br />
agregado. Com uma estratégia muito<br />
bem definida de investimentos, veio impulsionar<br />
o desenvolvimento não apenas<br />
do Pecém, mas de todo o Ceará, que será<br />
beneficiado com o aumento da renda,<br />
geração de emprego, aprimoramento<br />
tecnológico, incremento da cadeia produtiva,<br />
atração de novos investimentos<br />
e reposicionamento das exportações no<br />
país. Falamos de uma Siderúrgica que<br />
irá ampliar a economia industrial do<br />
Estado em 48%, gerando um incremento<br />
de 12% no Produto Interno Bruto –<br />
PIB cearense, apenas na primeira fase.<br />
São 450 m³ de cimento armado, 35 mil<br />
estacas de concreto e 100 mil toneladas<br />
de estrutura metálica que compõem os<br />
números de construção da usina, que<br />
em sua fase inicial, recebeu 1,3 milhão<br />
de m³ de equipamentos. Um grande diferencial<br />
é que, ao invés de se exportar<br />
a matéria-prima, na forma de minério<br />
de ferro, a CSP vai exportar o produto<br />
com maior valor agregado, na forma de<br />
aço, criando não só valor para a companhia,<br />
mas melhores oportunidades<br />
para o Estado. A área de 10 milhões de<br />
m² da CSP vai abrigar não só a pro-<br />
32 - simec em revista
dução do aço, mas beneficiará milhares<br />
de famílias e alavancará os indicadores<br />
regionais. Possui vários diferencias competitivos,<br />
tais como a sua localização,<br />
absolutamente estratégica, com proximidade<br />
ao Canal do Panamá, África,<br />
Europa e América do Norte, beneficiando-se<br />
da infraestrutura já existente, com<br />
acesso marítimo facilitado, boas estradas,<br />
malha ferroviária, energia, água e<br />
sistema de descarte de efluentes. Próxima<br />
ao Porto do Pecém, dentro do Complexo<br />
Industrial e Portuário do Pecém<br />
– CIPP, com acesso a diversos modais logísticos,<br />
grandes empresas em processo de<br />
instalação e expertise, disponibilidade de<br />
terras a baixo preço, clima privilegiado,<br />
investimentos em infraestrutura, clima<br />
de parceria com a iniciativa privada,<br />
com incentivos fiscais adequados, menor<br />
burocracia e segurança jurídica possibilitando<br />
um planejamento a longo prazo.<br />
Qual o modelo de governança adotado<br />
pela ZPE Em que este modelo<br />
contribui para a eficácia dos seus<br />
propósitos<br />
Administrada pela Companhia Administradora<br />
da Zona de Processamento<br />
de Exportação do Ceará – ZPE Ceará,<br />
é uma sociedade de Economia Mista,<br />
em que o Estado do Ceará representa<br />
seu maior acionista. Apresenta-se como<br />
um importantíssimo instrumento de desenvolvimento<br />
para o Estado do Ceará,<br />
fomentando o crescimento econômico e<br />
social através da instalação de empresas<br />
industriais; atração de investimentos;<br />
aumento das exportações brasileiras;<br />
favorecimento da balança comercial;<br />
criação de novos empregos e melhoria da<br />
qualidade de vida dos cearenses. Em sua<br />
fase criativa, na formatação de um modelo<br />
adaptado ao Brasil, servirá de parâmetro<br />
para outras a serem criadas no<br />
país. Num estado mais macro, sua existência<br />
visa o desenvolvimento econômico<br />
do estado, promovendo a eficiência do<br />
processo produtivo e, juntamente, com<br />
os órgãos parceiros, com uma visão empreendedora,<br />
atrair novos investimentos<br />
para ajudar a alavancar o desenvolvimento<br />
do Estado, reduzindo a distância<br />
que nos separa do Brasil abastado, delimitado<br />
pelos Estados do Centro-Sul.<br />
simec em revista - 33
Energia<br />
por Fernando Ximenes<br />
Cientista Industrial<br />
A Energia Renovável<br />
que não renovou<br />
As questões ecológicas, o cuidado com a preservação ambiental, são apelos cada vez mais frequentes da população<br />
mundial, para que os governos acordem para um problema crucial, a preservação da vida no planeta. Diante<br />
disto, políticas públicas têm sido geradas com o propósito de ampliar o uso de energias renováveis, como argumento<br />
para o restauro do meio ambiente, frente aos descalabros agressivos empreendidos pelo homem em sua ganância<br />
34 - simec em revista
pela riqueza. Mas há um erro básico<br />
nesse processo: fala-se muito em recuperação<br />
do meio ambiente, mas não<br />
se vê ação concreta de promoção e<br />
desenvolvimento do meio ambiente.<br />
Enquanto nada se faz de verdadeiramente<br />
sustentável, seguem minguando<br />
os recursos naturais. A destruição<br />
ambiental não tem limites. A cada dia<br />
a mídia propaga novos termos – eco,<br />
green, sustainability –, enquanto a<br />
população segue ouvindo e não entendendo<br />
nada. Mais que de eruditismo,<br />
precisamos de ações verdadeiramente<br />
sustentáveis, se quizermos preservar a<br />
vida na Terra.<br />
Alguns exemplos de desrespeitos<br />
ecológicos que contribuem para que,<br />
no Brasil e no continente sulamericano<br />
como um todo, os termômetros<br />
subam e com isto tragam consequências<br />
ambientais drásticas. No Ceará, a<br />
nascente do rio Pajeú, que poucos sabem<br />
onde fica localizada; a mata ciliar<br />
não existe mais, foi coberta por uma<br />
grande avenida que corta Fortaleza; a<br />
pouca água que resta no Castanhão; a<br />
destruição da caatinga. Em São Paulo,<br />
a destruição do vale do Anhangabaú;<br />
a água impotável do Tietê. A destruição<br />
da Floresta Amazônica; a destruição<br />
da mata da Serra do Mar e toda<br />
sua flora e fauna ecológica destruída.<br />
Em consequência do desmatamento, a<br />
umidade do ar na Amazônia é reduzida,<br />
permitindo a formação de nuvens<br />
de ar seco “CO²” e não “H²O” em<br />
forma de vapor.<br />
No contexto mundial, o Pacifico<br />
aquece formando ciclos de convecções<br />
secos, que empurram e barram as pressões<br />
do Atlântico sul, não deixando as<br />
massas frias e úmidas adentrarem em<br />
precipitações no continente sulamericano.<br />
Numa disputa ambiental da<br />
pressão seca, formam-se redemoinhos<br />
e a massa sul polar ganha pouca penetração<br />
no sul do continente americano,<br />
precipitando-se somente no atlântico<br />
sul e até o sul do Brasil.<br />
As consequências estão cada vez<br />
mais expostas, como é o caso da usina<br />
hidrelétrica Três Marias, no rio<br />
São Francisco; a bacia do Cantareira<br />
e a estiagem recorde registrada no Estado<br />
de São Paulo, que interrompeu<br />
a geração de energia de três pequenas<br />
centrais hidrelétricas da Região Metropolitana<br />
de Campinas; com a baixa<br />
vazão dos rios Atibaia e Jaguari, as usinas<br />
Salto Grande em Campinas, Americana<br />
em Americana, Jaguari em Pedreira,<br />
não estão funcionando há mais<br />
de três meses. O reservatório da usina<br />
hidrelétrica de Furnas, que responde<br />
por 17,42% do abastecimento energético<br />
da região Sudeste, está com capacidade<br />
operacional de apenas 12%.<br />
O armazenamento médio dos reservatórios<br />
do Sudeste e Centro Oeste<br />
atualmente é de 15%; no sul de Minas<br />
Gerais e toda a bacia hidrográfica do<br />
Rio Grande, responsável por 25% do<br />
abastecimento das Regiões Sudeste e<br />
Centro-Oeste, está comprometida, levando<br />
à paralisação de geração de 45<br />
MW da hidrelétrica Camargos, na cabeceira<br />
do Rio Grande. Mascarenhas<br />
de Moraes com 27.27%, Marimbondo<br />
com 12.37%, Água Vermelha<br />
com 16.88%. Na região Sudeste: os<br />
reservatórios já operam com média<br />
de 18%. O reservatório da usina de<br />
Três irmãos, no Paraná, está com nível<br />
zero (secou); o Rio Paranaiba, com<br />
seu reservatório de Nova Ponte, está<br />
com nível de água em 12,38%; Itumbiara<br />
com 14.63%, Emborcação com<br />
19.37%, São Simão com 10.68%.<br />
No Nordeste as usinas hidroelétricas<br />
já operam com média de 15,3%<br />
da capacidade. Estamos na maior seca<br />
hidrológica de todos os tempos no<br />
Brasil. O Rio São Francisco, símbolo<br />
de integração nacional, está secando<br />
simec em revista - 35
sua represa. Três Marias, o maior reservatório da bacia do<br />
Velho Chico, está com apenas 4,7% da capacidade; Sobradinho,<br />
com 20.12%; Paulo Afonso e Itaparica 17,9%; a<br />
usina de Luiz Gonzaga (BA/PE) tem o nível atual de 16%.<br />
Como medida de curto prazo, busca-se reduzir a vazão<br />
d’água de Três Marias, fornecendo rio abaixo somente o<br />
necessário para o consumo humano e a economia de subsistência<br />
(irrigação). Mas isto é apenas um paliativo, não<br />
é solução para a energia renovável que não renovou, mas<br />
acumulou e continua acumulando prejuízos.<br />
A falta d’água não é só uma crise, o quadro poderá ser<br />
permanente e irreversível, caso as massas de ar da Amazônia<br />
e do Atlântico Sul não consigam se precipitar nas<br />
bacias brasileiras. A situação atual mostra, repito, que a<br />
dita energia renovável, não renovou, e que é limitada pelos<br />
potenciais hídricos e ambientais do ecossistema. Tudo imputa<br />
para uma pena ambiental, que exige sejam corrigidos<br />
e criados órgãos ambientais proativos, que promovam o<br />
desenvolvimento ambiental, em prol não só de preservar a<br />
água, mas sim, de criar maneiras inovadoras para reativar<br />
as nascentes aquíferas. Reacender, reflorestar e restaurar as<br />
fontes de água, exige planejando hídrico e ecológico para<br />
avaliar e restaurar as matas ciliares, os mananciais, melhorar<br />
o desenvolvimento de pastagens na estação da seca,<br />
reflorestar as matas nativas, recuperar os igarapés, nivelar<br />
os lençóis freáticos e recuperar o solo nativo. Isto sim, é<br />
desenvolver a natureza.<br />
No momento, o ciclo ecológico morre e a energia renovável<br />
não renova, por não ser dada importância ecológica<br />
necessária, por se priorizar a economia. No meio de tudo,<br />
há muita desinformação, dai ser necessária a criação e divulgação<br />
de novos métodos e processos. Reverter tudo isso,<br />
é responsabilidade social de políticas públicas pensadas em<br />
união com a sociedade, junto com investidores que realmente<br />
sabem produzir em um ambiente de agronegócio<br />
sustentável. As preocupações não podem ser vistas somente<br />
no curto prazo, têm que ser pensadas e planejadas com<br />
visão alargada.<br />
36 - simec em revista
Sustentabilidade<br />
Liderança Empresarial<br />
Sustentável<br />
15 qualidades para liderar a serviço do mundo<br />
por Ricardo Voltolini*<br />
Tenho especial identificação com Jo Confino,<br />
editor executivo do jornal inglês The Guardian.<br />
Almas gêmeas vivendo em continentes distintos,<br />
partilhamos da mesma convicção de que o mundo corporativo<br />
vive uma crise de liderança que tem impedido uma<br />
contribuição mais efetiva dos negócios para a preservação<br />
do planeta e o desenvolvimento da sociedade. Em recente<br />
artigo, o especialista propôs uma interessante forma de medir<br />
quão visionários são os líderes empresariais de um país:<br />
quantos executivos inspiradores, e sustentáveis, você, caro<br />
leitor, consegue nomear de memória<br />
Duvido que você consiga identificar mais do que cinco.<br />
Confino admite que ficaria rico se recebesse uma libra cada<br />
vez que, em resposta a essa pergunta, alguém mencionasse<br />
o nome de Paul Polman, CEO da Unilever. Aplicado no<br />
Brasil, o teste certamente reconheceria alguns dos 30 líderes<br />
integrantes da Plataforma Liderança Sustentável. Conclusão<br />
óbvia do editor do The Guardian com a qual concordo:<br />
simec em revista - 37
estamos falando ainda de um clube de poucos sócios. Incitado<br />
por um grupo de empresários a como ampliar o número<br />
de confrades, o especialista listou um conjunto de 29<br />
qualidades que deveriam ser tratadas como “habilidades”<br />
de liderança pelas próximas gerações de líderes.<br />
Reproduzo aqui as que considero as 15 mais importantes<br />
não só para reflexão de quem nos lê, mas como desafio<br />
para que os gestores de empresas as considerem nos seus<br />
próximos esforços de desenvolvimento de pessoas. Vamos<br />
a elas:<br />
1. Entenda que vida é mais importante do que o lucro<br />
Os verdadeiros líderes já perceberam que estão a serviço da<br />
vida, algo, sem dúvida, menos “unidimensional” do que a<br />
tarefa de ganhar dinheiro.<br />
2. Seja autêntico<br />
Nada é mais poderoso do que ser quem se diz que é. Se<br />
você é autêntico, não precisa dizer muito para convencer.<br />
3. Seja humilde<br />
Tudo o que somos é o resultado de todos os que vieram<br />
antes de nós. Devemos resistir à armadilha de achar que<br />
tudo se resume a nós. Em sustentabilidade, um campo de<br />
conhecimento em construção, ninguém tem todas as respostas;<br />
elas estão para ser descobertas colaborativamente.<br />
4. Esteja consciente quanto às gerações futuras<br />
Ao tomar decisões de negócio, considere se poderá olhar<br />
nos olhos dos seus filhos sem o receio de sentir vergonha.<br />
5. Não queira estar sempre à frente<br />
Os mais importantes líderes são aqueles que reconhecem<br />
que, às vezes, é mais eficaz colaborar para seguir junto do<br />
que estar sempre à frente.<br />
6. Ande mais devagar<br />
Quando tudo ao redor muda num ritmo cada vez mais<br />
acelerado, desacelere e reconheça o que perdura.<br />
7. Seja um visionário<br />
Apostar numa visão equivale a construir uma ponte sobre o<br />
abismo. A ideia é facilitar a travessia das pessoas. É um ato<br />
de coragem e generosidade.<br />
8. Não se isole numa torre de marfim<br />
Não se torne recluso num grande escritório cercado por<br />
pessoas que só sabem dizer sim. As respostas para os problemas<br />
raramente são encontradas na sala de reuniões.<br />
9. Jamais se esqueça de que uma empresa é um ser vivo<br />
Reconheça, em suas atitudes, que um negócio não é um<br />
objeto mecânico, mas um organismo maravilhoso e complexo,<br />
com sua própria personalidade e uma extraordinária<br />
rede de conexões e relacionamentos.<br />
10. Diga a verdade<br />
Dizer a verdade significa nunca ter que se preocupar com<br />
o que se diz. As pessoas têm um sexto sentido, sabem em<br />
quem podem confiar.<br />
11. Esteja aberto a diferentes formas de saber<br />
Paradoxalmente, tomar decisões, tendo como ferramenta<br />
única de navegação a mente/razão, não faz mais nenhum<br />
sentido racional. Entre em contato com sua intuição e busque<br />
nela, ainda que intangível, a inspiração para avançar.<br />
Não abra mão da alegria dos seus momentos “eureka”.<br />
12. Adote uma abordagem multidisciplinar<br />
O que pode ser mais desanimador do que sentar numa sala<br />
cheia de executivos de negócios, quando você sabe que fora<br />
dos muros corporativos estão psicólogos, filósofos, artistas,<br />
antropólogos e líderes espirituais que poderiam melhorar a<br />
sua compreensão sobre o seu trabalho e a sua vida.<br />
13. Seja vulnerável<br />
Na cultura tradicional de negócios, não se pode ser vulnerável.<br />
A vulnerabilidade é vista como uma fraqueza a ser escondida<br />
de olhares indiscretos. No entanto, bem utilizada,<br />
ela pode ser uma ferramenta poderosa quando se fala com<br />
o coração aberto.<br />
14. Valorize o poder de não saber<br />
O mundo dos negócios valoriza quem sabe, quem tem todas<br />
as respostas. Só que a vida é um mistério. O não saber<br />
representa uma forma de poder na medida em que permite<br />
ao líder se abrir ao novo.<br />
15. Não espere amanhã para criar o seu legado<br />
Alguns executivos empurram para o final de suas carreiras<br />
a ideia de deixar um legado, retribuindo à sociedade um<br />
pouco do que receberam ao longo de suas vidas. O ideal é<br />
que eles deixem legados nos vários momentos de sua carreira.<br />
38 - simec em revista
RH<br />
SIMEC realiza palestra sobre<br />
Certificação OHSAS – 18001<br />
Fotos: IEMAX<br />
O<br />
SIMEC em parceria com<br />
o instituto IEMAX, realizou<br />
palestra técnica sobre<br />
Certificação OHSAS - 18001, no<br />
dia 11 de novembro, na FIEC. Durante<br />
o encontro, o consultor Wagner<br />
Marinho, apresentou a estrutura de<br />
requisitos da OHSAS 18001:2007,<br />
os benefícios da certificação OHSAS<br />
18001:2007 e cases de sucesso (empresas<br />
certificadas no Ceará).<br />
A certificação OHSAS – 18001,<br />
trata da implementação de um Sistema<br />
de Gestão de Saúde e de Segurança<br />
Ocupacional (SGSSO) como parte<br />
da estratégia que permita à empresa<br />
identificar e controlar consistentemente<br />
seus riscos à saúde e segurança,<br />
reduzir o potencial de acidentes, auxiliar<br />
na conformidade legislativa e melhorar<br />
o desempenho geral, proporcionando<br />
um ambiente de trabalho<br />
seguro e saudável aos colaboradores.<br />
As áreas chave enfocadas pela OH-<br />
SAS 18001 são: Planejamento da<br />
identificação de perigos, avaliação de<br />
riscos e controle dos riscos; Estrutura<br />
e responsabilidade; Treinamento,<br />
conscientização e competência; Consulta<br />
e comunicação; Controle operacional;<br />
Prontidão e resposta a emergências;<br />
Medição de desempenho,<br />
monitoramento e melhoria.<br />
A OHSAS 18001 pode ser adotada<br />
por qualquer empresa que deseja implementar<br />
um procedimento formal<br />
para redução dos riscos associados<br />
com saúde e segurança no ambiente<br />
de trabalho para os colaboradores,<br />
clientes e o público em geral.<br />
A palestra possibilitou um maior<br />
esclarecimento sobre o assunto, além<br />
simec em revista - 39
da troca de conhecimentos e experiências<br />
entre os profissionais<br />
que participaram do encontro,<br />
como foi o caso de Luiz Moreira<br />
(NHJ do Brasil), Sabrine<br />
Monteiro (Carone), Antonio<br />
Miranda (Alpha Metalúrgica),<br />
Francisco Macêdo (Vulcabras/<br />
Azaleia) e Jorge Bezerra (SESI).<br />
O consultor Wagner Marinho,<br />
atua há 14 anos em consultoria<br />
empresarial, é pós-graduado<br />
em Gestão Ambiental,<br />
Administrador de Empresas,<br />
Auditor Líder pelo RAC em<br />
ISO 9001, OHSAS 18001 e<br />
ISO 14001, e representante da<br />
ABNT Certificadora.
Artigo<br />
Crédito Empresarial<br />
e a Estruturação<br />
Foto: DodgertonSkillhause<br />
o departamento responsável não faz<br />
a correta cotação no momento de sua<br />
compra/contratação. A cotação vai desde<br />
taxa, prazo, até o ideal produto de<br />
crédito. Para efeito de conhecimento,<br />
as pesquisas apontam que mais de 85%<br />
das empresas contratam crédito aonde<br />
elas estão. E mais, ainda hoje é comum<br />
empresas com mais de 10 anos de atividade,<br />
operarem com um único banco<br />
desde sua fundação.<br />
As instituições financeiras são empresas<br />
como outras quaisquer. O diferencial<br />
está no fato de que dentre seus objetivos<br />
destaca-se a venda dos seus produpor<br />
Jackson Pereira Júnior*<br />
O<br />
mercado de crédito tem passado<br />
por muitas mudanças<br />
nos últimos anos. Desde a<br />
forma de análise das garantias, que há<br />
algum tempo era fator fundamental e<br />
primário, até a chamada capacidade de<br />
pagamento, ficando a garantia como<br />
secundária em qualquer contratação. Se<br />
crédito não fosse bom, grandes empresas<br />
não teriam crescido alicerçadas nele.<br />
Agora, o crédito bom é uma vitamina,<br />
já o ruim é uma virose, muitas vezes incurável.<br />
O dinheiro é um produto como outro<br />
qualquer em uma empresa, mas,<br />
tos com maior rentabilidade, o dinheiro.<br />
Assim, muitas deixam de ofertar<br />
aos seus clientes produtos de menores<br />
custos por outros de maior taxa com a<br />
simples missão de “bater meta”. E nessa,<br />
quem sai perdendo O cliente, claro,<br />
por desconhecimento e necessidade.<br />
O Crédito não é só para empresa em<br />
dificuldade, crédito é uma estratégia<br />
financeira.<br />
Uma palavra ainda desconhecida ou<br />
de pouca importância para alguns é<br />
Alavancagem. Que é a capacidade que<br />
uma empresa tem para captar recursos<br />
no mercado, seja para produtos do dia<br />
simec em revista - 41
a dia ou de investimento em máquinas, frotas, equipamentos,<br />
ampliação, reforma e novos negócios. O que observamos<br />
hoje é que muitas empresa já estão tomando a atitude<br />
de conhecer seu negócio, na busca constante do espelho da<br />
capacidade de capitação para programação e tomada de decisões<br />
de forma mais tranquila e objetiva. Porém, quando<br />
se procura crédito de última hora e sem qualquer programação,<br />
não se busca a melhor taxa, e sim a urgência pelo<br />
dinheiro. Vale ressaltar que hoje, no mercado, as linhas<br />
para investimento, inclusive com capital de giro agregado,<br />
podem partir de 0,40% ao mês.<br />
Durante a estruturação do crédito, são identificados dados<br />
que podem contribuir para uma negativa na operação. Vão<br />
desde uma simples pendência de portabilidade telefônica, ao<br />
capital mínimo social, e até mesmo o endividamento incorreto<br />
não baixado por um banco em que a operação já tenha<br />
sido corretamente liquidada. São fatores que as empresas individualmente<br />
não têm a expertise de analisar e identificar.<br />
Outro item bastante relevante é o excesso de garantia. E isso<br />
dificulta. A empresa que só dispõe daquele item para lastrear,<br />
quando necessita de mais crédito, só existe um caminho<br />
a trilhar, a mesma instituição. E mais caro, pelo custo de<br />
opção.<br />
O mercado está sempre mudando, as informações dos produtos<br />
e custos das operações disponíveis são apenas alguns<br />
dos fatores fundamentais para a obtenção dos recursos necessários.<br />
Diante dos fatos, convêm destacar a importância da<br />
estruturação do crédito empresarial. Pois, quando se busca<br />
diretamente as casas bancárias e não se consegue obter informações<br />
a contento, em muitos casos, as empresas chegam a<br />
desistir das linhas com custos menores por outras bem mais<br />
elevadas em virtude do tempo. Se tempo é dinheiro, dinheiro<br />
também é tempo.<br />
* Jackson Pereira Júnior é Diretor-Presidente do grupo<br />
JPJ, que contempla a JPJ Crédito e a JPJ Soluções Institucionais.
Regional<br />
Cariri<br />
Cariri Forte II<br />
Foto: arquivo SIMEC<br />
AII Feira de Oportunidades e<br />
Tendências Empreendedoras<br />
– Cariri Forte, realizada de 15<br />
a 17 de novembro, teve como objetivo<br />
criar um ambiente de oportunidades e<br />
propiciar a realização, de forma profissional,<br />
de negócios efetivos e duradouros,<br />
contribuindo para o crescimento<br />
sustentável dos empreendedores e futuros<br />
empreendedores da região do Cariri.<br />
Foram mais de 50 estandes montados<br />
no espaço do Palácio da Microempresa,<br />
do Sebrae, em Juazeiro do Norte.<br />
O evento contou com a participação<br />
de setores e públicos diversificados,<br />
acolhidos em um espaço adequado<br />
à realização de exposições e rodadas<br />
de negócios. Havia ainda ampla área<br />
para a promoção de debates sobre temas<br />
como: design de interiores com<br />
inspiração regional, envolvendo profissionais<br />
da região, e também setores<br />
destinados à gastronomia e serviços<br />
para atender os micro e pequenos empreendedores.<br />
Outro espaço que ganhou destaque<br />
foi o de “Perfis da Moda”, que contou<br />
com a presença de consultores especialistas,<br />
mostrando perfis específicos<br />
de empreendimentos relacionados à<br />
Moda. Houve ainda a “Rodada de Negócios<br />
e Artesanato” e a “Arena Start<br />
Ups”, com empresas voltadas para a<br />
atuação no âmbito da internet, além de<br />
demonstrações de produtos e serviços<br />
que podem ser utilizados para desenvolver<br />
ou ampliar novos negócios. Seis<br />
empresas relacionadas à tecnologia, se<br />
apresentaram em um espaço diferenciado<br />
e interativo, onde o público teve<br />
a oportunidade de conhecer as últimas<br />
tendências de mercado e ser orientado<br />
sobre como proceder para um direcionamento<br />
adequado do seu negócio.<br />
Potenciais empreendedores do Cariri,<br />
incluindo estudantes de nível técnico<br />
e universitários, tiveram como<br />
atrações, a exposição de novas oportunidades,<br />
produtos e serviços, capacitações<br />
e consultorias direcionadas<br />
exclusivamente para microempreendedores<br />
individuais, microempresas e<br />
empresas de pequeno porte.<br />
Segundo a Coordenadora Regional<br />
do Sebrae no Cariri, Tânia Porto,<br />
“houve um incentivo maior de modernização<br />
tecnológica, com a exposição<br />
de maquinários, para os empresários<br />
locais”. Ainda de acordo com Tânia<br />
Porto, além da feira Cariri Forte II, várias<br />
outras serão criadas em diferentes<br />
regiões do estado do Ceará, por meio<br />
de um circuito de eventos com o objetivo<br />
de incentivar e trazer o que há de<br />
novo para o empreendedor local.<br />
simec em revista - 43
Economia<br />
Sei não, só sei<br />
que é assim...<br />
Foto: arquivo pessoal<br />
por Neila Fontenele<br />
Jornalista, Editora do Núcleo<br />
de Negócios do jornal O Povo<br />
Uma das regras clássicas da<br />
economia consiste na seguinte<br />
frase: “A oferta gera<br />
sua própria demanda”. Conhecida<br />
como a Lei de Say, por ter sido popularizada<br />
pelo economista francês<br />
Jean-Baptiste Say em 1814 em sua<br />
explicação sobre o funcionamento<br />
dos mercados, esse modelo ainda é<br />
defendido por alguns pensadores, investidores<br />
e governos.<br />
Essa realidade, por exemplo, é vivida<br />
no Ceará. Com a chegada de<br />
novos shopping centers em Fortaleza,<br />
com a construção da Companhia Siderúrgica<br />
do Pecém (CSP) e com a<br />
implantação do polo de saúde no Eusébio,<br />
a Lei de Say tem sido resgatada.<br />
Esse modelo tem sido defendido na<br />
prática tanto para a geração de emprego<br />
quanto para o quesito padrão<br />
de consumo. Mas a aplicação de uma<br />
teoria clássica não representa uma tarefa<br />
simples; gerar uma oferta de empregos<br />
qualificados numa região com<br />
baixa escolaridade, certamente é uma<br />
tarefa desafiadora.<br />
Na área de consumo, a teoria também<br />
tem sido testada, e atualmente<br />
fala-se no esgotamento da política<br />
baseada na geração de demanda. A<br />
questão é que não se pensava antes<br />
em superendividamento ou superoferta<br />
de produtos ou fabricação.<br />
Diante das regras do mercado de hoje<br />
os desafios são maiores. Não basta<br />
gerar a oferta e a demanda; é preciso<br />
saber gerir as variáveis psicológicas e<br />
políticas, e também a possibilidade de<br />
fatores externos mudarem totalmente<br />
os rumos do mercado.<br />
Mesmo com essas ressalvas, no Ceará<br />
alguns princípios estão dando certo<br />
e ajudaram a segurar o crescimento<br />
44 - simec em revista
da economia em um padrão acima de 4%. A oferta de<br />
empregos tem aumentado e ajudado a manter a venda de<br />
imóveis, por exemplo. Apesar disso, a dúvida permanece:<br />
até quando esses mercados vão se regular<br />
Mesmo com toda a ansiedade em relação ao futuro, as<br />
empresas locais tentam fugir das previsões catastróficas e<br />
apresentam balanços que mostram haver condições para<br />
o desenvolvimento de suas atividades.<br />
O Prêmio Delmiro Gouveia de 2014 mostra bem isso.<br />
Baseada na análise dos balanços das empresas, a edição<br />
deste ano revelou o aumento no desempenho tanto no<br />
ranking das 100 maiores empresas do Ceará como no das<br />
10 maiores. As três maiores companhias do Ceará (M.<br />
Dias Branco, Grendene e Solar Participações) apresentaram<br />
o maior lucro líquido.<br />
NÚMEROS DE EMPREGADOS 2014<br />
Cidade<br />
Acumulado<br />
Fortaleza (CE) 12.286<br />
João Pessoa (PB) 6.040<br />
Teresina (PI) 4.955<br />
São Luís (MA) 4.824<br />
Aracaju (SE) 4.686<br />
Natal(RN) 2.870<br />
Maceió (AL) 2.054<br />
Salvador (BA) 911<br />
Recife (PE) - 3.578<br />
Total 35.048<br />
Fonte: Cadastro Geral de Empregados e Desempregados<br />
(CAGED)<br />
Os dados mostram também algumas dificuldades.<br />
Houve um decréscimo de 4% em relação aos resultados<br />
líquidos das 100 maiores empresas; e de 8% na análise<br />
das 10 maiores empresas cearenses. Mas o lucro líquido<br />
das companhias cearenses aumentou 47% em relação à<br />
edição de 2013 e em 42% em relação à de 2014.<br />
Também chamaram atenção as elevações de 40% do<br />
faturamento líquido e de 37% do patrimônio líquido<br />
das companhias, respectivamente. Pelos dados analisados<br />
pelo prêmio, além do desempenho das empresas, merece<br />
ser ressaltado o aumento de 20% na geração de impostos<br />
e na quantidade de pessoas empregadas.<br />
Diante dessa situação, o que se pode dizer é que existem<br />
hoje no Ceará empresas sólidas, em condições de ampliar<br />
mercados e não depender apenas da oferta e demanda<br />
dentro do estado. Já existem grupos empresariais capazes<br />
de galgar voos maiores e consolidar seus investimentos em<br />
outras praças.<br />
Mesmo com uma conjuntura difícil, 2015 não deve ser<br />
apresentado como um ano perdido antes mesmo de começar.<br />
Não adianta querer dar saltos no tempo; na verdade,<br />
pior do que as projeções de inflação mais alta e de<br />
manutenção dos juros em patamares elevados é a condição<br />
de mau humor, que derruba qualquer motivação de<br />
ganho real.<br />
Quem acreditar em uma demanda menor para 2015,<br />
certamente reduzirá sua oferta de produtos e também de<br />
resultados melhores. Nesse caso, a Lei de Say é implacável<br />
e dificilmente perdoa quem se entrega diante das adversidades.<br />
E, como diz o filósofo Chicó, no filme “Auto da<br />
Compadecida”: “Sei não, só sei que é assim…”<br />
simec em revista - 45
Entretenimento<br />
PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS<br />
www.coquetel.com.br<br />
A baleia, pela classe<br />
Número de animal<br />
identificação do automóvel<br />
no Detran<br />
Local de<br />
despacho<br />
de Cristina<br />
Kirchner<br />
Divisão<br />
judiciária<br />
Informação<br />
que ajuda<br />
a decifrar<br />
um enigma<br />
(gíria)<br />
Embalagem<br />
comum no<br />
serviço<br />
portuário<br />
Sensação<br />
de repulsa<br />
Pelica de<br />
luvas<br />
Composto<br />
rarefeito<br />
na estratosfera<br />
As duas<br />
primeiras<br />
vogais do<br />
alfabeto<br />
Acolá<br />
Kate (),<br />
atriz<br />
britânica<br />
© Revistas COQUETEL<br />
Unidade central do computador<br />
Estácio de (): fundou<br />
601, em<br />
a cidade do Rio de<br />
romanos<br />
Janeiro (1565)<br />
Rival do<br />
CSA no<br />
futebol<br />
alagoano<br />
Barril de<br />
madeira para<br />
vinhos<br />
Algazarra<br />
Fécula utilizada<br />
no<br />
preparo do<br />
macarrão<br />
Sucesso<br />
do Legião<br />
Urbana<br />
(MPB)<br />
Placa<br />
esbranquiçada<br />
sobre<br />
a língua<br />
Limpar<br />
(terreno)<br />
de ervas<br />
daninhas<br />
Antigos<br />
habitantes<br />
dos Países<br />
Baixos<br />
Reage a<br />
um bom<br />
filme de<br />
comédia<br />
Origem e<br />
desenvolvimento<br />
dos seres<br />
Mas;<br />
entretanto<br />
Adjetivo<br />
associado<br />
a Deus<br />
Anestésico<br />
inalante<br />
muito<br />
usado na<br />
2 a Guerra<br />
Mundial<br />
Rescindir<br />
(contrato)<br />
Proteção<br />
de livros<br />
Autêntico;<br />
verdadeiro<br />
Documento<br />
que limitou<br />
por lei o<br />
poder dos<br />
monarcas<br />
ingleses<br />
(1215)<br />
Gostou<br />
muito de<br />
Corredeira<br />
(bras.)<br />
Artefato<br />
como a<br />
borduna<br />
Gentalha<br />
Preço dos<br />
serviços<br />
públicos<br />
Licor fermentado,<br />
extraído da<br />
mandioca<br />
Pronome<br />
indefinido<br />
René Clair,<br />
cineasta<br />
Aliança<br />
militar<br />
Saudação<br />
esotérica<br />
Falta de<br />
exatidão<br />
Sótão,<br />
em inglês<br />
Facções<br />
() Atala,<br />
chefe de<br />
cozinha<br />
Rede local<br />
(Inform.)<br />
A 4 a nota<br />
musical<br />
Fazer ficar<br />
preocupado<br />
(pop.)<br />
Vitamina<br />
também<br />
chamada<br />
de biotina<br />
Resíduo<br />
de cereais<br />
peneirados<br />
Solução<br />
M P C<br />
C A S A R O S A D A<br />
C O M A R C A C R B<br />
D I C A E P I P A<br />
I F A S C O I T<br />
G E N E S E S E R A<br />
O R A A L E M V<br />
T O D O P O D E R O S O<br />
O A M O U A L A S<br />
R I A R M A B<br />
E T E R A L G U M<br />
A N U L A R E R R O<br />
C A P A C A X I R I<br />
V E R O T T L A N<br />
A V T A R I F A H<br />
M A G N A C A R T A<br />
BANCO 32<br />
5/attic — omara. 6/caxiri — moinha. 7/itupeva — saburra.<br />
46 - simec em revista<br />
Solução<br />
A V T A R I F A H<br />
M A G N A C A R T A
simec em revista - 47
Mundo<br />
Inovação: janelas de avião ganham visão panorâmica<br />
A empresa inglesa Center for Process Innovation (CPI), criou um projeto que consiste em eliminar as janelas dos<br />
aviões tradicionais e instalar nas paredes internas da fuselagem telas flexíveis de Oled (um material mais fino e que<br />
usa menos energia do que o LCD e o plasma). Com isso, é possível reduzir o peso da aeronave, o combustível gasto<br />
e a emissão de CO2. A ideia permite que o passageiro escolha se quer apreciar a vista do exterior da aeronave, ter<br />
um panorama da cidade localizada logo abaixo de seus pés, receber informações do voo, surfar na internet, chamar<br />
o serviço de bordo ou optar pelas tradicionais opções de entretenimento. “Você tem total flexibilidade para colocar<br />
as telas onde quiser. Você pode colocar as imagens na lateral do seu acento, pode optar por colocá-la na frente da<br />
cadeira, escolher as imagens das câmeras ou não ter visão alguma de absolutamente nada”, destaca Jon Helliwell, um<br />
dos responsáveis pelo projeto, ao jornal inglês “The Guardian”.<br />
Fonte: http://www.cimm.com.br/<br />
Hidrocerâmica pode substituir ventilador e condicionador de ar<br />
Um projeto em fase de desenvolvimento promete resfriar o ambiente em dias<br />
de calor, substituindo, assim, o ventilador e o condicionador de ar. O trabalho é<br />
baseado na tecnologia do hidrogel, um insumo tecnológico com capacidade de<br />
absorver até 400 vezes sua massa em água. O novo material, chamado “hidrocerâmica”,<br />
é formado por bolhas de hidrogel que interagem com o meio ambiente.<br />
Hidrocerâmica pode ser ‘carregado’ por água e, em dias de calor, evaporar o<br />
líquido refrescante para dentro do ambiente, num estratagema conhecido pelo<br />
corpo humano com o nome de suor, que refrigera o organismo. Por outro lado,<br />
quando chove, as bolhas de hidrogênio são carregadas novamente de água e<br />
isolam a construção. O projeto foi idealizado por estudantes espanhóis e ainda<br />
é um conceito e não um produto em si.<br />
Fonte: http://www.cimm.com.br/<br />
Fotos: Divulgação<br />
48 - simec em revista
Roda transforma bike comum em elétrica<br />
A Roda de Copenhagen é um dispositivo criado por ex-alunos do<br />
Instituto MIT e designers da cidade de Copenhagen, na Dinamarca,<br />
que pode transformar qualquer bicicleta em um equipamento<br />
híbrido elétrico. Isso porque é composta por bateria de lítio, motor<br />
elétrico de 350 watts, sensores, conectividade sem fio e sistema de<br />
controle integrado. Durante a frenagem e descidas, a energia é armazenada<br />
na bateria. O produto é ativado automaticamente por meio<br />
dos sensores que ficam nos pedais, ele aprende como o usuário pedala e se integra ao movimento, além disso, a roda<br />
elétrica pode ser controlada via smartphone e é compatível com dispositivos Android e iOS.<br />
Fonte: http://www.cimm.com.br/<br />
Novo Motor Eletrostático<br />
Nos séculos XVIII e XIX, Benjamim Franklin construiu protótipos de<br />
motores elétricos baseados em forças estáticas, mas não conseguiu torná-<br />
-los práticos. Hoje, século XXI, o engenheiro Dan Ludois, da Universidade<br />
de Washington, nos Estados Unidos, conseguiu o brilhante feito.<br />
O engenheiro explica que a diferença entre os motores tradicionais e o<br />
novo motor eletrostático, é que no primeiro a eletricidade é convertida<br />
em movimento mecânico giratório através do magnetismo, e no segundo<br />
os campos elétricos são convertidos diretamente em movimento giratório.<br />
Uma das vantagens do motor eletrostático é poder ser usado como<br />
gerador em turbinas eólicas.<br />
Fonte: http://www.cimm.com.br/<br />
simec em revista - 49
Eventos<br />
SIMEC em<br />
Revista deixa você<br />
por dentro dos<br />
principais eventos<br />
relacionados ao setor<br />
metalmecânico<br />
no Brasil.<br />
Você<br />
Sabia<br />
Fotos: Divulgação<br />
<br />
CANAL DO PANAMÁ | Ligação entre o OCEANO ATLÂNTICO e o OCEANO PACÍFICO pelo istmo<br />
do PANAMÁ. O Canal, de 82 km, que os navios de uma longa viagem em volta do CABO HORN,<br />
demorou 33 anos para ser construído e foi inaugurado em 1914. O CANAL DO PANAMÁ, assim<br />
como o CANAL DE SUEZ, foram projetados e construídos por FERDINAND DE LESSEPS.<br />
10-13<br />
Janeiro<br />
10-12<br />
Fvereiro<br />
26-28<br />
Março<br />
TEKNO TUBE<br />
ARABIA 2015<br />
Local: Dubai International<br />
Convention and Exhibition<br />
Centre | Dubai<br />
www.nfeiras.com/tekno-tubearabia/<br />
PACIFIC DESIGN &<br />
MANUFACTURING 2015<br />
Local: Anaheim Convention<br />
Center - Anaheim |<br />
Estados Unidos<br />
www.nfeiras.com/pacific-designmanufacturing/<br />
EUROSTAMPI 2015<br />
Local: Fiere di Parma |<br />
Parma-Italia<br />
www.mercopar.com.br/<br />
CANAL DE SUEZ | Curso de água que se estende<br />
por 162 km pelo Egito. Ligando PORT SAID,<br />
no Mediterrâneo, A SUEZ, no mar Vermelho,<br />
poupando os navios da longa viagem em volta<br />
da África pelo Cabo da Boa Espera. Foi projetado<br />
pelo engenheiro e diplomata francês FERDINAND<br />
DE LESSEPS (1805-1894) e inaugurado em<br />
1869. O CANAL DE SUEZ foi financiado por uma<br />
companhia egípcia e, depois, o governo inglês<br />
comprou grande parte das ações. O governo egípcio nacionalizou o CANAL DE SUEZ em 1956,<br />
desencadeando assim a CRISE DO SUEZ. Foi fechado pelos egípcios durante a GUERRA DOS<br />
SEIS DIAS, em 1967, e só reabriu em 1975. Passam agora pelo CANAL DE SUEZ mais de<br />
20.000 navios por ano.<br />
08-10<br />
Abril<br />
EBRATS 2015<br />
Local: Pavilhão Vermelho do<br />
Expo Center Norte - São Paulo<br />
www.ebrats.org.br/2015/<br />
Já que não podemos mudar os homens, vivemos mudando as leis.<br />
(Wilson de Norões Milfont, 1918-1995, Desembargador)<br />
13-17<br />
Abril<br />
14-17<br />
Abril<br />
50 - simec em revista<br />
INDUSTRIAL SUPPLY 2015<br />
Local: Deutsche Messe AG<br />
Hannover - Alemanha<br />
www.nfeiras.com/industrialsupply/<br />
MTA ASIA 2015<br />
Local: Singapore Expo<br />
| Singapura<br />
http://www.nfeiras.com/mta-asia/<br />
CONCRETO PROTENDIDO | Variedade extremamente forte de concreto armado que é feita<br />
despejando-se concreto sobre cabos de<br />
aço esticados dentro de um molde. Quando<br />
o concreto seca, impede os cabos de aço<br />
de voltar ao comprimento normal mesmo<br />
depois que se retira o molde. A tensão criada<br />
comprime o concreto, permitindo-lhe resistir<br />
a esforços enormes. O concreto pretendido é<br />
usado frequentemente para construir pontes de<br />
estrutura mais frágil.
marketing/sistemafiec<br />
SENAI: O IMPACTO QUE<br />
SUA INDÚSTRIA PRECISA<br />
PARA SER MAIS FORTE.<br />
O SENAI acompanha a evolução<br />
da indústria cearense investindo<br />
em soluções nas áreas de Educação<br />
Profissional e Inovação e Tecnologia<br />
para as empresas alcançarem os<br />
melhores resultados.<br />
85 4009.6300 centralderelacionamento@sfiec.org.br www.senai-ce.org.br /senaiceara /senaiceara<br />
www.sfiec.org.br<br />
(85) 4009.6300