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Edição 59 - Instituto de Engenharia

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“<br />

Assistimos permanentes<br />

ingerências <strong>de</strong>sarmônicas.<br />

O chefe do Po<strong>de</strong>r Executivo<br />

legisla habitualmente por<br />

medidas provisórias, um simulacro<br />

<strong>de</strong> ditadura com jeitinho<br />

brasileiro. E isso sem falar na<br />

nova constituição pretendida<br />

com a edição do Decreto do<br />

Plano Nacional dos Direitos<br />

Humanos, com 500 artigos,<br />

tratando da inter-relação entre<br />

pessoas, com vezo nitidamente<br />

ditatorial dominado<br />

por pequenos comitês.<br />

O Po<strong>de</strong>r Legislativo, por<br />

meio dos Tribunais <strong>de</strong> Contas,<br />

que operam in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes como se fossem um<br />

po<strong>de</strong>r paralelo, interfere diretamente nas licitações<br />

e contratos, principal instrumento <strong>de</strong> atendimento<br />

às necessida<strong>de</strong>s públicas, suspen<strong>de</strong>ndo<br />

atos governamentais e paralisando investimentos<br />

nas tão necessárias obras <strong>de</strong> infraestrutura.<br />

O Po<strong>de</strong>r Judiciário produz sentenças onepalavras<br />

do presi<strong>de</strong>nte<br />

O País dos<br />

Seis Po<strong>de</strong>res<br />

Temo ser repetitivo, mas a cada dia penso<br />

que está exagerada a ingerência mútua<br />

dos po<strong>de</strong>res constituídos em nosso País.<br />

Segundo a nossa Constituição Cidadã,<br />

temos três po<strong>de</strong>res in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, que<br />

<strong>de</strong>verão <strong>de</strong>sempenhar suas funções <strong>de</strong> maneira<br />

separada e, ao mesmo tempo, harmônica.<br />

Na prática, verificamos<br />

que os po<strong>de</strong>res não interagem<br />

como <strong>de</strong>veriam, buscando<br />

harmonia, em favor do povo e<br />

das instituições.<br />

Aluizio <strong>de</strong> Barros Fagun<strong>de</strong>s<br />

Presi<strong>de</strong>nte do <strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong><br />

rosas ao Erário administrado pelos <strong>de</strong>mais po<strong>de</strong>res,<br />

mas sempre redundando na transgressão<br />

aos orçamentos públicos, sem indicar <strong>de</strong> on<strong>de</strong><br />

virão os recursos, sem, no entanto, analisar possíveis<br />

e quase certas transgressões à lei <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong><br />

fiscal, um dos mais importantes<br />

e respeitáveis diplomas <strong>de</strong> moralização dos serviços<br />

públicos.<br />

Exemplos como esses são<br />

muitos, sempre a <strong>de</strong>monstrar<br />

Foto: Andre Siqueira<br />

a <strong>de</strong>sarmonia reinante, o que<br />

gera o <strong>de</strong>srespeito entre os<br />

partícipes dos serviços públicos<br />

entre si e da população<br />

em relação aos po<strong>de</strong>res constituídos.<br />

Talvez, por isso, tenham<br />

surgido os Novos Po<strong>de</strong>res,<br />

como tentativa <strong>de</strong> remendar<br />

as lacunas e ajustar as distorções:<br />

os Tribunais <strong>de</strong> Contas,<br />

já citados; os promotores,<br />

constituindo o Ministério<br />

Público, que via <strong>de</strong> regra partem<br />

do princípio que todos<br />

os servidores e fornecedores<br />

do governo não prestam,<br />

até prova em contrário; e os<br />

ambientalistas, cujo sonho,<br />

utópico, seria ter todo o conforto do progresso<br />

preservando virgem a Mãe Natureza. Esses<br />

três Novos Po<strong>de</strong>res atuam no contraponto do<br />

progresso.<br />

É imprescindível repensarmos a estrutura<br />

do Estado, com uma ampla discussão e reforma<br />

da Constituição Brasileira.<br />

IE<br />

www.iengenharia.org.br<br />

<strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> • Junho/Julho • 2010 • nº <strong>59</strong> 3

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