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Boletim 434 - Navegue nas Ondas Curtas do Radio

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EDITORIAL<br />

Caros amigos,<br />

Nós dexistas, somos em grande maioria, pessoas estranhas...<br />

Fomos inicia<strong>do</strong>s no hobby, na maioria <strong>do</strong>s casos, em tenra idade, utilizan<strong>do</strong> receptores antigos de nossos pais ou parentes; receptores<br />

valvula<strong>do</strong>s; até que conseguimos possuir nosso primeiro receptor, quase sempre um transglobe.<br />

Com o passar <strong>do</strong> tempo, conseguimos adquirir um receptor portátil digital e seguimos fazen<strong>do</strong> nossas escutas e<br />

evoluin<strong>do</strong> na atividade.<br />

Mas, pensam que ficamos satisfeitos com isso <br />

Le<strong>do</strong> engano, passamos a ser apologistas <strong>do</strong>s equipamentos e nos esquecemos que as boas escutas, são resulta<strong>do</strong>, principalmente<br />

de uma boa região para recepção, um sistema de antena adequa<strong>do</strong> e muita técnica e paciência <strong>do</strong> dexista... o rádio é um complemento<br />

importante, mas não o mais importante neste feixe de variáveis.<br />

Passamos a ser, aquele que a<strong>do</strong>ra o receptor que possui, mas está sempre sonhan<strong>do</strong> com um outro que não possui.<br />

Se temos um Transglobe, queremos um Degen DE1103, se temos um Motobrás, queremos um Sony ICF7600GR, se temos um valvula<strong>do</strong>,<br />

vivemos sonhan<strong>do</strong> com um Icom R-75.<br />

Somos um ban<strong>do</strong> de insatisfeitos !<br />

Na verdade, deveríamos aprender, que o verdadeiro dexismo, é a capacidade de extrair <strong>do</strong> equipamento que possuímos, aquilo que de<br />

melhor ele pode nos proporcionar, e nos apequenamos em lamentações, sem procurar aprender os sutis detalhes que diferenciam o<br />

dexista <strong>do</strong> simples “escuta<strong>do</strong>r de rádio”.<br />

Vocês se lembram quan<strong>do</strong> surgiram aqueles pequenos receptores transistoriza<strong>do</strong>s de duas pilhas “AA”, aqueles <strong>do</strong> tamanho de um<br />

maço de cigarros, que cabiam no bolso da camisa <br />

Estamos falan<strong>do</strong> destes mesmos, que a gente usava, ape<strong>nas</strong> para ouvir emissoras locais de OM e FM, e que mesmo ten<strong>do</strong> a banda de<br />

<strong>Ondas</strong> <strong>Curtas</strong>, nunca nos aventuramos a testá-los neste mister.<br />

Pois saibam, que hoje, existe um ramo <strong>do</strong> dexismo, totalmente volta<strong>do</strong> para estes receptores, o chama<strong>do</strong> “ULR-DXing” sigla que vem a<br />

ser ULR = Ultra Light <strong>Radio</strong>, e significa nada mais que realizar dexismo em ondas médias, utilizan<strong>do</strong> este tipo de receptores.<br />

Esta onda se iniciou nos EUA, através de um cara chama<strong>do</strong> Gary De Bock, o qual mostrou para muita gente surpreendida, que aqueles<br />

pequenos e limita<strong>do</strong>s receptores ( que deveriam se sentir magoa<strong>do</strong>s com a discriminação), eram capazes de efetuar escutas de emissoras<br />

de <strong>Ondas</strong> Médias de longas distâncias, que possuíam seletividade e sensibilidade suficientes para se efetuar, com eles, a prática <strong>do</strong><br />

dexismo de <strong>Ondas</strong> Médias com excelentes resulta<strong>do</strong>s.<br />

Tal como depois que Colombo colocou um ovo em pé, existem hoje um batalhão de ULR-Dexistas espalha<strong>do</strong>s pelo mun<strong>do</strong>, com diversos<br />

clubes especializa<strong>do</strong>s e muitas listas de discussões específicas, nos principais idiomas <strong>do</strong> globo terrestre.<br />

Já tinha lhe passa<strong>do</strong> pela cabeça, que aquela “pequena cacholeta”, construída para divertir crianças, seria capaz de realizar um trabalho desses <br />

Nós temos uma grande dificuldade em quebrar paradigmas, e isso limita a nossa criatividade, o nosso desenvolvimento.<br />

É notório o famoso exemplo de paradigma, na pesquisa feita com macacos onde um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa<br />

jaula. No centro dela puseram uma escada e, sobre esta, um cacho de bana<strong>nas</strong>. Quan<strong>do</strong> um macaco subia a escada para apanhar as<br />

bana<strong>nas</strong>, os cientistas lançavam um jato de água fria nos que estavam no chão.<br />

Depois de certo tempo, quan<strong>do</strong> um macaco ia subir a escada, os outros enchiam-no de porradas. Passa<strong>do</strong> mais algum tempo, nenhum<br />

macaco subia mais a escada, apesar da tentação das bana<strong>nas</strong>.<br />

Então, os cientistas substituíram um <strong>do</strong>s cinco macacos. A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela sen<strong>do</strong> rapidamente retira<strong>do</strong><br />

pelos outros, que o surraram. Depois de algumas surras, o novo integrante <strong>do</strong> grupo não mais subia a escada. Aquele macaco novato<br />

não sabia o motivo, mas não subia mais na escada. Os macacos haviam cria<strong>do</strong> um paradigma: Subir na escada, representava receber<br />

um banho de água fria, e isso se tornara uma verdade imutável que deveria ser aceita por to<strong>do</strong>s, mesmo sem entenderem porque.<br />

Nós dexistas, estamos, em grande parte de nossas atividades, crian<strong>do</strong> estes nossos pequenos paradigmas e nos limitan<strong>do</strong> em<br />

termos de criação e evolução.<br />

Precisamos quebrar estes paradigmas diariamente, e experimentarmos, mesmo que seja aquela experiência que parece a mais improvável<br />

e elementar que não temos nem coragem de falar sobre ela aos outros... mas mesmo assim experimentemos, pois dela poderá surgir algo<br />

diferente, que poderá ser um novo passo, uma evolução, um pequeno detalhe que nos facilitará nossas recepções de emissoras.<br />

O dexista deve ser alguém assim, sem preconceitos, disposto a tu<strong>do</strong> experimentar a tu<strong>do</strong> praticar, sempre no senti<strong>do</strong> de evoluir dentro<br />

da atividade. É um eterno não ter me<strong>do</strong> <strong>do</strong> jato de água fria.<br />

É por isso que apresentamos aqui estas palavras, pois se você é daqueles que estão com me<strong>do</strong> de subir a escada, jamais<br />

será de fato um dexista.<br />

Dexista é aquele, que põe em dúvida to<strong>do</strong>s os conceitos, mesmos os mais cientificamente prova<strong>do</strong>s, e procura dioturnamente novos<br />

caminhos, novos processos. O Dexista jamais será um apologista <strong>do</strong> “lugar comum”, será sempre um pesquisa<strong>do</strong>r, um caça<strong>do</strong>r de<br />

novidades evolutivas.<br />

E assim encerramos estas nossas palavras iniciais desta semana, com um conselho:<br />

Não tenha me<strong>do</strong> de tentar subir a escada, água fria não mata !<br />

Equipe Editorial <strong>do</strong> @tividade DX<br />

DX Clube <strong>do</strong> Brasil

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