INOVAÃÃO TECNOLÃGICA NA INDÃSTRIA AUTOMOBILÃSTICA ...
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18,0<br />
16,0<br />
1997 1998 1999 2000 2001<br />
14,0<br />
12,0<br />
10,0<br />
%<br />
8,0<br />
6,0<br />
4,0<br />
2,0<br />
0,0<br />
Fonte: Ver a TABELA 4A. do Anexo Estatístico<br />
GRÁFICO 5. Intensidade da P&D industrial (P&D/ vendas líquidas) das empresas norteamericanas<br />
(exceto fundos federais), por setor (1997-2001).<br />
Convém relembrar, também, para efeito do argumento aqui em pauta, que a intensidade<br />
da P&D do setor automobilístico japonês, como ficou evidenciado no Gráfico 1, tem sido<br />
significativamente mais elevada do que a do norte-americano, o que, por um lado, aumenta o<br />
desempenho médio global do setor automobilístico e, por outro, justificaria classificar o setor<br />
automotivo japonês na categoria de elevada intensidade tecnológica (ver novamente o subitem 2.1<br />
e, especificamente, a nota 3).<br />
Como, por outro lado, a necessidade de ter que substituir a atual forma de propulsão dos<br />
autoveículos parece quase certa, já se encontra em andamento uma verdadeira corrida tecnológica<br />
para se determinar, entre as alternativas possíveis, os meios mais eficientes e economicamente<br />
viáveis para se realizar a referida substituição. Com efeito, a ‘lei 2004’, já adotada pelo estado da<br />
Califórnia (e por vários outros estados da região nordeste dos Estados Unidos), parece mesmo<br />
condenar o motor de combustão interna à extinção. Ao estabelecer que, a partir de 2007, pelo<br />
menos 10% das unidades vendidas por cada fabricante, naquele estado, seja de veículos de emissão<br />
zero, a ‘lei 2004’ introduz uma exigência que nem mesmo o mais limpo motor de combustão<br />
interna poderia atingir. Assim, como a expectativa, na avaliação dos analistas e das próprias<br />
montadoras, é de que tais normas regulatórias tendam a se difundir (e a se tornar cada vez mais<br />
estritas), a viabilização de uma nova tecnologia que atenda a tais requisitos está se convertendo<br />
numa questão estratégica para as montadoras (NRC, 2001; NRC, 2005).<br />
Esta corrida tecnológica, que não se limita às montadoras e aos fabricantes de<br />
autopeças 24 , poderá ter implicações bastante significativas para o automóvel e para a indústria<br />
automobilística de uma maneira geral 25 (McAlinden et al., 2000; NRC, 2003 e 2005; <strong>NA</strong>S, 2004).<br />
Embora a indústria automobilística internacional venha passando por várias e<br />
24 Envolve também as grandes companhias de petróleo -- “as maiores companhias de petróleo estão gastando centenas<br />
de milhões de dólares em pesquisas e desenvolvimento com o hidrogênio” (FT.com, 24 de março de 2000: 1, versão<br />
obtida pela internet) --, as empresas mais diretamente relacionadas com as tecnologias básicas a partir das quais se<br />
desenvolverão as células de combustível. Tem envolvido também alianças e acordos horizontais entre as próprias<br />
montadoras, entre estas últimas e empresas especializadas no desenvolvimento de células de combustível (como, por<br />
exemplo, a canadense Ballard) e mesmo entre as montadoras e as empresas petrolíferas (como, por exemplo, entre a<br />
Shell e a Daimler-Chrysler) (FT.com, 24 de março de 2000) .<br />
25 De fato, como demonstram claramente os estudos do U.S. Department of Energy (2002) e, especialmente, o <strong>NA</strong>S<br />
(2004), o advento da tecnologia da Célula de Combustível muito provavelmente terá um impacto na economia que irá<br />
muito além indústria automobilística ou mesmo dos meios de transporte, de uma maneira mais geral. Não é casual que<br />
o título geral do último estudo mencionado é: The Hydrogen Economy (...).<br />
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