Saú<strong>de</strong> é necessida<strong>de</strong> humana essencial porque, sem saú<strong>de</strong> não se tem possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver capacida<strong>de</strong>s e potencialida<strong>de</strong>s produtivas e sociais: sem saú<strong>de</strong>, não é possível participar plenamente da vida social como integrante da coletivida<strong>de</strong> e como indivíduo; sem saú<strong>de</strong>, não há liberda<strong>de</strong> nem cidadania plena. Laurel, 1997
RESUMO O <strong>câncer</strong> <strong>de</strong> <strong>mama</strong> é o mais temi<strong>do</strong> pelas mulheres, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> a sua alta frequência. Tem bom prognóstico se diag<strong>no</strong>stica<strong>do</strong> e trata<strong>do</strong> oportunamente. No Brasil as taxas <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> por <strong>câncer</strong> <strong>de</strong> <strong>mama</strong> continuam elevadas, provavelmente porque a <strong>do</strong>ença é diag<strong>no</strong>sticada em estágios avança<strong>do</strong>s. A Política Nacional <strong>de</strong> Atenção Oncológica (PNAO) foi instituída pela Portaria Nº 2.439/2005. Ela contempla promoção, prevenção, diagnóstico, reabilitação e cuida<strong>do</strong>s paliativos, a ser implantada em todas as unida<strong>de</strong>s fe<strong>de</strong>radas, respeitadas as competências das três esferas <strong>de</strong> gestão. Está organizada <strong>de</strong> forma articulada com o Ministério da Saú<strong>de</strong> e Secretarias <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>do</strong>s esta<strong>do</strong>s e municípios. Tem como objetivo organizar uma linha <strong>de</strong> cuida<strong>do</strong>s que perpasse to<strong>do</strong>s os níveis <strong>de</strong> atenção e <strong>de</strong> atendimento. A linha <strong>de</strong> cuida<strong>do</strong>s <strong>de</strong>screve o conjunto <strong>de</strong> ações e ativida<strong>de</strong>s a serem <strong>de</strong>senvolvidas em cada unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atenção à saú<strong>de</strong> e <strong>de</strong> apoio diagnóstico que compõe um <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> sistema, bem como aponta os profissionais envolvi<strong>do</strong>s e os recursos necessários, incluin<strong>do</strong> medicamentos e insumos. Este estu<strong>do</strong> teve como objetivo promover uma avaliação da PNAO - através da verificação <strong>no</strong>s registros <strong>do</strong> serviço - <strong>do</strong> tempo <strong>de</strong>corri<strong>do</strong> entre o diagnóstico e o tratamento das pacientes com <strong>câncer</strong> <strong>de</strong> <strong>mama</strong>, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a i<strong>de</strong>ntificar possíveis barreiras <strong>no</strong> <strong>acesso</strong>. Foi realiza<strong>do</strong> um estu<strong>do</strong> retrospectivo, on<strong>de</strong> foram analisa<strong>do</strong>s os prontuários das pacientes com <strong>câncer</strong> <strong>de</strong> <strong>mama</strong> atendidas <strong>no</strong> Serviço <strong>de</strong> Oncologia <strong>do</strong> Hospital Escola da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pelotas, <strong>no</strong> a<strong>no</strong> <strong>de</strong> 2011, i<strong>de</strong>ntifican<strong>do</strong> os intervalos <strong>de</strong> tempo transcorri<strong>do</strong>s entre a suspeita, o diagnóstico e o início <strong>do</strong> tratamento oncológico. Utilizou-se um instrumento <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s para coletar variáveis como: ida<strong>de</strong>, cor da pele, data <strong>de</strong> nascimento, esta<strong>do</strong> civil, e datas das etapas diagnósticas - realização <strong>do</strong>s exames e terapêuticas - início <strong>do</strong> tratamento oncológico. Quarenta e <strong>no</strong>ve mulheres foram incluídas <strong>no</strong> estu<strong>do</strong>. As ida<strong>de</strong>s variaram entre 35 e 81 a<strong>no</strong>s com média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> foi <strong>de</strong> 58,9 a<strong>no</strong>s e o <strong>de</strong>svio padrão <strong>de</strong> 12, 02 a<strong>no</strong>s. A faixa etária pre<strong>do</strong>minante foi a <strong>do</strong>s 60 a 69 a<strong>no</strong>s com 32% <strong>do</strong>s casos. A cor da pele pre<strong>do</strong>minante foi a branca com 84% <strong>do</strong>s casos, seguida <strong>de</strong> preta com 14%. Variáveis como esta<strong>do</strong> civil (96%) e ocupação (78%) apresentaram altos índices <strong>de</strong> ausência <strong>de</strong>ssas informações. Quanto ao estadiamento, 25% e 47% <strong>do</strong>s casos encontravam-se, respectivamente, <strong>no</strong>s estádios I e II, enquanto 28% <strong>do</strong> total apresentavam-se <strong>no</strong>s estádios III ou IV. Quanto à realização <strong>de</strong> exames 67% utilizaram o SUS. O intervalo <strong>de</strong> tempo entre a realização da mamografia e o tratamento oncológico foi o maior intervalo encontra<strong>do</strong> sen<strong>do</strong> <strong>de</strong> 160,5 dias. Este intervalo quan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong> ao estádio inicial e avança<strong>do</strong>, foi maior na pacientes com estádio avança<strong>do</strong> da <strong>do</strong>ença. O intervalo <strong>de</strong> tempo entre o diagnóstico e o tratamento oncológico é muito longo para a maioria das pacientes. Isto resulta em um diagnóstico <strong>do</strong> <strong>câncer</strong> <strong>de</strong> <strong>mama</strong> realiza<strong>do</strong> tardiamente e as pacientes apresentam estádio avança<strong>do</strong> da <strong>do</strong>ença. Quan<strong>do</strong> o diagnóstico é precoce, diminui a mortalida<strong>de</strong>, melhora a sobrevida e o tratamento é me<strong>no</strong>s complexo. O sistema público <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> necessita se organizar para que tenha uma maior integração entre os níveis primário, secundário e terciário, níveis estes por on<strong>de</strong> transitam as pacientes em busca <strong>de</strong> diagnóstico e tratamento. Palavras-chave: Câncer <strong>de</strong> <strong>mama</strong>, linha <strong>de</strong> cuida<strong>do</strong>, diagnóstico tardio, mortalida<strong>de</strong>.
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