CFM apoia Campanha de Defesa Profissional da SBACV

comunicados oficiais
Foto de Márcio Arruda/CFM
Presidente do CFM é cardiologista de Santa Catarina
CFM apoia campanha
de defesa profissional
da SBACV
por Aline Thomaz Em reunião com o presidente da
Sociedade Brasileira de Angiologia
e de Cirurgia Vascular
ROBERTO D’AVILA – O Conselho tem
participado ativamente do movimento
em busca da valorização da medicina,
(SBACV), Guilherme Pitta, o presi- inclusive com o pleito de recuperação
dente do Conselho Federal de Medi- dos honorários médicos, seja no Sistecina
(CFM), Roberto Luiz D’Avila, ma Único de Saúde (SUS), seja junto
deu total apoio à Campanha Na- às operadoras de planos de saúde. Tracional
de Defesa Profissional que a ta-se de um esforço com o qual outras
Sociedade vem desenvolvendo desde entidades, como a Associação Médica
dezembro. A ação exige dos planos
de saúde a adoção da Classificação “Temos empenhado
Brasileira Hierarquizada de Pro- esforços na criação
cedimentos Médicos (CBHPM). de uma carreira de
D’Avila avalia que a CBHPM deve
ser adotada não só pelos planos de
saúde, como também pelo Sistema
Único de Saúde.
Na entrevista abaixo, D’Avila explica
que o Conselho tem trabalhado
estado para o médico
do SUS, nos moldes das
que atendem juízes e
promotores de justiça”
pela aprovação do projeto que institui Brasileira (AMB) e a Federação Na-
o salário mínimo profissional do mécional dos Médicos (Fenam) também
dico em R$ 9.188,22 para 20 horas estão implicados. Nosso objetivo é a
semanais com reajustes anuais. Para recuperação da dignidade do trabalho
o cardiologista e professor da Univer- médico. Não se trata de um esforço
sidade Federal de Santa Catarina, é corporativo, mas de reconhecimento
preciso ainda adotar um plano de car- pela dedicação, pela qualificação, pelo
reiras para o médico. Sobre o Código tempo dedicado à formação contínua
de Ética Médica, D’Avila diz que toda de nossos profissionais. Por outro lado,
atitude em desarmonia com o Código entendemos que com a recuperação
deve ser denunciada para a apuração dessas perdas que têm se acumulado
das responsabilidades. Veja entrevista ao longo dos anos estaremos contri-
completa:
buindo para a melhora da assistência.
Certamente, a população sentirá a
CIRCULAÇÃO – O que o CFM pode diferença ao ver nos postos de saúde,
fazer para ajudar os médicos a ga- nos hospitais, nos consultórios, médirantirem
uma base de remuneração cos mais motivados e valorizados. Para
mínima?
tanto, defendemos a revisão da Tabela
04
Circulação | Jan/Fev/Mar | 2011
Presidente do Conselho, Roberto Luiz D’Avila, diz
que CBHPM deve ser adotada inclusive pelo SUS.
Órgão tem trabalhado pela aprovação do projeto de
salário mínimo profissional de R$ 9.188,22
SUS, com incorporação dos valores e
nomenclaturas da CBHPM. Defendemos
também a adoção de um Plano
de Cargos, Carreiras e Vencimentos
(PCCV) tendo como referencial a
proposta das entidades nacionais. Trabalhamos
ainda pela aprovação do projeto
que institui o salário mínimo profissional
do médico em R$ 9.188,22
para 20 horas semanais, com reajuste
anual. Finalmente, temos empenhado
esforços na criação de uma carreira
de estado para o médico do SUS, nos
moldes das que atendem juízes e promotores
de justiça. O próprio Ministério
da Saúde já sinalizou de forma positiva
ao pleito, que, ao ser colocado em
prática, trará remuneração adequada e
condições de trabalho aos profissionais
da rede pública.
CIRCULAÇÃO – Quais são os objetivos
do CFM nessa gestão em relação
às sociedades médicas?
D’AVILA – Uma das palavras que
orientam o trabalho da atual gestão
do CFM é integração. Buscamos uma
maior interação e diálogo com os conselhos
regionais de medicina e com
todas as entidades que representam
os médicos, como as associações médicas
e as sociedades de especialidades.
Entendemos que é fundamental
buscarmos o consenso em nossas lutas
e esforços, mas sempre respeitando
também as características e os interesses
específicos de cada grupo. O