Informativo - PARóQUIA NOSSA SENHORA RAINHA
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NSRainha em AÇÃO!<br />
CONHEÇA O TRABALHO DA PASTORAL DA ACOLHIDA<br />
São Paulo, na carta aos Romanos, exorta: “Acolhei- vos uns aos outros,<br />
como Cristo nos acolheu para a glória do Pai” (Rom. 15,7). Criada em<br />
2006, a Pastoral da Acolhida da Paróquia Nossa Senhora Rainha é<br />
responsável por receber e propiciar o bem-estar dos fiéis durante as<br />
celebrações. Formada por cerca de 40 voluntários, que se revezam<br />
entre os horários de missa, a equipe é responsável, além dos cumprimentos,<br />
pela acomodação dos paroquianos, com atenção especial aos<br />
idosos, gestantes e pessoas com necessidades especiais, e pela entrega<br />
do informativo paroquial.<br />
Para Hayat Layoun, coordenadora da pastoral, uma boa acolhida é<br />
capaz de motivar as pessoas e prepará-las para bem celebrar. “Acolher<br />
é receber bem, é ir ao encontro de alguém. Quando vamos à casa de um<br />
familiar ou amigo, gostamos de ser bem recebidos. A Pastoral da<br />
Acolhida é isso: representa os braços abertos da igreja que nos aceita”,<br />
afirma. Atualmente, a pastoral demanda por voluntários na missa de<br />
sábado, às 17h. Aqueles que têm interesse em participar, podem<br />
procurar a secretaria paroquial e se informar como ser um membro da<br />
Pastoral da Acolhida.<br />
A Pastoral da Acolhida da paróquia possui cerca de 40 voluntários.<br />
ESTUDO BÍBLICO<br />
Expectativas<br />
Parece ser necessidade intrínseca do ser humano a necessidade da<br />
“confiança em”. Assim, a confiança põe-se como necessária a essa vida<br />
em sociedade. Não é possível estabelecer relações íntimas sem a<br />
confiança, além disso, o ser humano busca constantemente pela verdade<br />
em todas as dimensões de sua vida e isso não poderia ser diferente em<br />
suas relações interpessoais. A confiança supõe um ato espontâneo de<br />
adesão à uma verdade que alguém nos anuncia. Foi assim conosco com<br />
relação ao Evangelho – confiamos em Deus e em sua Palavra e experimentamos<br />
do fato de que Deus é aquele que faz jus à uma entrega do coração<br />
a Ele realizada. Isso porque confiar é pôr o coração na verdade de alguém.<br />
Mas como não vivemos somente uma relação com o transcendente, pois<br />
necessitamos das pessoas, nos relacionamos com inclinações afetivas, a<br />
questão da confiança se põe no âmbito interpessoal, o que parece ser<br />
mais complicado para nós.<br />
Todos podem concordar com o fato de que a confiança em Deus é “fácil”,<br />
pois sabemos que Ele é imutável, que Ele não mente jamais, que Ele é<br />
sempre fiel e podemos seguir descrevendo uma lista infinita dos atributos<br />
divinos. Com isso partimos para a afirmação: “Confiar em Deus eu confio,<br />
agora... nas pessoas... Isso já é pedir demais...”. Quantos de nós já<br />
sofremos decepções, já fomos traídos, já esperamos demais e nos<br />
magoamos? Há pessoas que, de fato, parecem mostrar-se indignas de<br />
nossa confiança, de nossa entrega, de conhecer nosso coração. Por outro<br />
lado, a generalização pode nos impedir a experienciação de algo sempre<br />
novo e dessa lógica todos nós sabemos.<br />
Desse modo, a reflexão a ser feita aqui pode partir do que o evangelista<br />
João afirmou: “Jesus não precisava ser informado a respeito do ser<br />
humano. Ele bem sabia o que havia dentro do homem” (Jo 2,25).<br />
Podemos aprender a respeito disso não um total descrédito, falta de<br />
segurança com relação ao ser humano e muito menos aderir à afirmação<br />
do filósofo inglês Thomas Hobbes de que “o homem é lobo do próprio<br />
homem”. Caminhemos para aprender que em nossas relações podemos<br />
diminuir nossas exigências, nossa espera, nossas expectativas. Essa não é<br />
uma reflexão que visa partir para o âmbito do trabalho como uma<br />
desculpa para maus profissionais, porque devemos buscar ser exímios em<br />
tudo quanto fizermos, sim. Também não buscamos fazer apologia à<br />
frouxidão moral. Mas pensemos no fato de estarmos sempre esperando<br />
que pessoas – sejam elas pessoas próximas, pessoas queridas, cônjuges,<br />
amigos, líderes espirituais – supram nossas maiores expectativas, que não<br />
errem conosco e nem damos brecha para isso!<br />
EcoRainha<br />
Nossa espera pelo melhor de alguém pode partir da crença na conservação<br />
de valores, na ética, na moral que acreditamos que outras pessoas<br />
possuem, pois eu não sou, exclusivamente, o único ser ético do planeta.<br />
No entanto, essa espera não deve imperar no nível da exigência interna de<br />
que todos que se aproximarem supram sempre minhas expectativas.<br />
Precisamos pensar a partir do fato de que os que estão à nossa volta são<br />
pessoas, como eu e como você. São passíveis de falhas, equívocos, muitos<br />
dos quais sequer foram propositais. Isso pode nos trazer maleabilidade e<br />
amabilidade em nossas afirmações relacionadas a outras pessoas.<br />
Algumas passam por nós e não nos cumprimentam porque podem estar<br />
apressadas, concentradas em outras atividades ou podem não nos ter<br />
visto. Alguém pode não falar conosco com o mesmo afã, sorriso e<br />
abertura de todos os dias porque pode estar num mau dia, passando por<br />
problemas e até mesmo necessitando de nossa ajuda – o que nem<br />
notamos se estivermos centrados em nosso mundo, nas ofensas<br />
recebidas [que os outros podem nem estar sabendo que dirigiram a nós].<br />
Nesse sentido, ao reunirmos indícios para confiar em alguém, devemos<br />
ter em mente que essa necessidade de apoio, de entrega e de espera do<br />
bem deve ocorrer mais a partir da fé na sinceridade e na lealdade do<br />
outro, que na certeza de que a resposta à nossa confiança irá sempre<br />
suprir nossa espera. De tudo ficamos com a ciência de que a confiança se<br />
constitui num risco, mas a reciprocidade se torna possível na medida em que “me sei”<br />
capaz de amar, de ser sincero e leal para com outrem. Devo pensar a partir de mim:<br />
podem outros confiar em mim, sou eu uma pessoa passível de confiança? Procuremos<br />
crescer nisso e também aprendendo o amor sempre sob a perspectiva de que todos<br />
são passíveis de erros, assim como nós! Podemos pensar como nossas relações seriam<br />
melhores na igreja e até mesmo como falaríamos menos uns dos outros...<br />
A partir da reflexão sobre expectativas, procuremos<br />
pensar a respeito de nós mesmos, analisar nossas<br />
exigências, nossa capacidade de amar, de ser um<br />
sincero apoio e do que nó mesmos somos, partindo<br />
dos textos bíblicos:<br />
Domingo: Jeremias 17,9-10; João 2,24-25<br />
Segunda-feira: II Pedro 3,18a; Provérbios 4,23-26<br />
Terça-feira: I Pedro 4,8-10<br />
Quarta-feira: Colossenses 3,12-14<br />
Quinta-feira: I João 3,11-23<br />
Sexta-feira: Provérbios 18,19.24<br />
Sábado: I João 4,7-21<br />
Suelen Nery dos Santos<br />
Teóloga<br />
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