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<strong>INSTITUTO</strong><br />
<strong>MOREIRA</strong><br />
<strong>SALLES</strong> <strong>SP</strong><br />
andrade morettin
O Instituto Moreira Salles terá um novo museu<br />
em São Paulo. O projeto do escritório Andrade<br />
Morettin Arquitetos venceu o concurso em<br />
2011, do qual participaram outros cinco<br />
escritórios brasileiros para a construção – em<br />
um terreno na avenida Paulista, entre as ruas<br />
Bela Cintra e Consolação – de um edifício que<br />
destinará três andares (algo como 1.200<br />
metros quadrados) somente para exposições e<br />
terá também um cinema/auditório, uma<br />
biblioteca de fotografia, salas de aula para<br />
cursos, cafeteria, loja e a administração do IMS.<br />
Com o novo museu, será possível também<br />
promover mostras de cinema, palestras, cursos<br />
e eventos musicais, como os que o IMS já realiza<br />
em seu centro cultural do Rio Janeiro.<br />
O museu, portanto, além de ser um novo marco<br />
arquitetônico da cidade, fará jus à importância<br />
que o IMS sempre deu a São Paulo, principal<br />
centro de irradiação cultural do país.
partido/programa<br />
O corte longitudinal esclarece a distribuição<br />
do programa, consolidado no ano e meio de<br />
desenvolvimento do projeto. Nele, visualiza-se<br />
a permeabilidade da calçada da Paulista com o<br />
interior do edifício, assim como o seu<br />
prolongamento no percurso iniciado por meio de<br />
duas escadas rolantes - a primeira com lance<br />
de seis metros e a outra, de 11 -, espécie de<br />
túnel de luz que conduz ao térreo elevado.<br />
Este, localizado no núcleo do prédio -<br />
desdobramento dos espaços públicos da<br />
Paulista -, é uma praça que abriga infinitas<br />
possibilidades de ocupação, “como se tirassem o<br />
vão livre do Masp e colocassem no meio do IMS,<br />
deixando a liberdade acontecer dentro do<br />
edifício”, menciona Marcelo Maia Rosa,<br />
arquiteto associado do escritório. A partir daí,<br />
tem-se acesso à área de exposições, nos três<br />
pavimentos acima, e à midiateca posicionada<br />
abaixo.
projeto<br />
las<br />
americas<br />
méxico<br />
grupo boa mistura
Intervenção Urbana: Coletivo Boa Mistura<br />
invade com cores a Colonia Las Américas<br />
O Projeto Las Américas a cargo do coletivo<br />
espanhol de arte urbana Boa Mistura, foi uma<br />
experiência piloto se um projeto ainda mais<br />
amplo em que a arte é o pretexto e o motor de<br />
um processo de transformação positiva de uma<br />
comunidade. Esta primeira fase, desenvolvida<br />
em novembro do ano passado, envolveu duas<br />
semanas de intenso trabalho para dar cor,<br />
forma e imagem a mais de 30 residências de<br />
Colonia Las Américas, na cidade de Santiago de<br />
Querétaro, México. Este projeto de cunho<br />
estético e social tem como objetivo futuro<br />
pintar mais de mil casas da comunidade, visando<br />
embelezar o bairro e potencializar sua<br />
paisagem e identidade.
Colônia de Las Américas (Santiago de Querétaro,<br />
México)<br />
A Colônia de las Américas se localiza na<br />
periferia de Querétaro. É uma comunidade<br />
humilde, de pessoas trabalhadores, com<br />
carências, mas com uma força especial em seu<br />
povo. Conta com infraestrutura básica e com<br />
uma agitada vida interna gerada por pequenos<br />
comércios.<br />
História do lugar e estudos anteriores<br />
O projeto pretende criar uma intervenção<br />
paisagística que reforce o conceito de<br />
identidade da colônia. Os Otomíes foram a<br />
principal fonte de inspiração. É o povo indígena<br />
que tem suas raízes ali e sentíamos que se<br />
escavássemos um pouco encontraríamos alguns<br />
e seus maravilhosos tecidos. A cor aplicada às<br />
casas tem suas origens no artesanato desse<br />
antigo povo.
Tudo começou com a intenção de mostrar que é<br />
possível a transformação social através da<br />
arte. Os moradores desempenharam um papel<br />
fundamental ao se converterem em co-autores<br />
da obra, melhorando seu próprio espaço<br />
cotidiano. Os conceitos chave estão em<br />
potencializar as relações e a comunicação<br />
entre os moradores. Participação, trabalho em<br />
rede, sentimento de comunidade.<br />
A razão por que foi escolhida a Colônia Las<br />
Américas para esta primeira fase do projeto tem<br />
a ver com o fato desta ser uma região que<br />
apresenta um sentimento de insegurança. No<br />
futuro, pretende-se trabalhar sobre esta<br />
proposta e diversificar o projeto em outras<br />
comunidades de Querétaro que apresentam<br />
problemas similares.<br />
"Em novembro intervimos em Las Américas.<br />
Vivemos na Colonia durante 3 semanas para<br />
realizar esta experiência piloto. Ali convivemos<br />
com os moradores, compartilhando com eles<br />
nosso momentos maravilhoso, assim como com<br />
os voluntários. Conhecemos as<br />
particularidades de Las Américas, aprendemos<br />
muito e tudo serviu para estudar uma<br />
estratégia de abordar o grande desafio: Pintar<br />
toda a Colônia!" comenta o coletivo.