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Apicultura. - Pesagro-Rio

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Geralmente, as doenças que atingem abelhas adultas não provocamperdas muito acentuadas no Brasil (a acariose não foi ainda observada). Asdoenças da cria são as que provocam os maiores danos, nos Estados Unidos, naEuropa e também no Brasil.● Podridão-americana da cria: provocada pela bactéria Bacilus larvei. Éenfermidade seriíssima, que devasta os apiários. Seu combate é radical: fogo.Felizmente não foi verificada no Brasil.● Cria-ensacada: não se conseguiu encontrar um microrganismo responsável.Enfraquece a família, prejudicando a produção. As larvas doentes, geralmentecolocadas em células já fechadas, cujos opérculos se mostram furados,apresentam-se inicialmente de cor creme, passando mais tarde a marrom e atécinza. Essas larvas se apresentam como que sentadas no fundo da célula, com acabeça sempre erguida. Retiradas das células, as larvas saem inteiras e tomam aforma de um saco, donde o nome dado à doença. Às vezes, têm consistênciamuito mole.Essa doença, grave somente em casos excepcionais, é bem disseminadano Brasil. Laidlaw, em 1954 e 1955, durante sua permanência no Brasil, notoumuitas vezes essa doença, embora em forma benigna, em apiários de São Pauloe no <strong>Rio</strong>. Geralmente, não há cheiro. Se sentido, é igual ao cheiro de algo ácido,provavelmente devido ao apodrecimento da larva.Combate: não há combate eficiente contra a cria-ensacada. Quase sempre adoença desaparece com o início da florada. A seleção de rainhas resistentes àdoença é interessante. Portanto, as rainhas das colméias doentes devem sersubstituídas por filhas de outras que se tenham mantido completamente sadias.● Podridão-européia da cria: segundo trabalhos realizados por L. Bailey, emRothamsted (Inglaterra), em 1959, a causa principal seria a bactériaStreptococcus pluton, à qual se juntaria a Bacterium eurydice. É doençaaltamente contagiosa e causa graves prejuízos às abelhas, embora não extinga acolméia, senão em casos excepcionais. Os apiários brasileiros são rudementeatingidos por essa doença desde 1909. A época de maior incidência tem sidoagosto. Essa doença é a mais séria registrada no Brasil e está largamenteespalhada, o que se constatou em visitas a apiários racionais e caboclos. Asabelhas pretas, em geral, são bem flageladas, normalmente em colméias fracas.Os apicultores não notam a sua presença, a não ser quando têm espírito jáprevenido. As colméias mais fortes suportam relativamente bem o ataque e serecuperam mais ou menos rapidamente, graças à grande atividade das abelhaslimpadoras, que eliminam prontamente as larvas doentes, foco de contaminação.Os reflexos, no entanto, são desastrosos sobre a colheita de néctar, bem comosobre a produção de cria. Se não houver socorro às colméias mais fracas, elaspodem acabar se extinguindo. Na apicultura, o principal prejuízo constatado foiàs larvas enxertadas para produzir rainhas: elas se desenvolviam normalmenteaté 4 ou 8 dias após a operculação (o que é interessante, pois as larvas deoperárias atacadas são quase sempre as não-operculadas); as larvas quedeveriam ficar na parte superior das células (correspondendo ao fundo darealeira) para se alimentarem com a geléia real, caíam na parte inferior (pontada realeira) e morriam. Algumas larvas ainda se desenvolviam um pouco mais,24

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