Ano XIX - Número 136 - CAPUL

MARÇO/ABRIL - 20137COOPERADO DESTAQUEAdailson Alves de Almeidaadailson e sua filhaO cooperado destaque destaedição, tráz a história de um produtorque tem pelo leite um grandeamor e que vê esta atividadecomo uma forma de retribuir aoseu pai tudo que o mesmo fez porele.Natural de Unaí, AdailsonAlves de Almeida é filho do casalAntônio Alves de Almeida e EnediraAlves de Almeida, pelos quaistem o maior respeito e admiraçãoe de quem herdou o amor peloleite. Casado há anos com UleneAlves Rocha é pai de Hialy Alvesde Almeida e Ana Carolina Alvesde Almeida.Sua história começa exatamenteno dia 11 de abril de 1969,dia de seu nascimento, isso porqueo cooperado diz que desdeque nasceu está na atividade. Noinício, seu pai o Sr. Antônio trabalhavana lavoura, o que tomavagrande parte de sua terra e oleite ocupava pouco espaço na fazenda,localizada na região Pico.Muito jovem Adailson veio para acidade estudar, mas aos 14 anosvoltou para a propriedade do seupai, onde o ajudava na lida do leitee da lavoura. Ficou por lá até seus18 anos, quando decidiu deixar oleite e investir no comércio local.Esse período não durou muito, ecom 20 anos retornou aos negóciosda fazenda.Com isso, tentou investir emdiversas áreas como suínos, horticultura,aviculturas e também oleite. Como a atividade leiteira eralevada juntamente com outrasatividades, e não era dada a necessáriaimportância, não se viaresultados na mesma, apesar deter lidado toda sua vida com o leitee ter aprendido tudo que sabecom seu pai. Adailson ainda nãotinha estrutura suficiente parafazer do leite sua principal fontede renda, o que dificultava suamigração para a atividade leiteiratransformando a mesma em suaprincipal fonte de renda. “Somos5 irmãos e só eu fiquei na roça, euvia o leite como uma ajuda e nãocomo fonte principal”, disse. Tendovisto a grande influência quesofria de seu pai, tentou melhorarseu rebanho, mas acabou obtendoo resultado contrário, pois omesmo cruzava boi Nelore, Guzeráe Gir com as vacas. Sua últimatentativa, o gado Gir fez comque seu rebanho ficasse muitoazebuado, o que diminuiu suaprodução. Isso forçou o produtora adquirir vacas todos os anos,para aumentar seu plantel e consequentementesua produção.Foram os erros e acertos quelevaram a procurar a AssistênciaTécnica da CAPUL, mais especificamenteo Projeto Educampo.Isso ocorreu no ano de 2008,pouco tempo antes de se associara CAPUL. A partir daí começavauma nova vida, agora com umnorte a seguir e muitos sonhos arealizar.Adailson atribui ao projetode Assistência Técnica da CA-PUL, o Educampo, na parceriacom o Zootecnista, que assiste apropriedade, Maurício de AlmeidaGonçalves, cerca de 80% dasmelhorias obtidas na fazenda,pois após entrar no projeto elepercebeu o quanto é importantefazer anotações zootécnicas,além de pesar o leite, “nunca anoteinada e nem pesava o leite, agoravejo o quanto é importante”.Com esse trabalho o cooperadopode ver sua propriedade no papele entender o que precisava sermudado para alcançar seus objetivos.Foi também com o auxíliodo Educampo, que melhorou seuplantel e hoje está na segundageração de inseminação em suapropriedade, o que o deixa muitosatisfeito, tendo visto que o produtorsabe a procedência do rebanhoe não precisa mais adquirirvacas, as quais muitas vezes eramcompradas com algum problemaclínico, que não era identificadoantes. ”Os benefícios de fazerparte desse projeto são muitos”,diz Adailson, dentre os mesmosele cita: acompanhamento deplantio, pois na sua propriedadeo principal alimento do gado é asilagem; o controle reprodutivo,com a presença do veterinárioCarlos Alberto Pereira de Souzaque o auxilia; os controles dos dadoszootécnicos e principalmenteo planejamento das ações a seremrealizadas. A parceria com oProjeto Educampo já dura cercade 5 anos, e nos pensamentos deAdailson a mesma durarará pormuito tempo, pois o produtor vêna Assistência Técnica uma formade trabalhar, sempre, em buscado melhor.Uma característica relevantenesse produtor, além do amorpelo que faz, é sua humildade ea forma com que trata sua equipede trabalho. Apesar de terum nível relativamente auto derotatividade de funcionários napropriedade, problema que afetamuitos produtores dessa atividade,Adailson conta que algunsfuncionários pediram demissão,mas ao ver o mundo fora da propriedaderesolveram voltar. Essefato é atribuído ao modo comoconversa e trabalha com seus colaboradores.“Eu trato os vaqueiroscomo gente de casa, não temdiferença entre eles e eu, façotudo que eles fazem...”, diz o produtororgulhoso da sua equipe.Após dois anos da entradano Projeto Educampo, ele se associouà CAPUL. “Não me associeiantes porque trabalhava commeu pai. Era para eu ter me associadopor volta de 1996, mas meacomodei”, conta o cooperado.Continuando ele relata “gosto daCAPUL como minha casa, procuroparticipar de tudo na CAPUL”.O produtor tem uma vida ativa nacooperativa, é sempre convidadoa participar de eventos, comodias de campo e palestras, alémde cursos. No momento participade um projeto inovador que aCAPUL trouxe para Unaí, o ProgramaPAS Leite, que em parceriacom o SENAR busca trazer melhoriaspara a atividade leiteirano que se refere à qualidade e acertificação do mesmo, incentivandoe alavancando a produção.“Tenho muitos planos para ofuturo”, relata, e um deles é chegara produzir 2.000 litros de leitepor dia até o final deste ano, epara isso planejou e fez investimentosque possibilita a realizaçãodesse sonho. Em sua propriedadeele trabalha com sistema depiquete rotacionado, e pretendecolocar irrigação, além de possuiruma ordenha que tem capacidadepara oito animais, tudo isso foifeito pensando lá na frente, no aumentoda produção que hoje é de1.000 litros, para 1.500 até o meiodo ano e ao final chegar a 2.000 litroscomo relatou anteriormente.Por fim, Adailson agradeceao seu pai o Sr. Antônio Alves deAlmeida, a quem lhe deve tudo epor quem tem uma enorme estimae pede para que todos os cooperadosse unam em busca docrescimento da CAPUL.Por: Roberta Lana