Cadeia Coureiro, Calçadista e Artefatos - Sistema Moda Brasil

Na segunda frente, propõe-se seguir a lógica de mini-fábricas,necessária à customização em massa de produtos, e aproximar aprodução dos consumidores. Isso envolveria um casamento das áreas deeletrônica – automação com o desenvolvimento de software – e dasTICs. Aqui não estamos falando em novos desenvolvimentostecnológicos, mas sim na adoção de tecnologias já disponíveis.Essa estratégia poderia contribuir também para reestruturar afabricação de calçados no Brasil. As pequenas e médias empresaspoderiam direcionar sua estrutura para atender o mercado decustomização. Com investimentos em treinamento, equipamentosmodernos e uma logística de distribuição e comercialização eficiente,um novo nicho de atuação poderia ser aberto. Essa estratégia poderiaminimizar a dependência em relação às grandes empresas. Paraviabilizá-la, é necessário capacitar os sapateiros para operar em umnovo nível tecnológico. Essa capacitação teria como conseqüênciadesejável a melhoria da qualidade dos produtos, principalmentedaqueles produzidos nas pequenas e médias empresas. Observa-seaqui uma grande interdependência com a diretriz de certificação deprodutos apontada no eixo do diferencial competitivo.2. Estratégia Setorial2.2.2.3 Meio ambienteNa dimensão ambiental há questões que colocam tanto na perspectivado eixo do diferencial de competitividade quanto no da manutenção dacompetitividade, dependendo da atitude dos países produtores jáadotam em relação às questões ambientais. Por exemplo, na Itália, ondejá existe uma percepção adequada das questões ambientais e legislaçãomadura torna-se uma questão de acompanhar a tendência de produçãolimpa e certificação ambiental. Por outro lado, em relação à China, tratasede um diferencial competitivo, pois não há perspectiva da mesmaconformar sua produção aos condicionantes da produção limpa e obtera certificação ambiental no horizonte temporal do estudo.81