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intensas e freqüentes) geram este aumento de chuva. Esta intensificação poderia ser explicada<br />

considerando o aquecimento da região subtropical da América dos cenários futuros de clima e<br />

as anomalias de chuva observadas, em analogia com o clima do presente que mostra tendências<br />

de redução/aumento de chuva na região da Amazônia norte/sul do Brasil e jatos mais<br />

intensos e freqüentes (Marengo et. al. 2004a).<br />

No entanto, como a Amazônia está mais seca, o transporte de umidade é menor, e a<br />

pouca umidade que o Atlântico Tropical não condensa sobre a Amazônia vai diretamente para<br />

a região Sul, transportada por um jato de baixos níveis mais intenso e talvez mais freqüente,<br />

porém mais “seco” que no clima atual. O clima mais quente pode intensificar a baixa do Noroeste<br />

Argentino, motivando também uma aceleração do jato de baixos níveis. A convergência na<br />

saída do jato e a massa de ar transportada pelas frentes frias do Sul (que possivelmente são<br />

mais intensas e freqüentes) geram este aumento de chuva. Esta intensificação poderia ser<br />

explicada, considerando o aquecimento da região subtropical da América nos cenários futuros<br />

de clima e as anomalias de chuva observadas, em analogia com o clima do presente que<br />

mostra tendências de redução/aumento de chuva na região da Amazônia norte/sul do Brasil e<br />

jatos mais intensos e freqüentes (Marengo et al. 2004a).<br />

Na primavera SON, estação que acontece no início do período chuvoso na maior parte<br />

do Brasil, o modelo HadCM3 tende a apresentar anomalias positivas de chuva na região do sul<br />

da Amazônia, Sudeste do Brasil e de monção na América do Sul, sugerindo também um possível<br />

adiantamento da estação chuvosa. No inverno, o modelo HadCM3 e, em menor grau o<br />

CCSR/NIES, apresentam anomalias positivas de chuva mais fraca no Sudeste que nos modelos<br />

HadCM3 e GFDL. No inverno, os modelos apresentam uma intensificação da ZCIT no<br />

Atlântico Tropical do Norte e Pacífico Tropical do Leste. Todos os modelos apresentam em<br />

maior ou menor grau anomalias de chuva na Amazônia do norte e na costa da Venezuela, e no<br />

leste da Colômbia, e com reduções mais intensas no cenário A2. O aquecimento é maior no<br />

inverno e na primavera que no verão. O aquecimento é maior no inverno e primavera que no<br />

verão, e mais intenso no cenários A2 comparado com B2.<br />

2.3 Extremos de chuva e de temperaturas do ar<br />

As análises de extremos de chuva e temperatura apresentados no ítem 2.2 e nos trabalhos<br />

de Vincent et al. (2005), Haylock et al (2006) e Alexander et al. (2006) para América do Sul<br />

apresentam uma visão de aquecimento e de intensificação de eventos extremos de chuva,<br />

ainda que as mudanças de extremos de chuva sejam menos coerentes que as mudanças na<br />

temperatura do ar. Estas mudanças observadas são consistentes com estudos observacionais<br />

realizados em nível local e em vários países da região (Marengo e Camargo 2006, Rusticucci et<br />

al., 2002, 2003, 2004).<br />

Um estudo recente (Tebaldi et al. 2006) analisa projeções de extremos climáticos usando<br />

oito modelos globais do IPCC que atualmente estão sendo considerados para a implementação<br />

do Quarto Relatório Científico (IPCC-AR4). Considerando os mesmos índices de extremos

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