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Boletim Epidem iológico Paulista - Centro de Vigilância ...

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BEPA 2012;9(103):4-15como problema <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública, não havendo,assim, programas governamentais direcionadospara esta micose, salvo em alguns Estados, comoMato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná,7-11,4Rondônia e São Paulo.No Brasil, a PCM é encontrada em praticamentetodas as regiões: Sul, Su<strong>de</strong>ste, <strong>Centro</strong>-Oeste e Norte, além <strong>de</strong> casos esporádicos relatadosno Nor<strong>de</strong>ste. Entretanto, por não ser doença<strong>de</strong> notificação compulsória, não se dispõe <strong>de</strong>dados precisos sobre sua incidência e prevalênciano país. O conhecimento <strong>de</strong> áreas endêmicas e dosdados <strong>de</strong> prevalência, incidência e morbida<strong>de</strong>baseiam-se em relatos <strong>de</strong> casos clínicos e <strong>de</strong>11inquéritos intradérmicos.A região central do Estado <strong>de</strong> São Paulo éresponsável pela maior frequência <strong>de</strong> relatos da12-14,2,3,11doença.12Santo analisou a tendência da mortalida<strong>de</strong>relacionada à PCM no Estado <strong>de</strong> São Paulopela avaliação das causas múltiplas <strong>de</strong> morte,consi<strong>de</strong>rando todos os óbitos ocorridos entre1985 e 2005, cujas <strong>de</strong>clarações <strong>de</strong> causamortisinformassem a micose em qualquerlinha ou parte do atestado médico. Segundo oautor, das 24 Direções Regionais <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>(DIRs) do Estado <strong>de</strong> São Paulo, 15 apresentaram,no total <strong>de</strong> 30 menções <strong>de</strong> PCM,coeficientes superiores a 2,66; evi<strong>de</strong>nciandosevalores <strong>de</strong> 8,73 em Botucatu, 7,74 em SãoJoão da Boa Vista e 7,25 em Barretos. Entretanto,as DIRs com maior número <strong>de</strong> mortesrelacionado à doença foram as <strong>de</strong> Campinas,com 223 óbitos; Capital, com 212; Sorocaba,com 203; Piracicaba, com 119; São José do RioPreto, com 114; São João da Boa Vista, com109 e Ribeirão Preto, com 107 mortes.15Em estudo retrospectivo, Martinez <strong>de</strong>monstrouque, no período compreendido entre 1980 e1999, a incidência da PCM no distrito <strong>de</strong> RibeirãoPreto, região Nor<strong>de</strong>ste do Estado, foi avaliada em2,70 casos para cada 100.000 habitantes/ano.Neste estudo <strong>de</strong> coorte com 1000 pacientes, oautor verificou que 50% eram munícipes <strong>de</strong>Ribeirão Preto; 36% eram moradores <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>svizinhas a Ribeirão Preto e 14% eram do Estado<strong>de</strong> Minas Gerais.13,14Estudo recente <strong>de</strong>monstrou que 60% dosmunicípios do Estado apresentam ao menos umpaciente com anticorpos circulantes anti-P.brasiliensis, <strong>de</strong>tectados por imunodifusão duplaem gel <strong>de</strong> agarose. A autora observou que amaioria dos pacientes sorologicamente reagentespara P.brasiliensis concentram-se nas macrorregiões<strong>de</strong> Campinas, São Paulo e Gran<strong>de</strong> SãoPaulo, Sorocaba e São João da Boa Vista. Asmaiores taxas <strong>de</strong> reativida<strong>de</strong>, porém, foramobservadas nos municípios <strong>de</strong> Piracicaba, Franca,Araçatuba e Presi<strong>de</strong>nte Pru<strong>de</strong>nte. A autora, porsua vez, ressalta que não foram incluídas noestudo amostras <strong>de</strong> pacientes atendidos nosserviços <strong>de</strong> referência <strong>de</strong> importantes pólosendêmicos da doença como Botucatu, RibeirãoPreto, Araraquara e Bauru.OBJETIVOS E MÉTODONa tentativa <strong>de</strong> aprimorar as ações <strong>de</strong> controlee educação relacionadas a esta micose, este artigotem como objetivo <strong>de</strong>screver a situação da PCMno Estado <strong>de</strong> São Paulo, no período compreendidoentre 2008 a 2011, após a edição, em 2008, doManual <strong>de</strong> Vigilância e Controle da Paracoccidioidomicosepela Divisão <strong>de</strong> Tuberculose eOutras Pneumopatias (DvTBC) do <strong>Centro</strong> <strong>de</strong>Vigilância <strong>Epi<strong>de</strong>m</strong>iológica “Prof. AlexandreVranjac” (CVE) da Coor<strong>de</strong>nadoria <strong>de</strong> Controle <strong>de</strong>Doenças (CCD) da Secretaria <strong>de</strong> Estado <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><strong>de</strong> São Paulo (SES-SP).Vigilância <strong>Epi<strong>de</strong>m</strong>iológica da Paracoccidioidomicose no ESP, 2008 a 2011/Souza Pinto V et al.página 6

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