Nº 685 - Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região

Pág. 2 Edição 685Setembro de 2012Pagaram para ver ...Os empresáriosde Sorocaba literalmentepagaram paraver a reação dos metalúrgicosaos 5% dereajuste salarial queeles ofereceram esteano. Os trabalhadoresda categoria reagiramcomo de costumefrente à provocação eao desrespeito: pararama produção.Se as máquinaspararam por algumashoras devido aos protestose isso acarretoualgum prejuízoaos patrões, o preçopago foi justo, do tamanhoda aposta feitapor quem duvidou dacapacidade históricadesta categoria profissional.Uma das virtudesdos metalúrgicos,além de contribuirpara o desenvolvimentodo país, émanter sua consciênciade classe. É essaconsciência que fazo metalúrgico reconhecero valor real dotrabalho, que provocaa indignação dianteda exploração patronale das injustiças demaneira geral, alémde incentivar o metalúrgicoa valorizaras lutas e conquistascoletivas.As paralisaçõesque ocorreram estasemana em diversasfábricas e em locaisFolha MetalúrgicaDiretor responsável:Ademilson Terto da Silva(Presidente)Jornalista responsável:Paulo Rogério L. de AndradeRedação e reportagem:Felipe ShikamaPaulo Rogério L. de AndradeFotografi a:José Gonçalves Filho (Foguinho)Diagramação e arte-final:Lucas Eduardo de Souza DelgadoCássio de Abreu FreireUma das virtudesdos metalúrgicos,além decontribuir para odesenvolvimentodo país, é mantersua consciênciade classepúblicos da cidade,como a avenida VictorAndrew e o Parque dasÁguas, são resultadosdo descaso dos empresários,que deixaramde cobrar agilidade eseriedade da Federaçãodas Indústrias dosEstado de São Paulo(Fiesp), que congregaos grupos patronaismetalúrgicos.Por mais que a mídiagolpista, como aGlobo e a Veja, tente“queimar” a presidentaDilma criticando suapolítica econômica,nas fábricas percebe-seque o nível de produçãoe vendas é muitobom e tende a melhorarainda mais. Porisso, o trabalhador nãovai aceitar migalhas.Essa mesma mídiatentou queimar o expresidenteLula. Ospatrões na época tam-Informativo semanal do Sindicato dosMetalúrgicos de Sorocaba e RegiãoSede Sorocaba:Rua Júlio Hanser, 140.Tel. (015) 3334-5400bém tentaram usar asmanchetes negativascomo justificativapara barrar reajustessalariais. Mas osmetalúrgicos sempreconquistaram aumentosreais de salários. Eo Brasil só cresceu ese desenvolveu desdeentão.Não há porquenos calarmos este anodiante das mesmasartimanhas patronaise da elite arcaica dacidade, da região edo país. Poderíamoster chegado ao dia 1ºde setembro, que é anossa data-base, coma campanha salarialresolvida. Até porque,a data-base existepara isso mesmo, paraservir de data-limitepara a assinatura dasConvenções Coletivas,que incluem osreajustes de saláriosanuais.Nas últimas semanas,o Sindicato emSorocaba e a FEM/CUT deram váriossinais do que poderiaacontecer emcaso de impasse nasnegociações. Foramfeitas assembleias demobilização. Depois,paralisações comprazo determinado.Na próxima semana,pode haver greve.Será que os patrõesvão continuar pagandopra ver?Sede Iperó:Rua Samuel Domingues, 47, Centro.Tel. (15) 3266-1888Sede Regional Araçariguama:Rua Santa Cruz, 260, Centro.Tel (11) 4136-3840Sede em Piedade:Rua José Rolim de Goés, 61,Vila Olinda. Tel. (15) 3344-2362Site: www.smetal.org.brE-mail: diretoria@smetal.org.brImpressão: Gráfica TaigaTiragem: 47 mil exemplaresConforme comunicado aosgrupos patronais na semana passada,nos últimos dias sindicatosfiliados à Federação Estadual dosMetalúrgicos da CUT (FEM) realizaramparalisações e protestosem diversas regiões do estado,como ABC, Taubaté, Cajamar eSorocaba.A categoria exige que os patrõesapresentem propostas dereajuste salarial de 8%, sendo5,39% de reposição da inflação e2,5% de aumento real.Na região do ABC, metalúrgicosde 50 empresas cruzaram osbraços durante toda a segundafeira,10. A direção do sindicatoÉ falsa a alegação de algunsempresários metalúrgicos de Sorocabade que foram pegos desurpresa pelos protestos de trabalhadoresesta semana. Os comunicadosde greve, instrumentosjurídicos que legalizam as paralisações,foram protocolados juntoaos representantes patronais entreos dias 4 e 5 de setembro.O aviso de greve ao Grupo 2,por exemplo, foi entregue pelaFEM/CUT à bancada patronalno último dia 4. Os demais gruposem negociação (3,8,10, Fundiçãoe Estamparias) receberamoficialmente o comunicado no dia5, quarta-feira.Mas esses avisos jurídicos apenaslegalizaram o risco que os patrõessabiam estar correndo bemantes, ao adiar soluções para acampanha salarial.CAMPANHA SALARIALMobilizações atingemvárias regiões do estadoAssembleia aprovou mobilização na Rassini em São Bernardoinformou que a paralisação de24 horas pode se transformar emgreve por tempo indeterminado,caso os patrões não apresentempropostas.Em Taubaté, Cajamar, Pinda,Salto e Itu, os respectivos sindicatosvêm liderando atrasos de atéduas horas na entrada dos turnosde diversas fábricas. Ainda estasemana podem ocorrer paralisaçõesde maior duração em todasessas regiões.Em Sorocaba, um protesto demetalúrgicos nesta quarta-feira,12, reuniu mais de oito mil pessoasem um parque público da cidade(leia mais nesta edição).Patrões receberam aviso degreve há mais de uma semanaPauta em junhoA pauta de reivindicações dosmetalúrgicos da FEM/CUT foientregue aos patrões no dia 29 dejunho, dois meses antes de vencera data-base, que é em 1º desetembro. “Se as negociações nãoavançaram desde então, a culpanão foi dos trabalhadores, nem daFederação (FEM)”, avalia JoãoFarani, vice-presidente do Sindicatoem Sorocaba e secretáriogeralda FEM.Outra providência tomada peloSindicato em Sorocaba foi realizaruma reunião com os empresárioslocais em 21 de agosto. Os sindicalistaspediram que as empresasprocurassem seus representantesna Federação das Indústrias deSão Paulo (Fiesp) e cobrassem seriedadenas negociações salariaisdeste ano.Paulo de Souza