628 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2013DIA DO AGRICULTORCafé e pecuária continuam comocarros-chefes <strong>da</strong> agricultura localO café e a pecuária contiuamsendo os carros-chefesa agricultura na região <strong>de</strong>arília. No entanto, <strong>de</strong> acorocom a Cati (Coor<strong>de</strong>nadoia<strong>de</strong> Assistência Técnica Inegral),a agricultura familiar,rincipalmente pelo cultivoas olericulturas, têm <strong>de</strong>onstradocrescimento comincentivo promovido pelashama<strong>da</strong>s políticas públicasara o setor.Apesar <strong>de</strong> ain<strong>da</strong> se manterentre as principais culturas<strong>da</strong> região, o café temsofrido as consequências<strong>por</strong> conta <strong>de</strong> um período <strong>de</strong>baixos preços. “A cafeiculturapassa <strong>por</strong> um momento<strong>de</strong> baixos preços e, <strong>por</strong>isso, enfrenta um momento<strong>de</strong> mu<strong>da</strong>nça”, afirmouo representante <strong>da</strong> CatiCaetano Mota Filho. “Atualmente,o maior custo <strong>de</strong>stacultura é a mão <strong>de</strong> obra.Com os preços praticadosna região, que estão abaixo<strong>de</strong> um mínimo propostopelo governo, a cafeiculturatem uma tendência <strong>de</strong>partir para a mecanização”,completou.Já a pecuária na regiãomariliense tem perdido espaçofísico, mas ampliadosua especialização. A pecuáriatem passado <strong>por</strong> umaAlexandre LourençãoCafé tem sofrido as consequências <strong>por</strong> conta <strong>de</strong> um período <strong>de</strong> baixos preçosredução <strong>de</strong> área <strong>de</strong> produção,mas com o aumento <strong>da</strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>da</strong> tecnologia.Em um levantamento localrealizado ano passado, 382mil cabeças <strong>de</strong> gado (corte eleite) foram contabiliza<strong>da</strong>s- uma que<strong>da</strong> <strong>de</strong> 4,5% em relaçãoao estudo regional <strong>de</strong>1996 (400 mil cabeças).“A pecuária tem perdidoespaço, mas tem se especializado.A produção média é<strong>de</strong> uma cabeça <strong>por</strong> hectare,mas já temos produtorescom mais <strong>de</strong> duas cabeças<strong>por</strong> hectare. Além disso, otempo <strong>de</strong> abate, que era <strong>de</strong>36 meses, hoje é <strong>de</strong> 24 meses.Esta redução no tempo<strong>de</strong> abate representa investimentoem tecnologia”,afirmou o engenheiro agrônomo<strong>da</strong> Cati, Luiz RobertoRabello.Um setor que apresentacrescimento na região <strong>de</strong>Marília é o <strong>da</strong> olericultura,que é a área <strong>da</strong> horticulturaresponsável pela exploração<strong>de</strong> hortaliças e partescomestíveis <strong>da</strong>s plantas. Deacordo com Caetano, estesetor é mantido basicamentepela agricultura familiar,que hoje conta com os incentivos<strong>da</strong>s políticas públicaspara comercializarsua produção.“Um <strong>da</strong>s fortes razõespara o <strong>de</strong>senvolvimentolocal <strong>da</strong> agricultura familiarsão as políticas públicas,que possibilitam queo agricultor ven<strong>da</strong> seusprodutos para instituiçõesvincula<strong>da</strong>s aos governos,fornecendo assim alimentospara a meren<strong>da</strong> escolare presídios, entre outros”,disse.
28 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2013 17DIA DO AGRICULTORBurocracia é um dos entravespara trabalho dos agricultoresA agricultura, para o dietor<strong>da</strong> Ciamar, Flávio FelieDi Fiore Junior - que atuaa comercialização <strong>de</strong> máuinaspara o setor agrícoa-, representa o propulsora vi<strong>da</strong> econômica do Brasil.as o excesso <strong>de</strong> burocraciaara a aquisição <strong>de</strong> máquiase insumos agrícolas temrejudicado o trabalho dosgricultores <strong>da</strong> região <strong>de</strong>arília.Ele <strong>de</strong>stacou que hoje,ara se conseguir um finaniamento,é necessário cumriruma série <strong>de</strong> exigências,omo apresentação <strong>de</strong> proetos,planilhas e uma sériee documentos que po<strong>de</strong>mtrasar o plantio, a colheiae a comercialização dosrodutos. “O processo parainanciamentos é moroso. Seosse mais rápido, possibiliariamaior geração <strong>de</strong> emregoe ren<strong>da</strong>. O agricultoronseguiria comprar o quenecessita no momento certo,reduzindo os riscos <strong>de</strong>per<strong>da</strong> <strong>de</strong> produção e otimizandoseu trabalho”, disse.De acordo com o diretor,o agricultor chega a aguar<strong>da</strong>r<strong>por</strong> um financiamento<strong>por</strong> um período entre 60e 90 dias. “Além <strong>da</strong> morosi<strong>da</strong><strong>de</strong>,falta incentivo <strong>por</strong>meio <strong>de</strong> linhas <strong>de</strong> crédito.O governo também <strong>de</strong>veriatrabalhar com preços mínimosdos produtos agrícolas,garantindo as condições mínimas<strong>de</strong> trabalho aos agricultores”,completou.No ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> DiFiore Júnior, a região <strong>de</strong> Marília“está <strong>de</strong>ixando <strong>de</strong> seragricultável”. “O que tem geradomais empregos são oscultivos <strong>de</strong> hortaliças, maso café, que sempre foi umaprodução tradicional na região,vem per<strong>de</strong>ndo seu espaço,com os baixos preçose <strong>de</strong>svalorização <strong>da</strong> produção.Nossa região está <strong>de</strong>ixando<strong>de</strong> ser agricultável”,lamentou.AGRIFAMA Agrifam (Feira <strong>da</strong> AgriculturaFamiliar e do TrabalhoRural), realiza<strong>da</strong> em LençóisPaulista, é consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>a maior feira do gênero paraa comercialização <strong>de</strong> maquináriose implementos parapequenos e médios produtores.Este ano, a Ciamarvai participar do evento quecomeça no dia 1º <strong>de</strong> agosto.A empresa vai ex<strong>por</strong> pequenostratores, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o microaté o <strong>de</strong> 75 cavalos. A feiraé organiza<strong>da</strong> pela Fetaesp(Fe<strong>de</strong>ração dos Trabalhadoresna Agricultura do Estado<strong>de</strong> São Paulo) e cresce aca<strong>da</strong> edição, inovando parasatisfazer as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>sdo produtor rural com o quehá <strong>de</strong> mais mo<strong>de</strong>rno em tecnologiae produtos no mercado.DivulgaçãoCiamar vai participar <strong>da</strong> Agrifam, que começa dia 1º, com a exposição <strong>de</strong> pequenos tratoresAGRICULTORMédico veterinário <strong>de</strong>stacaBrasil como celeiro mundialO médico veterinárioábio Manhoso, conselheiodo CRMV-SP (Conselhoegional <strong>de</strong> Medicina Veerinária)e coor<strong>de</strong>nadoros cursos <strong>de</strong> Medicinaeterinária e Zootecnia <strong>da</strong>nimar (Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>arília) <strong>de</strong>stacou a im<strong>por</strong>ância<strong>da</strong> agricultura e dorabalho dos agricultoresara o <strong>de</strong>senvolvimentoo Brasil.Na visão <strong>de</strong> Manhoso,Brasil representa um ceeiromundial <strong>da</strong> produçãogrícola, que vai muitolém <strong>da</strong>s monoculturas.Nosso país sempre contouom um histórico agrícola, muito além <strong>da</strong>s monoulturasencontra<strong>da</strong>s emiversas regiões, somosm ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro celeiro doundo”, disse. “Alimentaãoé o nosso bem”.O médico veterinárioecordou que o agricultorrasileiro, atualmente, enrentauma série <strong>de</strong> difiul<strong>da</strong><strong>de</strong>s,mas nunca <strong>de</strong>iou<strong>de</strong> ser o profissionalue possibilita o bom funionamento<strong>de</strong>ste celeiroe alimentos do mundo.Mesmo com to<strong>da</strong>s as diicul<strong>da</strong><strong>de</strong>seconômicas,e estrutura e até mesmoe falta <strong>de</strong> incentivos, ogricultor sempre será orofissional que preservaste celeiro que é o Brail”,concluiu.Fábio Manhoso <strong>de</strong>stacou a im<strong>por</strong>tância <strong>da</strong>agricultura e do trabalho dos agricultores no paísDivulgação