13.07.2015 Views

Salinidade - Torre: Tempo e Clima - Universidade de Aveiro

Salinidade - Torre: Tempo e Clima - Universidade de Aveiro

Salinidade - Torre: Tempo e Clima - Universidade de Aveiro

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

EstadoMédioObservadoEstrutura strutura da <strong>Salinida<strong>de</strong></strong> alinida<strong>de</strong> dos Oceanosceanos


Introdução• O entendimento dos fluxos <strong>de</strong> calor e água doce é fundamentalpara a compreensão da distribuição <strong>de</strong> temperatura e salini-da<strong>de</strong> ao longo dos oceanos• As variações <strong>de</strong> salinida<strong>de</strong> e temperatura causam alterações na<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>. Variações horizontais no campo da <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> são omecanismo gerador das correntes• Os fluxos na interface ar/mar também m po<strong>de</strong>m actuar noaumento e/ou na diminuição da <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>, induzindo assimmovimentos verticais, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da estratificação da coluna<strong>de</strong> água


<strong>Salinida<strong>de</strong></strong>• Definição mais completa (1902): “quantida<strong>de</strong> total <strong>de</strong>materiais sólidos s(em gramas) dissolvidos num quilograma<strong>de</strong> água do mar quando todos os carbonatos foremconvertidos em óxidos, os brometos e io<strong>de</strong>tos substituídospor cloretos e quando todo o material orgânico fortotalmente oxidado”• Definição mais simples:“quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> materialdissolvido (em gramas) num quilo <strong>de</strong> água do mar. É umagran<strong>de</strong>za adimensional”


Distribuição Global da <strong>Salinida<strong>de</strong></strong> – Média Anual


Distribuição Global da <strong>Salinida<strong>de</strong></strong> – Média Inverno


Distribuição Global da <strong>Salinida<strong>de</strong></strong> – Média Verão


Distribuição Global da <strong>Salinida<strong>de</strong></strong>• Valores elevados <strong>de</strong> salinida<strong>de</strong> entre as latitu<strong>de</strong>s 15º e 35º emtodos os oceanos subtropicais, on<strong>de</strong> ocorre a maior evaporação• Mínimos <strong>de</strong> salinida<strong>de</strong> encontram-se justo ao Norte do Equadorna posição do ITCZ, on<strong>de</strong> a precipitação exce<strong>de</strong> a evaporação enas latitu<strong>de</strong>s elevadas on<strong>de</strong> se fun<strong>de</strong> a neve/gelo• Mínimos <strong>de</strong> salinida<strong>de</strong> próximo dos maiores rios como porexemplo o Amazonas,... Escoamentos <strong>de</strong> água doce emdirecção ao oceano


Distribuição Global da <strong>Salinida<strong>de</strong></strong>• Oceano Atlântico é mais salino que o Oceano Pacífico como sepo<strong>de</strong> ver claramente nos perfis, esta diferença está associadaao déficite <strong>de</strong> precipitação líquida sobre a evaporação• Valor médio da salinida<strong>de</strong> no Norte/Centro do OceanoAtlântico (afastado da costa) é elevado, oscilando entre 35 e37 psi , enquanto que no Atlântico Sul é mais baixo. NoOceano Índico Central a água é mais fresca do que as águasdo Atlântico entre 34.0 e 35.7 psi. O Sul do Oceano Pacífico émais salino do que no Norte..• Os valores baixos <strong>de</strong> salinida<strong>de</strong> estão junto ao norte doequador em todos os oceanos <strong>de</strong>vido a gran<strong>de</strong> precipitação.


Distribuição Global da <strong>Salinida<strong>de</strong></strong>• Variação Sazonal Inverno :Diminuição ligeira da salinida<strong>de</strong> nas altas latitu<strong>de</strong>sDecréscimo <strong>de</strong> <strong>Salinida<strong>de</strong></strong> no Oceano Atlântico, consequênciado aumento da precipitaçãoAumento da <strong>Salinida<strong>de</strong></strong> no H.S. pois estamos no Verão nestehemisfério


Distribuição Global da <strong>Salinida<strong>de</strong></strong>• Variação Sazonal Verão :Nas altas latitu<strong>de</strong>s ligeiro aumento <strong>de</strong> <strong>Salinida<strong>de</strong></strong>,principalmente no Pólo PNorteAcréscimo <strong>de</strong> <strong>Salinida<strong>de</strong></strong> no Norte do Oceano Atlântico, <strong>de</strong>vidoao aumento da evaporaçãoAumento da <strong>Salinida<strong>de</strong></strong> ao largo da linha do equador, durante oVerão dimimuição da ocorrência <strong>de</strong> precipitaçãoLigeira diminuição no H.S. ( Inverno neste Hemisfério )


Estrutura Vertical – 1000 m Profundida<strong>de</strong>


Estrutura Vertical – 1000 m Profundida<strong>de</strong>• A 1000 m <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong>, a distribuição da salinida<strong>de</strong> é muitodiferente da superfície, particularmente na Atlântico Norte e nazona Antártida (55ºS)• Os valores elevados <strong>de</strong> salinida<strong>de</strong> a este nível são encontradosna parte Este do Atlântico Norte, são <strong>de</strong>vidos à intrusão <strong>de</strong>muito sal da água Mediterrânea• Com o aumento da profundida<strong>de</strong>, aproximação <strong>de</strong> um oceanohomógeneo, valores semelhantes <strong>de</strong> salinida<strong>de</strong>


Média AnualPerfil Meridional e ZonalPerfil Vertical


Média Anual da <strong>Salinida<strong>de</strong></strong> à Superficie


• Nesta figura, que nos mostra a média manual da salinida<strong>de</strong> ásuperfície, estão presentes 2 linhas: uma respeitante aobalanço o entre evaporação e precipitação (quando o balançoé positivo a evaporação supera a precipitação, vice-versaversaquando o balanço é negativo); a outra que representa asalinida<strong>de</strong>. Esta figura preten<strong>de</strong> mostrar a relação entre obalanço evaporaçãoão-precipitaçaoao e a salinida<strong>de</strong>.• Assim, , vemos que a evaporação supera a precipitação nostrópicos enquanto que a precipitação supera a evaporaçãonas restantes latitu<strong>de</strong>s. É <strong>de</strong> realçar ar a gran<strong>de</strong> precipitação naregião do Equador (<strong>de</strong>vido á presença a da ITCZ, que provocagran<strong>de</strong>s precipitações nesta zona).


• A salinida<strong>de</strong> é maior quanto maior a evaporação, jájque aprecipitação dilui as águas provocando uma diminuição dasalinida<strong>de</strong>. Logo, vemos que on<strong>de</strong> a precipitaçãoé maior asalinida<strong>de</strong> é menor (baixas e altas latitu<strong>de</strong>s) e on<strong>de</strong> aevaporaçãoé maior a salinida<strong>de</strong> é maior também m (latitu<strong>de</strong>sintermédias).• O pólo sul está no lado esquerdo e o pólo pnorte no ladodireito da figura. Vê-se que a salinida<strong>de</strong> é muito maior nopólo sul, apesar da precipitação ser maior no pólo psul que nopólo norte. Isto acontece porque no pólo psul o crescimento<strong>de</strong> gelo faz com que as águas circundantes sejam maissalinas, enquanto que no pólo pnorte ocorrem mais <strong>de</strong>gelos,que diluem a água e fazem diminuir a salinida<strong>de</strong>.


Perfil Meridional e Zonal Médio M<strong>de</strong> <strong>Salinida<strong>de</strong></strong>


• Esta figura ilustra os perfis <strong>de</strong> salinida<strong>de</strong> dos vários voceanos(Pacifico, Indico e Atlântico, bem como uma média mglobalpara todos os oceanos). Também m estão representadas 2linhas, que representam a salinida<strong>de</strong> á superfície e aos 100m<strong>de</strong> profundida<strong>de</strong>. Analisando a linha da salinida<strong>de</strong> ásuperfície, vemos que:• No Oceano Indico, a salinida<strong>de</strong> é superior nos trópicos (ouno trópico, jájque sósestá representado um). Nas altas ebaixas latitu<strong>de</strong>s a salinida<strong>de</strong> diminui, pelas razoes explicadasna figura anterior (balanço o entre evaporaçãoão-precipitaçao).• No Oceano Atlântico, também m se vê que as salinida<strong>de</strong>s sãomaiores nas latitu<strong>de</strong>s tropicais e menores nas altas e baixaslatitu<strong>de</strong>s. Também m aqui se vê que a salinida<strong>de</strong> é maior noPólo Sul do que no Pólo PNorte, <strong>de</strong>vido ás s causas <strong>de</strong>scritas nafigura anterior.


• No Oceano Pacifico, também m se observa o mesmo perfil, ouseja, a salinida<strong>de</strong> é maior nas latitu<strong>de</strong>s tropicais e menor nasaltas e baixas latitu<strong>de</strong>s, pelas mesmas razoes (balançoevaporaçãoão-precipitação).É <strong>de</strong> realçar ar o facto <strong>de</strong>, tal comopara o Oceano Atlântico, nas latitu<strong>de</strong>s entre os 30 e os 90ºNorte a salinida<strong>de</strong> diminuir drasticamente, muito mais do quenas mesmas latitu<strong>de</strong>s a Sul. Tal <strong>de</strong>ve-se ao maior <strong>de</strong>gelo nopólo Norte e ao maior crescimento <strong>de</strong> gelo no Pólo PSul, talcomo acontece no Oceano Atlântico.• O perfil global para todos os oceanos é uma media <strong>de</strong> todos osoceanos, e apresenta um comportamento semelhante (altassalinida<strong>de</strong>s nos trópicos, baixas salinida<strong>de</strong>s nas altas e baixaslatitu<strong>de</strong>s, com uma salinida<strong>de</strong> maior no Pólo PSul do que no Pólo PNorte). Apenas se assiste a um ligeiro aumento da salinida<strong>de</strong>aos 60ºN.


• Analisando o perfil <strong>de</strong> salinida<strong>de</strong> aos 100m <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong>,vemos que este perfil é semelhante e segue as mesmastendências do perfil á superfície, apenas com a diferença a <strong>de</strong>que a salinida<strong>de</strong> é sempre superior aos 100m <strong>de</strong>profundida<strong>de</strong> do que á superfície.• Este facto era <strong>de</strong> esperar, jájque as águas mais salinas sãomais pesadas, logo, afundam-se. Assim, quando se analisa operfil <strong>de</strong> salinida<strong>de</strong> a profundida<strong>de</strong>s maiores é <strong>de</strong> esperarque estas sejam mais altas.


Perfil Vertical Zonal Médio M<strong>de</strong> <strong>Salinida<strong>de</strong></strong>


• Nesta figura, é-nos apresentado o perfil vertical zonal médio m<strong>de</strong>salinida<strong>de</strong>. Em primeira análise, po<strong>de</strong>mos ver quehorizontalmente está presente o perfil que foi constatado nasfiguras anteriores. Ou seja, as salinida<strong>de</strong>s maiores encontram-se nas latitu<strong>de</strong>s tropicais, enquanto que nas altas e baixaslatitu<strong>de</strong>s a salinida<strong>de</strong> diminui.• Verticalmente, , vemos que a salinida<strong>de</strong> aumenta emprofundida<strong>de</strong>, jájque as águas mais salinas são mais pesadasque as águas mais diluídas. das. Mesmo em profundida<strong>de</strong>, tambémse vê que as águas mais salinas se encontram nas latitu<strong>de</strong>stropicais e menos salinas nas altas e baixas latitu<strong>de</strong>s.• Nota-seque nas latitu<strong>de</strong>s tropicais encontramos águas maissalinas á superfície que em profundida<strong>de</strong>, facto que po<strong>de</strong> serexplicado por a evaporação ocorrer á superfície. Assim, assalinida<strong>de</strong>s maiores ocorrem á superfície. Mas após s aevaporação,as águas mais salinas vão afundar-se,estabelecendo o equilíbrio.


Variação da <strong>Salinida<strong>de</strong></strong> ao longo do tempo( 1967-2000 )Quais serão as Diferenças ????


Águas superficiais do OceanoAtlântico Tropical estão atornar-se mais salgadas.....Taxa <strong>de</strong> evaporação aumentou5-15% nas últimas 4 décadasdÁgua doce está sendo perdidanas baixas latitu<strong>de</strong>s e estáacumulando-se nos pólos, pnuma velocida<strong>de</strong> maior do quea circulação do oceano po<strong>de</strong>compensarConsequentemente, as águas<strong>de</strong> fundo do Atlântico Norteestão a apresentar salinida<strong>de</strong>smais baixas


Algumas respostas, efeitos <strong>de</strong> larga escala....• O aquecimento da superfície da terra po<strong>de</strong> estar intensificando a evaporaçãodos oceanos em baixas latitu<strong>de</strong>s, e assim, aumentando a salinida<strong>de</strong> e nestasáreas. Transportando mais vapor <strong>de</strong> água doce para os pólos pvia transporteatmosférico• Estas rápidas rmudanças as oceânicas sugerem que as mudanças as climáticasrecentes, incluindo aquecimento global po<strong>de</strong> estar a alterar o sistemastemaplanetário fundamental que controla a evaporação, precipitação e o ciclo <strong>de</strong>água doce no globo• Uma aceleração do ciclo hidrológico po<strong>de</strong>, potencialmente, afectar o padrãoda precipitação. Isto, por si só, s , po<strong>de</strong> aumentar o aquecimento global,adicionando mais vapor <strong>de</strong> água na atmosfera... Isto também m po<strong>de</strong> diminuirtanto a salinida<strong>de</strong> da água no Atlântico Norte ao ponto <strong>de</strong> interromper acirculação do oceano e causar mais mudanças as climáticas


Peixoto e Oort (1992). Physics of <strong>Clima</strong>te, , American Institute of PhysicsSilva, P. A. (2005) Apontamentos <strong>de</strong> Oceanografia Física, FDepartamento <strong>de</strong> Física Fda <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>Mauro Cirano, Apontamentos <strong>de</strong> Introdução Oceanografia, Instituto <strong>de</strong> Geociências<strong>Universida<strong>de</strong></strong> Fe<strong>de</strong>ral da BahiaPedro CostaDavid CarvalhoDinâmica do <strong>Clima</strong>2006-20072007

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!