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Atas_IPCE_2016

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Investigação,<br />

Práticas e Contextos<br />

em Educação<br />

<strong>2016</strong><br />

Dificuldades iniciais de aprendizagem<br />

da leitura/ escrita e matemática:<br />

materiais para o reforço da<br />

aprendizagem e apoio/autonomia<br />

Diana Tereso Coelho<br />

Luís Filipe Barbeiro<br />

Instituto Politécnico de Leiria<br />

Resumo<br />

Em relação a alunos do 1.º ano do 1.º CEB com dificuldades iniciais na apren-dizagem da leitura/<br />

escrita e matemática, o projeto em curso investiga a eficácia da adoção de estratégias na resolução<br />

apoiada pelo docente em comparação com a resolução autónoma, seguida de correção e feedback.<br />

Palavras-chave: Dificuldades de Aprendizagem (Específicas); Leitura/Escrita; Cálculo.<br />

Abstract<br />

The current project investigates the effectiveness of applying teacher supported problem solving in<br />

comparison with autonomous problem solving followed by teachers immediate correction and feedback,<br />

in relation to 1st year students with initial reading/writing and math learning disabilities.<br />

Keywords: (Specific) Learning Disabilities, Reading/Writing, Calculation.<br />

——————<br />

O 1.º Ciclo do Ensino Básico é essencial para a aprendizagem da leitura, da escrita e do cálculo. No<br />

entanto, nem sempre tudo decorre como se espera e há alunos que vivenciam, desde cedo, dificuldades<br />

de aprendizagem em alguma ou em várias destas áreas.<br />

Algumas destas dificuldades de aprendizagem estão relacionadas com disfunções no sistema nervoso<br />

central (e não com o coeficiente de inteligência da criança) e, como tal, são consideradas específicas<br />

(Correia, 2008), como são o caso da Dislexia, da Disgrafia, da Disortografia e/ou da Discalculia.<br />

Contudo, apesar de vitalícias, se forem detetadas atempadamente e existirem os recursos adequados<br />

para trabalhar, especificamente, cada uma delas, estas dificuldades podem ser atenuadas, consequência<br />

de uma boa intervenção (Coelho, 2013). Por outro lado, mesmo que não se esteja ou não se<br />

venha a confirmar um quadro de dificuldades de aprendizagem específicas, a atuação precoce contribuirá<br />

para diferenciar e desejavelmente superar as dificuldades transitórias, naturais em início de<br />

escolaridade, das persistentes, devidas a essas disfunções.<br />

Tendo por base este cenário, aplicaram-se instrumentos de trabalho específicos em três turmas do<br />

1.º ano do Agrupamento de Escolas da Benedita com o objetivo de identificar diferentes níveis de<br />

desempenho e, consequentemente intervir, desde cedo, com os alunos que revelassem dificuldades<br />

de aprendizagem nas áreas da leitura/escrita e matemática. Por outro lado, pretendeu-se contrastar<br />

duas condições de intervenção: uma conduzida pelo professor de educação especial e outra realizada<br />

de forma mais autónoma pelos alunos, com base nos materiais (fichas) didáticos.<br />

399<br />

No primeiro momento, de pré-testagem, procedeu-se à aplicação alargada aos alunos das turmas dos<br />

materiais para avaliação. Os alunos realizaram duas fichas de português e duas de matemática, sobre<br />

os ditongos (orais e nasais) e as consoantes “p”, “q”, “b” e “d” (letras simetricamente semelhantes e, geralmente,<br />

confundidas por alunos que evidenciam Dislexia – Cruz, 2009; Torres & Férnandez, 2001);<br />

e sobre os números até 10, contagens até 20 e operações simples de somar (competências pouco desenvolvidas<br />

em crianças com Discalculia – Cruz, 2009; Geary, 2011). Selecionaram-se, de seguida, os alunos<br />

(de duas turmas, tendo a terceira constituído o grupo de controlo) que apresentaram os resultados<br />

mais baixos e procedeu-se à realização de um programa de intervenção baseado na realização de novas<br />

tarefas de resolução de exercícios, segundo as duas estratégias mencionadas: num dos grupos (grupo<br />

experimental 1), a resolução foi feita de forma autónoma, seguida de feedback corretivo imediato; na<br />

outra, os alunos contaram com o apoio do professor de educação especial durante a realização das tare-

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