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PRIMEIROS PASSOS<br />

PARA O ATENDIMENTO<br />

NA ADVOCACIA<br />

DICAS PRÁTICAS PARA ENCANTAR<br />

SEUS CLIENTES DESDE O INÍCIO


Índice<br />

Introdução<br />

O primeiro contato com o cliente<br />

Comunicação não verbal<br />

Cuidando da reputação<br />

Atendimento nota dez


Introdução<br />

Manter uma boa relação com seus clientes é fundamental <strong>para</strong> o sucesso do seu<br />

escritório. A forma como você conduz esse relacio<strong>na</strong>mento pode afetar diretamente<br />

<strong>na</strong> sua evolução profissio<strong>na</strong>l e <strong>na</strong> maturidade do seu ambiente de trabalho, principalmente<br />

se você está no início da carreira ou acabou de abrir o próprio negócio. Nesse<br />

caso, mais do que conseguir novos clientes, é importante cativar e manter próximos<br />

os que já chegaram até você.<br />

Mas como garantir que o início da sua interação com a pessoa que te procurou seja<br />

saudável e dê vazão a um relacio<strong>na</strong>mento duradouro, que beneficie a ambos? Antes<br />

de tudo, é preciso lidar com a insegurança e o nervosismo das primeiras tratativas.<br />

A prática constante ajuda a tor<strong>na</strong>r normais situações que começam desafiadoras.<br />

Mas, ao encontrar seu cliente pela primeira vez, é importante estar pre<strong>para</strong>do <strong>para</strong><br />

recebê-lo bem e criar o ambiente ideal, capaz de refletir o seu profissio<strong>na</strong>lismo e lhe<br />

transmitir segurança.<br />

Muitas vezes, as primeiras impressões são decisivas <strong>para</strong> a continuidade ou não do<br />

contato. Por isso, quanto antes você aprender a importância de escolher as palavras<br />

certas, entender o que dizem os seus gestos, sua postura, sua apresentação e como<br />

oferecer um <strong>atendimento</strong> excepcio<strong>na</strong>l, com simpatia e organização, mais clientes<br />

leais você terá ao seu lado e mais recomendações apontarão <strong>para</strong> o seu escritório.<br />

Neste e<strong>book</strong>, você irá aprender a importância de buscar a excelência no primeiro<br />

<strong>atendimento</strong>, conhecer algumas boas práticas e formas de melhorar o seu relacio<strong>na</strong>mento<br />

com os clientes. Tudo isso, e muitas outras estratégias e conceitos interessantes,<br />

em quatro capítulos recheados de conteúdos práticos e direto ao ponto, <strong>para</strong><br />

você advogar com qualidade.<br />

Boa leitura!


CAPÍTULO 1<br />

O PRIMEIRO CONTATO<br />

COM O CLIENTE


Como melhorar<br />

a primeira impressão<br />

A sua relação profissio<strong>na</strong>l começa no primeiro contato com o cliente. As primeiras<br />

tratativas podem causar insegurança e uma espécie de desconforto. Por isso, evite<br />

intimidar o cliente e transformar o primeiro <strong>atendimento</strong> em um interrogatório impessoal.<br />

Já no início, procure demonstrar domínio da situação e guiar a conversa com<br />

a maior <strong>na</strong>turalidade possível.<br />

Para isso, atente-se <strong>para</strong> às seguintes questões:<br />

Local do <strong>atendimento</strong><br />

Imagine que você estava abrindo uma conta no banco e acabou presenciando uma<br />

situação grave de assédio moral, que partiu do gerente <strong>para</strong> a atendente de um dos<br />

caixas. Você era o único advogado do lugar e não pode deixar de perceber o constrangimento<br />

da funcionária e das pessoas que testemunharam. O que você faz?<br />

O momento é uma boa oportunidade de negócio. Porém, o local não é propício <strong>para</strong><br />

o <strong>atendimento</strong> jurídico. O primeiro <strong>atendimento</strong> deve ser realizado em um ambiente<br />

pre<strong>para</strong>do, que transmita segurança e confiabilidade ao cliente. Portanto, ao identificar<br />

um cliente potencial, seja <strong>na</strong> associação do seu condomínio, no mercado, ou<br />

mesmo <strong>na</strong> rua, dê a ele o seu cartão de visitas, explique rapidamente seu foco de<br />

atuação e sugira a ele entrar em contato e agendar uma reunião, caso haja interesse.<br />

A mesma coisa vale <strong>para</strong> os <strong>primeiros</strong> contatos via telefone. Evite atender ao celular<br />

em locais com muito barulho, não faça consultoria pelo telefone e, sempre que possível,<br />

agende uma reunião presencial <strong>para</strong> tratar o assunto com mais pessoalidade.<br />

Seja simpático, demonstre interesse em ajudar a pessoa e marque um encontro no<br />

seu local de trabalho <strong>para</strong> entender melhor o caso.


Para que a pessoa esteja à vontade <strong>para</strong> falar tudo o que precisa, é importante que<br />

ela se sinta acolhida. Isso ficará muito mais fácil se ela perceber que você separou um<br />

espaço <strong>para</strong> atendê-la e reservou um tempo <strong>para</strong> escutá-la.<br />

A pre<strong>para</strong>ção do <strong>atendimento</strong><br />

O seu futuro cliente ligou e agendou um horário. Agora, você precisa se pre<strong>para</strong>r<br />

<strong>para</strong> atendê-lo. Para o dia da reunião é fundamental que você saiba quem é o cliente<br />

e qual assunto será abordado. Além disso, é interessante procurar saber se a pessoa<br />

possui outros processos <strong>na</strong> Justiça e quem era o advogado responsável. Essas informações<br />

serão úteis <strong>para</strong> direcio<strong>na</strong>r o <strong>atendimento</strong> e até prever se você precisará da<br />

ajuda de algum parceiro.<br />

Se você contar com o auxílio de uma secretária, antes de receber o cliente, procure<br />

sempre orientá-la <strong>para</strong> não ser incomodado, exceto em casos de extrema urgência.<br />

Não se esqueça de colocar o celular no modo silencioso e jamais interrompa uma<br />

reunião presencial <strong>para</strong> atender a uma ligação. Se for muito necessário, peça licença<br />

ao cliente e envie uma mensagem rapidamente, avisando que está em <strong>atendimento</strong><br />

e retor<strong>na</strong>rá a chamada assim que for possível. A pessoa que tirou uma parte do seu<br />

dia <strong>para</strong> contar um problema e pedir a sua ajuda, merece sua atenção total, não é<br />

mesmo?<br />

Outro cuidado que deve ser tomado <strong>para</strong> o primeiro <strong>atendimento</strong> é prever algumas<br />

situações que podem ocorrer. É muito comum, por exemplo, que o cliente não leve<br />

toda a documentação necessária <strong>para</strong> afiançar as alegações. Por isso, ao atendê-lo,<br />

esteja com isso em mente e, caso seja necessário, descreva exatamente tudo o que<br />

ele precisará levar no próximo encontro, anote em um papel e entregue ao cliente.


Criando o clima<br />

Aposte <strong>na</strong> criação do clima como uma etapa essencial. Não atenda com pressa e,<br />

enquanto estiver com o cliente, procure se focar no problema dele. Além disso, se<br />

preocupe com o ambiente em que ele estará exposto.<br />

Um lugar acolhedor não é, necessariamente, um lugar luxuoso. O seu escritório deve<br />

ser organizado e as pessoas que trabalham com você precisam ser gentis e educadas.<br />

Propicie ao seu cliente um local tranquilo, que lhe transmita segurança. Se<br />

você possui sala de espera, uma sugestão é climatizar o local. Faça uma decoração<br />

mínima, coloque uma música ame<strong>na</strong> e escolha um aromatizador de ambiente que<br />

reflita a identidade do seu escritório. Experiências sensoriais pre<strong>para</strong>m o cliente <strong>para</strong><br />

o <strong>atendimento</strong>.<br />

O que vestir<br />

A escolha da vestimenta mais adequada <strong>para</strong> atender o seu cliente vai depender da<br />

cultura do seu escritório, da sua perso<strong>na</strong>lidade e roti<strong>na</strong>. Se você reservou um dia só<br />

<strong>para</strong> reuniões, aproveite <strong>para</strong> usar roupas confortáveis e mais descontraídas, mas<br />

que ainda represente adequadamente a sua profissão e imponha respeito. Se o seu<br />

escritório é mais informal, os homens podem usar, por exemplo, jeans, camisa, sapato<br />

ou sapatênis. Usar acessórios discretos, como anel e corrente, também pode ser<br />

uma boa opção. Já as mulheres em ambientes informais, também podem apostar em<br />

um jeans com uma camisa de bom caimento ou em um vestido bem alinhado, sem<br />

decotes excessivos, com sapatilhas ou sapato de salto e alguns acessórios. Já <strong>para</strong><br />

ambientes mais formais, um bom terno completo <strong>para</strong> os homens e uma bela saia<br />

lápis com camisa ou blusa fechada <strong>para</strong> as mulheres são ideias clássicas e sem erro.<br />

O ideal é encontrar o equilíbrio entre perso<strong>na</strong>lidade, formalidade e conforto.<br />

Esteja pre<strong>para</strong>do <strong>para</strong> situações de crise - Geralmente, o cliente chega até você porque<br />

acredita ter tido seus direitos violados. Normalmente, ele está envolvido emocio<strong>na</strong>lmente<br />

com a questão e muito provavelmente não estará em seus melhores dias.


Antes de abrir a porta <strong>para</strong> que ele entre no escritório, pense que talvez você precise<br />

lidar com os sentimentos de injustiça, indig<strong>na</strong>ção e frustração que ele transmitirá em<br />

sua fala e comportamento. Saber conduzir este tipo de situação é importante <strong>para</strong><br />

que o <strong>atendimento</strong> ocorra com tranquilidade. Nesses momentos, recorra ao aspecto<br />

humano da <strong>advocacia</strong>. Jamais use palavras duras ou demonstre inquietação. Procure<br />

sempre deixá-lo confortável e não interrompê-lo em suas queixas. Se for preciso,<br />

ofereça uma água e um lenço. Deixe-o desabafar. Quando ele estiver mais calmo,<br />

retome o assunto e dê sequência ao <strong>atendimento</strong>.


CAPÍTULO 2<br />

COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL


A importância<br />

da linguagem corporal<br />

O seu corpo fala. Então, esteja sempre atendo às mensagens que ele está transmitindo<br />

e cuide <strong>para</strong> que seus gestos, postura e trejeito estejam compatíveis com as<br />

palavras que saem da sua boca.<br />

Se você encolher os ombros ao sentar <strong>na</strong> poltro<strong>na</strong> ou desviar o olhar sempre que<br />

o seu cliente buscar os seus olhos, mesmo as palavras mais bem selecio<strong>na</strong>das perderão<br />

o sentido. Impor respeito é muito mais do que escolher palavras polidas e<br />

empostar voz. Dá <strong>para</strong> fazer isso escolhendo palavras ame<strong>na</strong>s e cotidia<strong>na</strong>s, em um<br />

tom de voz regular, ape<strong>na</strong>s dando mais atenção aos aspectos não verbais da comunicação.<br />

Seja assertivo nos seus gestos e demonstre segurança através da postura.<br />

Expressões não verbais de poder e domi<strong>na</strong>ção<br />

O tronco aberto, a postura ereta e o queixo levemente levantado, com um certo ar de<br />

domi<strong>na</strong>ção, são reconhecidas como posturas de poder. Por mais inconsciente que<br />

seja esse processo, as pessoas associam esses comportamentos à confiabilidade,<br />

segurança e competência.<br />

Você já reparou como nosso primeiro julgamento sobre as pessoas são baseados<br />

em interpretações de comportamentos não verbais? Com o seu cliente não é diferente.<br />

Para causar uma boa primeira impressão é preciso despertar empatia (calor<br />

humano, confiabilidade e oportunidade de aceitação do outro) e demonstrar força<br />

(poder, competência, respeito).<br />

Mas como fazer isso? O segredo é focar <strong>na</strong> audiência. Qualquer pessoa em situação<br />

de poder precisa se conectar primeiro com o público <strong>para</strong> depois liderá-lo. O sorriso<br />

<strong>na</strong>tural e autêntico, um aperto de mãos dado com firmeza, o contato visual gentil e


sem fugas são ações capazes de estabelecer uma relação positiva e imediata com o<br />

interlocutor.<br />

No entanto, sorrisos forjados, gestos ence<strong>na</strong>dos e simpatia forçada podem causar<br />

resultados catastróficos e estimular sensações de antipatia e distanciamento. A linguagem<br />

corporal milimetricamente ensaiada pode desencadear um efeito de estranheza.<br />

Por isso, aja nos limites da sua simpatia <strong>na</strong>tural.<br />

É interessante também tomar cuidado com o excesso de gestos de poder, <strong>para</strong> não<br />

transmitir um ar de superioridade demasiada. Além disso, é importante evitar posições<br />

de fraqueza e impotência, geralmente notadas pelo corpo dobrado, braços cruzados,<br />

ombros curvados, pescoço incli<strong>na</strong>do e olhos “caídos”. Sempre que perceber<br />

este tipo de reação no seu corpo, substitua por alguma pose de poder.<br />

O que o seu local de trabalho fala sobre você?<br />

Como vimos anteriormente, o seu escritório não precisa ter uma decoração luxuosa<br />

ou possuir mobílias caríssimas, mas a organização e a limpeza precisam contribuir<br />

<strong>para</strong> comunicar seu profissio<strong>na</strong>lismo e competência. Afi<strong>na</strong>l, a estrutura física do seu<br />

escritório será o primeiro apelo visual que o seu cliente terá ao chegar.<br />

Não se esqueça de, antes de receber alguém, arrumar a sua mesa de trabalho e deixar<br />

um bloco de papel e uma caneta à disposição. As relações huma<strong>na</strong>s surgem da<br />

empatia e crescem com a prática de algumas cortesias. Preze pelo bem-estar do seu<br />

cliente e garante que ele está confortável. Procure ser gentil e, logo que ele chegar,<br />

ofereça um copo d’água, um suco ou uma xícara de café.<br />

Como atender o cliente em domicílio?<br />

Se você atua em home office e vai até a casa do cliente <strong>para</strong> atendê-lo, irá enfrentar<br />

algumas questões bem particulares. Para essas situações, a simpatia e a cordialidade<br />

precisam ser suas maiores aliadas.


Procure sempre chegar com um sorriso no rosto e erguer as mãos <strong>para</strong> um cumprimento.<br />

Lembre-se que você está entrando em uma área íntima e pessoal do cliente.<br />

Portanto, imponha respeito por meio da postura e da firmeza das palavras, mas seja<br />

cortês e flexível. Aguarde orientação do cliente quanto ao local do <strong>atendimento</strong>.<br />

Se o assunto a ser tratado requer maior sigilo, pergunte se há um ambiente <strong>na</strong> casa<br />

mais reservado <strong>para</strong> a conversa. Se você notar que, por algum motivo, o cliente não<br />

está à vontade <strong>para</strong> se pronunciar com maiores detalhes, colete as informações possíveis<br />

<strong>para</strong> o momento e, posteriormente, entre em contato <strong>para</strong> agendar uma segunda<br />

reunião em um café ou restaurante, por exemplo.


CAPÍTULO 3<br />

CUIDANDO DA REPUTAÇÃO


Qual imagem<br />

você quer transmitir?<br />

Parte do sucesso <strong>na</strong> <strong>advocacia</strong> está relacio<strong>na</strong>do com a reputação do profissio<strong>na</strong>l. Por<br />

isso, é fundamental que a conduta nos ambientes pessoais e profissio<strong>na</strong>is estejam<br />

alinhadas à imagem que você quer transmitir e ao tipo de relacio<strong>na</strong>mento que você<br />

quer estabelecer com os seus clientes. Essa preocupação deve acompanhar o advogado<br />

desde o início da carreira, <strong>para</strong> que sua reputação seja sólida e conquiste boas<br />

recomendações.<br />

Um cliente satisfeito fala bem do seu trabalho <strong>para</strong> algumas pessoas. Já um cliente<br />

insatisfeito dá más referências <strong>para</strong> várias pessoas e ainda divulga <strong>na</strong>s mídias sociais.<br />

Por isso a importância cuidar do relacio<strong>na</strong>mento com o cliente em todos os aspectos.<br />

Desde cedo é preciso aprender a ouvir críticas e estimular feedbacks de clientes.<br />

Assim, o seu desenvolvimento e crescimento profissio<strong>na</strong>l serão constantes e o seu<br />

escritório alcançará uma maturidade de negócio com mais rapidez.<br />

Por que pedir feedback<br />

Pedir feedback é uma forma de garantir e avaliar a satisfação dos seus clientes. É um<br />

momento propício <strong>para</strong> demonstrar que você se preocupa com as opiniões deles e<br />

tem interesse de trabalhar seu potencial <strong>para</strong> evoluir e ofertar um <strong>atendimento</strong> cada<br />

vez melhor. E ao agradar um cliente, você cria oportunidades <strong>para</strong> conseguir novas<br />

recomendações e aumentar sua popularidade.


Quando pedir feedback<br />

Nem toda hora é o momento adequado <strong>para</strong> pedir feedback. Perguntar <strong>para</strong> o seu<br />

cliente se ele está satisfeito com o serviço antes de concluir uma etapa importante<br />

do trabalho pode denotar insegurança e despreparo. Nesse caso, a nossa sugestão<br />

é deixar <strong>para</strong> fazer a pesquisa de avaliação depois de concluir o serviço, no caso de<br />

demandas pontuais. Já <strong>para</strong> clientes regulares, a cada seis meses ou sempre que<br />

fizer alguma alteração importante no <strong>atendimento</strong> ou lançar um novo serviço.<br />

Como pedir feedback<br />

Por email, com um formulário em seu site, por telefone ou pessoalmente. Tudo vai<br />

depender do tipo de relacio<strong>na</strong>mento que você estabeleceu com o cliente. O ideal é<br />

oferecer diferentes maneiras <strong>para</strong> que ele expresse suas opiniões e perguntar como<br />

prefere ser abordado. Para que seus clientes sejam francos e respondam às suas<br />

perguntas com vontade, é preciso abordá-los de forma apropriada. O segredo é fazê-los<br />

perceber que você quer ouvir, de verdade, o que eles têm <strong>para</strong> te dizer, que a<br />

opinião deles é muito importante <strong>para</strong> que você consiga antedê-los melhor e estender<br />

o benefício a outras pessoas.<br />

O que fazer com os feedbacks<br />

Feedbacks honestos geram informações úteis <strong>para</strong> melhorar seu escritório. Procure<br />

levar os resultados das pesquisas e as opiniões dos seus clientes <strong>para</strong> as pessoas<br />

que trabalham com você. Avalie as sugestões que fazem sentido <strong>para</strong> o seu negócio<br />

e que podem beneficiar você e os seus clientes de alguma forma. Teste as que achar<br />

interessantes e, se observar resultados positivos, incorpore aos seus processos e<br />

serviços.


Saiba o que perguntar<br />

Antes, tenha claro o seu objetivo com o feedback. Você quer uma avaliação do seu<br />

<strong>atendimento</strong>? Dos serviços prestados pelo seu escritório? Uma opinião sobre um<br />

novo serviço? Faça perguntas precisas que direcionem o cliente e evite as genéricas<br />

ou sentimentais, do tipo “como você se sente em relação a esse serviço?”. Não induza<br />

nenhuma resposta e lembre-se de perguntar se o seu cliente recomendaria o seu<br />

trabalho a amigos e familiares. Essa resposta pode te ajudar a pensar em ofertas<br />

<strong>para</strong> quem chegar até você por meio de recomendações.


CAPÍTULO 4<br />

ATENDIMENTO NOTA DEZ


A excelência está<br />

nos detalhes<br />

Nos capítulos anteriores, abordamos a importância de causar uma boa impressão<br />

<strong>para</strong> que o relacio<strong>na</strong>mento entre advogado e cliente comece bem e seja duradouro.<br />

Mas o cuidado no trato com o cliente pode e deve ser encarado como uma maneira<br />

de se destacar da concorrência e encontrar propósito <strong>na</strong> carreira de <strong>advocacia</strong>.<br />

Não basta fazer um bom primeiro <strong>atendimento</strong> e descuidar dos encontros seguintes.<br />

Por isso, pre<strong>para</strong>mos algumas dicas gerais <strong>para</strong> que você tenha um <strong>atendimento</strong><br />

nota dez no seu escritório de <strong>advocacia</strong>.<br />

Chame seu cliente pelo nome<br />

Perso<strong>na</strong>lização de <strong>atendimento</strong> é um diferencial e tanto <strong>para</strong> o seu trabalho. E não<br />

existe perso<strong>na</strong>lização se você não chamar o seu cliente pelo nome. Ao fazer isso,<br />

você dará a ele um sentimento de importância e valorização. Então, logo no início da<br />

conversa, se apresente e pergunte o nome do seu cliente. Para evitar o esquecimento,<br />

chame-o pelo nome algumas vezes durante a conversa.<br />

Nível de formalidade<br />

A evolução da <strong>advocacia</strong> abriu espaço <strong>para</strong> um tratamento menos formal. Da mesma<br />

forma que alguns advogados preferem ser tratados como “você” em vez de “doutor”,<br />

muitos clientes dão preferência ao tratamento íntimo e dispensam o “senhor” ou “senhora”.<br />

A melhor forma de descobrir como o seu cliente prefere é perguntando <strong>para</strong><br />

ele. Faça isso já nos <strong>primeiros</strong> minutos de contato, <strong>para</strong> evitar qualquer desconforto.


Empatia não é só uma palavra bonita<br />

Os <strong>primeiros</strong> minutos do seu encontro com o cliente definem a continuidade e a<br />

qualidade do relacio<strong>na</strong>mento. Sempre que um cliente chegar, olhe-o nos olhos, cumprimente-o<br />

com um sorriso e um aperto de mãos, ofereça uma água ou um café.<br />

Ações simples como essas demonstram simpatia e respeito e ainda deixam o cliente<br />

mais confortável.<br />

Se interesse pela história do seu cliente<br />

Ouça atentamente o que seu cliente tem a dizer. Não o interrompa e nem o corrija.<br />

Aproveite o momento <strong>para</strong> observar seus gestos e fisionomia. Alguns detalhes úteis<br />

<strong>para</strong> sua compreensão sobre o caso podem ser captados nesse exercício.<br />

Seja honesto<br />

Não prometa o que não pode cumprir. Seja transparente <strong>na</strong>s suas palavras e atitudes.<br />

Deixe claro, já nos <strong>primeiros</strong> contatos, as condições da prestação do serviço e<br />

jamais dê certeza que a causa será ganha ou que ele conseguirá o melhor acordo.<br />

Evite termos excessivamente técnicos<br />

Linguagem técnica é <strong>para</strong> técnico. Entre os seus colegas, não é problema nenhum<br />

usar palavras em latim e termos técnicos. Porém, durante a reunião com o cliente,<br />

use palavras que ele entenda e evite corrigi-lo quanto aos termos e expressões jurídicas.<br />

Mesmo que a pessoa cometa alguns deslizes nesse sentido, o foco deve estar<br />

<strong>na</strong> eficiência da comunicação. Você precisa entender e ser entendido.<br />

Seja paciente<br />

Tenha paciência <strong>para</strong> entender o cliente. Tente se imagi<strong>na</strong>r no lugar dele <strong>para</strong> compreender<br />

suas aflições, anseios e expectativas, <strong>para</strong> que você consiga dar um tratamento<br />

adequado e minimizar o sofrimento dele.


Não se esqueça dos seus clientes<br />

Seja claro <strong>na</strong>s suas informações, não deixe de retor<strong>na</strong>r ligações, responder email<br />

e se coloque disponível <strong>para</strong> reuniões. Comunique ao cliente sempre que houver<br />

alguma alteração no processo. Mantenha-o sempre por perto <strong>para</strong> que ele se sinta<br />

am<strong>para</strong>do.<br />

Privacidade é importante<br />

Os assuntos que o seu cliente tratará com você são pessoais e sigilosos. Portanto,<br />

converse com ele em um lugar reservado, que o dê segurança <strong>para</strong> falar o que precisa<br />

sem medo de ser ouvido por colegas ou outros clientes.<br />

Solucione dúvidas<br />

Não permita que o seu cliente volte <strong>para</strong> casa com dúvidas. Procure solucioná-las<br />

todas, dentro do possível. Não se sinta obrigado a falar sobre o que não sabe. Se<br />

houver uma questão que necessite pesquisa <strong>para</strong> ser respondida, informe ao cliente<br />

que, devido à especificidade do caso, você precisará pesquisar mais a fundo <strong>para</strong><br />

respondê-lo com precisão e entrará em contato assim que estiver em posse da informação.<br />

Ao ouvir o problema do cliente, dê nomes, fale sobre o assunto e explique como<br />

pretende resolvê-lo. Converse sobre possíveis ações judiciais e mostre o caminho ao<br />

cliente. Demonstre que o seu trabalho é útil <strong>para</strong> ele e que você tem interesse e pode<br />

ajudá-lo. Antes de encerrar o momento, pergunte se há mais alguma dúvida e se as<br />

outras questões foram bem explicadas.<br />

Seja claro quanto aos honorários<br />

Informe ao seu cliente como será cobrado o valor pelo serviço ofertado. Se houver<br />

cobrança pela consultoria jurídica, informe antes de iniciá-la. Em reuniões primárias,<br />

depois de ouvir o que a pessoa tem a dizer a avaliar se é possível ou não atendê-la,<br />

fale sobre o seu método de trabalho e cobrança.


Como comunicar valor<br />

Depois e entender o caso, faça o contrato de honorários. Converse com o seu cliente<br />

sobre o tempo de duração do processo, a complexidade técnica do assunto e o<br />

resultado econômico que o cliente pode obter com seu serviço. Em seguida, indique<br />

o valor total do trabalho. Justifique o que inclui no serviço e exclua os itens que não<br />

compõem o acordo. Se for o caso, ressalte que, <strong>para</strong> iniciar o trabalho, é preciso<br />

que ele dê um si<strong>na</strong>l e sugira uma porcentagem em cima do valor total <strong>para</strong> esse pagamento,<br />

que pode ser de 30%, por exemplo. Parcelar o valor restante é possível e<br />

legítimo. Oferecer uma certa flexibilidade <strong>na</strong> negociação é importante, principalmente<br />

no início. Ao entregar o contrato de honorários, peça <strong>para</strong> que o cliente leia com<br />

atenção e pergunte se há algum questio<strong>na</strong>mento que deseja ser esclarecido.


Conclusão<br />

A forma como você conduz o primeiro <strong>atendimento</strong> pode ser definitiva <strong>para</strong> a continuidade<br />

ou o rompimento do relacio<strong>na</strong>mento com o cliente. A excelência no trato<br />

com as pessoas e uma boa imagem profissio<strong>na</strong>l contribuem <strong>para</strong> a sua reputação,<br />

atraem novos clientes e garantem a qualidade em qualquer nível de interação.<br />

Peque<strong>na</strong>s mudanças de atitude podem trazer ótimos resultados <strong>para</strong> o seu escritório,<br />

além de melhorar a sua roti<strong>na</strong> de trabalho. Esperamos que você tenha gostado<br />

do e<strong>book</strong> e que este conteúdo tenha sido útil.<br />

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