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2 <strong>Folha</strong><br />
povoitauna.com<br />
Opinião<br />
Cláudio Lisyas<br />
Literatura:<br />
comentário<br />
...<br />
Não<br />
preciso<br />
dirigir, ato<br />
basicamente o<br />
tipo de homem<br />
que merece<br />
morrer e<br />
não há cálculos<br />
muito difíceis<br />
de fazer.<br />
Não nesse<br />
momento,<br />
de qualquer<br />
forma’’.<br />
José Waldemar<br />
Teixeira de Mello<br />
“...qualquer<br />
sofrimento<br />
humano que<br />
não é causado<br />
por uma perda<br />
pecuniária<br />
e abrange<br />
todo atentado<br />
à sua<br />
segurança e<br />
tranquilidade...”<br />
Charge<br />
Sangue na neve<br />
Há gêneros que caíram logo<br />
no gosto popular e um deles foi o<br />
romance policial. Temos inúmeros<br />
representantes de peso tais como: P.<br />
D. James, Patrícia Cornwell e Patrícia<br />
highsmith responsável pela criação<br />
de OTalentoso Ripley um anti herói<br />
que fez sucesso tanto entre leitores<br />
quanto no cinema, onde foi interpretado<br />
por Matt Damon.<br />
No entanto não é um mundo só<br />
das mulheres, há grandes escritores<br />
masculinos, podendo citar, Dennis LeHane,<br />
que teve seus livros levados ao cinema como,<br />
o festejado A Ilha do Medo estrelado pelo ganhador<br />
do Oscar deste ano Leonardo DiCaprio.<br />
Temos uma nova safra de escritores vinda<br />
de diversas partes do mundo e hoje vamos nos<br />
ater ao escritor Nórdico mais lido na Escandinávia<br />
e Europa, o norueguês Jo Nesbø.<br />
O autor nasceu em Oslo, capital da Noruega,<br />
e fez de tudo antes de dedicar-se exclusivamente<br />
à literatura. Foi jogador de futebol, profissionalmente,<br />
até fraturar o joelho, então, mudou<br />
radicalmente, e foi ser guitarrista e vocalista da<br />
banda pop rock Di Derre continuando a encher<br />
estádios e emocionar fãs e, por fim, formou-se<br />
em economia tendo atuado na área.<br />
Quando estava de férias na Austrália, Nesbø,<br />
descobriu seu novo caminho, nasceu ali<br />
seu primeiro livro “o Morcego”. Ao retornar à<br />
Noruega deixou de ser economista, deu adeus<br />
à banda, porque havia descoberto sua real<br />
vocação.<br />
O livro de que vamos no ocupar é seu mais<br />
novo lançamento, SANGUE NA NEVE, que é só<br />
mais uma delícia desse autor nórdico; a obra é<br />
um livro pequeno, somente 152 páginas, a letra<br />
é grande, o papel é aquele cor de creme suave<br />
e dá prá ler de um só fôlego.<br />
Ah! O livro é contado em primeira pessoa,<br />
parece com vídeo game, porque inicia com um<br />
assassinato (dois tiros perfeitos um na garganta<br />
outro no peito, disparados quase simultaneamente),<br />
pode ter certeza foi morte certa.<br />
Conta à história de um assassino de aluguel<br />
a serviço de um poderoso homem de negócio<br />
ilícito.<br />
Aqui vai uma palhinha em que o<br />
personagem fala de si mesmo:<br />
“Enfim. Para resumir, coloquemos<br />
dessa forma: não sou bom para<br />
dirigir devagar, sou muito sentimental,<br />
me apaixono fácil demais, perco<br />
a cabeça quando me irrito e sou ruim<br />
em matemática. Li alguns livros,<br />
mas não sei grande coisa, e certamente<br />
nada que alguém ache útil.<br />
Então que serventia alguém<br />
como eu pode ter para um homem como Daniel<br />
Hoffmann? A resposta – vocês já devem ter<br />
concluído – como matador.<br />
Não preciso dirigir, mato basicamente o<br />
tipo de homem que merece morrer e não há<br />
cálculos muito difíceis de fazer. Não nesse<br />
momento, de qualquer forma’’.<br />
Agora Hoffmann quer mais uma morte<br />
encomendada, a de Corina sua mulher, uma<br />
loiraça estonteante, de fazer perder a cabeça<br />
até do mais ajuizado dos homens. O problema<br />
é que para homens como Daniel Hoffmann a<br />
mulher ter um caso com outro homem, fazê-lo<br />
o corno da vez, não é bom para os negócios.<br />
A solução é simples, basta entregar o caso a<br />
seu matador predileto, Olav, discreto, silencioso<br />
e que não deixa pistas. Olav aceita a encomenda,<br />
combina o preço e se posta na frente da<br />
casa de Corina e Hoffmann, para se assegurar<br />
de saber horários e hábitos da vítima e também<br />
quem é o sortudo que a visita toda tarde.<br />
Não demorou muito e eis lá o felizardo, mas<br />
ele se mostrava violento batia nela e a humilhava.<br />
Isto fez com que Olav se lembrasse de<br />
seu pai que também espancava sua mãe e logo<br />
tomou as dores de Corina e em vez de matá-la,<br />
seguiu o amante e deu cabo dele. Enganam-se<br />
quem pensa que estraguei o livro, isto é só<br />
começo, é preciso ler todo o livro para ver no<br />
que vai dar tudo isso.<br />
Então antes que eu me esqueça, os direitos<br />
de adaptação cinematográfica foram adquiridos<br />
pela Warner Bros, e o protagonista? O mais<br />
cotado para interpretá-lo é Leonardo DiCaprio,<br />
pode? Um fraternal abraço e até a próxima.<br />
Esforço para não alimentar<br />
industria do dano moral (3 de 3)<br />
Criticar estabelecimento é serviço e não<br />
ofensa, diz a Justiça Goiana. Foi o que decidiu o<br />
Tribunal daquele Estado em decisão que obrigava<br />
o Google a excluir postagem sobre problemas<br />
que teve ao se hospedar em hotel de Natal.<br />
Segundo o relator do caso, desembargador<br />
Jeová Sardinha, a publicação representa apenas<br />
uma crítica e um relato sobre os serviços oferecidos<br />
pelo estabelecimento. “Não ultrapassa<br />
os limites do razoável e, assim, em princípio,<br />
não tem o condão de macular a imagem da<br />
recorrida”.<br />
Com isso, o Google não está mais obrigado<br />
a retirar a publicação, e o consumidor não terá<br />
de abster-se de incluir outras. Para o relator,<br />
a publicação “consubstancia em verdadeira<br />
prestação de informação a favor do interesse<br />
da coletividade”, pois permite aos interessados<br />
avaliar, de antemão, se o serviço oferecido atenderá<br />
ou não as suas expectativas.<br />
“É comum aos mecanismos de internet<br />
que a empresa alvo das reclamações tenha<br />
oportunidade de responder e apresentar aos<br />
usuários do site sua própria versão dos fatos,<br />
de modo que os interessados possam sopesar<br />
as versões”, ponderou.<br />
A internet popularizou a comunicação por<br />
ter se tornado meio (mídia) utilizado maciçamente<br />
pela população. As redes sociais constituem<br />
canais que chegam a pautar as grandes<br />
redes de tevê e a imprensa de grande alcance.<br />
Elas estão a serviço de todos indistintamente,<br />
de sorte o direito de resposta é regra de ouro.<br />
Qualquer um pode criticar dura e até ferozmente<br />
uma pessoa pública, principalmente<br />
se a crítica for feita através dos meios de comunicação<br />
que em tese são abertos a todos.<br />
A publicação de reportagem ou opinião com<br />
crítica dura e até impiedosa não significa o<br />
intuito de ofender.<br />
Com esse fundamento, o ministro Celso de<br />
Mello, do Supremo Tribunal Federal, acolheu<br />
recurso da Editora Abril contra condenação<br />
que a obrigava a indenizar em R$ 10 mil o ex-<br />
-governador Joaquim Roriz por danos morais.<br />
“Não caracterizará responsabilidade civil a<br />
publicação de matéria jornalística cujo conteúdo<br />
divulgar observações em caráter mordaz<br />
ou irônico ou, então, veicular opiniões em tom<br />
de crítica severa, dura ou, até, impiedosa, ainda<br />
mais se a pessoa a quem tais observações forem<br />
dirigidas ostentar a condição de figura pública,<br />
investida, ou não, de autoridade governamental,<br />
pois, em tal contexto, a liberdade de crítica<br />
qualifica-se como verdadeira excludente anímica,<br />
apta a afastar o intuito doloso de ofender”.<br />
Na avaliação do ministro, a liberdade de<br />
imprensa é uma projeção da liberdade de manifestação<br />
do pensamento e de comunicação,<br />
e assim tem conteúdo abrangente, compreendendo,<br />
dentre outras prerrogativas: o direito<br />
de informar, o direito de buscar a informação,<br />
o direito de opinar e o direito de criticar.<br />
Mello afirma que essa prerrogativa dos<br />
profissionais de imprensa justifica-se pela<br />
prevalência do interesse geral da coletividade<br />
e da necessidade de permanente escrutínio<br />
social a que estão sujeitas as pessoas públicas,<br />
independente de terem ou não cargo oficial.<br />
A análise do caso concreto dirá se o dano<br />
moral é cabível. De acordo com o jurista Caio<br />
Mario da Silva Pereira, o dano moral é “qualquer<br />
sofrimento humano que não é causado por uma<br />
perda pecuniária e abrange todo atentado à sua<br />
segurança e tranquilidade, ao seu amor próprio<br />
estético, à integridade de sua inteligência, às<br />
suas afeições etc...”.<br />
Já Wilson Melo da Silva explica que danos<br />
morais são lesões sofridas pelo sujeito físico ou<br />
pessoa natural ao seu patrimônio ideal, que é o<br />
conjunto de tudo aquilo que não seja suscetível<br />
de valor econômico. Por esse entendimento<br />
doutrinário, o dano moral é qualquer dano não<br />
patrimonial.<br />
Itaúna | Sábado, 9 de julho de 2016 | Edição 1198<br />
Ponta da Caneta<br />
As eleições e<br />
o exame de<br />
consciência<br />
Renilton<br />
Gonçalves Pacheco<br />
Ano de eleição é diferente, não só para os políticos, mas para<br />
todos, porque todo cidadão é político em algum momento do seu<br />
dia-a-dia e todos têm obrigações e deveres que estão interligados<br />
às ações políticas. E é no ano de eleições, principalmente no de<br />
eleições municipais, que o cidadão faz uma avaliação do seu ato<br />
de quatro anos passados e, num verdadeiro exame de consciência,<br />
faz uma reavaliação das suas posições em relação ao seu voto.<br />
Essa avaliação não depende de grau de instrução e nem de posição<br />
social, todos a fazem, mudam-se apenas os parâmetros, que normalmente<br />
acompanham o grau de instrução e o meio em que se<br />
vive. Assim, os políticos são avaliados e alçados ou não aos cargos<br />
públicos, e, se obtém sucesso, ficam à mercê daquele que o põe lá:<br />
o povo. E é esse povo que sabe muito bem o que quer do político,<br />
que mais uma vez já começou a avaliar o que fez na última eleição.<br />
Os pré-candidatos não precisam se iludir porque quando outubro<br />
chegar, mesmo diante de campanhas de massificação da imagem<br />
e calçada no marketing, que neste ano será restrito, o povo não se<br />
deixará levar, apenas vai aceitar passivamente o trabalho exposto e<br />
conviver com as promessas, mas no momento de decidir, temos a<br />
impressão, ele já sabe o que vai fazer. Tanto o sabe que aqui optou<br />
por um nome experiente na última eleição<br />
levando ao comando do município<br />
(...) Desiludido<br />
com os<br />
políticos e<br />
assistindo a<br />
um descalabro<br />
em nível<br />
nacional que<br />
se transformou<br />
em rombos<br />
bilionários (...)<br />
um nome que já conhecia a máquina, a<br />
cidade e seus problemas, isso porque as<br />
duas administrações anteriores foram<br />
um verdadeiro desastre.<br />
Desiludido com os políticos, assistindo<br />
a um descalabro em nível nacional<br />
que se transformou em rombos bilionários<br />
em todos os setores do governo<br />
federal, o eleitor observa indignado, mas<br />
à distância e calado, o desenrolar dos<br />
acontecimentos. Mas a conclusão é lógica:<br />
a maioria dos políticos sequer está<br />
escondendo o rosto para cometer roubos<br />
bilionários. Não há constrangimento algum.<br />
A falta de confiança na classe política<br />
é perceptível quando o assunto é política<br />
e o reflexo da situação nacional já é<br />
sentido nos municípios. Em Itaúna, onde<br />
já há um clima de sucessão e as eleições<br />
já foram iniciadas nos bastidores, com<br />
os partidos já organizados e os nomes dos pré-candidatos já conhecidos<br />
e em campanha junto aos correligionários, há pelo menos um<br />
sentimento de que os nomes apresentados são de pessoas corretas<br />
e que se salvam em meio ao lamaçal em que se transformou a política<br />
em todo o país. Mas, por outro lado, os nomes causam também<br />
certa decepção por não haver um nome novo que contemple as pretensões<br />
da população de ver a cidade com novos rumos.<br />
Se confirmados os nomes que se colocaram até aqui, de Osmando<br />
Pereira, Neider Moreira, Rosse Andrade, Élvio Marques, Leonardo<br />
Lopes e Arnaldo Celestino, teremos uma eleição atípica ou pelo<br />
menos diferente dos últimos 30 anos, quando a polarização sempre<br />
foi a tônica. Não acredito que pelo menos dois dos nomes acima<br />
mantenham a candidatura, caso de Élvio e Leonardo. As informações<br />
de bastidores são de que os mesmos podem recuar e negociar.<br />
Caso isso de fato ocorra, voltamos à polarização entre Osmando e<br />
Neider, que mesmo com os outros nomes mantidos são os que de<br />
fato vão disputar a eleição. E aí fica a dúvida: mantém o que está aí<br />
ou tenta-se uma mudança. O que estamos sentindo nas ruas é que<br />
o povo não quer nada disso, mas, sem a opção que ele queria, pode<br />
não mexer e apenas manter o que aí está. Pode optar por apenas<br />
cumprir a missão de ir votar, não se importando com o que estão<br />
lhe oferecendo. O fato é que as eleições estão frias, os nomes não<br />
empolgam o eleitor e os anseios são os de que nada vai mudar com<br />
um ou outro. Um consolo nós temos: Itaúna não é manchete e os<br />
nomes dos nossos políticos não estão estampados nas manchetes<br />
dos jornais e revistas de circulação nacional. Pelo menos por enquanto.<br />
EDITAL DE CONVOCAÇÃO CONVENÇÃO MUNICIPAL<br />
O Presidente da Comissão Provisória do Partido Republicano da Ordem Social —<br />
PROS do município de ltaúna da forma da legislação vigente ( n° 9.504/97 e res. — TSE<br />
n° 23.373/2011 e do Estatuto desta Agremiação Partidária) convoca os convencionais<br />
com direito a voto, para comparecerem à convenção Municipal do Partido Republicano<br />
da Ordem Social — PROS, a ser realizada no dia 21 de julho de 2016 ás 19:00 horas, na<br />
Câmera Municipal de ltaúna, situada a Av. Getúlio Vargas, n° 800, Centro de Itaúna,<br />
com a seguinte<br />
ORDEM DO DIA<br />
1. Deliberação sobre coligações partidárias, discussão, aprovação e nome das coligações;<br />
2. Escolha do Candidato a Prefeito e Vice Prefeito; 3. Escolha dos Candidatos a<br />
vereadores; 4. Escolha dos respectivos números dos candidatos a vereadores. 5.<br />
Outros assuntos de interesses partidários e eleitoral.<br />
Itaúna, 08 de Julho de 2016.<br />
José Márcio de Oliveira<br />
Presidente da Comissão Provisória Municipal do PROS<br />
<strong>Folha</strong><br />
povoitauna.com<br />
Tel: (37) 3242-2363<br />
folhapovoitauna@folhapovoitauna.com<br />
Diretor Responsável: Renilton Gonçalves Pacheco<br />
Sociedade Jornalística <strong>Folha</strong> do Povo Itaúna Ltda.<br />
CNPJ: 14.416.984/0001-09<br />
Insc. Est. isenta - Insc. Mun.: 2403711<br />
Rua Ari Barroso, 246 - Centro CEP: 35680-064-<br />
Itaúna/MG<br />
Impresso por: Pemafa Gráfica Editora Ltda.<br />
Av. 1º de Junho, 708 - Centro<br />
Divinópolis - MG<br />
REPUBLICAR<br />
“Representante para todo o Brasil”<br />
O Jornal não é solidário com<br />
conceitos emitidos em matérias<br />
e colunas assinadas